.

15 abril 2009

Alta do dólar provoca prejuízo líquido de R$ 7,1 milhões em 2008



Roberta Campassi, de São Paulo

Os resultados da aquisição de uma concorrente e do esforço para se expandir ficaram visíveis no balanço da Trip Linhas Aéreas, maior empresa brasileira de voos regionais. A companhia quase triplicou sua receita líquida de 2007 para 2008 - de R$ 112,1 milhões para R$ 310,2 milhões - e obteve o primeiro lucro operacional desde pelo menos 2005.

A Trip, sediada em Campinas, adquiriu a operação de passageiros da mineira Total no fim de 2007. Com esse movimento, sua oferta de assentos mais que dobrou. No ano passado, a Trip ainda recebeu mais quatro aeronaves turboélice da fabricante europeia ATR e fechou o ano com 21 delas.

O lucro operacional - entendido aqui como receita menos custos e despesas, antes dos resultados financeiros - chegou a R$ 22,6 milhões, contra prejuízo de R$ 13,3 em 2007 e perdas também nos dois anos anteriores.

"Os números mostram bem que a Trip alcançou uma escala mínima que permite rentabilidade", afirma José Mário Caprioli, fundador e presidente da empresa.

Os resultados financeiros negativos, contudo, impediram que a Trip fechasse 2008 também com lucro líquido. A companhia contabilizou R$ 24,2 milhões de perdas com a valorização do dólar sobre o seu passivo, que é atrelado à moeda americana. Apesar de a perda ser mais um efeito da contabilidade e não representar saída de caixa, coloriu de vermelho a linha final: a Trip teve prejuízo líquido de R$ 7,1 milhões, contra perda de R$ 16,9 milhões no ano anterior.

Para 2009, o objetivo da Trip é avançar no processo de ganho de escala e diluição de custos fixos. A companhia receberá oito aeronaves novas e pretende elevar a oferta de assentos em cerca de 70%. Segundo Caprioli, a projeção é fechar dezembro com uma receita de R$ 520 milhões.

A Trip está na etapa final para fechar um financiamento com o BNDES, diz Caprioli. Essa linha vai permitir a compra de cinco jatos 175 da Embraer. A entrega do primeiro avião estava marcada para esta semana, mas agora deve ocorrer até o fim de maio.

Enquanto não obtém esse crédito, a Trip conta com aportes da companhia aérea americana Skywest, que entrou na empresa brasileira em 2008, com US$ 5 milhões. Neste ano, aplicou outros US$ 15 milhões e uma quantia similar está prevista para 2010 - até que sua participação alcance 20%. O grupo capixaba Águia Branca também é sócio da Trip com uma fatia de cerca de 50%, além do próprio grupo Caprioli e da Total - esta com uma fatia reduzida.

Com Total, Trip amplia receita para R$ 310 milhões

Read More



Qantas anunciou nesta segunda-feira o adiamento dos pedidos de quatro aviões Airbus A380 e de 12 Boeing 737-800, devido à "deterioração rápida e significativa" do mercado, e informou que demitirá 500 empregados. A Qantas anunciou ainda uma redução de US$ 570 milhões em seus investimentos.

A companhia australiana, que havia realizado um pedido de vinte A380 para sua frota de longa distância, vai colocar dez destes aparelhos à venda.

Além dos 500 funcionários, a companhia poderá despedir outros 1.250 para defender sua viabilidade a longo prazo, destaca o comunicado.

A empresa australiana havia despedido 1.500 empregados, em julho de 2008, e 90 executivos, no mês passado.

A Qantas também revisou sua previsão de lucro anual, de US$ 350 milhões para entre US$ 70 milhões e US$ 140 milhões.

"Diante de uma deterioração rápida e significativa do estado do mercado nas últimas semanas", a Qantas adverte que novas previsões sobre lucro, ainda menos positivas, poderão ser divulgadas, caso a situação econômica continue a se deteriorar.

Qantas adia pedido de 16 aviões e anuncia demissões

Read More

Com expansão agressiva da oferta de voos e promoções, pequenas empresas puxam crescimento do mercado



Mariana Barbosa

O setor aéreo cresceu 4,7% no primeiro trimestre do ano no mercado doméstico, de acordo com dados divulgados ontem pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). Entretanto, o crescimento não foi puxado pelas líderes TAM e Gol, mas pelas pequenas Webjet, Oceanair, Azul e Trip. Considerando apenas TAM e Gol, o crescimento foi de 1,5% no trimestre, na comparação com o mesmo período de 2008. "As pequenas estão começando a ganhar participação de mercado em cima das grandes", avalia o analista de aviação da corretora Raymond James, Eduardo Puzziello.

