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05 setembro 2008

Infraero sugere concreto poroso; ministro alerta que isso exigiria uma pista maior



Tânia Monteiro
, BRASÍLIA;
Bruno Tavares, SÃO PAULO

O ministro da Defesa, Nelson Jobim, ao comentar o acidente de anteontem com um bimotor no Aeroporto de Congonhas, em São Paulo, informou que pediu às autoridades aeronáuticas que sejam estudadas proteções a serem instaladas na pista para evitar problemas com aviões que eventualmente ultrapassem a cabeceira. A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) já tem análises destinadas à melhoria da segurança.

Jobim observou que a pista não deveria ser protegida por um muro, mas por outro mecanismo. E citou a possibilidade de instalação de uma rede. A mesma idéia foi defendida pelo presidente da Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária (Infraero), Sérgio Gaudenzi, no dia em que o governo definiu a privatização de aeroportos do Rio e de Campinas.

Gaudenzi sugeriu ainda a colocação de um concreto poroso no chão da pista para interromper o percurso do avião, mas Jobim observou que isso exigiria uma ampliação do comprimento da pista numa área de grande densidade de edificações. O ministro da Defesa destacou que o acidente com o turboélice não teve relação com a pista.

Controladores de tráfego aéreo de Congonhas relataram ontem que o PT-PAC varou a pista em baixa velocidade e abortou a decolagem perto de alcançar velocidade de rotação (180 km/h), no momento em que a aeronave começa a tirar as rodas do chão. Eles notaram uma rotação anormal na hélice do motor esquerdo e ouviram alguém dizer “decolagem abortada”. Só não se sabe se o alerta veio do King Air ou de outro avião que estava na cabeceira. A aeronave, com dois tripulantes e um passageiro, seguia para São José dos Campos.

As investigações iniciais da aeronáutica apontam para duas hipóteses: falha nos controles do bimotor ou uma demora pouco acima do recomendável para abortar a decolagem, por parte dos pilotos.

A saída de pista ainda intriga os investigadores, uma vez que uma aeronave daquele porte precisaria de metade do espaço da pista de Congonhas para decolar.

O King Air foi içado por um guindaste às 3h50 de ontem, após ficar mais de 13 horas pendurado em um barranco. O guindaste de 60 toneladas chegou ao aeroporto por volta das 2 horas. O turboélice, de prefixo PT-PAC, de 5 toneladas, foi levado para um hangar.

Estavam no bimotor o piloto Hadi Sani Yones, de 41 anos, o co-piloto Maurício Nunes Dias, de 33, e o passageiro Ronaldo Mendes da Silva, de 38. Yones e Silva passaram por exames e receberam alta. Já Dias, que teve um corte na cabeça, foi transferido anteontem para o Hospital Vera Cruz, em Campinas, no interior do Estado. Segundo a equipe médica, ele passa bem, mas não há previsão de alta.

COLABORARAM ANDRESSA ZANANDREA e TATIANA FÁVARO

Jobim quer parar avião com rede em Congonhas

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Mariana Barbosa

A exploração de aeroportos pela iniciativa privada é um avanço, mas o sucesso do modelo de privatização dependerá das regras estabelecidas no edital, afirma o professor de transporte aéreo da UFRJ, Respício do Espírito Santo Junior. “O sucesso da concessão para a iniciativa privada começa no edital, que tem de ser muito inteligente, com indicadores de qualidade, desempenho, cronograma para ampliações e participação da sociedade”, afirma Respício, que preside o Instituto Brasileiro de Estudos Estratégicos e de Políticas Públicas em Transporte Aéreo (Instituto Cepta).

O professor de Transporte Aéreo do Instituto Tecnológico de aeronáutica (ITA) Cláudio Jorge Pinto Alves também defende a elaboração de um edital com regras claras. “A iniciativa privada, se for bem intencionada, é ideal. Mas, para isso, tem de deixar bem claro quais são os deveres do concessionário”, afirma.

