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15 setembro 2008



BRENO COSTA

Um avião monomotor caiu no fim da tarde de ontem em uma zona de vegetação no município de Erechim (285 km de Porto Alegre), com dois tripulantes a bordo.

Até o fechamento desta edição, ambos seguiam internados na UTI, conscientes, mas com fraturas nos braços, diversos hematomas e hemorragias.

O acidente foi o terceiro do tipo desde sexta-feira, quando uma aeronave semelhante caiu em uma área residencial de Belo Horizonte (MG), deixando três feridos.

Na tarde de sábado, um outro monomotor caiu sobre um galpão desativado em Recife, também em área residencial. Ninguém ficou ferido.

Avião cai em área de vegetação no interior do RS

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DA REDAÇÃO

Uma parte dos sindicatos que representam os trabalhadores da companhia aérea Alitalia fechou um acordo com o consórcio que pretende investir na empresa italiana. O acordo, que foi aceito por 4 dos 9 sindicatos, prevê a demissão de funcionários.

No entanto, os sindicatos dos pilotos e dos funcionários de bordo não aceitaram a proposta, e as negociações com eles continuarão hoje.

A companhia, que ameaça não operar hoje devido a problemas em negociar combustível, tenta um último esforço para continuar funcionando.

Sindicatos fecham acordo por Alitalia

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Investigadores suspeitam de falha técnica e incêndio em uma das turbinas. Destroços do Boeing foram encontrados num raio de 4km



Da Redação

Um avião de passageiros russo caiu perto da cidade de Perm, nos Montes Urais, oeste da Rússia, e matou todas as 88 pessoas que estavam a bordo, entre elas 21 estrangeiros. O Boeing 737 da companhia aérea Aeroflot sofreu o acidente quando manobrava para pousar em Perm, 1.400km ao leste de Moscou, atingindo também a ferrovia Transiberiana, que liga a capital a Vladivostok ao longo de mais de 9.000km. Por esse motivo, o tráfego de trens foi interrompido no trecho entre Perm e Yekaterimburgo.

O Boeing da companhia aérea Aeroflot, que fazia o vôo 821 procedente de Moscou, caiu muito perto de uma zona residencial às 3h15 (18h15 de sábado em Brasília) “como um cometa”, segundo testemunhas. A empresa informou ainda que sete crianças estavam entre os passageiros. A Aeroflot confirmou que não há sobreviventes e que entre as vítimas estão nove cidadãos do Azerbaijão, cinco da Ucrânia, um da França, um da Suíça, um da Letônia, um da Alemanha, um da Turquia, um dos Estados Unidos e outro da Itália.

Um dos mortos é o general Gennadi Troshev, alto comandante russo na guerra da Chechênia e conselheiro do primeiro-ministro Vladimir Putin, segundo a agência de notícias Interfax. Testemunhas afirmaram que o Boeing passou por cima de suas casas antes da explosão, que espalhou pedaços da aeronave em várias direções. O canal de TV Vesti-24 exibiu imagens de muita fumaça em uma área florestal e dos serviços de resgate trabalhando com lanternas no escuro. Os destroços do avião foram encontrados em um raio de 4 km e o incêndio foi controlado após algumas horas.

O chefe da comissão de investigação da Procuradoria-Geral da Rússia, Aleksandr Bastrikin, afirmou que um exame preliminar do local do acidente indica que a tragédia se deveu à “falha técnica e ao incêndio na turbina direita da aeronave”. De acordo com essa versão, os pilotos do Boeing 737 da Aeroflot tentaram, em vão, efetuar uma aterrissagem de emergência após a explosão de um dos motores.

As duas caixas-pretas do avião foram localizadas e estão sendo analisadas. O porta-voz da Aeroflot, Lev Koshliakov, afirmou que o aparelho passara por uma “inspeção técnica completa” neste ano e foi considerado em “condições adequadas”. A empresa informou ainda que o Boeing, com 16 anos de uso, foi alugado para o período 2008-2013 à empresa Pinewatch Limited, com sede em Dublin (Irlanda).

O ministro dos Transportes, Igor Levitin, descartou a hipótese de atentado terrorista e estimou um prazo entre três e quatro semanas para a completa análise das caixas-pretas. O acidente em Perm é a maior catástrofe com avião russo desde agosto de 2006, quando um avião Tu-154 da companhia aérea Pulkovo caiu na cidade de Donetsk (Ucrânia). Na ocasião, todos os ocupantes morreram: 160 passageiros e 10 tripulantes. No ano passado, a aviação da Rússia registrou 33 acidentes com 318 mortos, seis vezes a mais que em 2005.