O crescimento das pequenas se deu com uma expansão agressiva de oferta e por meio de promoções. "Mas temos de ver se esse crescimento vai ser sustentável em termos de receita, pois as pequenas estão crescendo com preços bastante competitivos", afirma Puzziello.

Para ele, a Azul gerou tráfego novo, mas também pode ter roubado passageiros da Gol - que viu sua demanda encolher 0,4% no trimestre. "Pelo perfil de clientes, a Azul deve estar crescendo em cima da Gol", diz. "Mas Gol e TAM não vão assistir a esse movimento quietinhas." Ele acredita que a temporada de promoções deve continuar até junho.

Com a competição acirrada e com medo de perder participação de mercado, o setor continua aumentando a oferta. No trimestre, enquanto a demanda cresceu 4,7%, a oferta de assentos por quilômetro subiu 10,2%, puxando a taxa de ocupação no mercado doméstico para 64% (ante 67% no ano passado).

A disputa entre as pequenas está acirrada. A Azul atingiu em março 2,23% de participação, quase um ponto porcentual acima da Trip, mas ainda abaixo de Oceanair (3,06%). Esta, por sua vez, começa a incomodar a Webjet, que chegou a 4,33% em janeiro, mas fechou março com 3,89%. TAM e Gol seguem folgadas na liderança, com 49,3% e 39,47%, respectivamente.

AJUSTES

Depois dos prejuízos bilionários registrados pela Gol e TAM em 2008, sindicatos dizem temer demissões em massa nas empresas. "Estamos ouvindo alguns rumores, mas nada de concreto", disse o presidente da Federação Nacional dos Trabalhadores em Transporte Aéreo (FNTTA), Uébio José da Silva. Ele solicitou uma reunião com o presidente da TAM, David Barioni, para tratar da questão.

Procurada, a TAM a diz que está em um esforço de redução de custos, mas que não planeja demissões.

"A Gol fez ajustes no último ano, mas não deixa de preocupar", diz Silva. A empresa convocou uma reunião esta semana para negociar com os trabalhadores um prazo maior para a compensação do banco de horas. Por lei, a empresa tem 30 dias para compensar as horas extras ou pagá-las. A Gol pede mais 60 dias. "Se for para preservar empregos, acredito que os funcionários não devem se opor", diz Silva.

TAM e Gol perdem participação

Read More

Tribunal Superior do Trabalho classifica de "equivocada" decisão do TRT de Campinas e corta indenização extra aos demitidos pela empresa



Mariângela Gallucci

Os sindicatos dos metalúrgicos perderam ontem no Tribunal Superior do Trabalho (TST) mais uma batalha jurídica na tentativa de suspender as 4.200 demissões feitas pela Embraer em fevereiro.

Também perderam o direito concedido pelo Tribunal Regional do Trabalho (TRT) da 15ª Região, com sede em Campinas, de serem indenizados até o dia 13 de março, e não dia 19 de fevereiro, data das demissões.

O presidente do TST, ministro Milton de Moura França, confirmou a validade das demissões e deixou claro que a Embraer não tem obrigação legal de pagar salário ou indenização extras aos trabalhadores só porque as negociações se estenderam até 13 de março. Para o ministro do TST, a decisão do tribunal regional foi "exótica" e "equivocada".

Milton França disse que nenhuma empresa é obrigada a negociar com sindicatos a dispensa de trabalhadores. "Embora louvável (a ideia de negociação), não procede, por absoluta falta de amparo legal (...) Não há, especificamente, nenhum dispositivo normativo que lhe imponha essa obrigação", disse o ministro.

No voto liminar, que vale até ao julgamento do mérito do recurso dos sindicatos, o presidente do TST revela preocupação com a ideia de, "ao arrepio da lei", os sindicatos imporem obrigações extras às empresas usando a crise econômica como justificativa - o que gera "insegurança e instabilidade jurídica".

O ministro admite que as demissões criam uma situação "inquestionavelmente dramática", mas ele acrescenta: "Independentemente de crises, por mais graves que sejam, é fundamental que todos, sem exceção, submetam-se à normatização vigente".

Para o TST, como "os trabalhadores dispensados não estavam protegidos por estabilidade ou garantia de emprego" a Embraer fez tudo dentro da lei, "exercitando seu direito de legitimamente denunciar contratos de trabalho". E concluiu: "Todo esse contexto revela o equívoco da decisão, se considerado que as dispensas foram em caráter definitivo, em 19/2/2009, e todas elas acompanhadas do devido pagamento de indenizações, parcelas manifestamente incompatíveis com a projeção da relação empregatícia até 13/3/2009", afirmou o ministro.