Na opinião dele, a iniciativa privada tem mais capacidade para investir no Galeão e em Viracopos do que a Infraero. “O Galeão é um aeroporto arrecadador, que gera receita para a Infraero, mas carece de investimentos. Os banheiros são pior que os de rodoviária.” Para ele, apesar de ocioso - o aeroporto recebe 10 milhões de passageiros ano, para uma capacidade de 14 milhões - o Galeão tem potencial para atrair muito mais vôos. “Há área disponível para a construção de mais dois terminais. Mas precisa atrair tráfego, e para isso a competição é bem-vinda.”

MODELOS

Há basicamente três modelos de privatização de aeroportos. O primeiro é a concessão da gestão para a iniciativa privada, por prazo limitado. “Não vejo como positivo uma concessão por 90 anos, como é o caso da Austrália, mas também menos de 15 ou 20 anos não é desejável, pois os investimentos são pesados e é preciso dar prazo para que a iniciativa privada tenha retorno”, avalia Respício.

O segundo modelo é de parcerias público-privadas, no qual parte do aeroporto, como um terminal de passageiros, é administrado por companhias privadas. É o caso dos Estados Unidos. Aqui, um dos maiores problemas é compartilhar os interesses privados com a necessidade de infra-estrutura do resto do aeroporto. “Há casos nos Estados Unidos em que você tem um aeroporto saturado, com folga de balcões e fingers em um terminal privado, mas a companhia que administra não libera para as outras”, explica o professor da UFRJ.

Por fim, o modelo mais liberalizante é o britânico, que optou por privatizar toda a infra-estrutura, incluindo a terra. “Esse modelo também sofre críticas. Como a BAA é dona de todos os aeroportos da grande Londres, falta concorrência entre esses aeroportos”, diz Respício, que é partidário da privatização total. “Tem de liberar também as tarifas aeroportuárias, para permitir a concorrência entre os aeroportos.”

Êxito depende do modelo de exploração dos aeroportos, diz especialista

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Mas empresários fazem ressalva a repasse de custos


Tatiana Fávaro, CAMPINAS

O prefeito de Campinas e candidato à reeleição, Hélio de Oliveira Santos (PDT), diz ser favorável à decisão do presidente Lula de abrir a concessão do Aeroporto Internacional de Viracopos à iniciativa privada. O valor imobiliário da região aumenta e os investimentos podem acelerar a instalação do trem de alta velocidade (TAV), que vai ligar Campinas, São Paulo e Rio. “Pode ser a chave da equação da menor tarifa do TAV”, afirmou.

Em visita a Campinas em agosto, integrantes do consórcio sul-coreano que irá participar do leilão para instalação do trem de alta velocidade disseram que estudam possibilidade de as obras começarem no Rio e em Campinas.

Para o setor empresarial da cidade, a possibilidade é bem-vista desde que sejam levadas em conta ressalvas como o possível repasse do ônus para as empresas e passageiros. “Isso não pode significar impactos e encargos para todos os que usam Viracopos”, afirmou o segundo vice-diretor da unidade do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp) em Campinas, José Henrique Toledo Corrêa. “Vamos comparar com as rodovias: são muito boas no Estado de São Paulo, mas são muito caras. Chega quase a ser proibitivo viajar.”

As construtoras e bancos, na opinião de Corrêa, serão os mais interessados (e interessantes) no processo de concessão. “São setores que têm condições de investir rapidamente e pesado, para o aeroporto chegar ao volume de passageiros desejado e melhorar a estrutura, estrangulada.”

Em agosto, Viracopos bateu o recorde do volume de importações e chegou à marca de 15 mil toneladas de produtos importados no mês. O maior movimento da história havia sido registrado em outubro do ano passado, quando o terminal recebeu 14.095 toneladas de produtos. O aumento, informou o superintendente do aeroporto em Campinas, José Clóvis Moreira, teve forte relação com o câmbio.

O aeroporto fica a 99 quilômetros de São Paulo, 15 quilômetros do centro de Campinas, em um dos mais importantes pólos tecnológicos do país. Segundo informou o superintendente regional da Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária (Infraero), Edgard Brandão, atualmente, o aeroporto tem capacidade para receber 4 milhões de passageiros por ano. No ano passado, recebeu 1 milhão de passageiros, 29,2 mil aeronaves e 239,9 mil toneladas de cargas.

Viracopos opera vôos de passageiros para 24 localidades nacionais e cargueiros, para 38 locais, dos quais 23 são internacionais. Até julho deste ano, 653.574 passageiros passaram pelo aeroporto.

