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Governo discute construção de aeroporto privado em SP


Jaime Soares de Assis

São Paulo - O governo federal mantém discussões internas com um grupo privado interessado na construção de um AEROPORTO para vôos internacionais na região metropolitana de São Paulo. De acordo com o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Miguel Jorge, as conversas vão "muito bem". Segundo ele, "a decisão deve vir logo, insistirei para que saia rapidamente".

Para o ministro, este novo projeto deve compensar o atraso nas obras de expansão do AEROPORTO internacional de Cumbica, em Guarulhos (SP). "São Paulo pode ter um outro AEROPORTO e Congonhas deveria ser utilizado para voos regionais", afirmou o ministro durante encontro com o presidente da Associação Comercial de São Paulo (ACS), Alencar Burti, e representantes do setor do comércio para apresentar as medidas da Política de Desenvolvimento Produtivo (PDP).

A combinação de real sobrevalorizado, elevações nas taxas de juros e as pressões inflacionárias não representam um obstáculo para os investimentos, na opinião do ministro. Para ele, o País atravessa um período passageiro que é consequência do aumento de preços dos alimentos e do petróleo. Apesar deste quadro, grandes investimentos estão sendo anunciados no Brasil. "Os empresários brasileiros criaram um casca bastante grossa em relação a percalços econômicos", declarou.

A inflação permanece como uma preocupação do governo e terá o envolvimento direto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva na adoção de medidas que impeçam o seu retorno." Todos os ministros tem de estar preocupados com isto e ele (Lula) pessoalmente vai atuar fortemente para que não tenhamos o retorno da inflação"

O ministro afirmou que não tem receio do retorno da inflação. "Os investidores não temem também porque há importantes anúncios de investimentos sendo feitos no País dentro desta perspectiva de que a inflação fique próximo da meta superior", afirmou. O ministro acredita que deverá haver uma nova elevação na taxa de juros para conter os repiques inflacionários. "Avalio como absolutamente necessário. Entre ter (alta de) juro e inflação , eu prefiro o juro. Mesmo depois de dois aumentos da taxa de juros, os investimentos continuam vindo fortes", declarou.

Segundo ele, a própria Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) reconhece que é necessário tomar medidas para que a inflação não volte. De acordo com Miguel Jorge, esta posição foi expressa pelo diretor da entidade, Paulo Francini, que declarou recentemente que é melhor, nesta fase, ter um juro maior do que uma aceleração inflacionária.

Para Miguel Jorge, as estimativas do relatório Focus, divulgado ontem, que aponta inflação no ano acima do teto da meta, devem ser avaliadas "com muito cuidado". Para o ministro, "até agora os analistas erraram sistematicamente em todas as avaliações que fizeram da economia brasileira. Eu prefiro esperar até o fim do ano para depois comparar o que os analistas previram com o que realmente acontecer."

O superávit comercial não deve ser uma preocupação, na avaliação de Miguel Jorge. O importante é haver um "equilíbrio".

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