Roberto Godoy - O Estado de S.Paulo

Assentos mais largos, cabine mais alta, comida de verdade. Tudo bem, a velocidade é menor que a de um jato. Mas quem precisa ir de São José do Rio Preto até Campinas em menos de 50 minutos ou, vá lá, uma hora? O atrativo das linhas regionais é o avião, a passagem a preços bons e o serviço personalizado em aeroportos amistosos, de operação rápida. A indústria aeronáutica sabe disso e aposta no segmento faz cinco anos.

Em todo o mundo há ao menos dez programas em desenvolvimento. Dois deles, um na unidade ucraniana do Bureau Antonov e outro na indiana Hindustan, sairão das linhas de montagem incorporando novas tecnologias e arranjos internos apurados em ampla pesquisa.

O RTA-1, da Índia, de 70 lugares, vai voar em 2014 e começa a ser entregue em 2016. Na média, o preço será 25% menor que o dos concorrentes; terá custo de operação 25% mais barato e a manutenção sairá por 50% dos padrões atuais. Cobrirá até 2 mil quilômetros. Toda a eletrônica é digital.

A cotação é da ordem de US$ 9 milhões, uma pechincha pelos padrões vigentes na categoria. O líder do setor, entretanto, segue sendo o ATR72.600S, 70 passageiros, do qual a Azul comprou por US$ 850 milhões uma frota de 20 unidades à qual se seguirá um segundo lote do mesmo tamanho. Uma aeronave para o passageiro que, na configuração de conforto, conta com bom espaço para as pernas, baixo ruído interno e a segurança de recursos eletrônicos para navegação de última geração - a 500 km/hora. A rede de rotas abastecedoras, rica e crescente, não precisa mais que isso. E é determinante na redução do caos dos terminais principais.

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