TST suspende decisão ''exótica'' sobre a Embraer

Read More

09 abril 2009


O governo do Uruguai negocia junto ao Paraguai a possibilidade de fabricar peças e acessórios para a Empresa Brasileira de Aeronáutica, a Embraer, informaram nesta quarta-feira fontes oficiais de Montevidéu.

A iniciativa já foi discutida pelo secretário-geral do Ministério da Indústria do Uruguai, Adalberto Fried, e pelo vice-ministro de Indústria do Paraguai, Walter Bogarin, que agora pretendem levar sua proposta à empresa.

“O Uruguai tem capacidade para colaborar em algumas áreas, como a provisão de acessórios ou peças”, disse o diretor nacional de Indústria do Paraguai, Roberto Kreimerman.

A expectativa dos dois governos é que as negociações vinguem porque a Embraer tem a intenção de reduzir custos por causa da crise econômica internacional. Neste contexto, adquirir insumos de países do Mercosul seria uma opção mais viável.

Caso a parceria saia, o Paraguai espera obter inclusive linhas de financiamento para incrementar seu parque industrial e criar 10 mil postos de trabalho. Segundo Kreimerman, o Uruguai, por sua vez, tem interesse em participar na fabricação de produtos com alto conteúdo tecnológico e que exija mão-de-obra qualificada.

Paraguai e Uruguai podem fabricar peças para a Embraer

Read More

06 abril 2009

Fabricante afirma que o direito a voto de acionistas não brasileiros está restrito desde a reestruturação da empresa, em 2006.



Por Marli Olmos e Graziella Valenti, de São Paulo

O debate em torno das 4,2 mil demissões na Embraer atingiu a esfera da estrutura acionária da fabricante de aviões. O Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos, que defende que a companhia volte a ser estatal, questiona o número de estrangeiros que possuem ações. A empresa argumenta que o direito a voto dos estrangeiros está restrito desde a reestruturação da empresa, em 2006.

Dirigentes do sindicato procuraram a direção nacional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) na sexta-feira para pedir ajuda na análise do peso dos estrangeiros no capital da empresa.

Segundo o sindicato, 70% das ações da Embraer estão nas mãos de capital estrangeiro. "Essa situação contraria diretamente a legislação brasileira e o edital de privatização da empresa", destacou a entidade em nota divulgada à empresa. Segundo a entidade, a OAB vai realizar um estudo sobre a atual situação acionária da Embraer.

A Embraer não divulgou quantas ações pertencem a estrangeiros. Porém, a empresa explica que de qualquer maneira o poder de voto dos estrangeiros é limitado.

Segundo o diretor de mercado de capitais da Embraer, Carlos Eduardo Camargo, a reestruturação societária da companhia, em 2006, uma cláusula limitou o poder de voto para estrangeiros.

A cláusula estabelece que a quantidade de votos de estrangeiros nunca poderá ser superior a um terço do total de votos presentes em uma assembleia. "O que determina o controle é o poder de voto", destaca Camargo.

Segundo o executivo, 51,5% das ações da Embraer são negociadas na Bolsa de Valores de Nova York. "Mas não sabemos quantos brasileiros negociam em Nova York e nem tampouco quantos estrangeiros negociam na Bovespa", completa Camargo.

A Embraer é uma companhia de capital difuso, ou seja, não há um sócio único ou grupo organizado com a maioria das ações ordinárias. Não há nem mesmo um acordo de acionistas.

Os três maiores acionistas são Previ, Caixa de Funcionários do Banco do Brasil, Companhia Bozano e o fundo Janus Capital, que somados detêm pouco mais de 28% das ações ordinárias. Os dois primeiros eram os controladores da empresa antes da reestruturação e adesão ao Novo Mercado da Bovespa, em 2006, operação que resultou na pulverização do capital.

Do capital total, além dos 51,5% em formato de recibos de ações negociados na Bolsa de Nova York (ADRs), cerca de 20% das ações da empresa estão distribuídas entre acionistas que detêm menos de 5% do total dos papéis, que podem ser brasileiros ou estrangeiros.

Formar um novo bloco de controle ou de poder na Embraer envolve alguns desafios, criados na época da reestruturação, justamente para evitar que isso ocorra. Primeiramente, o estatuto social da empresa impede que um acionista, sozinho ou em grupo organizado, tenha poder de voto superior a 5% do capital da empresa.

Além disso, limita a capacidade de votos dos acionistas estrangeiros a, no máximo, 40%. O objetivo dessas cláusulas é justamente preservar o princípio da privatização da companhia, ratificado em 2000 pela Advocacia Geral da União (AGU).