A Aeroflot criou um centro de crise para atender os familiares das vítimas no aeroporto de Sheremetyevo-1, em Moscou, e outro em Perm. Também anunciou o pagamento de uma compensação de mais de dois milhões de rublos (55 mil euros) para cada uma das vítimas. Levitin deve viajar ao local da tragédia para acompanhar a investigação. Especialistas afirmam que as principais causas dos acidentes na Rússia são a deficiência na formação profissional dos pilotos e a antigüidade da frota comercial russa, que tem 18 anos em média nas linhas internacionais e 30 anos nas linhas domésticas.

Queda de avião mata 88

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Cláudio Humberto

Oficialmente, o edital nem existe, mas uma administradora privada de aeroportos da Suíça e sua parceira, a empreiteira Odebrecht, são fortes candidatos a abiscoitar o aeroporto internacional do Galeão, no Rio. O modelo prevê dois passos: primeiro, o Galeão será estadualizado, como quer o governador Sérgio Cabral, e só depois vai ser promovida a licitação para privatizar a sua gestão pelo prazo mínimo de trinta anos.

Galeão já tem donos prováveis

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BRASÍLIA - Apesar de conseguir a licença ambiental para o início da construção do terceiro terminal no Aeroporto Internacional de Cumbica, a Infraero tenta resolver um impasse com o Tribunal de Contas da União (TCU) para retomar as obras de ampliação do pátio de aeronaves. Depois de enviar ao Tribunal de Contas da União (TCU) seguidas justificativas técnicas de preços que não afastaram a suspeita de superfaturamento, paralisando obras em quatro aeroportos, a Infraero mudou de tática e decidiu provocar o impasse.

Acatou a tabela usada pelo TCU e, com base nela, apontou um "superfaturamento" R$ 8,8 milhões maior que o encontrado pela auditoria do próprio tribunal nas obras de ampliação do Aeroporto Internacional de Cumbica. O problema é que o consórcio construtor já avisou que não repactua o contrato com base na tabela usada pelo TCU, porque os preços rebaixados não cobrem os custos.

As empreiteiras alegam que o material e a mão-de-obra empregados na construção de uma pista de aeroporto e de uma rodovia não guardam semelhanças, a partir do cimento asfáltico. A Infraero concorda que o custo das especificações técnicas internacionais é mais alto. Resultado: As obras em Cumbica vão parar, a exemplo do que já ocorre nos Aeroportos de Guarulhos, Vitória, Goiânia e Macapá.

"Não reconhecemos superfaturamento nenhum.Só adotamos a planilha de serviços do Tribunal porque chegamos ao nosso limite de justificativas.Não adianta mais brigar", desabafa o presidente da empresa, Sérgio Gaudenzi. Segundo o diretor de engenharia da Infraero, Mário Jorge Moreira, uma equipe de orçamentários "luta há dois anos" com justificativas de preços que não satisfazem os técnicos do tribunal.

"O problema é que essas justificativas viraram um bumerangue e tudo o que enviamos ao TCU volta com novos pedidos. Nunca aceitam nossas ponderações", queixa-se Mário Jorge. A paralisação que mais preocupa a Infraero é Guarulhos. "Este é sem dúvida nosso maior problema, porque a malha aérea é toda assentada em Guarulhos", diz Gaudenzi. A Infraero decidiu ampliar o pátio do Aeroporto de Guarulhos por se tratar de "um nó vital no sistema aeroviário", que afeta todo o País.

Lá, o problema não são as pistas, mas o tamanho do pátio onde taxiam e estacionam aviões que parte e chegam de todas as regiões do País e do exterior. "Queremos ampliar o pátio para aumentar a capacidade de estacionamento de aeronaves em 40 posições", explica Mário Jorge, revelando-se preocupado com as obras no "maior gargalo do nosso sistema", paradas há três meses.

O calvário da Infraero com a tabela de preços que vale para qualquer tipo de construção em qualquer ponto do País começou há cinco anos. Até 2003, a empresa não teve qualquer problema com prestações de conta porque possuía receita própria para tocar suas obras e projetos. Não recorria aos cofres da União. A partir de 2005, no entanto, os problemas de caixa começaram.

