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04 março 2009



Sonia Racy

Enquanto se esforça para encontrar algo além do trâmite legal para oferecer aos 4,2 mil funcionários que serão demitidos da Embraer, Frederico Curado, dirigente da fabricante de aviões, sofre desgaste duplo:

1. Teve que escolher mandar alguns embora para poder preservar outros. O inverso do que fez nos últimos cinco anos quando a ex-estatal contratou 10 mil dos atuais 17 mil funcionários.

2. Ter que esclarecer o processo Embraer. Exemplo: "Fazem confusão. Não devemos ao BNDES. Os grandes devedores do banco são os compradores dos aviões financiados", explica. A empresa usa financiamento da instituição só para o pré-embarque, operação de curto prazo.

A fabricante, segundo contou Curado à coluna, viveu o processo da crise na Aviação em 2001. Naquela ocasião teve que dispensar 15% do efetivo. "O mercado se recuperou e, mesmo sem que ninguém nos obrigasse a contratar, foi o fizemos."

Hoje, o mercado sumiu para todos. "Somente a demanda da Aviação executiva caiu... 60% . Um de cada cinco aviões desse tipo está à venda. O que podemos fazer contra isso?", pergunta.

E compara: a Boeing acaba de mandar 10 mil embora e a Cessna, um terço do efetivo. "Não tiveram alternativa, como nós". Amanhã, Curado leva essas explicações ao Tribunal Regional do Trabalho, em Campinas.

Embraer: ar rarefeito

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Cabral promete elevar ICMS para impedir operação e garantir privatização do Galeão



A Azul Linhas aéreas conseguiu liminar para usar o Aeroporto Santos Dumont como base de seus vôos para São Paulo, superando a oposição do governador Sérgio Cabral, que tentava bloquear a iniciativa da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) de abrir o terminal a todas as companhias aéreas. Atualmente, o Santos Dumont – que passou recentemente por reforma de R$ 300 milhões – é usado basicamente pela Gol e pela TAM para voos da Ponte aérea Rio São Paulo.

A liminar em favor da Azul foi concedida pelo desembargador João Batista Moreira, do Tribunal Regional Federal (TRF) da 1ª Região. O magistrado determinou que a agência reguladora reavalie os pedidos da Azul para voar no aeroporto carioca em um prazo de 10 dias.

Paralelamente, a diretoria da Anac decidiu liberar o uso do Aeroporto Santos Dumont para aviões maiores e voos mais longos. O espaço era restrito para aviões de até 50 assentos e para ponte aérea. A decisão deve ser publicada no Diário Oficial da União até sexta, quando deve começar a valer.

A mudança contrariou o governador do Rio, Sérgio Cabral, para quem o uso do Santos Dumont por aviões de maior porte, além dos da Gol e da TAM, esvaziaria o interesse da iniciativa privada na licitação que o estado pretende abrir para a exploração do serviço. Em retaliação, Cabral anunciou ontem, em Brasília, a intenção de aumentar o ICMS cobrado no Santos Dumont para inibir o uso por outras companhias aéreas.

Nova ponte aérea

O presidente da Azul, Pedro Janot, comemorou a decisão, ao dizer que tão logo a Anac cumpra a decisão do TRF, vai iniciar a operação de uma ponte aérea entre o Santos Dumont e o aeroporto de Viracopos, em Campinas, com 10 voos diários. Isso poderá acontecer até antes do fim de março.

Janot argumenta que a decisão judicial corrige o contrassenso de um aeroporto recentemente reformado com dinheiro público estar operando com um terço de sua capacidade. O Santos Dumont tem potencial para acolher 8,5 milhões de passageiros por ano, mas hoje opera com apenas 3 milhões de passageiros ano.

– A decisão atende preceitos elementares de Justiça, pois o Santos Dumont está praticamente ocioso. O Estado está subsidiando o serviço do duopólio, na quarta rota mais viajada do mundo. Como contraponto, o presidente Lula pede que as empresas comprem aviões para ajudar na sustentação da Embraer. Nós estamos aqui querendo comprar aviões da Embraer. De imediato seriam pelo menos mais 10 EMB 190, um avião desenhado para aeroportos centrais do mundo, como o Santos Dumont. E tendo que enfrentar obstáculos criados pela prefeitura e pelo governo do Rio de Janeiro.

Justiça libera Santos Dumont para Azul

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Com dívidas de R$370 milhões, empresa quer recuperação judicial



A VarigLog, uma das principais empresas de carga aérea do país, entrou ontem com pedido de recuperação judicial na 1ª Vara de Falências do Tribunal de Justiça de São Paulo. Na ação, a companhia - envolvida em disputas societárias - alega dívidas de R$370 milhões com diferentes fornecedores. A empresa analisa o pedido desde janeiro deste ano. A companhia alega que a crise global e a retração do mercado dificultaram a obtenção de crédito. Ontem, a VarigLog enviou comunicado a funcionários e franqueados dizendo que a briga judicial entre os sócios resultou em "depósitos embargados", comprometendo, assim, a operação.