Por fim, aquele que atingir uma fatia de 35% das ações ficaria obrigado a comprar as ações de todos os demais investidores com prêmio de 50% sobre um valor cujo sistema de cálculo, previamente estabelecido no estatuto, já seria elevado frente ao preço de mercado. Com tal sistema, é excessivamente caro e, portanto, pouco atrativa a ideia de formar um bloco majoritário - sem contar que a iniciativa teria que antes passar pelo veto da União Federal sobre o assunto.

Sindicato contesta fatia de estrangeiros na Embraer

Read More


José Romildo

Maceió, Alagoas (02/04/2009) – Ao participar da abertura do Nordeste Invest 2009, na última terça-feira (31/03), em Maceió, o ministro da Defesa, Nelson Jobim, afirmou que um dos maiores problemas da malha viária é a ausência de conexões aéreas entre dezenas de cidades da Região. Conforme disse, não há linhas aéreas entre as cidades Nordeste, e sim entre elas e os aeroportos de Brasília, Rio e São Paulo.

Tal situação, no entender de Jobim, gera prejuízos aos passageiros, que são obrigados muitas vezes a viajar até Brasília, vindo de uma das capitais do Nordeste, antes de desembarcar em outra grande cidade de um Estado vizinho.

Para corrigir essa situação, de acordo com o ministro, é necessário incentivar a aviação regional, a única capaz de garantir a continuidade de linhas regulares entre cidades de médio porte. O ministro destacou dois possíveis incentivos. Um deles, que depende de autorização do Ministério da Fazenda, seria a diferenciação de alíquotas tributárias para as empresas aéreas que realizem voos entre cidades de baixa e média densidade.

Outro incentivo seria a garantia de exclusividade aos voos de empresas aéreas que descobrem, graças a seus esforços operacionais, novas linhas entre municípios, que se mostrem rentáveis. Tal garantia, segundo o ministro, é necessário para evitar a ação de empresas de grande porte que, graças ao seu poderio econômico, operam com tarifas baixas até inviabilizar os voos da empresa que inaugurou o trajeto.

Depois de defender a intervenção do governo em favor da aviação regional, o ministro Jobim considerou essa iniciativa como um fator favorável à normalização das rotas aéreas nacionais. “O mercado que não gosta de intervenção é o mercado nacional doméstico. Lá não vamos mexer. Vamos tentar mexer no mercado de baixa e média densidade”, acrescentou.

A apresentação do ministro Nelson Jobim sobre a malha aérea foi elogiada pelo governador de Alagoas, Teotônio Vilela Filho, que organizou o Congresso Nordeste Invest 2009. O governador de Pernambuco, Eduardo Campos, também presente, afirmou que levará as propostas do ministro Jobim para ser discutida por todos os governadores nordestinos.

Jobim propõe incentivos para ligações aéreas entre cidades de médio porte

Read More

03 abril 2009



Marli Olmos, de São Paulo

A queda no volume de encomendas entre 35% a 40% levou a Winnstal, uma pequena empresa nacional que fornece peças estampadas para a Embraer , a demitir 16 trabalhadores esta semana.

Embora pequena, a quantidade de cortes equivale a mais de 11% do quadro da empresa, que nasceu em São José dos Campos (SP) há dez anos.

"Estávamos tentando segurar desde janeiro", explica Eny Pasqualini, diretor-presidente. Mas a certeza de que a crise chegou ao setor de Aviação levou a direção da empresa desistir de esperar mais.

O Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos, que fez uma manifestação em frente a empresa ontem, informou que os 93 empregados que ficaram na Winnstal fizeram uma greve. Mas a empresa desmente a informação.

"Nesse setor ninguém gosta de demitir porque custa muito dinheiro treinar os profissionais", destaca Pasqualini. Por outro lado, a Winnstal também fornece para o setor de telecomunicações, que mostra perspectivas de crescimento, diz o executivo.

A Embraer iniciou ontem um programa chamado de apoio aos empregados que foram demitidos em 19 de fevereiro. Nos próximos dias, cada um dos 4,2 mil trabalhadores dispensados receberá uma carta com detalhes do programa, que engloba: orientações para elaboração de currículo, criação de um quadro de vagas disponíveis em outras empresas, envio de currículos para as empresas que procurarem a Embraer para pedir indicações e plantão de uma equipe de recursos humanos durante este mês para orientações.

A Embraer informa que tem sido procurada por empresas de diversos setores interessadas em contratar o pessoal que deixou a companhia.