Em Viracopos, setor privado é bem-vindo

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Para Paulo Skaf, não importa se o modelo será de concessão ou privatização; aéreas já têm até projetos



Mariana Barbosa


A Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) elogiou a proposta do governo de privatizar os Aeroportos Internacionais do Galeão (Tom Jobim) e de Campinas (Viracopos). “Somos totalmente favoráveis à participação da iniciativa privada no Galeão, em Viracopos e em todos os demais aeroportos do País”, afirmou ontem o presidente da Fiesp, Paulo Skaf.

A Fiesp não tem preferência por nenhum modelo específico. “Tanto faz privatizar ou conceder à iniciativa privada por um tempo limitado”, disse Skaf. “Diante do preocupante quadro em que se encontra a aviação brasileira - já que a estrutura atual não comporta o crescimento acentuado do número de aeronaves e de passageiros -, somos favoráveis à participação da iniciativa privada nesse setor.”

A privatização dos aeroportos também é defendida pelas companhias aéreas. A TAM já manifestou interesse em construir um novo terminal no Aeroporto do Galeão, que levaria o nome da própria companhia, como ocorre em muitos aeroportos americanos.

No fim de 2006, o ex-presidente da TAM Marco Antonio Bologna chegou a desagradar ao governo ao defender abertamente, em meio ao caos aéreo, a privatização de aeroportos. Hoje, ele está à frente da W Torre, construtora que tem projetos de investir em obras de infra-estrutura aeroportuária, em parceria com a própria TAM.

Outras grandes construtoras brasileiras já demonstraram interesse no setor de aeroportos e acumulam experiências em outros países. É o caso da Andrade Gutierrez, que faz parte de um consórcio internacional que ganhou uma concessão de 35 anos para construir e operar o novo aeroporto internacional de Quito, no Equador.

Em parceria com a Camargo Correia, a Andrade Gutierrez também elaborou um projeto para a construção de um terceiro aeroporto na cidade de São Paulo. Pelo projeto, o empreendimento levaria dez anos para ser construído e custaria bem menos que o estimado pela Infraero, de R$ 5 bilhões, para a construção de um terceiro aeroporto.

O Grupo Sinergy, que reúne estaleiros, projetos de exploração de petróleo e companhias aéreas (OceanAir, no Brasil, e Avianca, na Colômbia) - também tem estudado investimentos na área de infra-estrutura aeroportuária.

“Participamos de uma licitação para um aeroporto no Peru e analisamos oportunidades no Equador e na Colômbia”, afirmou o presidente da OceanAir, José Efromovich. “Se houver licitação no Brasil, sem dúvida vamos analisar o edital.”

Como usuário de infra-estrutura aeroportuária, o empresário elogiou a proposta de abertura para a iniciativa privada. “Com as regras vigentes na administração pública, a iniciativa privada pode administrar e construir aeroportos de forma bem mais eficiente”, disse Efromovich. “Há várias obras fundamentais para acompanhar o crescimento do setor, mas toda hora vem o Tribunal de Contas da União (TCU) e embarga uma obra por suspeita de superfaturamento. O setor tem pressa.”

Fiesp apóia concessão de aeroportos

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Empresários se entusiasmam com a privatização




Alberto Komatsu e Jacqueline Farid
, RIO

Pouco depois de o governo anunciar o plano de privatizar os aeroportos do Galeão (Rio) e de Viracopos (Campinas, SP), por volta das 18 horas de ontem, o Galeão estava às escuras. A consultora de marketing Ingrid Lins e Silva tentava embarcar e foi surpreendida. “É a primeira vez que vejo o Galeão sem luz, mas tem que levar no bom humor. Acho que o Galeão precisa de mais tráfego e uma política de melhorias, mas sou contra a privatização”, afirmou Ingrid, que estava na fila do check-in para Nova York, onde faria um ciclo de palestras.

O ponto de partida para a definição do próximo modelo de gestão dos aeroportos administrados pela infraero já havia sido dado no início desta semana. O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e o Ministério da Defesa assinaram convênio para permitir que o banco contrate uma consultoria para a reestruturação do setor aéreo. Um dos principais pontos do projeto será o novo papel da infraero.

O presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis do Rio de Janeiro (Abih-RJ), Alfredo Lopes, comemorou a possibilidade. “Somos completamente a favor da privatização do Galeão. É o que a gente precisa e merece. O grande problema lá são os custos de manutenção elevados. Faltam banheiros, por exemplo. Se uma companhia aérea chega do exterior de madrugada, só tem dois agentes da Polícia Federal”, comenta.

A transferência do Galeão e de Viracopos para a iniciativa privada é “uma excelente notícia” para os exportadores, avalia o vice-presidente da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), José Augusto de Castro. A expectativa é de ampliação das alternativas de envio das cargas externas e redução de custos. Segundo o executivo, o Galeão hoje é subutilizado, com transporte exclusivo de passageiros, e a privatização poderá transformá-lo também em modal de transporte de cargas. Castro afirma que o aeroporto dispõe de toda a infra-estrutura para carga que, no entanto, ainda não é utilizada.

No caso de Viracopos, um aeroporto tipicamente de carga, Castro avalia que a concessão, “em princípio, implica redução de custos”. Ele explica que segmentos como calçados, alimentos e pedras preciosas, que têm preço superior ao volume exportado, podem ser os mais beneficiados.

Segundo o presidente da AEB, uma administração privada é considerada positiva porque estatais, em geral, não têm prioridade de lucro e uma empresa privada “vai procurar oferecer um preço competitivo para gerar outros modais de transportes”.

'É o que a gente merece'

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Fontes ligadas à investigação do acidente que matou 154 suspeitam de curto-circuito.

Especialista culpa pilotos por ignorarem flaps


Rodrigo Craveiro

Aos poucos, os peritos começam a ter uma idéia do que levou o avião MD-82 da Spanair a se espatifar no solo, matando 154 pessoas em Madri, no último dia 20 de agosto. Uma análise das caixas-pretas indicou que os pilotos não acionaram os flaps durante a decolagem — a peça é fundamental para a estabilização da aeronave na subida. O gravador de dados de vôo mostrou que o avião se manteve em aceleração máxima por algum tempo após tocar a pista do Aeroporto Internacional de Barajas. Está descartada a hipótese de pane nos motores Pratt & Whitney JT8D: localizados na parte traseira do aparelho, eles funcionavam normalmente.

Diretores da Boeing, empresa que adquiriu a McDonnell Douglas em 1997, se negaram a fazer comentários e entregaram o inquérito à Espanha.

Fontes consultadas pelo Wall Street Journal acrescentaram, sob a condição de anonimato, que não havia sinais de fogo antes do impacto. De acordo com elas, o suposto mal funcionamento do sistema elétrico impediu os tripulantes de receber um alerta sobre o risco de decolar com os flaps desativados. Segundo pessoas próximas às investigações, um curto-circuito antes do vôo pode ter impedido que o alarme sonoro tocasse na decolagem.

Dúvidas

Em entrevista ao Correio, o norte-americano William “Bill” Waldock, especialista em segurança em aviação pela Universidade Aeronáutica Embry-Riddle (no Arizona), disse considerar improváveis falhas mecânicas e elétricas. Ele lembra que, em 1987, um MD-8 da Northwest caiu durante a decolagem em Detroit, depois que os pilotos não baixaram os flaps, peças móveis dispostas na asa que nivelam a subida e diminuem a velocidade do vento. “O sistema de alarme não foi ativado naquele caso e tanto o comandante como o co-piloto ignoraram sinais de que os flaps não estavam acionados, o que causou 155 mortes”, afirmou.

Sobre o acidente, Waldock levanta dúvidas. De acordo com ele, se a tripulação sabia que os flaps estavam desativados, o comandante e o co-piloto nunca poderiam decolar. “O sistema de alarme dos flaps deveria ser acionado (buzina e luz), uma vez que o MD-82 tinha iniciado a subida. Pelos relatos que recebi, isso não ocorreu”, explica o norte-americano.

Processo contra Boeing

O escritório de advocacia norte-americano Ribbeck Law entrou com um processo contra a Boeing — proprietária da McDonnell Douglas —, em favor de três famílias que perderam sete de seus membros no acidente aéreo em Madri. “Desde 16 de setembro de 2007, três aviões do mesmo modelo da série MD-80 caíram”, afirmou Manuel von Ribbeck, fundador do escritório. A ação já é qualificada de “demanda multimiolionária”. Von Ribbeck exige que a Boeing torne públicas todas as provas sobre o desastre de 20 de agosto.

