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O 'big brother' dos aeroportos

Infraero monitora terminais em tempo real. Anac pode multar TAM

Geralda Doca – O Globo

BRASÍLIA. O presidente da Infraero, Murilo Barboza, é um big brother dos Aeroportos. Ele controla em tempo real sete importantes Aeroportos do país, entre eles o Santos Dumont e o Tom Jobim (Galeão), ambos no Rio. O sistema permitiu que ele acompanhasse de sua mesa, no escritório da estatal em Brasília, toda a confusão nos balcões de check-in da TAM, com filas e atrasos de voos na quintafeira, véspera do feriado da Consciência Negra. A empresa teve problemas com seu sistema de informática.

Enquanto a TAM anunciava na quinta-feira pela manhã que a situação estava regularizada, Barboza pôde visualizar no decorrer no dia aglomerações de passageiros nos balcões da companhia em Guarulhos (São Paulo) — onde a situação foi mais crítica. Uma foto digitalizada da Infraero a qual O GLOBO teve acesso mostra que, até as 21h, o tumulto ainda era grande.

Ele disse que gastou boa parte do expediente daquele dia dando ordens para resolver a confusão. Mandou até afastar um vaso de planta no saguão de Guarulhos para aumentar o espaço nos balcões de atendimento.

Na tentativa de ajudar a resolver o problema, Barboza também enviou fotos da situação em Guarulhos à presidente da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Solange Vieira, que estava participando de um seminário em Gramado (RS). Ela, então, deslocou uma equipe do órgão regulador para o Aeroporto.

Barboza veio da área de informática e adotou o monitoramento por câmeras nos sete Aeroportos há três semanas. Segundo ele, trata-se de uma ideia simples, mas bastante útil, pois ajuda a resolver mais rapidamente o problema dos passageiros.

A intenção é implantar o sistema em todos os Aeroportos mais importantes do país. Atualmente, estão na mira do presidente da Infraero os terminais de Congonhas, Recife, Campinas, Brasília, além de Santos Dumont, Galeão e Guarulhos.

Ele está de olho, por exemplo, na localizações dos totens (terminais de autoatendimento das empresas nos Aeroportos) para evitar que este sistema concorra com o check-in tradicional.

A Anac deu prazo de dez dias para que a TAM dê explicações pela confusão de anteontem.

Técnicos do órgão antecipam que a empresa poderá ser multada porque teria mudado o sistema de informática sem um plano de contingência às vésperas do feriado.

Em determinado momento, ela teria perdido todos os dados relativos às reservas.

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