No mesmo comunicado, a empresa afirma que, a partir de fevereiro, "as receitas dos principais contratos passaram a ser penhoradas, tornando insustentável a manutenção das operações".

Segundo advogados que acompanham o caso, em apenas dois meses a empresa teve quatro administradores. Se a recuperação judicial for concedida, os processos contra a empresa ficam suspensos. A VarigLog mantém ainda operações a partir de Guarulhos e Viracopos para algumas cidades do Brasil, Buenos Aires e Santiago do Chile.

Em 2005, a VarigLog foi vendida à Volo do Brasil, empresa em que tinha como sócios três brasileiros e o fundo americano Matlin Patterson. Em 2007, os sócios brasileiros e o fundo iniciaram disputas na Justiça envolvendo cobranças de dinheiro. No ano passado, o Matlin conseguiu tirar os brasileiros da sociedade. Como a lei não permite que um estrangeiro controle uma companhia aérea, a situação societária da empresa ficou em aberto. A VarigLog conseguiu liminares para operar mesmo tendo um controlador estrangeiro, mas teve dificuldades para conseguir crédito com bancos, por exemplo.

VarigLog pede socorro na Justiça

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Há oportunidades para profissionais de nível médio, superior e técnico. Vagas são para formação de cadastro de reserva, mas no último concurso estatal chamou 2.600 pessoas



A Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária (Infraero) abre, a partir do dia 16 deste mês, as inscrições para o concurso destinado à formação de cadastro de reserva para profissionais do nível médio, técnico e superior. Há diversas oportunidades para o Recife e, apesar de se tratar de cadastro de reserva, a estatal tem a tradição de contratar os selecionados. No último concurso realizado, em 2003, foram contratados 2.600 aprovados em todo o País. Quem passar terá seu contrato regido pela Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT).

No Recife, para os cargos de nível superior, há oportunidades para assistente social, biólogo, jornalista, relações públicas, pedagogo, psicólogo, administrador, advogado, contador, economista, médico do trabalho, analista de sistemas, arquiteto, engenheiro ambiental, civil, de infra-estrutura aeronáutica, de segurança no trabalho, de telecomunicações, eletricista, eletrônico, mecânico, mecatrônico, químico, sanitarista, meteorologista. Há algumas outras opções de profissionais de nível superior para unidades de outros Estados e também há diversas opções, na capital pernambucana, para profissionais de nível médio.

PRAZOS

As inscrições, que começam dia 16, terminam no dia 3 de abril e podem ser realizadas pelo site da empresa responsável pelas provas, a Fundação Carlos Chagas (www.concursosfcc.com.br). As provas estão marcadas para acontecer no dia 21 de junho. Para os cargos de nível médio o salário inicial é de R$ 1.557, para os técnicos a remuneração é de R$ 2.224 e os de nível superior os vencimentos variam de R$ 3.012 a R$ 3.731, todos com jornada de trabalho de 40 horas semanais.

Depois de abertas as inscrições (cujas taxas são de R$ 51,37 e R$ 66,37), o candidato interessado poderá solicitar a isenção da taxa. Para isso, terá de se cadastrar até o dia 20 e comprovar que está inscrito no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico), com renda mensal familiar inferior a R$ 1.395 ou individual de R$ 232,50 por pessoa da família.

Nas provas serão exigidos de todos os candidatos conhecimentos básicos de português, legislação e conhecimentos específicos para cada cargo pretendido. Para os candidatos de nível superior, também será exigida a elaboração de uma redação. No caso dos cargos de nível médio, ainda cairão questões de matemática e noções de informática.

Infraero com vaga para o aeroporto

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Desembargador João Batista Moreira, do TRF da 1ª Região, acatou o argumento da empresa aérea



Roberta Campassi, de São Paulo

A Azul obteve ontem uma decisão liminar favorável em segunda instância para voar no Santos Dumont, aeroporto central do Rio de Janeiro que hoje está limitado a certos tipos de operação pela portaria 187 da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).

O desembargador João Batista Moreira, do Tribunal Regional Federal (TRF) da 1ª Região, acatou o argumento da empresa aérea de que a portaria vigente contradiz a lei de criação da Anac (11.182/05) e determinou que a agência reguladora reavalie os pedidos da Azul para voar no aeroporto carioca num prazo de dez dias.

Nessa reavaliação, segundo a liminar, a Anac deverá levar em conta apenas a sua lei de criação. Os detalhes da decisão foram fornecidos pela assessoria de imprensa do TRF.

