Segundo pessoas que trabalham em empresas prestadoras de serviços, a falta de energia começou às 8 horas
ADALMIR PONTE - Diário do Nordeste
O Aeroporto Internacional Pinto Martins só não ficou totalmente às escuras, ontem, graças aos geradores por ele utilizados. Foram mais de 12 horas sem energia, oriunda de rede elétrica, gerando transtorno e até prejuízos aos estabelecimentos comerciais instalados em suas dependências.
Segundo o relato das pessoas que trabalham em empresas prestadoras de serviços no Aeroporto, o "apagão", começou por volta das 8 horas.
No início da noite, no setor interno, alguns equipamentos estavam sem funcionar, como as portas de acesso principais, totalmente abertas, escadas rolantes, além de áreas no primeiro piso destinadas às sorveterias e cafeterias. Já a parte externa do Terminal, e seu entorno estava às escuras.
O turista sueco Veikko Von Furstenrecht, de 52 anos, residindo há cinco anos, no Brasil afirmou que, infelizmente aqui ainda tem dessas coisas.
"Incrível, um País que vai sediar uma Copa do Mundo e uma Olimpíada, possuir aeroportos que passam por esse tipo de problema", disse, acrescentando que chegou no aeroporto cearense às 14 horas e já existia o problema da falta de energia elétrica.
"São 20 horas e até agora nada de resolução", argumentou o músico Veikko.
Coelce
A Coelce informou, através de nota, que o problema foi ocasionado por defeito nas instalações internas do Aeroporto Internacional Pinto Martins. Nesse caso, a responsabilidade pelo conserto é do proprietário da unidade de consumo.
Mesmo assim, a Coelce disponibilizou uma equipe de técnicos, que está de sobreaviso para ajudar no que for possível e providenciar a normalização do fornecimento de energia logo que o defeito interno for corrigido.
Prejuízos
A preocupação dos responsáveis por cafeterias e sorveterias instaladas no aeroporto era com os prejuízos que iriam contabilizar. Segundo eles, ocorreu a diminuição do fluxo de pessoas que geralmente, procuram por água, sorvete e até mesmo cafezinho e ficaram impedidas de ter esses produtos por causa do "apagão". Aconteceu também a perda de produtos, principalmente, alimentos perecíveis, como bolos, doces, salgados e sorvetes, que ficaram fora das condições de temperatura ideal e se estragaram.
Infraero
Segundo a Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária (Infraero), responsável pela administração do Aeroporto Internacional Pinto Martins, o problema ocorreu por volta das 11 horas, devido ao rompimento de um fio localizado na parte externa do aeroporto.
A assessoria do órgão explicou que devido os geradores serem automáticos, o público não sofreu com a perda de energia. Foram desligados apenas o ar-condicionado, isso para não sobrecarregar o equipamento, assim como uma das escadas rolantes, porém os elevadores continuaram operantes.
Com relação a algum possível prejuízo às empresas aéreas e aos voos com destino a Fortaleza e originados a Capital, operadoras como a TAM, GOL, e Avianca, disseram que não sofreram nenhum prejuízo, assim como não houve atraso nos seus voos. Somente a empresa Azul, disse que teve um pequeno problema de comunicação.