Por decisão do Ministério da Fazenda, a União, que é a acionista majoritária da Infraero, começou a retirar os dividendos para reforçar o caixa do Tesouro. "O problema é que a empresa começou a contribuir para o superávit primário justamente nos últimos cinco anos, quando a aviação mais cresceu", resume Gaudenzi. Na tentativa de solucionar o impasse com o TCU e parar de medir forças, a Infraero encomendou um estudo à Caixa Econômica Federal para criar uma tabela de preços aeroportuários.

O diretor de engenharia conta que as composições dos custos foram feitas pela Universidade de São Paulo (USP), considerando os parâmetros técnicos de engenharia, e a chamada coleta de insumos (cotações de materiais) foi realizada em âmbito nacional pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado deste trabalho foi encaminhado ao TCU há três semanas e está sendo examinado pelos analistas do tribunal.

Infraero tenta resolver impasse com TCU

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Shirleide Vasconcelos

Infraero recebeu documento informando sobre suspensão do vôo da TAM à noite em Boa Vista a partir desta sexta-feira, dia 19. Segundo o superintendente da Infraero em Roraima, Manoel Aguinelo Sá, o documento foi encaminhado pela Comissão de Linhas Aéreas, um setor do Governo Federal que informa sobre a programação dos vôos nos aeroportos.

Aguinelo explica que desta forma, o Aeroporto Internacional de Boa Vista ficará com dois vôos de Boa Vista para Manaus, sendo um pela empresa aérea Gol – à noite e outro pela TAM – à tarde.

Ele analisa que a menor quantidade de vôos no Aeroporto é preocupante, principalmente agora, quando a reforma do prédio está para ser concluída e foi oferecido mais conforto aos passageiros.

Segundo o superintendente da Infraero, na alta temporada havia demanda para todos os vôos, mas no período de baixa temporada há uma diminuição de passageiros. “Talvez esse tenha sido o motivo da suspensão”, disse.

A expectativa dele é que, com a alta temporada em dezembro, novos horários de vôos retornem.

Segundo Aguinelo, há pouco tempo, quando haviam quatro vôos (dois da Tam e dois da Gol), a demanda era de 22 mil a 23 mil passageiros por mês.

Agora, só com dois vôos, o fluxo de passageiros deverá ficar entre 17 mil e 18 mil. Isso porque atualmente, com os três vôos a média mensal ficou em 19 mil passageiros.

Apesar disso, o superintendente da Infraero garante que a média de movimento no aeroporto está 25% a mais que no mesmo período do ano passado. Por esta razão ele acredita que se as empresas oferecessem promoções, os clientes procurariam.

ABAV – O conselheiro nacional da Abav (Associação Brasileira das Agências de Viagens), Ricardo Peixoto, informou que, oficialmente, não recebeu nenhuma informação da empresa aérea sobre a suspensão de um dos vôos, mas já tem conhecimento desta possibilidade.

Segundo Peixoto, a TAM continua mantendo no sistema o vôo após o dia 19 no horário da noite. Ele acredita que se realmente, houver a suspensão, o que pode ocorrer é a empresa acomodar os passageiros em outro vôo.

EMPRESAS – A empresa TAM foi procurada pela equipe de Reportagem da Folha, por meio da Assessoria de Comunicação em São Paulo para informar se realmente haverá a suspensão de um dos vôos de Boa Vista. Os responsáveis pelo Departamento da empresa solicitaram que o jornal enviasse email com os questionamentos, mas não repassou a resposta até o fechamento dessa edição às 21h30 de ontem. Ainda assim, a equipe de Reportagem fez um novo contato telefônico e foi dada garantia tanto pelo telefone, quanto em resposta ao email, de que as informações seriam repassadas, o que não ocorreu.

A empresa GOL também foi procurada. A equipe Assessoria de Comunicação da empresa informou via email, que a companhia mantém um vôo regular na linha Boa Vista/Manaus e não há previsão de cancelamento. Não foi informado o porquê da suspensão anterior do vôo no horário da tarde.

Vôo da TAM no horário da noite deverá ser suspenso em Roraima

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12 setembro 2008



Beth Koike

A Gol Linhas Aéreas está investindo R$ 78 milhões para ampliar o seu Centro de Manutenção, localizado na cidade mineira de Confins.

Com o término das obras, marcadas para abril do próximo ano, o Centro de Manutenção aumentará sua capacidade de 60 para 120 aviões. "Em 2009, começa o período de manutenção das aeronaves que compramos nos últimos quatro anos", explica o vice-presidente técnico de operações da Gol, Fernando Rockert de Magalhães.