Falta de disciplina

William Waldock suspeita de um erro humano no desastre com o vôo JK5022, que também matou o brasileiro Ronaldo Gomes da Silva. “Os pilotos provavelmente aceitaram o risco, ao conduzirem o avião mesmo com um sistema crítico inoperante, além de terem calculado mal a velocidade do vento durante a decolagem”, comenta o norte-americano. Para o especialista em segurança aeronáutica, o desastre pode ter sido fruto de uma falha provocada por uma série de fatores: rotina, complacência, não checagem de procedimentos de vôo na cabine e falta de disciplina no cockpit.

Segundo o Wall Street Journal, “a posição incomum do avião e o movimento rotatório das asas descrito por testemunhas, coincidem com as características de uma decolagem sem flaps”. Um piloto aposentado familarizado com a estrutura elétrica da aeronave MD-80 sustentou que “um problema no sensor de alarme dos flaps poderia ter sido um sinal de que problemas afetavam outros circuitos elétricos”.

Outro especialista que não quis se identificar explicou ao WSJ que a buzina automática do alerta provavelmente não funcionou porque circuitos lógicos da aeronave enviaram sinais errados de que o MD-82 já estava em pleno vôo.

Apesar de não descartar essa tese, William Waldock faz questão de responsabilizar o comandante e o co-piloto. “Se a tripulação tentou acionar os flaps e o sistema não respondeu, os dois terian tempo suficiente para descobrir a anomalia e abortar a decolagem”, disse. (RC)

Erro humano e pane teriam derrubado avião

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Numa decisão sem precedentes, a Infraero reconheceu que o superfaturamento nas obras de ampliação do Aeroporto Internacional de Cumbica (Guarulhos) é maior do que o apontado pelas auditorias de Tribunal de Contas da União (TCU): deR$70,98 milhões, e não de R$ 62,13 milhões. A constatação levou o plenário do TCU a decidir anteontem pela retomada das obras, aprovando por unanimidade voto do ministro-relator Raimundo Carreiro, do TCU, Carreiro lembrou que a repactuação dos contratos com as empreiteiras reduzirá o preço da obra de R$ 296,5 milhões para R$ R$ 225,5 milhões. Em documento encaminhado ao TCU, a Infraero afirma que a diminuição do custo não implicará na redução de partes do projeto.

No seu parecer, o ministro Carreiro elogia a decisão da Infraero. O aval do TCU põe fim a um enredo de suspeitas de desvios de recursos públicos, iniciado em 2004 quando foram assinados os contratos com o consórcio formado pelas empreiteiras Queiroz Galvão, Constran e Serveng. Desde então, as auditorias do TCU apontam indícios de corrupção no superfaturamento e deficiência no projeto básico.

Infraero admite obra superfaturada

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Modelo de concessão ainda será definido pela União


Da Redação – JB

A concessão da gestão do Aeroporto Internacional Tom Jobim, na Ilha do Governador, Zona Norte da cidade, foi confirmada ontem pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A informação foi divulgada pelo governador Sérgio Cabral, que está em Londres em missão política. Além do Galeão, no Rio de Janeiro, também será concessionado para o setor privado o Aeroporto de Viracopos, em Campinas.

– O presidente me informou que se reuniu nesta semana com o ministro da Defesa, Nelson Jobim, e que nas próximas semanas o modelo da concessão será finalizado – declarou Cabral.

O governador aproveitou para ressaltar que a medida resolverá um dos maiores entraves para a campanha pelos jogos de 2016 na cidade, que era a falta de infra-estrutura do aeroporto.

– Para nós do Rio é uma notícia extraordinária, já que estamos em campanha para sediar as Olimpíadas de 2016. O Tom Jobim terá um novo destino para o bem do Rio e do Brasil.

Ainda segundo Cabral, a elaboração dos moldes da concessão para a administração do setor privado está a cargo do ministro da defesa Nelson Jobim.