A portaria 187 limita o aeroporto carioca a voos para Congonhas, em São Paulo, e operações de turboélices de até 50 assentos, de forma que empresas que operam aviões maiores do que esses ou que não tem espaços de voo em Congonhas ficam impedidas de usar o Santos Dumont. A lei que criou a Anac, contudo, assegura a exploração de quaisquer linhas pelas companhias, desde que as condições de segurança e capacidade operacional dos aeroportos sejam atendidas.

A Azul entrou com ação na Justiça para voar no Santos Dumont no fim de janeiro, mas teve o pedido negado em primeira instância. Agora, com a decisão do TRF, poderá requisitar a Anac quaisquer voos no Santos Dumont, embora seu pedido inicial à Justiça contemplasse apenas as operações entre o aeroporto carioca e Viracopos, em Campinas (SP). A agência informou ontem, por sua assessoria de imprensa, que não havia sido comunicada da decisão do TRF. A Azul não quis se pronunciar.

A abertura do Santos Dumont já vem sendo defendida pela Anac e foi alvo de uma consulta pública. O órgão regulador afirmou diversas vezes que tomaria uma decisão sobre o assunto até o fim de março, mas a abertura é dada como praticamente certa. A medida é defendida por empresas como Webjet, OceanAir e Azul. A Gol afirma ter uma posição neutra e o governo do Rio e a TAM posicionaramse contra o fim das restrições.

Caso a Anac decida autorizar voos da Azul no Santos Dumont no prazo definido pela Justiça, antes de abrir oficialmente o aeroporto para todas as empresas, não está claro qual critério a agência poderá usar para garantir o número de operações que a empresa aérea requisitar.

Já prevendo a abertura de importantes aeroportos que hoje estão restritos - além do Santos Dumont, Pampulha em Belo Horizonte -, a Anac criou em 2008 uma regra para organizar a distribuição de espaços para pousos e decolagens depois que esse locais fossem abertos.

Essa distribuição depende de quantos pedidos de voo as empresas fizerem para operar nesses aeroportos. A regra determina que a agência veja se esse número supera a capacidade do aeroporto. Se for esse o caso, a Anac deve aplicar uma fórmula para distribuir os horários.

Justiça libera Santos Dumont para Azul

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Bologna assume aviação executiva



Alberto Komatsu

O ex-presidente da TAM Linhas Aéreas, Marco Antonio Bologna, está de volta à empresa. O executivo, que comandou a companhia de 2004 a 2007, assume agora a TAM Aviação Executiva, empresa de táxi aéreo que foi a origem da própria TAM. No fim do ano passado, Bologna deixou a presidência da construtora WTorre - na qual ficou por menos de um ano. Rui Aquino, que estava na presidência da TAM Aviação Executiva, vai permanecer como consultor da empresa.

Em comunicado, a TAM Aviação Executiva destaca que Bologna, como presidente da TAM Linhas Aéreas, conduziu o processo de capitalização da empresa, realizou a abertura de capital e definiu sua estratégia internacional. "A TAM Táxi Aéreo Marília, que se tornou a TAM Aviação Executiva, é o embrião da TAM e origem da maior companhia aérea do Hemisfério Sul. Chegou a hora de dar um grande salto também na aviação executiva", destacou na nota o presidente do conselho da TAM Aviação Executivo, Maurício Amaro - filho do fundador da empresa, Rolim Amaro.

O setor de táxi aéreo foi um dos mais afetados pela crise financeira mundial. O Sindicato Nacional de Táxi Aéreo (Sneta) estima que, desde outubro de 2008, o número de voos fretados teve quedas acima de 40% em relação aos mesmos meses do ano anterior. Em fevereiro, por exemplo, o sindicato fala em recuo de 60% na demanda ante o mesmo mês de 2008.

Para uma fonte do setor, no entanto, a contratação de Bologna - que é membro do conselho de administração da TAM - poderia ir além de uma reestruturação da TAM Aviação Executiva, já que a família Amaro, controladora do grupo, estaria descontente com a gestão do atual presidente, David Barioni Neto, que substituiu o próprio Bologna.

A empresa, porém, nega as especulações. "A TAM Empreendimentos e Participações (TEP), por meio de sua assessoria de imprensa, informa que não existe nenhuma outra mudança prevista nas empresas TAM, além da anunciada nesta data, com a nomeação de Marco Antonio Bologna para a presidência da TAM Aviação Executiva", informou a holding da TAM em um comunicado.

Ex-presidente retorna à TAM

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Presidente ataca protecionismo, mas propõe reserva de mercado aéreo



Ricardo Brandt

O governo vai tentar fazer com que as empresas nacionais comprem aviões brasileiros, produzidos pela Embraer, segundo deixou claro ontem o presidente Luiz Inácio Lula das Silva. Segundo ele, o governo já estuda medidas para resolver definitivamente o problema da Embraer - empresa que demitiu mais de 4 mil trabalhadores na semana passada - buscando meios para que o próprio mercado interno absorva a produção da empresa.

