Apenas 2 das 45 pessoas que estavam a bordo sobreviveram; aeronave apresentou problemas após a decolagem
O Estado de SP
Um avião fretado por uma das principais equipes de hóquei no gelo da Rússia caiu ontem logo depois da decolagem, matando ao menos 43 das 45 pessoas a bordo. Os dois sobreviventes são um tripulante e uma das estrelas do time, Aleksander Galimov, de 26 anos, que teve 80% do corpo queimado.
A equipe do Lokomotiv pretendia viajar até Minsk, capital da Bielo-Rússia, onde participaria da temporada da Liga Continental de Hóquei, competição entre times de países da extinta União Soviética.
Além de russos, o time tinha jogadores da República Checa, Ucrânia, Letônia e Bielo-Rússia.
Testemunhas dizem que o avião, um jato Yak-42 com capacidade para 100 passageiros, pegou fogo pouco depois de decolar do aeroporto em Yaroslav, a cerca de 250 quilômetros ao norte de Moscou. A aeronave não conseguiu ganhar altitude após a decolagem e atingiu uma antena de rádio perto da pista antes de explodir. Parte da fuselagem foi encontrada no Rio Volga.
Ainda não está claro se o piloto teria tentado um pouso de emergência no rio.
Aleksandr Kanygin, morador do bairro nos arredores do aeroporto, relatou ter ouvido duas explosões enquanto o avião ainda estava no ar e uma terceira no momento da queda. Testemunhas disseram que a fuselagem foi transformada numa grande bola de fogo.
A aeronave era relativamente nova. Construída em 1993, pertencia a uma pequena companhia aérea. Os aviões Yak-42, que realizam voos de média e curta distância, operam no espaço aéreo russo desde 1980. Ainda há cerca de cem aeronaves do tipo em operação. O último Yak-42 foi fabricado em 1999.
O voo era operado pela YAK Service, uma companhia de locação de aeronaves fundada em 1993 que teve as operações suspensas temporariamente por falhas de segurança em 2009.
O acidente aéreo foi o oitavo na Rússia neste ano, seis somente em junho, ressaltando os problemas na segurança das aeronaves russas. Há alguns meses, o presidente Dmitri Medvedev anunciou planos para retirar de serviço os aviões da era soviética em 2012.
AP e REUTERS