Infra-estrutura deficiente

Com problemas graves como infiltrações e banheiros quebrados, conforme noticiado pelo Jornal do Brasil ontem, o Aeroporto Internacional Tom Jobim teria a questão orçamentária, hoje deficiente, resolvida com a concessão ao setor privado. A verba prevista pelo Governo Federal para 2009 para o aeroporto é de apenas R$ 47,4 milhões, aproximadamente 1/3 do que é repassado para o Aeroporto Hercílio Luz, em Florianópolis, cuja movimentação é cinco vezes menor que a do terminal carioca.

O convênio entre o Estado e o Governo Federal para que o Galeão passe à administração estadual confere à Cabral o direito de concessionar o aeroporto ao setor privado.

Lula confirma privatização

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O governo argentino espera concretizar, até o fim deste ano, uma aliança estratégica entre a fabricante de aviões Área Material Córdoba (AMC) e a brasileira Embraer para a produção conjunta de equipamentos para aviação civil e militar. Será o segundo passo de uma aproximação maior entre a Embraer e Argentina, que está sendo promovida pelos governos com as empresas há um ano e meio, em negociações conduzidas pelos ministros da Defesa do Brasil, Nelson Jobin, e da Argentina, Nilda Garré.

Veja a matéria completa em http://www.noticiasmilitares.blogspot.com/

Argentina planeja aliança com Embraer

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Isaac Junior

Mais de 150 passageiros foram impedidos de viajar no início da tarde de ontem com destino a Miami e muitos deles terão um feriado frustrado por causa de uma pane em uma das turbinas do vôo JJ 8076 da TAM.

Todos deixariam Manaus por volta das 12h50, mas por conta do incidente tiveram de aguardar, em média, quatro horas na sala de espera do Aeroporto Internacional Eduardo Gomes, até que o problema fosse solucionado.

Depois de muita confusão, por volta das 16h apenas alguns conseguiram embarcar numa outra aeronave da empresa, para São Paulo, de onde seriam colocados nas vagas de um outro vôo que sairia da capital paulista até Miami, ainda ontem.

Pessoas que vieram de outros Estados do Nordeste e de Brasília foram encaminhadas a hotéis e só deixariam Manaus às 6h de hoje, depois que fosse feita a manutenção na aeronave. “Liguei para São Paulo e descobri que só havia 17 lugares. Os outros teriam de ficar em hotel. Não vou mais”, disse uma passageira que pediu para não ter o nome revelado.

Quem também estava de malas prontas para viajar era o médico Cláudio Chaves. Para ele, faltou informação da empresa e da própria Infraero sobre como proceder naquele momento. “Não apareceu ninguém para dizer o que vamos fazer. Estamos no prejuízo”, disse.

Vale tudo

O empresário brasiliense Marcelo Ribeiro, 34, tinha que estar ontem mesmo em Miami, de onde seguiria até Las Vegas para uma luta de Vale de Tudo. Ele alegou que teria de estar entre os passageiros que viajaram para São Paulo.

“De tanto viajar, eu sou uma espécie de cliente VIP por ter cartão vermelho. Mas eles não me deixaram entrar”, reclamou. Ao lado estava o lutador de Vale Tudo Marcelo Melo, que é gerenciado por ele, e que lutaria em Las Vegas, no campeonato da UFC. “Tive um prejuízo de R$ 8 mil”, lamentou.

Pane deixa passageiros no prejuízo

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01 setembro 2008



David Neeleman enxerga na Embraer bem mais do que uma fornecedora de aeronaves. O empresário norte-americano está tentando cooptar a indústria de São José dos Campos para o capital da Azul. Já teriam ocorrido três reuniões entre Neeleman e executivos da Embraer. A proposta envolve a venda gradativa de 15% das ações da companhia aérea ao longo dos próximos dois anos. A investida sobre a Embraer é mais um passo na estratégia de Neeleman de rechear o capital da Azul com investidores de pedigree, o que não deixa de ser uma forma de conferir mais credibilidade à empreitada. Já fazem parte deste vôo sócios do naipe de Julio Bozano, Armínio Fraga e Goldman Sachs.

