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TAM põe balança na porta de avião para barrar mala pesada

Empresa quer evitar excesso de peso em bagagem de mão; alvo é passageiro que faz check-in pela internet

Mala com mais de cinco quilos é levada para porão da aeronave; o sindicato do setor diz que apoia a iniciativa

RICARDO GALLO

DE SÃO PAULO – FOLHA DE SP

A TAM colocou uma balança próxima à porta do avião para barrar bagagens de mão que excedam o limite de cinco quilos estabelecido em lei. 

 
A companhia diz tratar-se de um projeto piloto. O alvo são passageiros que não pesam bagagem pois fazem check-in na internet ou nos postos de autoatendimento, o que dispensa a ida ao guichê no aeroporto. 

 
A companhia pôs a balança antes de o passageiro entrar nas pontes de embarque em ao menos um voo, há duas semanas, entre Curitiba (PR) e Congonhas (zona sul de SP). A TAM não diz se isso ocorreu em mais dias.

 
Na ocasião, um funcionário pesava todas as bagagens de mão. As com mais de cinco quilos foram levadas para o porão. Os passageiros receberam um canhoto para retirar a mala ao chegar.

 
O engenheiro Fábio Alves, 30, foi um dos barrados. Ele carregava uma mala de 7,5 kg com roupas e um laptop. "Ok, é a regra de cinco quilos, nada contra. Mas o que complicou foi fazer na entrada do finger [a ponte de embarque para o avião]. Todo mundo teve que parar para pesar a bagagem", diz.

ATRASO

 
"O voo atrasou 40 minutos, em parte, acho, em razão disso", diz o engenheiro. O atraso ocorreu devido ao pouso tardio da aeronave, afirmou a TAM.

 
Alves conta que fez o check-in no autoatendimento e seguiu para o embarque. Ele afirma que nunca despacha a mala porque leva pouca bagagem e, também, para não ter de esperar por ela na esteira do aeroporto.

 
Segundo Ronaldo Jenkins, diretor do sindicato das empresas, o teste da TAM subsidiará decisão do setor sobre como lidar com o excesso de bagagem. Uma das hipóteses é pôr um gabarito para medir as malas antes do raio-x, como revelou a Folha em julho.

ABUSOS

 
Com o boom na aviação e o aumento do check-in pela internet - estimulado pelas próprias empresas, para reduzir as filas nos guichês -, os abusos são frequentes, diz. 

 
A consequência são bagageiros mais cheios e confusão ao acomodar a mala, como passageiros que a colocam em local diferente de onde estão sentados, por comodidade ou falta de espaço. 

 
Segundo Jenkins, o problema pode deixar o avião mais tempo no solo e causar atrasos -o que dói no bolso das empresas, porque um avião só é lucrativo se voar o maior tempo possível do dia.

 
A norma sobre o peso da bagagem é de 2000. Além de não poder ultrapassar cinco quilos, a mala de mão não pode ter volume (soma de comprimento, largura e altura) superior a 115 centímetros. O limite para despachar bagagem é de 23 quilos.

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