Número vale para operações domésticas; nas internacionais, deverá de ser de no mínimo 6

Nataly Costa - O Estado de S.Paulo

SÃO PAULO - Para diminuir as longas filas no Aeroporto de Cumbica, em Guarulhos, as empresas vão ter de oferecer mais balcões de check-in para os passageiros. Em voos domésticos (geralmente com menos de 200 pessoas), pelo menos 4 balcões terão de estar obrigatoriamente abertos. Nos embarques internacionais, as companhias serão obrigadas a ter entre 6 a 10 balcões por voo.

A determinação é da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) e entrará em vigor em março. É uma tentativa de atender aos requisitos mínimos de conforto estabelecidos pela Associação Internacional dos Transportes Aéreos (Iata, na sigla em inglês), que planeja transformar Cumbica em um aeroporto categoria "C" - a qualidade do aeroporto é avaliada atualmente entre "D" e "E".

As companhias hoje oferecem a quantidade de balcões que julgam necessária no atendimento de cada voo. Para o Sindicato Nacional das Empresas Aéreas (Snea), ter quatro posições de check-in à disposição só é factível para empresas pequenas, que operam um voo por vez. "Imagine uma empresa como a TAM, que atende diversos voos nacionais e internacionais ao mesmo tempo. Como é que vai fazer?", pergunta o diretor técnico da entidade, Ronaldo Jenkins.

Para Robson Bertolossi, presidente da Junta de Representantes das Companhias Aéreas Internacionais, é preciso resolver antes o problema de espaço nos aeroportos. "Hoje todos sabemos que falta lugar para passageiro, para check-in, para tudo."

Compartilhamento. Uma das medidas para minimizar filas proposta pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) é o check-in compartilhado. Assim, se tem mais voos ao mesmo tempo e precisa de balcão de check-in, uma companhia pode usar o da empresa ao lado. Isso já ocorre com as internacionais, que usam o mesmo sistema nos computadores.

Imigração. A Infraero quer acabar ainda com outros dois gargalos em Cumbica. O primeiro é a fila para voos internacionais. A ideia é duplicar para 36 os guichês de atendimento no Terminal 1. No Terminal 2, os atuais 20 também aumentarão para 36 .

O segundo gargalo, que representa um dos principais motivos de atraso de voos, é a demora dos aviões no pátio. A Infraero quer que, a partir de 2012, as aeronaves passem no máximo 40 minutos em solo: 15 minutos para desembarque de passageiros, 15 para embarque e 10 para abastecimento ou manutenção. Diferentemente de hoje, em que passam o tempo que quiserem. "A ideia é evitar o ciclo vicioso que acaba se tornando efeito cascata de um voo atrasando o outro", explica o superintendente de Operações, Marçal Rodrigues Goulart.

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