Segundo Magalhães, o centro de manutenção será exclusivamente utilizado para os aviões da Gol, mas em alguns períodos o mesmo poderá ser usado por outras companhias aéreas.

Inaugurado em 2005 com 17,5 mil m2, o centro de manutenção terá com a reforma um total de 28,1 mil m2 de área construída.

Outra novidade da companhia aérea é chegada nesse mês de cinco novas aeronaves. Desse total, quatro aviões Boeing serão para a Varig que com isso completa a renovação de sua frota iniciada em 2007. "No ano passado, quando compramos a Varig, tínhamos 16 aviões antigos. Até o final do ano, toda a frota terá aeronaves novas", diz o vice-presidente técnico de operações da Gol.

Gol investe R$ 78 milhões em centro de manutenção

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Passageiros da Gol a caminho de casa após quase uma hora de sufoco no vôo



Um pane elétrica no aeroporto internacional Eduardo Gomes, Zona Oeste, forçou o vôo 1938 da Gol a pousar no aeroporto de Ponta Pelada, na Base Aérea de Manaus, Zona Sul. Segundo passageiros do vôo, a torre de controle e as luzes da pista ficaram sem energia. O vôo fazia o trecho Cruzeiro do Sul (AC)-Rio Branco-Porto Velho - Manaus.

O avião deveria pousar por volta das 19h, mas, sem poder aterrissar, ficou circulando no espaço aéreo da cidade por aproximadamente 50 minutos e foi redirecionado para o Ponta Pelada.

Na Base Aérea, o avião foi reabastecido e depois de cerca de uma hora, às 21h30, decolou em direção ao Eduardo Gomes, onde os passageiros desembarcaram. "Como é que pode um aeroporto internacional como o Eduardo Gomes sofrer um apagão e não ter um gerador", questionou o representante comercial Carlos Alberto Oliveira Pires, de 58 anos.

Carlos Alberto foi um dos poucos passageiros que desceram no aeroporto Ponta Pelada, pois tinha apenas bagagem de mão. Quem tinha bagagem no compartimento de carga do avião teve de voltar ao aeroporto Eduardo Gomes.

Segundo passageiros, houve sinais de revolta no avião, pois muita gente queria descer na Base Aérea. "O comandante ainda quis dar uma de durão. Eu vôo há 35 anos, voava quando aqui tinha Transbrasil, Vasp e Varig, todas faziam este trecho. Agora só é a Gol e está assim. Eles baixaram tanto o preço que tiraram a Rico, agora a passagem está nas alturas, custa mais de R$ 1 mil", reclamou Carlos Alberto.

Os familiares dos passageiros que aguardavam, às 19h, o vôo no saguão do Eduardo Gomes começaram a ficar ansiosos com a mensagem de atraso nos painéis de aviso do aeroporto. Segundo eles, os funcionários da Gol mentiram, dizendo que o pouso estava prejudicado por um outro motivo, mas que ocorreria logo.

Depois de muita espera, um passageiro, por celular, avisou um parente que o vôo iria para o Ponta Pelada. Eles seguiram para a Base Aérea e ficaram revoltados por terem que voltar ao Eduardo Gomes.

"O que é isso? Meu pai está lá dentro, ele tem problema cardíaco. Ninguém informa nada. O que chateia mais é a falta de informação", protestou a funcionária pública Adriana Coelho, 37, que aguardava o pai, acompanhada do marido e da filha.

Pane no aeroporto e pânico no avião

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11 setembro 2008

Prefeito quer discutir o projeto de reforma com o governo federal



Ricardo Brandt e Bruno Tavares


O prefeito Gilberto Kassab (DEM) criticou ontem o projeto da Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária (Infraero) de ampliação do Aeroporto Campo de Marte. “Ele está dentro da cidade, as pessoas moram no seu entorno e, portanto, a sua instalação precisa ser muito bem discutida com a sociedade. Temos problemas no Aeroporto de Congonhas, não queremos um problema a mais na cidade de São Paulo”, disse, ao visitar um clube municipal em Santo Amaro, na zona sul da capital paulista.

As reformas permitirão aumentar os pousos e decolagens em até 9% e incluem nova torre de controle e alargamento da pista, orçados em R$ 76 milhões, além de um prédio comercial e melhorias no terminal de embarque. Kassab disse que nenhum representante do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ou da Aeronáutica o procurou até agora para tratar do assunto e cobrou a necessidade de uma discussão integrada. “Tenho certeza de que o governo federal vai discutir essas ações com o Estado e com a Prefeitura. Queremos o seu funcionamento (do aeroporto), mas com mais segurança”, declarou.