Fornecedor da Embraer corta 11% do efetivo

Read More

Companhia aérea registrou prejuízos de R$ 16 milhões em 2008



Roberta Campassi, de São Paulo

A Azul, que iniciou voos em dezembro, projeta lucros a partir de 2010, quando "operará em mais aeroportos e com maior quantidade de aeronaves", informou a empresa no balanço financeiro de 2008 divulgado ontem. Em fevereiro o presidente do conselho da Azul, David Neeleman, disse que a empresa poderia começar a lucrar já no segundo semestre deste ano.

A Azul vem elevando o número de rotas e a taxa de ocupação nos voos e, em fevereiro, ficou com 1,7% do mercado de voos domésticos. Para enfrentar a concorrência acirrada com Gol e TAM, vem praticando tarifas promocionais.

A montagem das operações da empresa começou no início de 2008, mas os primeiros voos comerciais decolaram apenas no dia 15 de dezembro. Por isso, foram registrados apenas 17 dias de receita em 2008 contra vários meses de gastos. Assim, a Azul fechou o ano com prejuízo líquido de R$ 16,2 milhões. Ele teria sido maior não fosse um resultado financeiro positivo de R$ 24 milhões e o imposto de renda e contribuição social diferidos no total de R$ 7,8 milhões.

No lado operacional, que leva em conta receita menos custos e despesas antes do resultado financeiro, o prejuízo foi de R$ 48 milhões. Despesas gerais e administrativas somaram R$ 35,6 milhões e o custo dos serviços prestados, R$ 11,2 milhões. A receita líquida foi de R$ 3,4 milhões. Os números referem-se à Azul S.A., que controla a Azul Linhas Aéreas e a Canela Investimentos, subsidiária no Estado americano de Delaware - um paraíso fiscal - que adquire aeronaves e as arrenda para a Azul Linhas.

A empresa tem capital de R$ 334,8 milhões dividido em 1,3 milhão de ações preferenciais e 2,5 milhões de ordinárias. O valor se aproxima do investimento de US$ 200 milhões anunciado pela companhia - US$ 150 milhões inicialmente e outros US$ 50 milhões, mais tarde -, se considerada a cotação média do dólar em 2008, de R$ 1,84. No fim de 2008, a Azul tinha R$ 233,3 milhões em caixa.

Segundo o balanço, a empresa tem obrigações de cerca de R$ 2,9 bilhões relacionadas a compra ou arrendamento de um total de 39 aviões - a maior parte dos pagamentos ocorrerá daqui a cinco anos ou mais. A Azul vem buscando recursos com o BNDES e bancos estrangeiros.

Neeleman é o controlador da Azul, mas o quadro societário não foi divulgado. Sabe-se que tem entre seus sócios fundos de investimentos americanos (como o Pequot Capital), o fundo brasileiro Gávea, e o grupo Bozano, do empresário Júlio Bozano.

Azul projeta seu primeiro lucro a partir de 2010

Read More

O VICE-PRESIDENTE DA TAM PARA ASSUNTOS COMERCIAL E PLANEJAMENTO CONCEDEU UMA ENTREVISTA EXCLUSIVA A ESTA COLUNA FALANDO SOBRE O CRESCIMENTO DA EMPRESA CRIADA PELO SAUDOSO COMANDANTE ROLIM ADOLFO AMARO



Gilberto Amaral

A TAM vai lançar novas rotas internacionais neste ano?

Paulo Castello Branco: Nosso plano de expansão no mercado internacional é de longo prazo e foi mantido, com base em nossos estudos sobre a demanda em determinados segmentos. Neste ano de 2009, pretendemos iniciar a operação de uma nova rota internacional de longo curso, que será anunciada oportunamente.

Boeing 777-300ER?

PCB: Nos últimos meses, começamos a operar rotas ligando o Brasil a Lima, no Peru, e a Orlando, nos Estados Unidos. Além disso, lançamos novos voos para Miami e Nova York partindo do Rio de Janeiro e aumentamos a oferta em nosso voo diário para Londres, no Reino Unido, colocando em operação as novas aeronaves Boeing 777-300ER com 365 assentos nas classes Executiva e Econômica

E o crescimento da TAM?

PCB: As estatísticas oficiais da ANAC mostram que no primeiro bimestre de 2009 o tráfego aéreo de passageiros-quilômetros da TAM no segmento de vôos internacionais operados por companhias brasileiras cresceu 14,4% em relação aos primeiros dois meses do ano passado, comparado a uma redução de 9,4% de todo esse setor no mesmo período. A taxa de ocupação em nossos voos internacionais no primeiro bimestre deste ano foi de 75%. O resultado foi o crescimento de nossa participação para 84,8% nesse segmento.

A TAM mantém o seu plano de ingresso na Star Alliance mesmo com a crise no mercado internacional de aviação?

