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Aeroportos vão ganhar 'gatilhos' para atender a demanda maior na Copa

Serão 15 estruturas metálicas provisórias montadas em terminais atuais

Geralda Doca - O Globo

BRASÍLIA. Metade dos 16 aeroportos das 12 cidades que vão sediar os jogos da Copa já apresentam gargalos hoje situação que tende a se agravar com o volume extra de cerca de quatro milhões de passageiros nos dois meses do evento (junho e julho de 2014). Existem problemas nos terminais de passageiros em Guarulhos (SP), Confins (Belo Horizonte), Brasília, Porto Alegre, Fortaleza, Cuiabá e Natal. Além disso, há deficiências no pátio para estacionamento de aeronaves em Guarulhos, Brasília e Salvador.

O diagnóstico é do próprio governo, elaborado por Infraero, Ministério da Defesa e BNDES.

Como principal alternativa, o estudo sugere a instalação de 15 Módulos Operacionais Provisórios (MOP) estruturas metálicas que podem ser montadas em até seis meses para ajudar a resolver o problema nos terminais de passageiros.

Entre os aeroportos que ganharão terminais provisórios estão Guarulhos, que atende à cidade de São Paulo, Confins e Brasília, todos operando em capitais que vão sediar os jogos da Copa.

Medidas adicionais também para evitar o caos aéreo

Também serão contemplados os terminais de Viracopos (Campinas), Ilhéus (BA), Imperatriz (MA), Juazeiro do Norte (CE), Macapá, São José dos Campos (SP), Teresina, Vitória e Goiânia. Além disso, o governo pretende utilizar os terminais próximos às capitais para desafogar os aeroportos das cidadessede durante o evento.

Estão previstas ainda medidas para evitar um novo caos aéreo, como o controle da demanda via restrição de pousos e decolagens nos horários de maior pico nos aeroportos mais movimentados. Esse controle seria articulado entre Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea), Infraero e Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). O objetivo é adequar os horários de voo à capacidade da infraestrutura.

Além da montagem dos terminais provisórios, o estudo prevê medidas por parte das companhias aéreas, como instalação de balcões de check-in nesses terminais e aumento da capacidade de utilização do sistema de autoatendimento.

Também foram listadas ações para as áreas de desembarque internacional de passageiros.
 
Entre elas, dar maior rapidez ao desembaraço aduaneiro e alfandegário e padronizar os formulários utilizados no controle por órgão como Polícia Federal, Receita Federal, Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e Vigilância Agropecuária Internacional (Vigiagro).

No Rio, são previstas reformas em pistas do Galeão

Caberia ainda à Infraero reorganizar os espaços ocupados por esses órgãos para aumentar a área ao público nesses terminais. Segundo técnicos da Defesa, a proposta é que seja criada uma forçatarefa, reunindo vários órgãos para dar conta do movimento de passageiros durante a Copa.

Os aeroportos do Rio Antonio Carlos Jobim (Galeão) e Santos Dumont ficaram fora da lista dos aeroportos problemáticos. O estudo considera apenas fundamental para a Copa a conclusão da reforma do terminal 2 de passageiros do Galeão.

Já a reforma do sistema de pátio e pistas do Galeão e as obras complementares do terminal de passageiros do Santos Dumont não foram consideradas intervenções essenciais para o suporte ao evento.

O estudo cita ainda o plano de investimentos da Infraero nos terminais até 2014, de R$ 6,48 bilhões, entre recursos próprios e da União. Do total, R$ 5,3 bilhões serão aplicados nos terminais das cidades que vão sediar os Jogos. No Rio, são R$ 566,5 milhões do Galeão, na reforma do terminal 1 de passageiros e na conclusão do terminal 2.

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