Mas por que cargas d'água a Embraer, que nunca se associou diretamente a companhias de aviação, faria um looping estratégico, aterrissando na Azul? David Neeleman acredita ter uma isca razoável na mão. O empresário tem planos de montar outras companhias de aviação regional na América Latina, especialmente na Argentina e em países andinos. Ele assegurou à direção da Embraer cadeira cativa no fornecimento de aeronaves para suas futuras empresas.

Dentro da Embraer, o salto de fornecedor para sócio é visto com reservas, sobretudo diante do risco que envolve a criação da Azul. Ainda assim, a promessa de reserva de mercado feita por Neeleman é considerada atrativa. Em tempo: não é a primeira vez que a Embraer ensaia se associar a uma empresa aérea, prática mais comum entre seus concorrentes internacionais.

Durante o primeiro mandato de Lula, o governo chegou a costurar a participação da fabricante de aeronaves no projeto de fusão entre a Varig e a TAM.

Posteriormente, uma negociação similar envolvendo a Gol começou a taxiar na pista, mas os flaps foram rapidamente recolhidos.

Azul oferece à Embraer um assento na primeira classe

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29 agosto 2008

Empresa brasileira confirma conversas para venda de aviões na Argentina


Alberto Komatsu, RIO

Pela primeira vez desde que o governo argentino anunciou, no mês passado, que a Aerolíneas Argentinas quer reestruturar sua operação doméstica e na América do Sul com aviões da Embraer, a fabricante brasileira confirmou oficialmente as negociações. O vice-presidente de relações externas da Embraer, Henrique Rzezinski, disse ao Estado que as conversas foram oficialmente iniciadas em julho, mês em que o governo de Cristina Kirchner propôs a reestatização da Aerolíneas, controlada pelo grupo espanhol Marsans. A empresa, que era estatal até 1990, tem dívida estimada em US$ 900 milhões.

“Existe interesse da Aerolíneas e da Embraer, mas as negociações são ainda bastante preliminares. Esperamos que ela avance no futuro”, comentou o executivo. Ele não se mostrou receoso de que a situação macroeconômica argentina inviabilize o negócio. “Isso não é impeditivo. Estamos negociando com a Aerolíneas como negociamos com empresas do mundo inteiro”, disse. Rzezinski também afirmou que a negociação com a Aerolíneas Argentinas poderá contar com financiamento do BNDES.

De acordo com ele, ainda está em estudos qual o melhor modelo de avião para atender às necessidades da Aerolíneas, assim como a quantidade. Mas já foi definido que as aeronaves serão utilizadas para rotas dentro da América do Sul. “Neste momento, ainda não existe nenhuma preferência.

Também não se falou em quantidade, o que vai depender muito da análise de viabilidade financeira da própria Aerolíneas”, disse.

O mercado estima uma necessidade de até 65 jatos da Embraer para a Aerolíneas e para a sua subsidiária Austral nos vôos domésticos e no Cone Sul. Em abril, as duas empresas, juntas, tinham 57 aeronaves.

O secretário de Transportes da Argentina, Ricardo Jaime, disse no início de agosto que a idéia é operar com aviões que tenham capacidade para transportar “de 70 a 90 passageiros”. Pela declaração, os planos para a frota da Aerolíneas Argentinas indicariam a possibilidade de utilização dos jatos Embraer da família 170 (70 a 80 passageiros) e 175 (78 a 88 passageiros). O preço-base de cada avião, conforme tabela da Embraer de janeiro deste ano, é de US$ 31,5 milhões e de US$ 33,5 milhões, respectivamente.

O consultor aeronáutico Paulo Bittencourt Sampaio, no entanto, avalia que a Aerolíneas deverá usar os aviões da família 190 (para 114 passageiros) e 195 (para 122 passageiros), que têm preços de tabela de US$ 37,5 milhões e US$ 39,5 milhões. “Com o jato da Embraer, a Aerolíneas Argentinas poderá fazer mais freqüências nas mesmas rotas”, afirma Sampaio.

Aerolíneas pode ter jatos da Embraer

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Um dos sistemas de freios do avião MD-82 da Spanair que caiu em 20 de agosto nos arredores de Madri, matando 154 pessoas e ferindo 19, estava desativado. O jornal El País divulgou que a falha não impedia a aeronave de voar. Fontes ligadas à própria Spanair afirmaram que o reverso do motor direito — sistema que inverte a expulsão de ar dos motores, contribuindo para a frenagem no pouso — tinha sido desativado por problemas técnicos. De acordo com o El País, o MD-82 pode realizar alguns vôos apenas com um reverso.

