Infraero admite em documento enviado à Secretaria de Segurança perigo a aviões que fazem pouso e decolagem no aeroporto internacional
CHRISTINA NASCIMENTO - O DIA
Rio - Aeronaves que fazem pouso e decolagem no Aeroporto Internacional Tom Jobim também têm sido alvo de ‘ataques’ de canetas com mira a laser. Nesta quarta-feira, O DIA mostrou que o equipamento tem provocado problemas em voos noturnos de helicópteros da Polícia Civil.
Segundo ofício encaminhado mês passado pela Infraero à Secretaria de Segurança Pública, pilotos de aviões de voos comerciais identificaram que as emissões vêm dos municípios de Duque de Caxias, São João de Meriti e comunidades da Maré e de Tubiacanga (Ilha).
O documento reafirma o risco representado pelos equipamentos à segurança do transporte aéreo. O ofício menciona que o feixe de laser provoca redução significativa da visão do piloto por alguns segundos e, em caso extremo, há possibilidade da perda da direção do piloto ao se aproximar do pouso, gerando risco de acidente aéreo. Os episódios estão registrados no Livro de Ocorrências da Torre de Controle do Galeão.
Uma reunião com representantes da Secretaria de Segurança, do Destacamento de Controle do Espaço Aéreo do Galeão e representantes do aeroporto ainda deverá ser agendada.
Projeto de lei de autoria do deputado José Luiz Nanci (PPS) tramita na Alerj para proibir a venda de canetas a laser para quem tenha menos de 18 anos. O comércio para menores seria crime.