Kassab frisou que sua maior preocupação se refere à segurança. “É uma decisão muito séria, que envolve um aeroporto no coração da cidade. São públicos os problemas que temos em Congonhas, e as soluções ainda estão sendo apresentadas para melhorar a sua segurança.”

O presidente da São Paulo Turismo (SPTuris), Caio Luiz de Carvalho, apoiou as declarações de Kassab. Disse considerar “um equívoco a Infraero anunciar, sem discussão, a ampliação do Campo de Marte e a construção de shoppings e restaurantes na área hoje em litígio entre União e Prefeitura”. O aeroporto tem 22 hangares e iniciou a construção de mais um. Para o futuro, a previsão é de 15 novos hangares, ampliação no pátio de aeronaves, construção do segundo heliponto e instalação de novas câmeras no pátio e nas cabeceiras da pista.

Kassab critica ampliação do Campo de Marte

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Mariana Barbosa

A TAM vai oferecer sistema de telefonia por celular a bordo de seus aviões a partir do segundo semestre do ano que vem. A empresa anunciou ontem que vai adotar o sistema desenvolvido pela OnAir, joint venture entre a Airbus e a Sita, empresa de tecnologia especializada em transporte aéreo. O sistema OnAir é o mesmo adotado pela Air France, primeira empresa aérea do mundo a oferecer serviço de telefonia móvel em aviões. Segundo a TAM, será possível usar celulares e smartphones para voz, mensagem de texto (SMS) e e-mails nas rotas da América do Sul.

A União Européia liberou o uso de celular em avião em abril, transformando a Europa na primeira região do mundo a autorizar a tecnologia. Os Estados Unidos mantêm a proibição de uso, com o argumento de que o celular interfere na operação aérea.

No Brasil, o uso de celular em aviões hoje é proibido, mas as autoridades reguladoras estão abertas a rever a legislação. A operação dependerá da aprovação da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). No caso da Anac, será preciso rever o regulamento “RBHA 121”, que regulamenta a aviação comercial regular. Por esse regulamento, o uso de celulares só é permitido com a aeronave em solo e com as portas abertas.

Segundo a Anac, se o equipamento não interferir na segurança de vôo, não há nenhum empecilho para que ele não seja liberado. “Se não interferir na segurança, não há razão para a Anac proibir”, afirmou a agência, por meio de sua assessoria. Nesse momento, a Anac está justamente revisando todos os regulamentos do setor aéreo, que datam do tempo do antigo Departamento de Aviação Civil (DAC), antecessor da agência.

A reportagem procurou a Anatel, mas nenhum diretor ou técnico estava disponível para comentar a notícia.

Se o novo serviço for autorizado, a TAM deverá ser a primeira companhia aérea do continente americano a oferecer celular em seus aviões.

Com a nova tecnologia, a TAM se prepara para enfrentar a concorrência da Azul Linhas Aéreas, que promete oferecer televisão em tempo real em seus aviões. A Azul, do empresário David Neeleman, deve estrear no mercado doméstico em dezembro, enquanto o serviço de TV está previsto para o segundo semestre do ano que vem.

POLÊMICA

A Air France está implementando seu serviço de telefonia móvel em etapas, tomando o cuidado de colher a opinião dos passageiros. A empresa já introduziu o sistema de voz, mas está decidindo se oferecerá apenas serviços de transmissão de texto por celular ou também serviços de voz. Em abril, quando a empresa introduziu o serviço de voz, o custo da ligação em roaming a 39 mil pés era de 3 o minuto, cobrado na conta de celular do usuário.

A Lufthansa também pensou em oferecer o serviço, mas desistiu depois que os próprios passageiros manifestaram a insatisfação com possibilidade de serem incomodados com a conversa do vizinho.

TAM vai oferecer celulares nos aviões

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Zínia Baeta, de São Paulo

Usada durante quase duas décadas como garantia para os negócios do empresário Wagner Canhedo - incluindo a compra da Vasp, em 1990 - a Fazenda Piratininga, um complexo agropecuário gigantesco que engloba uma área de 135 mil hectares no extremo norte do Estado de Goiás, deve em breve mudar de mãos. Pela primeira vez na história do país um grupo de trabalhadores de uma empresa em falência terá a possibilidade de receber boa parte dos créditos a que tem direito sem se submeter ao desgastante processo falimentar e ao rateio da massa falida entre outros credores - como bancos, fornecedores e o fisco. Graças a uma decisão da Justiça do Trabalho, cujo processo teve início há três anos, os ex-funcionários da Vasp conseguiram o bloqueio da fazenda de Canhedo, avaliada em R$ 421 milhões, para o pagamento de seus créditos. A decisão transitou em julgado, o que significa que não há mais como ser contestada.