Depois de ressaltar as medidas que o governo estuda para afastar o "caos" da economia local, Lula afirmou que o caso das demissões da Embraer decorre da dependência quase que integral da empresa em relação às exportações.

"Na medida em que as encomendas são suspensas, a empresa teve que dispensar. As críticas que eu tinha que fazer à empresa eu já fiz. Agora precisamos resolver um problema regional do Brasil, para ver se podemos comprar avião da Embraer", afirmou o presidente. "É um desafio para nós brasileiros, pensar como utilizar os aviões da Embraer em voos regionais", explicou.

Deixando claro que o governo vai tentar fazer com que as empresas nacionais comprem os aviões brasileiros, Lula deu o recado. "Não podemos nem nos queixar dos países estrangeiros que suspenderam os pedidos, porque as empresas brasileiras não fazem pedidos à Embraer."

Segundo Lula, para um leigo "é muito difícil entender por que utilizamos avião da Boeing ou da Airbus, e não da Embraer", declarou, em entrevista coletiva após evento - ao lado do primeiro-ministro holandês, Jan Peter Balkenende - com empresários holandeses e brasileiros na sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), em São Paulo.

Lula disse que o governo vai lançar programas como o de construção de 1 milhão de moradias populares, de renovação de frota de caminhões, geladeiras e fogões. As medidas, além da ação pela Embraer , fazem parte do pacote de ações que a União quer implantar para ajudar o Brasil a enfrentar a crise econômica mundial.

PROTECIONISMO

Com fortes críticas ao protecionismo utilizado por alguns países como forma de combate à recessão econômica, Lula defendeu que o Brasil tem feito sua lição de casa e negou uma "crise generalizada" na economia local. "Não vamos reduzir 1 dólar dos investimentos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC)", afirmou Lula.

"Eu tenho convicção que essa crise será vencida com mais comércio, com menos protecionismo e, sobretudo, com uma regulação do sistema financeiro internacional", disse.

Lula afirmou que as medidas adotadas pelo governo estão diretamente ligadas à crise e ressaltou que elas poderiam não ser adotadas em uma situação de "normalidade" no País.

Ele ressaltou ainda a importância de discutir neste momento, a regulação do mercado internacional e a retomada das discussões da Rodada Doha.

Para Lula, nenhum País tem a "saída perfeita" para acabar com a crise. "Nós não temos o direito de aceitar o protecionismo como solução para essa crise. Pode ser que uma ou outra empresa esteja a exigir de nós maiores cuidados internos, mas o protecionismo certamente levará a um aprofundamento dessa crise", afirmou.

REZA

Recebendo a visita do primeiro-ministro holandês, Lula brincou e pediu uma "reza" ao colega para que o presidente norte-americano, Barack Obama, tome "atitudes sábias" para combater a crise.

Ele mesmo disse que tem rezado para que o "Congresso americano compreenda a gravidade da crise, e que as pessoas compreendam que o momento não é de fazer politicagem com a crise econômica. O momento é de tomar decisões políticas para que os inocentes não paguem pela irresponsabilidade daqueles que causaram essa crise."

Lula quer aérea nacional comprando jato Embraer

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EDUARDO CUCOLO
em Brasília

O governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB), disse hoje que vai acabar com o desconto no ICMS cobrado no querosene de aviação para voos a partir do Aeroporto Santos Dumont.

Segundo Cabral, a medida é uma reação do governo do Rio à decisão da Anac (Agências Nacional de Aviação) de liberar o uso do Santos Dumont para voos mais longos e para aviões maiores, ao derrubar a portaria que restringia seu uso para ponte aérea e para aeronaves de até 50 assentos. Uma das empresas beneficiadas pela medida é a Azul Linhas Aéreas, que chegou a entrar na Justiça pedindo a liberação.

Além do aumento no imposto, que deve passar dos atuais 4% (alíquota com desconto) para até 18%, o governo do Estado quer adotar também medidas judiciais. Cabral afirmou ainda que o aeroporto não tem licença ambiental para os voos regionais da Azul, que está vencida há mais de um ano.

"Se é para ter guerra, se a Anac não está respeitando a autoridade política do governador e do prefeito, que são contra a medida, temos de enfrentá-los", afirmou Cabral. "Isso chega a ser um deboche."

Segundo o governador, com a liberação do Santos Dumont, o Aeroporto Internacional do Galeão vai perder voos nacionais. Com isso, haverá redução também nos voos internacionais que dependem dessas conexões. Hoje, o Galeão já opera com metade da sua capacidade.

A Anac não quis comentar as declarações do governador e afirmou que há espaço para os dois aeroportos no Rio.

