Do UOL Notícias
Em São Paulo
Em São Paulo
A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) suspendeu na tarde desta segunda-feira (27) a venda de bilhetes da companhia aérea Webjet até sexta-feira (1). Até as 18h de hoje, a companhia havia cancelado 41% dos voos programados para o dia. Segundo a Infraero, que administra os aeroportos do país, estavam programados 101 voos da empresa. Destes, 29 atrasaram e 41 foram cancelados.
A Anac também afirmou que enviou no período da manhã equipes de fiscalização para os principais aeroportos onde a Webjet atua (Galeão, Santos Dumont, Guarulhos, Porto Alegre, Salvador e Confins-MG). A agência diz que vai "intensificar a fiscalização da companhia tanto nos aeroportos quanto no Centro de Operações da empresa" e que "medidas mais severas poderão ser tomadas ao longo da semana se a situação não for equacionada pela empresa".
Em nota, a Webjet informou que os cancelamentos foram provocados porque a companhia foi obrigada a reduzir o número de voos na última semana de setembro para cumprir a lei nº 7.183, que regula os limites de trabalho dos aeronautas.
Pela lei, um tripulante de avião a jato não pode ultrapassar 85 horas de voo por mês, 230 horas por trimestre e 850 horas por ano, por questões de segurança operacional.
Em nota, a Webjet informou que os cancelamentos foram provocados porque a companhia foi obrigada a reduzir o número de voos na última semana de setembro para cumprir a lei nº 7.183, que regula os limites de trabalho dos aeronautas.
Pela lei, um tripulante de avião a jato não pode ultrapassar 85 horas de voo por mês, 230 horas por trimestre e 850 horas por ano, por questões de segurança operacional.
Em julho, a Webjet foi autuada pela Anac em R$ 225 mil por ter excedido a carga horária da tripulação.
Segundo a empresa, o problema na programação foi localizado em alguns aeroportos do país e cinco medidas estão sendo tomadas para resolver a situação: reacomodação dos passageiros em voos da própria Webjet, reacomodação em voos de outras companhias aéreas, isenção total das taxas de remarcação normalmente aplicadas, reembolso das tarifas pagas pelas passagens e fretamento de aeronaves.
Segundo a empresa, o problema na programação foi localizado em alguns aeroportos do país e cinco medidas estão sendo tomadas para resolver a situação: reacomodação dos passageiros em voos da própria Webjet, reacomodação em voos de outras companhias aéreas, isenção total das taxas de remarcação normalmente aplicadas, reembolso das tarifas pagas pelas passagens e fretamento de aeronaves.
A companhia diz ainda que devido ao forte crescimento da demanda, precisou remanejar passageiros. “Vale destacar que 90% deles foram avisados previamente, evitando deslocamentos desnecessários até os aeroportos”, afirma a nota.
Para atender às novas regras que limitam o trabalho dos aeronautas, a Webjet diz que está treinando 64 novos co-pilotos e 85 comissários, que estarão em atividade a partir de outubro.
Em agosto, a Gol enfrentou problema semelhante. Mais da metade dos voos sofreram atrasos após um acordo feito entre a companhia e o Sindicato Nacional dos Aeronautas para que os tripulantes não fiquem sobrecarregados e excedam o limite de horas de voos previsto por lei.
Em agosto, a Gol enfrentou problema semelhante. Mais da metade dos voos sofreram atrasos após um acordo feito entre a companhia e o Sindicato Nacional dos Aeronautas para que os tripulantes não fiquem sobrecarregados e excedam o limite de horas de voos previsto por lei.
"Tanto não estão cumprindo a lei que as empresas foram obrigadas a parar. Os cancelamentos se deram por conta da fiscalização dentro da empresa. A determinação da Anac não estava sendo cumprida", ressaltou ela.
Para Baggio, se as empresas quiserem manter as horas voo, vão ser obrigadas a contratar mais tripulantes. "O setor está crescendo nos últimos anos e obviamente isso patrocina a contratação de mais trabalhadores. Mas, os empresários visam unicamente o lucro e trabalham com uma política de salários baixos. E a consequência disso é essa falta de tripulantes", falou.