Há dez dias, os sindicatos que representam esses trabalhadores conseguiram também no Judiciário o direito à posse da fazenda - instrumento juridicamente chamado de adjudicação. A possibilidade ainda está pendente do julgamento de um recurso da empresa Agropecuária Vale do Araguaia, proprietária da Fazenda e uma das empresas de Canhedo. Se confirmada a adjudicação, os sindicatos poderão administrar ou negociar diretamente a venda da propriedade, sempre fiscalizados pelo Ministério Público do Trabalho. Os valores levantados com a venda do imóvel rural serão distribuídos aos trabalhadores que já possuem decisões judiciais que reconhecem seus créditos. Além da fazenda Piratininga, outros bens de propriedade do grupo econômico da Vasp - formado por três empresas - já estão bloqueados para assegurar o pagamento dos trabalhadores, mas as decisões ainda não transitaram em julgado.

A presidente do Sindicato Nacional dos Aeronautas, Graziela Baggio, afirma que, ao obter a carta de posse da fazenda, os sindicatos pretendem vender a propriedade. "Estamos procurando pessoas interessadas na compra, mas um leilão não está descartado", afirma. Antes, porém, será realizada uma auditoria para levantar o valor real da propriedade.

O que colaborou para evitar o conhecido dito popular "ganhou, mas não levou" e a dilapidação do patrimônio das empresas no caso Vasp foi uma ação civil pública proposta pelo Ministério Público do Trabalho, pelo Sindicato Nacional dos Aeronautas e pelo Sindicato Estadual dos Aeroviários em 2005.

Buscava-se, com o processo, assegurar aos trabalhadores o pagamento dos salários atrasados e a solução de uma série de irregularidades em relação a obrigações trabalhistas cometidas pela Vasp, cujos valores que chegam hoje a quase R$ 1 bilhão. Também foi decisivo um acordo assinado por Wagner Canhedo perante a Justiça do Trabalho no mesmo ano, no qual ele se comprometia a pagar os salários atrasados dos trabalhadores e cumprir uma série de normas trabalhistas que não vinham sendo observadas.

A procuradora do Ministério Público do Trabalho de São Paulo, Viviann Rodriguez Mattos, representante do Ministério Público na ação, afirma que o empresário, ao assinar o acordo, reconheceu a responsabilidade solidária do grupo econômico pelo pagamento dos débitos trabalhistas existentes caso a Vasp não os quitasse. Com a medida, as outras empresas do grupo passaram a responder pelo passivo trabalhista da Vasp, assim como os bens pessoais dos sócios dos empreendimentos. "Se não fosse o acordo de 2005, a situação dos credores seria outra hoje, muito mais difícil. O acordo lá de trás "desblindou" o grupo econômico", afirma o advogado Carlos Duque Estrada Jr. que representa 550 trabalhadores da Vasp em 870 ações individuais. A própria procuradora afirma que até hoje não entende os motivos que levaram Canhedo a firmar o acordo. "Talvez ele imaginasse que conseguiria resolver o problema", diz.

A mesma ação civil pública que pediu o cumprimento de deveres trabalhistas também pediu a intervenção da Vasp, aceita pelo Judiciário e que perdurou até a aprovação da recuperação judicial da empresa, em junho de 2005. Com a recuperação, a intervenção foi extinta, mas a execução para a cobrança do pagamento dos trabalhadores continuou a correr na Justiça.

Segundo o juiz Wilson Ricardo Buquetti Pirotta, responsável por todas as ações em fase de execução da Vasp, há outros bens do grupo penhorados, como uma outra fazenda em Goiás ainda não foi avaliada. No caso da Fazenda Piratininga, ele afirma que, como a penhora ocorreu antes da recuperação judicial e também antes da falência, decretada nesta semana, ela não teria como entrar na discussão desses processos. O magistrado também lembra que o Superior Tribunal de Justiça (STJ) julgou neste ano que os bens das demais empresas do grupo econômico não poderiam fazer parte da recuperação judicial da Vasp. Com a medida, as execuções trabalhistas puderam continuar a correr contra o grupo.