Cabral disse que a medida atrapalha ainda os planos transferir o Galeão para a administração privada, o que iria melhor a qualidade do aeroporto. "O Galeão hoje é uma porcaria. O elevador não funciona, falta até papel ao lavar a mão", afirmou.

Para o governador, a decisão atende aos interesses de uma única empresa aérea. "Isso é um lobby de uma empresa chamada Azul e de um gringo chamado David Neeleman [presidente do conselho da Azul]", afirmou. A Azul já solicitou diversas vezes a liberação do aeroporto e quer usá-lo como partida para 22 destinos. Neeleman, fundador da empresa, apesar do sotaque, é brasileiro.

"A TAM e Gol também vão querer entrar agora no Santos Dumont, e vão entrar mais rápido que ele", disse, ainda, o governador.

A Anac informou que a abertura do Santos Dumont servirá a todas as companhias e que os horários e espaços serão divididos de forma a não prejudicar ou beneficiar nenhuma delas. A agência informou ainda que, antes do pedido da Azul, já havia recebido a mesma solicitação de outras empresas.

Rio declara "guerra" à Anac e diz que vai aumentar ICMS no Santos Dumont

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KAREN CAMACHO
Editora-assistente de Dinheiro da Folha Online

A diretoria da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) decidiu liberar o uso do Aeroporto Santos Dumont, no Rio, para aviões maiores e voos mais longos. O espaço era restrito para aviões de até 50 assentos e para ponte aérea. A decisão deve ser publicada no "Diário Oficial" da União até sexta, quando deve começar a valer.

A mudança provocou a ira do governador do Rio, Sérgio Cabral, que defende que o uso do Santos Dumont vai esvaziar o Aeroporto do Galeão. Cabral afirmou que vai aumentar o ICMS cobrado no Santos Dumont para inibir seu uso pelas companhias aéreas.

A Anac afirmou que não comenta as opiniões do governador e insistiu que há espaço para o funcionamento dos dois aeroportos no Rio. Até porque, segundo a agência, o Santos Dumont ainda terá restrições técnicas da pista, dependendo da aeronave, de seu peso e ocupação. Isso deve impedir, por exemplo, voos internacionais.

A abertura do Santos Dumont foi possível porque a Anac decidiu revogar a portaria 187, que restringia o seu uso. O mesmo deve ser feito com o Aeroporto de Pampulha, em Belo Horizonte, nos próximos meses.

Segundo a Anac, com a abertura do Santos Dumont, a Anac fará uma reunião entre as companhias aéreas para dividir os espaços e horários de forma "transparente, com isonomia e sem discriminação".

Atualmente, segundo a Anac, o aeroporto tem capacidade para até 23 movimentos por hora (pouso ou decolagem). Mas são usados, nos horários de pico, 16 por hora.

Ontem, a Justiça pediu para que a Anac reavaliasse pedido da Azul Linhas Aéreas sobre o uso do aeroporto em voos para Campinas.

Anac libera uso do Santos Dumont para aviões grandes e voos longos

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03 março 2009



FÁBIO AMATO
EM SÃO JOSÉ DOS CAMPOS

A falta de crédito para financiamento de aviões é o principal componente da crise responsável pelo impacto nos negócios da Embraer, que demitiu cerca de 4.200 funcionários.

De acordo com funcionários da empresa que pediram para não ser identificados, cerca de 80% dos clientes que optaram por adiar o recebimento de aviões encomendados tomaram a decisão depois que bancos negaram empréstimos. Em alguns casos, o dinheiro estava garantido, mas a instituição voltou atrás.

Os outros 20% pediram o adiamento alegando previsão de queda na demanda por voos. Mais de 90% da produção é destinada ao mercado externo, principalmente América do Norte (45%) e Europa (17%), regiões fortemente afetadas pela crise.

Com o grande número de pedidos de adiamento, a Embraer reviu para baixo a previsão de entrega de aeronaves em 2009 para 142 -foram 204 em 2008. Na aviação comercial, que responde por 63% da receita da empresa, devem ser entregues 115 jatos.

Se confirmado, o resultado vai representar um recuo de 29% em relação a 2008, quando a Embraer entregou 162 aviões comerciais. Levando-se em consideração o preço (US$ 33 milhões) do modelo 170, o mais barato da família 170/190 de jatos comerciais da fabricante, a diferença de 47 aeronaves representa cerca de US$ 1,5 bilhão (R$ 3,5 bilhões) a menos no caixa.

Antes do agravamento da crise, em setembro, a Embraer previa entregar até 350 aviões neste ano. Para dar conta dos pedidos, a empresa aumentou o número de funcionários, que saltou de 19,2 mil em 2006 para 23,7 mil em 2007, e abriu um terceiro turno de produção.

