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TAP voa de Campinas a Lisboa

Companhia aérea portuguesa busca em Viracopos alternativa ao Aeroporto Internacional de Guarulhos

Dubes Sônego - Brasil Econômico

De olho no crescimento da demanda pelo transporte aéreo de cargas, mas com dificuldade de encontrar espaço para novas frequencias no aeroporto Internacional de Guarulhos, na Grande São Paulo, a companhia aérea portuguesa TAP planeja iniciar voos diretos para Lisboa, a partir do Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas. O voo de estreia está marcado para 3 de julho. "É nossa grande aposta para o ano", afirma José Anjos, diretor geral de cargas da TAP no mundo.

Com três frequencias semanais extras saindo do estado de São Paulo (terças, quintas e sábados), a companhia ampliará em 45 toneladas a oferta de carga, em cada sentido. Em termos financeiros, segundo Pedro Mendes, diretor de cargas da TAP para o Brasil, a ampliação potencial de rendimentos é de US$ 500 a US$ 800 mil por mês.

Não é muito, do ponto de vista financeiro. Porém, segundo o executivo, a nova rota traz uma série de outras vantagens. Uma delas é a possibilidade de explorar o mercado praticamente virgem de voos de passageiros diretos para a Europa, a partir do interior de São Paulo, uma região rica, onde estão localizadas grandes empresas. Como os voos serão mistos, a TAP acredita que poderá atrair clientes de outras companhias que hoje precisam se deslocar até São Paulo para embarcar para a Europa. "E, com passageiros, os ganhos na rota poderão ser bem maiores", afirma Anjos.

Outro benefício da abertura da nova rota é a possibilidade de otimização da frota de aviões da companhia. Segundo os executivos da TAP, durante a crise internacional, algumas frequencias a partir de Fortaleza, Natal, Recife e Salvador, foram interrompidas. Com os voos do Nordeste voltando a ser diários, a partir de junho, e o início da operação em Viracopos, o índice de aproveitamento da frota "chegará muito perto do ideal".

Agora, de acordo com Anjos, não serão necessários grandes investimentos para a ampliação da operação brasileira. O próximo passo, porém, demandará ampliação da frota em operação no país. A TAP já tem aviões da Airbus encomendados, com entrega prevista para 2012. Mas não necessariamente esperará até lá para criar novas frequência no país. Segundo Anjos, há sempre a possibilidade de rearranjo em rotas menos rentáveis, em outros países. No Brasil, afirma, outros dois alvos potenciais da TAP seriam Porto Alegre e Curitiba, mercados que estão constantemente em estudo.

Segundo Mendes, o Brasil hoje importa por via aérea principalmente matérias-primas para a indústria química e de medicamentos, peças para a indústria automobilística e aeroespacial. "Têm crescido muito também as importações de peças para a indústria do petróleo", diz o executivo.

Já a pauta de exportação brasileira por via aérea para a Europa é composta basicamente de produtos do agronegócio. Cerca de 80% dos embarques são de frutas, flores e peixes frescos. Em São Paulo, porém, a participação de produtos industrializados nos embarques é superior à média nacional, de 20%.

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