Para ele, uma série de fatores colaborou para que o processo tenha chegado a uma fase que permitirá aos trabalhadores receberem boa parte de seus créditos fora da falência. Fato que, segundo o juiz, é inédito no país, considerando-se o número de processos e o volume de créditos da Vasp. Ele lista alguns mecanismos - como o uso de ação civil pública - usadas no tempo certo para evitar a diluição dos bens, como sua transferência para terceiros. Além disso, cita a pronta atuação do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) de São Paulo, que chegou a criar uma área específica para atender as execuções da Vasp e o próprio acordo assinando por Canhedo, que teria sido um fator a mais em um processo que já conta com farta documentação.

Procurado pelo Valor, o advogado que representa a Vasp na execução da fazenda Piratininga, Carlos Campanhã, preferiu não comentar o assunto.

Justiça bloqueia fazenda e garante o pagamento de funcionários da Vasp

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A reorganização societária da Gol e da Varig em uma única empresa deverá resultar na fusão da malha de vôos e tripulação das duas companhias, unificação de diretoria e conselho administrativo, além de estrutura de terra, como balcões de atendimento em aeroportos, o que deverá custar “muitas demissões”. A avaliação foi feita pelo consultor aeronáutico Paulo Bittencourt Sampaio, da Multiplan. Gol e Varig têm juntas 16,6 mil trabalhadores. Diante dessa perspectiva, o Sindicato Nacional dos Aeroviários (SNA), categoria que deverá ser mais afetada com os cortes, encaminhou às diretorias das duas empresas um pedido de informações mais detalhadas sobre o assunto.

Gol e Varig podem demitir

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10 setembro 2008



A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) receberá, até o próximo dia 25, contribuições sobre a liberdade tarifária de passagens aéreas entre o Brasil e qualquer lugar do mundo. Há pouco mais de uma semana, a Anac, que estipulava um máximo de 80% nas promoções para viagens dentro da América do Sul, liberou totalmente as tarifas cobradas pelas empresas aéreas. Desde a última sexta-feira, a agência abriu consulta pública para aplicar regras semelhantes nos vôos internacionais.

Representantes dos setores de Aviação civil e de turismo, de especialistas em transporte aéreo e qualquer cidadão interessado no tema podem contribuir. Quem quiser participar pode acompanhar o assunto no site http://www.anac.gov.br/transparencia/consultasPublicas.asp.

“A Anac sugere que esse processo de transição para a liberdade tarifária, da entrada em vigor da medida até a liberação total das tarifas, leve um ano. Para o consumidor esse prazo pode parecer muito longo, mas é necessário para que as companhias se adaptem à nova realidade do mercado”, informa a Agência, em nota.

Anac discute liberação de tarifas aéreas

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06 setembro 2008



Júlio Ottoboni

São José dos Campos (SP), 3 de Setembro de 2008 - A Embraer estuda a retomada da produção de um avião turboélice derivado da plataforma de seu jato ERJ-145 para enfrentar a crise do petróleo. Os impactos negativos da alta dos preços do querosene aeronáutico sobre o setor deverá manter-se, segundo estudos, até 2015 com possibilidades de se estender a 2018.

Também há forte apelo por parte dos usuários e operadores para que novas tecnologias menos poluentes sejam empregadas na motorização das aeronaves comerciais. O novo turboélice da Embraer terá entre 50 e 60 lugares, usará motor Rolls Royce de última geração, ainda em desenvolvimento, que economizará 22% de combustível e estará apto a funcionar com diversos tipos de combustíveis, principalmente os de baixa emissão de dióxido de carbono.

Apesar de no último mês o presidente da Embraer, Frederico Fleury Curado, negar que haja estudos específicos para retomar a produção deste tipo de aparelho, ele reafirmou a intenção de avançar no tema. Desde o começo deste ano, nos primeiros sinais de aumento no preço dos barris de petróleo, a Embraer já se pronunciava a favor da volta dos turboélices.

"Não considerávamos aviões turboélice, não achávamos que tinham possibilidades de mercado. Com o aumento dos preços dos combustíveis, voltou a integrar a pauta de opções. Isto é parte do acompanhamento permanente de oportunidades de mercado", declarou Curado na época.

Porém, não é só a crise do combustível e as pressões por tecnologias limpas que impeliram a Embraer a resgatar uma tecnologia de propulsão deixada de lado ainda nos anos 80, com o avião Brasília EMB-120.