A Folha apurou que o terceiro turno em São José dos Campos pode acabar. Via assessoria, a Embraer disse que essa alteração "não está em vista".

Sem crédito, cliente cancela pedido de avião

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Da Redação

O juiz do Terceiro Juizado Cível de Brasília condenou a TAM Linhas Aéreas e a Air France a indenizar solidariamente em R$ 3.500 um consumidor que teve a bagagem extraviada, durante o trajeto entre o Brasil e a Espanha. O autor da ação conseguiu recuperar a mala somente dois dias após a chegada no país europeu.

O consumidor afirmou que adquiriu em dezembro de 2007 passagens aéreas das duas companhias para o trecho entre Brasília e Madri, com escala em Guarulhos. Ao chegar à cidade espanhola, foi comunicado que a bagagem com seus pertences ainda se encontrava no Brasil.

O autor justificou que a mala foi devolvida dois dias depois de sua chegada a Madri e estava danificada, o que o obrigou a adquirir novo produto - por isso o pedido de indenização por danos morais e materiais. A responsabilidade pelo extravio não foi admitida por nenhuma das companhias aéreas, que passaram a trocar acusações entre si.

A ação foi julgada parcialmente procedente. Como não houve prova documental quanto à compra de novo produto pelo autor, foi excluído o pedido pelo dano material. As empresas foram condenadas solidariamente ao pagamento de R$ 3.500 por danos morais.

TAM e Air France são obrigadas a indenizar consumidor

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02 março 2009


A fabricante brasileira de aeronaves Embraer e o governo do Estado de São Paulo assinam na próxima segunda-feira (dia 2) um contrato para implantação de um laboratório de cerca de quatro mil metros quadrados (m²), voltado à pesquisa de estruturas leves para aviação em São José dos Campos, no interior do Estado paulista. O convênio prevê investimentos de R$ 90,5 milhões, que virão do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Os pesquisadores irão trabalhar em tecnologias para desenvolver novos materiais capazes de reduzir o peso das aeronaves. De acordo com o diretor-presidente do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), João Fernando Gomes de Oliveira, apesar de ter foco no ramo da aeronáutica, o laboratório será capaz de desenvolver tecnologias em aplicações na indústria automobilística e de autopeças, petróleo e gás, naval, bélica, geração e transporte de energia elétrica, construção civil e bens de capital (máquinas e equipamentos). A base de pesquisas do laboratório será o desenvolvimento de materiais obtidos a partir de fibra de carbono e resinas.

A Secretaria de Desenvolvimento de São Paulo, liderada pelo ex-governador Geraldo Alckmin, destinou no fim de dezembro do ano passado um aporte de R$ 2,5 milhões do orçamento do governo do Estado para adequar o novo laboratório ao local cedido pela prefeitura de São José dos Campos. Alckmin disse, em nota, que a iniciativa “será importante para ajudar a contornar a crise econômica e retomar o crescimento da indústria aeroespacial”.

Na quinta-feira da semana passada (dia 19), a Embraer anunciou a demissão de pouco mais de 4,2 mil empregados, ou cerca de 20% de seu quadro de funcionários, em decorrência da crise que afeta a economia global, em particular o setor de transporte aéreo. Segundo a companhia, tornou-se inevitável revisar a base de custos e o efetivo de pessoal, “adequando-os à nova realidade de demanda por aeronaves comerciais e executivas”.

BNDES financiará novo laboratório da Embraer

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27 fevereiro 2009

A meta de entregas para 2009 não sofrerá mudanças

AIRBUS

A Airbus vai reajustar os níveis de produção da Família A320 de 36 para 34 aeronaves por mês, a partir de outubro de 2009. Os níveis de produção das famílias A330 e A340 permanecerão em 8.5 aeronaves por mês e não sofrerão acréscimo como planejado anteriormente. Essa decisão reflete as expectativas da Airbus em relação à demanda do mercado em um momento de adaptação das companhias aéreas e de incertezas causadas pela crise econômica mundial. No momento, não há previsão de impacto no quadro de funcionários.

Tom Enders, CEO da Airbus afirmou: “Monitoramos continuamente o mercado e tentamos ser pró-ativos sempre que possível. Flexibilidade e adaptabilidade são essenciais em tempos de crise. Batemos o recorde de produção no final de 2008, mas agora verificamos uma queda no tráfego aéreo na maioria das regiões. Muitas companhias aéreas estão reduzindo sua capacidade e não descarto a possibilidade de realizar mais cortes na produção se for preciso".

A Airbus atingiu um recorde de 483 entregas em 2008 e pretende alcançar o mesmo patamar em 2009. A atual medida preventiva não afetará a meta de entrega da Airbus para 2009.

Com pedidos em carteira de mais de 3.600 aeronaves e o avanço do programa de aperfeiçoamento Power 8, a Airbus está preparada para enfrentar os desafios de curto prazo impostos pela crise econômica, enquanto se prepara para o futuro.

