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Jobim nega que aeroportos Campo de Marte e Jacarepaguá farão ponte aérea Rio-SP

 

DIANA BRITO

O ministro da Defesa, Nelson Jobim, afirmou na manhã desta quinta-feira que os aeroportos Campo de Marte e de Jacarepaguá não vão fazer uma nova ponte-aérea Rio-São Paulo, com havia informado a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil).

De acordo com a informação da agência, a nova ponte aérea seria operada pela empresa Team Linhas Aéreas, que implantaria em cada terminal quatro voos diários durante a semana e um aos domingos, como informou a Folha nesta quinta. Cada aeronave da empresa comporta 19 passageiros.

Segundo o ministro, "essa informação é absolutamente falsa. Essa empresa [Team Linhas Aéreas] já havia solicitado a Anac autorização destes voos e a Anac negou porque ela não apresenta os requisitos de segurança necessários".

Apesar da afirmação de Jobim, a Anac tinha declarado que os dois aeroportos têm condições de segurança adequadas para o recebimento de aeronaves de pequeno porte -- no caso da Team, aviões do modelo LET 410 UVP E 20. Para a aprovação definitiva do pedido, diz a agência, falta a empresa apresentar plano de segurança operacional.

A Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) deu um prazo para que a Infraero (que administra os aeroportos do país) adapte os dois terminais para receber esses voos. A Infraero diz que irá cumprir a medida, mas pediu prazo até o dia 10 de dezembro -- tempo suficiente para instalar salas de embarque e desembarque, terminais de check-in, balanças e postos de fiscalização.

Hoje, só os aeroportos de Congonhas e Cumbica (Guarulhos) oferecem ponte aérea. Em Congonhas, são de 60 a 65 voos diários para o Rio. Em Guarulhos, 18.

A Team opera hoje 14 voos diários com base no aeroporto Santos Dumont, no Rio, com destino ao interior fluminense e ao Espírito Santo. Ela pertence ao ex-comandante da FAB Mário Cesar Moreira, que já contratou 15 funcionários para trabalhar em cada aeroporto.

A concessão das novas rotas foi criticada ontem pelo prefeito Eduardo Paes (PMDB). Para ele, o projeto é um "desrespeito com a população da Barra da Tijuca" devido ao barulho dos aviões e ao risco de acidentes.

"Nós vamos dar um jeito de encontrar medidas ambientais, multas, vamos brigar contra isso. E eu digo 'brigar' porque eu queria poder dizer que vou 'argumentar contra', mas, como a Anac tem um péssimo hábito de nunca consultar a prefeitura sobre nada, eles vão ter briga", afirmou.

Em 2007, o então prefeito Cesar Maia (DEM) editou um decreto que proibia a operação de voos comerciais no aeroporto de Jacarepaguá. O prefeito Gilberto Kassab (DEM) não foi localizado para falar sobre o caso. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva já prometeu devolver parte do Campo de Marte para o município.

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