Freio estava desativado

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Ludmilla Totinick

Rio de Janeiro - Quem mora na região Norte, Nordeste e Centro-Oeste não vai precisar fazer escala ou conexão pelo Rio e São Paulo para chegar aos Estados Unidos. A partir de 20 de dezembro, a Delta vai oferecer o vôo nonstop triangular Manaus-Atlanta-Manaus.

De acordo com vice-presidente da Delta para a América Latina, Christophe Didier, o vôo vai atender a demanda de pessoas que trabalham em 100 empresas da região com matriz no Japão e poderão usar a conexão de Atlanta direto para aquele país.

"O ecoturismo também atrai muitos americanos, europeus, canadenses e asiáticos para a região. Há dois anos, a Delta insiste na licença para aumentar a freqüência de vôos, concedida pela Agência Nacional de Aviação Civil e o Department of Transportation e a American Airlines (DOT) no fim de junho, num acordo bilateral entre os dois países. Tivemos o apoio dos governos locais", explicou Christophe Didier. "Estamos muito confiantes em relação ao Brasil, um país gigantesco. Além disso, será uma maneira de desafogar os vôos no país".

A aeronave escolhida para o destino é um Boeing 737-300, 12 lugares na executiva e 112 na econômica. E dois dias depois, a partir do dia 22 de dezembro, a Delta também vai oferecer o vôo entre Recife-Fortaleza e Atlanta.

De acordo com o vice-presidente da Delta, o vôo vai atender o passageiro que vem de fora, principalmente da América do Norte, Canadá e um pouco da Ásia. "Também teremos um pouco do turismo de negócios. Com a extensão geográfica do Brasil, não podemos ficar restritos ao eixo Rio-São Paulo", justifica o executivo. "A economia brasileira está muito aquecida e de 11 anos para cá, quando iniciamos nossas operações no país, muita coisa mudou. Hoje a demanda é grande, qualquer cidade tem potencial de crescimento".

O executivo disse ainda que outro fator que favorece a nova freqüência de vôo é que as cidades são geograficamente mais próximas dos Estados Unidos. "Temos uma demanda reprimida nessa região", destaca Christophe Didier. "Queremos ser uma opção para quem quer ir aos EUA. A previsão é atender 30% do mercado asiático, 30% europeu e 40% americano".

A Delta fechou acordo com a Gol para possibilitar a chegada ao destino final. Outro ponto destacado pelo executivo é a oferta de vôos oferecidos no aeroporto de Atlanta, que disponibiliza mais de 1000 vôos diários. Segundo ele, de lá o passageiro segue viagem para qualquer país do mundo.

Ele confirmou ainda a fusão com a NorthWest Airlines até dezembro com objetivo de transformar a empresa na maior companhia global. E ressaltou que é uma maneira de se adequar à crise mundial ao destacar ainda que o movimento possibilita além da economia de gastos, ampliação da rede e melhoria na qualidade do serviço oferecido.

O vôo de Brasília para Atlanta também é um desejo da Delta, segundo o executivo. Com os dois novos vôos, a Delta passará a ter 35 vôos entre cinco destinos brasileiros e Estados Unidos. Nesta lista está incluído o vôo sazonal entre São Paulo e Atlanta, com início também programado para 20 de dezembro. A Delta e a Delta Connection operam para 312 destinos em 61 países.

DELTA BUSCA REFORÇAR OS MERCADOS DO NORTE E NORDESTE DO BRASIL

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A Gol e a Varig elevaram a remuneração aos agentes de viagens para o período que vai de 28 de agosto a 30 de setembro. Continuam pagando comissão de 7% e 6%, para vôos nacionais e internacionais, mas elevaram a taxa de incentivo de 3% para 5%. A partir de novembro, porém, as duas empresas vão implantar um novo sistema para eliminar as comissões aos agentes de viagem, assim como a TAM fez em 2007. O passageiro é quem pagará comissão de 10% diretamente às agências.

Gol e Varig aumentam remuneração dos agentes de viagens

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