A Família A320 inclui as aeronaves A318, A319, A320 e A321, consideradas referência no segmento de aeronaves de corredor único. Mais de 6.300 unidades de aeronaves da Família A320 já foram vendidas e 3.700 já foram entregues para 220 clientes, fazendo dela a família de jatos mais vendida do mundo de todos os tempos. Com confiabilidade comprovada e maior vida útil, a Família A320 oferece o menor custo operacional entre as aeronaves de corredor único.

A exclusiva Família A330/A340 é composta por seis modelos de aeronaves de corpo largo, com capacidade para 250 a 380 assentos, que atendem voos comerciais regionais ou longos e também o mercado de cargas de 64 a 69 toneladas. Graças ao alto nível de conforto da cabine e sua eficiência operacional, quase 1.400 unidades dos modelos A330/340 já foram vendidas, sendo que 950 delas são operadas por, aproximadamente, 100 clientes diferentes.

Airbus revê níveis de produção

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A "solução Viracopos" não elimina a necessidade da construção de um novo aeroporto, já que o tráfego aéreo triplicará em 15 anos



Andre Castellini

O SETOR AÉREO tem mostrado um desempenho positivo, mesmo na atual crise. O número de passageiros, após cair somente 0,3% no quarto trimestre de 2008, quando comparado com 2007, cresceu mais de 9% em janeiro deste ano, em relação ao mesmo período de 2008. Salvo agravamento da atual crise, as companhias aéreas esperam um crescimento em torno de 5% para o ano inteiro e, superada a atual crise, o setor deve voltar a crescer a uma taxa de dois dígitos.

Considerando que o PIB cresça em media 3% ao ano, o setor aéreo no Brasil, em 15 anos, contará com o triplo de passageiros em relação à quantidade atual. Esse crescimento é necessário para o desenvolvimento econômico do país, mas só será possível se houver investimentos em massa em aeroportos. A capacidade do conjunto de aeroportos hoje no Brasil também precisará quase que triplicar nesse mesmo período. Ou seja, precisaremos de quase três vezes mais pistas, terminais e pátios no país.

Mesmo com a redução do papel de Guarulhos e Congonhas como pontos de conexão, São Paulo também necessitará que seus aeroportos tenham o triplo de capacidade em comparação com a situação atual. Será fundamental não somente ampliar Guarulhos e Viracopos mas também construir um terceiro aeroporto, mais próximo da capital paulista do que de Campinas.

São Paulo precisa de aumento de capacidade já no curto prazo: seus aeroportos principais (Congonhas e Guarulhos) não têm mais capacidade nos horários de pico. Em Guarulhos, estudos técnicos indicam como pouco viável a construção de uma terceira pista. A construção de um novo aeroporto apresenta grandes desafios sociais e ambientais e, realisticamente, requer mais do que uma década para ser completada (basta olhar o exemplo do Rodoanel).

Com a Copa do Mundo de 2014 no Brasil, a expansão faz-se ainda mais urgente: a demanda no mês de julho daquele ano aumentará muito, principalmente de voos internacionais.

Assim sendo, a expansão anunciada do aeroporto de Viracopos desponta como a única solução viável para o aumento de capacidade no curto prazo.

Com a construção de uma nova pista que permita operações de pouso e decolagens simultâneas com a pista atual, de um novo terminal de passageiros e com a ampliação do pátio de estacionamento de aeronaves, Viracopos se tornará o aeroporto da região de São Paulo com maior capacidade de passageiros, significativamente maior do que a de Guarulhos. Para torná-lo minimamente conveniente para os paulistanos, é fundamental reduzir o tempo necessário para se locomover da capital paulista até Viracopos, ou seja, implementar o trem expresso. Esse acesso rápido é fundamental: somente poucas metrópoles têm seu aeroporto a uma distância similar ou superior à de Viracopos em relação a São Paulo. Xangai, Bombaim e Bancoc são alguns dos poucos exemplos a serem citados.

A "solução Viracopos", contudo, não elimina a necessidade de o governo agir desde já para a construção de um novo aeroporto que possa atender São Paulo. Quando se considera que em 15 anos o tráfego aéreo na região será o triplo do verificado atualmente, não se escapa da necessidade de se construir um novo aeroporto, mesmo ampliando Viracopos.

Áreas onde essa construção é possível existem e são mais próximas e convenientes do que Campinas, principalmente quando se considera a finalização de obras do Rodoanel.

A complexidade do projeto exige que o governo aja com determinação desde já, finalizando os estudos em andamento e passando rapidamente para a fase de implementação.

Capital para financiar a construção de aeroportos não será um problema, desde que haja um quadro regulatório equilibrado. O setor de aeroportos é um dos que, em todo o mundo, têm atraído recursos financeiros privados com mais facilidade.

