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Manobra de avião sequestrado por suicida fez Boeing da Gol arremeter

Empresa nega risco, mas Infraero afirma que segurança do pouso foi ameaçada



Cleide Carvalho e Evandro Éboli

SÃO PAULO e BRASÍLIA. As manobras perigosas do avião pilotado por Kléber Barbosa da Silva, de 31 anos, que roubou um monomotor quinta-feira e fez voos rasantes no Aeroporto Santa Genoveva, em Goiânia, obrigaram um Boeing da Gol a arremeter e cancelar o pouso naquela cidade, indo para Brasília, a cerca de 180 quilômetros de distância. Segundo a Infraero, empresa estatal que administra os aeroportos, o avião da Gol, que se preparava para pousar com 77 passageiros, teve que arremeter porque não havia condições de pouso seguro.

Em depoimento, o piloto Daniel Sirio, que estava no aeroporto e acompanhou as manobras de Kléber, disse que o monomotor atravessou diante do Boeing, com risco de choque. A Gol informou que a aeronave apenas “alternou sua rota” devido ao fechamento do espaço aéreo na área do aeroporto, e negou que o avião tivesse arremetido.

— Kléber tinha conhecimento técnico para pilotar, mas infringiu todos os regulamentos do tráfego aéreo. Deu três rasantes sobre o aeroporto, com intervalos de quatro e cinco minutos entre um e outro. Passou raspando na torre de controle, pondo em risco os controladores, muito perto de um avião da TAM que embarcava passageiros e atravessou na frente de um avião da Gol que aterrissava. O avião teve de arremeter e foi descer em Brasília — contou o delegado Manoel Borges.

O aeroporto suspendeu pousos e decolagens até a queda do avião pilotado por Kléber no estacionamento do Shopping Flamboyant. Segundo a Infraero, o aeroporto ficou fechado das 18h05m às 19h15m. O único voo cancelado foi este da Gol, e outros sete atrasaram. O 3459, da TAM, que deveria ter decolado às 19h10m, só saiu às 20h44m, com uma hora e meia de atraso. Os passageiros da Gol foram transferidos para outros aviões em Brasília, de onde seguiram para Goiânia.

Comentários

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