Estudos como o da companhia de consultoria em aeronáutica, Teal Group Corporation, dos Estados Unidos, mostram indicativos expressivos de crescimento nas encomendas de turboélices. No ano passado foram efetuadas 210 vendas, quase 120% sobre os 97 contratos firmados pelas fabricantes em 2006.

O relatório da Teal afirma que existe um "notável aumento de 30% a 45% nos negócios nesse campo nos últimos 20 meses". A própria Embraer reconhece a tendência crescente deste segmento, que tem um mercado estimado de mil aparelhos para os próximos 10 anos.

Sem preconceito

Outro fator de estímulo no investimento de uma nova geração de aviões turboélices pela Embraer seria a superação do preconceito pelo usuário quanto a esse tipo de aparelho, considerado inseguro, barulhento e sem conforto. Os passageiros habituais de vôos por volta dos 1,5 mil quilômetros estão propensos a gastar mais tempo na duração do trajeto se isto refletir em preços menores das passagens. Dois aspectos seriam fundamentais para esse consumidor: pontualidade e baixo custo.

Como o jato consome bem mais que a propulsão a hélice, a grande vantagem para os turboélices seria a economia conseguida em vôos de curta distância. Já que o uso do jato é mais adequado em longas, nas quais velocidade e altitude são cruciais.

No item conforto e segurança, os novos motores da Rolls Royce, estão sendo projetados para ingressarem no mercado dentro de dois anos e revolucionarem o setor. A promessa da fabricante britânica é alcançar até 50% em economia de combustível, levando em consideração tanto novos combustíveis como o aperfeiçoamento aerodinâmico das aeronaves - em aerodinâmica poderia haver redução de 3% nos custos.

A propulsão teria como aliada principal um projeto da Embraer tido, nos anos 80, como um imenso fracasso, o CBA-123. Feito em parceria com a Argentina, o avião turboélice nunca decolou comercialmente. Mas os arranjos técnicos desenvolvidos pela engenharia brasileira praticamente solucionou as sensações de insegurança e desconforto causados pelos motores sobre as asas.

No caso do CBA-123, os motores foram postos na parte de trás do aparelho, próximo a cauda. Inclusive as hélices são situadas na mesma posição, pois giram no sentido contrário ao motor convencional e passam despercebidas pelos passageiros.

Produção chinesa

Outro agente facilitador é o fato da Rolls-Royce ser a parceira-fornecedora de motores para a família de jatos 145 da Embraer e do modelo executivo Legacy. Atualmente, esses modelos são produzidos pelo consórcio Harbin-Embraer , que mantém uma fábrica na China. Como o novo avião será uma derivação do modelo 145, de 50 lugares, sua produção deve ser totalmente asiática. No Brasil não existe mais ferramental nem linhas de produção capazes de suportar essa demanda.

Clientes asiáticos

A fabricante de motores deu início neste ano a sua nova fábrica, em Cingapura, num investimento calculado em US$ 225 milhões. Denominada "instalação do futuro" por sua direção, a unidade de Cingapura será a mais moderna instalação de produção e testes de motores aeronáuticos da Rolls-Royce. Isto faz parte da estratégia de aproximação da empresa de seus clientes asiáticos.

O novo avião da Embraer, ainda sem data para ser lançado, tem como alvos prioritários dos mercados da América do Norte, Europa e Ásia. A estratégia da Embraer iria de encontro com uma mega reformulação proposta em acordos internacionais de alteração em determinados hábitos aeronáuticos que provocam o alto consumo de combustível. Entre eles estão as duas maiores fontes de gastos de combustíveis do setor, a deficiência das rotas e tempo de espera em solo.

Embraer estuda retomar avião turboélice com nova tecnologia

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05 setembro 2008



O Rio de Janeiro já tem um aeroporto internacional administrado pela iniciativa privada. Em Cabo Frio, a prefeitura concedeu o Aeroporto Internacional para a empresa Costa do Sol que, desde 2005, administra o terminal. Adaptando-se ao perfil da região, uma área turística que também concentra mais de 70% da produção nacional de petróleo, a empresa fez obras e hoje o aeroporto é um sucesso.

— Começamos do zero e hoje já temos US$ 400 milhões em cargas ao ano. Na prática, somos o quinto aeroporto em volume de cargas do país, só menor que os três de São Paulo, o do Rio e o de Manaus — afirmou Murilo Junqueira, diretor da empresa que recebeu a concessão.

O aeroporto começou a receber ano passado vôos internacionais de turismo. No início do ano, quatro mil turistas ao mês usaram o terminal.

Cabo Frio tem um modelo pioneiro

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