O aumento da capacidade de aeroportos é importante também para incentivar a concorrência e reduzir tarifas aéreas e taxas aeroportuárias.

Quando eles estão operando no limite de sua capacidade, não há espaço para o crescimento de novas empresas.

Na Europa, por exemplo, o nascimento e o crescimento de companhias que operam com o modelo de baixo custo - com baixas tarifas, como a Ryanair - somente foram possíveis graças à existência de aeroportos alternativos como Luton, nas proximidades de Londres.

Também em áreas onde existem diversos aeroportos, há uma concorrência entre eles a fim de atrair as companhias aéreas, reduzindo as taxas aeroportuárias cobradas dessas empresas. Essa redução, em um ambiente de competição, acaba sendo repassada para os passageiros.

ANDRE CASTELLINI, administrador de empresas, possui MBA pela Wharton School of Business da Universidade de Pennsylvania (EUA). É sócio-diretor da consultoria Bain & Company em São Paulo e responsável pela prática de transportes aéreos.

A crise, os gargalos e Viracopos

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No ano passado, empresas aéreas tiveram prejuízo de US$ 5 bilhões e 31 delas fecharam as portas



Mariana Barbosa

As mais de 4.200 demissões anunciadas pela Embraer na semana passada - o maior corte de uma empresa brasileira na atual crise - são reflexo da dura realidade da Aviação mundial. Mesmo antes da quebra do banco Lehman Brothers, em setembro, a sorte das companhias aéreas já tinha virado.

Depois de anos de crescimento vigoroso, as companhias viram os lucros desaparecer no ano passado com a disparada do preço do petróleo, que chegou a quase US$ 150 o barril.

Segundo a Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA, na sigla em inglês), as empresas aéreas perderam US$ 5 bilhões em 2008. Nada menos que 31 companhias fecharam as portas. Com a escassez do crédito e a retração da demanda, as empresas, que projetavam expansões em 2009, tiveram de refazer os planos.

Só em janeiro, a Boeing registrou o cancelamento de 31 jatos modelo 787. A queda na procura fez a empresa anunciar a demissão de 4.500 funcionários "como parte do esforço para garantir competitividade e controle de custos em face de uma economia global em enfraquecimento". Na época do anúncio das demissões, o presidente de Aviação Comercial da Boeing, Scott Carson, disse que a companhia estava adotando "medidas prudentes" diante do "ambiente econômico difícil".

Na concorrente mais direta da Embraer, a canadense Bombardier, as demissões foram menores e afetaram 4,5% da força de trabalho, equivalente a 1.360 funcionários. Para o ano fiscal 2009/10, a empresa estima que deve realizar menos entregas do que no ano fiscal de 2008/09, quando entregou 353 aeronaves. "A indústria está experimentando forte turbulência e antecipamos mais volatilidade no curto prazo", disse o presidente da Bombardier Aerospace, Guy Hachey.

Apesar de já ter sofrido ao menos 14 cancelamentos este ano, a Airbus deve contar com uma ajuda governamental para atravessar a crise. O governo da França anunciou a liberação de US$ 6,4 bilhões para que os bancos do país financiem companhias aéreas que têm encomendas junto à
fabricante europeia. O governo da Alemanha estuda fazer o mesmo.

Na quinta-feira, a Embraer reduziu em 28 jatos sua previsão de entregas para este ano. Foi a segunda revisão para baixo. A empresa passou a maior parte do ano passado se preparando para entregar de 315 a 350 jatos. Em novembro, esse número foi reduzido para 270 e, na semana passada, para 242.

Entre os adiamentos de entrega no segmento de Aviação comercial, o maior teria partido da Hainan Airlines (HNA), empresa que fez uma encomenda de 100 jatos, no valor de US$ 2,7 bilhões. Até 31 de dezembro foram entregues 17 jatos e a previsão inicial era entregar os demais entre 2009 e 2010 - prazo agora dilatado.

Segundo informou o presidente da Embraer, Frederico Curado, em uma carta aos funcionários, os clientes estão solicitando adiamento das entregas por dois a três anos.

Mas o maior impacto, em termos de unidades adiadas, foi na Aviação executiva, segmento que até o estouro da crise financeira vivia um boom sem precedentes, com filas de espera de quatro ou cinco anos para se conseguir um jato novo.

De novembro, quando foi anunciada a projeção anterior, para a semana passada, nada menos que 18 jatos Legacy tiveram suas entregas postergadas. A empresa reduziu sua previsão total de faturamento de US$ 6,3 bilhões para US$ 5,5 bilhões. Dessa diferença de US$ 800 milhões, US$ 500 milhões correspondem aos adiamentos na aviação executiva.

Setor começou a sofrer antes da piora do cenário global

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