PCB: A adesão da TAM à Star Alliance, maior aliança global do mundo, foi o resultado de um planejamento estratégico de longo prazo com o objetivo de expandirmos nossas operações no exterior e consolidarmos a companhia como uma das principais empresas no mercado mundial de aviação.

Acreditamos que no primeiro trimestre de 2010 teremos concluído o processo de integração à aliança e a partir daí nossos clientes terão acesso facilitado mesmo a mercados mais distantes de nosso continente, pois sempre haverá um parceiro bem localizado para estender serviços diferenciados – como o acesso a salas VIP e pontuação em programas de fidelização –, facilidades essas que a TAM sozinha não poderia oferecer. A ideia é estender ao passageiro uma experiência de viagem simples e integrada, facilitando sua vida.

A TAM aumentará significativamente a sua rede internacional de distribuição por meio dos parceiros Star Alliance. Além disso, vai oferecer mais destinos internacionais na sua malha aérea incluindo Brasília. Com isso, esperamos um aumento de receita, que crescerá gradativamente ao longo dos próximos anos.

E como estão os voos domésticos?

PCB: Ainda de acordo com as estatísticas da ANAC, no primeiro bimestre deste ano o tráfego aéreo de passageiros-quilômetros nos voos domésticos da TAM cresceu 5,7% em relação a 2008. Acima, portanto, do crescimento de 5,1% de todo o setor da aviação comercial brasileira. A taxa de ocupação de nossas aeronaves foi acima da média do mercado e considerada satisfatória, de 67%.

A TAM cresce como queria Rolim e Brasília está nos seus planos

Read More



A 10ª Câmara Cívil do Tribunal de Justiça do Rio condenou a empresa aérea Gol a pagar 15 salários mínimos (cerca de R$ 7 mil) por mês à família de um empresário vítima do acidente com o voo 1907, em setembro de 2006. No choque entre o Boeing da Gol e um jato Legacy, 154 pessoas morreram. A família, composta pela mulher e pelos dois filhos da vítima, não quis ter a identidade divulgada. Ainda cabe recurso.

O desembargador Celso Peres, em sua decisão, disse que "neste caso, a responsabilidade da empresa independe da verificação de sua culpa, pois é evidente que a morte do empresário implicou em perda material no orçamento de sua esposa e de seus filhos".

O advogado Leonardo Amarante, que representa esta família e outras 55 no caso do acidente, disse que a decisão de Peres foi dada em recurso interposto em razão de uma decisão em primeira instância. Na ocasião, o juiz entendera incabível a concessão da pensão no início do processo, em decorrência da suposta falta de comprovação de culpa da empresa Gol.

Gol deverá pagar família de vítima

Read More

Segundo a empresa canadense, que também produz equipamentos de transporte ferroviário, queda na entrega de aviões será de 25% este ano



TORONTO

A companhia canadense Bombardier, principal rival da Embraer no mercado de aviação, anunciou ontem o corte de 3 mil empregos, ou cerca de 10% de sua mão de obra. A medida ocorreu em razão da queda na demanda dos jatos executivos produzidos pela empresa, que deverá continuar fraca no futuro próximo. Segundo a Bombardier, a redução na entrega de aviões deste tipo será 25% menor.

De acordo com a empresa, os cortes ocorrerão em unidades localizadas no Canadá, Estados Unidos, México e Irlanda do Norte até o final do ano. Em fevereiro, outras 1.360 pessoas já haviam sido dispensadas para ajustar a produção dos jatos Learjet e Challenger.

A demanda por essas aeronaves caiu repentinamente, segundo a companhia. "As pessoas desistem de comprá-las na última hora. É o mercado em que operamos", disse Guy Hachey, presidente e diretor de operações da Bombardier Aerospace. Segundo ele, a companhia poderá fazer novos cortes se os mercados encolherem ainda mais. "Essa recessão é global. Todos os nossos clientes foram atingidos."

Os cortes ocorrem meses depois de os legisladores americanos criticarem executivos do setor automotivo por usarem jatos particulares em suas viagens para Washington, onde foram pedir ajuda financeira.

Duas das maiores fabricantes de aviões particulares e comerciais - a Cessna e a Hawker Beechcraft - lançaram campanhas publicitárias para dizer aos executivos das empresas que ignorem as críticas e continuem comprando aviões.

O enxugamento anunciado ontem ocorreu em um momento em que a Bombardier registra um aumento dos lucros e do faturamento, tanto no quarto trimestre quanto em todo o exercício fiscal. Em 2008, a companhia registrou lucros anuais de US$ 1 bilhão pela primeira vez em sua história.

