Pesquisa mostra que satisfação com aeroportos caiu desde 2004
Fábio Fabrini – O Globo
BRASÍLIA. Embora a satisfação dos turistas estrangeiros com o país esteja melhorando, vem caindo a avaliação de itens importantes - como os preços praticados no país e a condição de estradas e aeroportos. Pesquisa divulgada ontem pelo Ministério do Turismo revela que, em 2004, 85,7% dos entrevistados consideravam os aeroportos do país bons ou muito bons, mas o percentual caiu para 81,1% no ano passado. Os dados se referem aos terminais internacionais de 15 cidades. O Galeão, no Rio, ficou em situação ainda pior que a média: 76,5% o achavam bom ou muito bom, contra 84,1% seis anos antes.
- O governo está absolutamente tranquilo, vai tomar as medidas necessárias, e esse problema dos aeroportos, na época da abertura da Copa, com certeza estará superado - assegurou o ministro Gastão Vieira.
Pela primeira vez, o percentual dos visitantes de fora que deram nota máxima ao Brasil atingiu 31,5%. A pesquisa mostra ainda que os turistas sul-americanos já são maioria entre os turistas estrangeiros. Atraídos sobretudo por negócios, belas praias e natureza, no ano passado 2,3 milhões de argentinos, chilenos, paraguaios e uruguaios, entre outros, vieram ao país, o que correspondeu a quase metade do público internacional. É a primeira vez que os vizinhos de continente batem os europeus e assumem o topo do ranking.
Segundo o levantamento, o número de visitantes estrangeiros deve bater recorde este ano (5,4 milhões), superando os níveis pré-crise. O melhor desempenho da década foi em 2005 (5,3 milhões); no ano passado, vieram 5,1 milhões de turistas. O movimento em 2011 deve gerar US$6,7 bilhões em divisas, mas não o suficiente para zerar o déficit nas contas do turismo. Como os brasileiros gastam mais fora do que os estrangeiros aqui, o saldo negativo é de US$10 bilhões.
Segundo o ministério, os sul-americanos foram em 2010 46,2% dos turistas estrangeiros no Brasil. Os europeus aparecem em seguida (1,6 milhão ou 31%), à frente de americanos (773 mil ou 15%) e asiáticos (220 mil ou 4,3%). Mais da metade dos sul-americanos vêm da Argentina. No ano passado, foram 1,3 milhão de argentinos, contra 641 mil americanos, a segunda nacionalidade mais presente.
Para o presidente da Empresa Brasileira de Turismo (Embratur), Flávio Dino, os sul-americanos são fundamentais para a estratégia de dobrar a quantidade de visitantes estrangeiros no país e zerar o déficit das contas do setor até o fim da década.
- O turismo é sobretudo regional. Precisamos ampliar nossa presença no mercado sulamericano. Nossa meta de 10 milhões de turistas só é possível de alcançar com 70% deles vindo da América do Sul.
Os sul-americanos gastam, em média, US$608 por viagem, menos que europeus (US$1.614) e americanos (US$1.382). Além da moeda mais fraca, passam menos tempo aqui.
Fábio Fabrini – O Globo
BRASÍLIA. Embora a satisfação dos turistas estrangeiros com o país esteja melhorando, vem caindo a avaliação de itens importantes - como os preços praticados no país e a condição de estradas e aeroportos. Pesquisa divulgada ontem pelo Ministério do Turismo revela que, em 2004, 85,7% dos entrevistados consideravam os aeroportos do país bons ou muito bons, mas o percentual caiu para 81,1% no ano passado. Os dados se referem aos terminais internacionais de 15 cidades. O Galeão, no Rio, ficou em situação ainda pior que a média: 76,5% o achavam bom ou muito bom, contra 84,1% seis anos antes.
- O governo está absolutamente tranquilo, vai tomar as medidas necessárias, e esse problema dos aeroportos, na época da abertura da Copa, com certeza estará superado - assegurou o ministro Gastão Vieira.
Pela primeira vez, o percentual dos visitantes de fora que deram nota máxima ao Brasil atingiu 31,5%. A pesquisa mostra ainda que os turistas sul-americanos já são maioria entre os turistas estrangeiros. Atraídos sobretudo por negócios, belas praias e natureza, no ano passado 2,3 milhões de argentinos, chilenos, paraguaios e uruguaios, entre outros, vieram ao país, o que correspondeu a quase metade do público internacional. É a primeira vez que os vizinhos de continente batem os europeus e assumem o topo do ranking.
Segundo o levantamento, o número de visitantes estrangeiros deve bater recorde este ano (5,4 milhões), superando os níveis pré-crise. O melhor desempenho da década foi em 2005 (5,3 milhões); no ano passado, vieram 5,1 milhões de turistas. O movimento em 2011 deve gerar US$6,7 bilhões em divisas, mas não o suficiente para zerar o déficit nas contas do turismo. Como os brasileiros gastam mais fora do que os estrangeiros aqui, o saldo negativo é de US$10 bilhões.
Segundo o ministério, os sul-americanos foram em 2010 46,2% dos turistas estrangeiros no Brasil. Os europeus aparecem em seguida (1,6 milhão ou 31%), à frente de americanos (773 mil ou 15%) e asiáticos (220 mil ou 4,3%). Mais da metade dos sul-americanos vêm da Argentina. No ano passado, foram 1,3 milhão de argentinos, contra 641 mil americanos, a segunda nacionalidade mais presente.
Para o presidente da Empresa Brasileira de Turismo (Embratur), Flávio Dino, os sul-americanos são fundamentais para a estratégia de dobrar a quantidade de visitantes estrangeiros no país e zerar o déficit das contas do setor até o fim da década.
- O turismo é sobretudo regional. Precisamos ampliar nossa presença no mercado sulamericano. Nossa meta de 10 milhões de turistas só é possível de alcançar com 70% deles vindo da América do Sul.
Os sul-americanos gastam, em média, US$608 por viagem, menos que europeus (US$1.614) e americanos (US$1.382). Além da moeda mais fraca, passam menos tempo aqui.