ELIDA OLIVEIRA
DE SÃO PAULO - Folha de SP

Metalúrgicos da Embraer entraram em estado de greve nesta sexta-feira tentando pressionar a empresa a avançar nas negociações salariais da categoria, segundo o Sindicado dos Metalúrgicos de São José dos Campos. Já são 13,2 mil aderindo à proposta. 

Os trabalhadores pedem 15,57% de aumento salarial, redução da jornada para 36 horas, licença maternidade de 180 dias e a inclusão na convenção de trabalho da indústria aeronáutica de uma cláusula que dê garantias aos metalúrgicos em casos de acidente de trabalho. 

Segundo o sindicato, a indústria aeronáutica é a única que não dá estabilidade a trabalhadores que adquirem doenças no trabalho, como a surdez. 

Na quarta-feira, 1.200 metalúrgicos da unidade Eugênio de Melo votaram o estado de greve. Hoje outros 12 mil, da unidade Faria Lima, decidiram sobre o tema. As duas unidades ficam em São José dos Campos. 

Na terça-feira, metalúrgicos da Eleb, empresa de propriedade da Embraer, também aprovaram estado de greve. 

O vice-presidente do sindicato Herbert Claro disse que a Embraer criou um "cartel" que impede as demais empresas da escala produtiva a negociar salários separadamente. Ele diz que estão nesta situação 23 empresas com 5 mil trabalhadores, no total. 

Segundo o vice-presidente, a Embraer e representantes de outras empresas do setor deverão se reunir em 14 de outubro. Se as negociações não avançarem eles dizem que entrarão em greve, paralisando a produção. 

A Embraer informou que não foi notificada oficialmente sobre o estado de greve. A Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), que representa a empresa em negociações trabalhistas, informou que não se pronuncia sobre esses casos.

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