A fábrica de Montreal será a mais afetada, com a demissão prevista de 1.030 funcionários. Serão outros 475 cortes em Toronto, 975 em Belfast, 470 nos Estados Unidos e 50 no México.

"Foi muito difícil tomar essas decisões, mas elas se tornaram necessárias para manter a companhia em uma posição viável na atual conjuntura e para adequar a produção à redução da demanda do mercado", afirmou Hachey.

Na Irlanda do Norte, os cortes anunciados pela Bombardier foram definidos como "um enorme golpe". A Bombardier é a maior indústria da Irlanda do Norte, onde emprega cerca de 5,3 mil funcionários, além de 700 subcontratados.

Os funcionários subcontratados foram os primeiros demitidos, enquanto as lideranças sindicais negociarão os pacotes de indenização para os que foram contratados há mais tempo. "Trata-se de um golpe enorme, não só para a economia de Belfast Leste, mas também para toda a Irlanda do Norte", afirmou o primeiro-ministro do país, Peter Robinson.

Bombardier, rival da Embraer, demite 3 mil

Read More

Gol levará 16 voos para o Santos Dumont, do total de 76 que opera. Webjet mudará três com destino a Brasília



Erica Ribeiro

O Aeroporto Internacional Antônio Carlos Jobim (Galeão) perderá parte de seus voos para o Santos Dumont, que começa a ganhar uma nova malha aérea com a ampliação de rotas além da ponte aérea Rio-São Paulo. A alteração já faz parte dos planos das empresas que fizeram pedidos à Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) para voar do Santos Dumont. Já é certa a redução da malha aérea no Galeão por parte de companhias como Gol, TAM, Ocean Air e Webjet. Gol e Webjet, inclusive, já fecharam a conta de quantos de seus voos serão transferidos.

A Gol pediu autorização à Anac para voar para Brasília, Belo Horizonte e Vitória. De acordo com o diretor de Relações Institucionais da Gol, Alberto Fajerman, dos 76 voos diários que são operados nestes destinos via Galeão, 16 irão para o Santos Dumont.

- Hoje, temos 11 voos para Brasília saindo do Galeão. Destes, cinco vão para o Santos Dumont.

O mesmo acontecerá com Belo Horizonte. Dos oito em operação no Galeão, cinco vão para o Santos Dumont e, no caso de Vitória, teremos dois voos no Galeão e os outros cinco ficarão no Santos Dumont - explica Fajerman.

A Webjet também irá transferir do Galeão para o Santos Dumont três de seus seis voos para Brasília, segundo Wagner Ferreira, presidente da empresa. A Webjet solicitou à Anac e aguarda a autorização para dez voos no Santos Dumont, cinco para Brasília e cinco para Belo Horizonte.

Até o momento, apenas a Azul Linhas Aéreas Brasileiras já está voando do Santos Dumont com destino a Campinas. A empresa, que solicitou 14 voos para este destino, teve todos autorizados e 12 estão em operação. A TAM foi a segunda empresa a receber autorização da Anac. Dos 34 voos solicitados, 22 já foram autorizados para Belo Horizonte, Curitiba, Recife, Salvador e Vitória. Os bilhetes para Recife e Salvador já estão à venda e as rotas entram em operação no dia 17 de abril. A empresa não informou quantos voos serão transferidos deste aeroporto para o Santos Dumont.

Para Fajerman, da Gol, que espera começar a voar do Santos Dumont a partir de 22 de abril, a transferência não significa esvaziamento do Galeão. Ele aposta no crescimento do Rio como atrativo para trazer mais voos internacionais.

- O Rio está se tornando um destino desejado. Além disso, com a saturação de Guarulhos, que em alguns horários não dispõe de espaço para voos internacionais, o Rio pode e deve se beneficiar.

Especialistas também não consideram ainda a saída de voos do Galeão para o Santos Dumont um esvaziamento e apostam na oportunidade que o Galeão tem de ampliar voos internacionais com a saturação do Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo.

Para o consultor em aviação Paulo Bittencourt Sampaio será necessário equilíbrio para evitar uma "corrida desenfreada" para o Santos Dumont.

- Mas não se pode evitar a abertura do Santos Dumont. Se São Paulo pode ter dois aeroportos, por que não o Rio? - questiona.

Falta de licença ambiental não é mais problema

A falta de uma licença de operação adequada à nova configuração do aeroporto, que chegou a ser apontada pelo governo do estado como um impedimento para que as destinos além da ponte aérea fossem realizados, deixou de ser assunto urgente. De acordo com a Coordenadoria Integrada de Combate a Crimes Ambientais, a falta da licença continua sendo " um problema" mas, como não se trata de crime ambiental grave, é possível esperar pela solicitação de uma nova licença. O assunto deixou a esfera ambiental e, segundo o coordenador Rodrigo Sanglard, está sob cuidados da Casa Civil do governo do Rio.

