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Avião faz 1º vôo com biocombustível de algas nos EUA

Uma companhia aérea americana realizou nesta quarta-feira o primeiro vôo teste de um jato abastecido em parte com um biocombustível a base de algas.

O vôo de 90 minutos do Boeing 737-800 da Continental Airlines foi melhor do que o esperado, segundo um porta-voz da companhia.

Um dos motores levava uma mistura com metade de combustível normal para aviões e metade de biocombustível.

O Boeing 737-800 saiu do Aeroporto Intercontinental Bush, em Houston, completou um trajeto pelo Golfo do México, e os pilotos fizeram uma série de testes a uma altitude de 11,6 quilômetros.

"O desempenho do avião foi perfeito. Não ocorreram problemas", disse o piloto de testes Rich Jankowski ao jornal Houston Chronicle.

Este foi o primeiro vôo de uma companhia dos Estados Unidos a usar um combustível alternativo e o primeiro do mundo a usar uma aeronave comercial com dois motores (em vez de uma com quatro motores) para testar uma mistura de biocombustível.

O vôo desta quarta-feira é o último de uma série de vôos de demonstração da indústria de aviação, que espera usar biocombustíveis em seus vôos dentro de cinco anos.

Sem modificações

O diretor executivo da Continental Airlines, Larry Kellner, afirmou que com o biocombustível utilizado não foi necessária nenhuma modificação na aeronave ou em seus motores.

O combustível também atenderia e até superaria as especificações necessárias para os combustíveis de jatos.

"O desafio será produzir (o biocombustível) de uma forma eficiente nas quantidades que necessitamos", afirmou Kellner.

O biocombustível usado no vôo teste foi uma mistura de dois tipos de óleos - de algas e da jatrofa, uma planta que pode crescer em solos mais pobres.

A alga é vista por muitos como um combustível mais importante para o futuro, pois não compete com lavouras de alimentos pelas melhores terras e produz 30 vezes mais combustível do que as lavouras tradicionais de vegetais usados em biocombustíveis.

Apesar de as companhias aéreas melhorarem a eficiência de seus aviões em relação ao combustível, nas últimas três décadas um crescente número de aeronaves fazendo mais viagens gerou o aumento das emissões de gases de efeito estufa no setor.

O resultado é que a indústria de aviação está disposta a adotar os benefícios ambientais que os biocombustíveis podem oferecer.

Em fevereiro de 2008, por exemplo, um avião 747 da Virgin realizou um vôo de Londres a Amsterdã usando combustível feito com uma mistura de óleo de coco e babaçu.

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