Empresas aéreas vão transferir voos do Galeão

Read More

31 março 2009

Curado se prepara para dois anos ruins: "Defesa é um setor mais estratégico, não sujeito às variações econômicas"

Sergio Zacchi

Graças ao vigor das vendas no período que antecedeu a crise mundial, a Embraer ainda tem condições de enfrentar de maneira equilibrada as turbulências que, segundo prevê o presidente da companhia, Frederico Curado, devem se estender até 2010. Mesmo assim, a fabricante de aeronaves brasileira tem pela frente o desafio de reduzir a excessiva dependência da venda de jatos comerciais para os Estados Unidos. Para isso, a empresa precisa mudar o foco dos negócios.

Uma das alternativas é incrementar a atividade de serviços e gestão de peças. Em 2008, essa área representou 9% da receita. Mas a companhia planeja aumentar as vendas desse segmento. Em 2008, os serviços aeronáuticos renderam à Embraer um faturamento em torno de US$ 600 milhões. O objetivo é ampliar a receita para US$ 800 milhões ainda este ano.

Os serviços abrangem de reparos de componentes e gestão de peças a equipamentos para treinamento. Desde o ano passado, a Força Aérea da Colômbia conta com um sofisticado simulador fornecido pela Embraer para treinamento fora do avião. Este mês a companhia assinou um contrato de dez anos com a Japan Airlines (JAL) para o fornecimento de peças de reposição para os jatos Embraer 170 operados pela J-AIR, subsidiária da JAL que faz voos regionais no Japão.

"A diversificação da atividade é uma fonte de receita", afirma Curado. Ele conta que para poder atender aos clientes em todas as regiões a empresa tem centros de peças no Brasil, Europa, Cingapura, China e Estados Unidos.

Crise obriga Embraer a diversificar atuação

Read More


com Folha de S.Paulo

A forte oscilação cambial no final de 2008 que vitimou várias empresas brasileiras não deixou a TAM incólume: a companhia área anunciou perdas da ordem de R$ 1,36 bilhão no ano passado, ante um lucro líquido de R$ 505 milhões no exercício de 2007. O principal motivo foram as operações de hedge (proteção) de combustível e pela valorização do dólar ante o real.

As perdas foram concentradas principalmente no quarto trimestre, quando a companhia área teve perdas de R$ 1,12 bilhão, ante um lucro de R$ 118,5 milhões no trimestre final de 2007.

O lado financeiro foi a principal origem do prejuízo da companhia. No quarto trimestre, a TAM registrou uma despesa financeira líquida (já descontadas as receitas com aplicações financeiras) de R$ 1,963 bilhão, com o impacto das variações cambiais calculado em R$ 815 milhões. No exercício de 2007, a companhia havia registrado uma receita financeira líquida (que superava as despesas) em R$ 46,2 milhões no último trimestre de 2007.

A receita operacional líquida totalizou R$ 2,92 bilhões no quarto trimestre, em um incremento de 28,2% sobre o último trimestre de 2007.

"Atingimos excelentes resultados operacionais no ano passado e o nosso caixa é bastante robusto. O ano de 2009 é certamente desafiador, mas acreditamos na recuperação do mercado no final do ano e estaremos bem posicionados para atendê-lo", afirma David Barioni Neto, presidente da TAM, em nota.

Demanda

O relatório da TAM destaca descompasso entre a evolução da demanda, que cresceu apenas 0,3% no quarto trimestre do ano passado em relação a igual período de 2007, e a da oferta, que aumentou 10,2%. Com isso, a taxa de ocupação das aeronaves ficou em 63,7%. Nos últimos três meses do ano anterior, haviam sido 70,4%.

O mercado internacional, ainda segundo o comunicado da TAM, apresentou crescimento na demanda de 0,9% e de 4,5% na oferta das companhias aéreas brasileiras. Com isso, a taxa de ocupação baixou de 70,9% para 68,5%, quando se comparam os números dos últimos trimestres de 2007 e 2008, respectivamente.

Para 2009, a TAM prevê que o ritmo de crescimento do mercado vá diminuir. Em vez da faixa de 5% a 9%, a demanda deve se acomodar na faixa de 1% a 5%.

TAM anuncia prejuízo de R$ 1,36 bilhão em 2008

Read More

Header Ads

Copyright © Aeronauta | Designed With By Blogger Templates
Scroll To Top