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14 fevereiro 2012

EDNA SIMÃO E MARTA SALOMON - O Estado de SP

A Infraero vai bancar, indiretamente, metade do ágio médio de 348% pago pelos consórcios que venceram o leilão dos aeroportos de Guarulhos, Viracopos e Brasília. O preço mínimo, fixado no edital do leilão, era de R$ 5,5 bilhões, mas eles foram concedidos por R$ 24,5 bilhões.

Isso vai ocorrer porque o valor da outorga será pago com as receitas obtidas pelas empresas que vão administrar os aeroportos, as Sociedades de Propósito Específico (SPEs), onde os consórcios vencedores têm 51% e a Infraero, 49%. Ou seja, não há impacto direto no orçamento da Infraero. Isso só vai ocorrer se a SPE tiver prejuízo. Segundo fonte envolvida no processo, o alto valor da outorga reduz a lucratividade e os dividendos da Infraero porque eleva as despesas.

Por outro lado, a leitura é de que a União não sairá perdendo. Isso porque o Fundo Nacional de aviação Civil (Fnac) receberá integralmente o valor da outorga no período de concessão, que varia de 20 a 30 anos.

A participação da Infraero, sem poder sobre o plano de negócios da futura empresa concessionária, foi duramente criticada pelo Tribunal de Contas da União (TCU). O modelo de participação estatal em concessões é inédito.

Infraero vai bancar, indiretamente, ágio de 348% do leilão

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Para 259 empresas consultadas pela Fundação Dom Cabral, os dois setores apresentam as maiores deficiências na infraestrutura

RENÉE PEREIRA - O Estado de S.Paulo

Não são apenas os passageiros que sofrem com as deficiências da infraestrutura aeroportuária e rodoviária. O setor produtivo também tem acumulado prejuízos bilionários com a oferta restrita - e de péssima qualidade - dos dois setores, que receberam as piores avaliações por parte das empresas.

Estudo feito pela Fundação Dom Cabral, com 259 companhias responsáveis por 30% do Produto Interno Bruto (PIB), mostra que 70% dos grupos entrevistados estão muito insatisfeitos com a capacidade dos aeroportos e 67% com a condição das rodovias brasileiras.

"O País tem hoje uma capacidade produtiva grande, que exige uma logística mais eficiente. As empresas não trabalham com estoques e, por isso, dependem de um transporte rápido", afirma o professor Paulo Resende, coordenador do Núcleo CCR de Infraestrutura e Logística da Dom Cabral.

O problema é que elas não têm uma contrapartida. O transporte aéreo, embora rápido, é muito caro; o transporte ferroviário é limitado e consegue atender apenas alguns setores, como o agronegócio e o setor e mineração. Nos portos, a burocracia e a precariedade dos acessos terrestres e marítimos reduzem a competitividade do produto brasileiro diante da concorrência.

"Se não houver uma reviravolta na infraestrutura brasileira, o valor do frete rodoviário vai triplicar nos próximos anos. O País terá pouca transportadora e muita carga para movimentar", afirma o presidente da ASA Transportes, Valdir Santos, referindo-se ao fato de empresas menores não estarem suportando os elevados custos para trabalhar no setor. Ele conta, por exemplo, que para descarregar no Porto de Santos um caminhão fica dois dias parados, sendo que as empresas pagam apenas um dia de frete.

Junta-se a isso, obras que deveriam estar prontas há anos e até agora nem os projetos foram apresentados. É o caso da duplicação da Serra do Cafezal, destaca Santos. A obra está entre as dez mais importantes na avaliação da maioria das empresas consultadas pela Fundação Dom Cabral.

A lista inclui ainda a expansão da rede de banda larga, a duplicação da BR-101, o trecho Sul do Rodoanel de São Paulo e a expansão do Aeroporto de Guarulhos. O Trem de Alta Velocidade (TAV), uma prioridade para o governo federal, aparece no último lugar no ranking das 38 obras importantes para as empresas.

Na avaliação delas, a dificuldade para tirar obras prioritárias do papel está na burocracia criada pelo próprio governo federal. Quase 90% das companhias elegeram esse item como a raiz de todos os problemas na infraestrutura, especialmente para a corrupção (83% das empresas citaram a corrupção como fator preponderante para o não cumprimento dos cronogramas de obras).

"É consenso entre vários empresários que a burocracia é a causa da corrupção", afirma o professor Paulo Resende. Segundo ele, processos mais simplificados e transparentes dificultam a vida dos corruptos. "Quanto maior o emaranhado de documentos e regras, mais a corrupção se esconde neles."

Outro item considerado um entrave ao cronograma das obras, na avaliação das empresas, é a influência política e a dificuldade para conseguir licenças ambientais no Brasil.

Aeroporto e rodovia têm pior nível de satisfação

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ERIK FARINA – ZERO HORA

Embora ainda não tenham sido anunciadas oficialmente – apesar da proximidade da festa –, já estão definidas as principais medidas do plano para evitar contratempos nos aeroportos durante o período de Carnaval.

Entre os dias 17 e 22, o número de atendentes e fiscais será ampliado nos principais terminais do país.

Elaborado pela Comissão Nacional de Autoridades Aeroportuárias (Conaero), o plano seguirá os moldes do aplicado nas festas de final de ano. Os detalhes serão apresentados até amanhã. O governo deverá apertar a fiscalização sobre as companhias aéreas para evitar descumprimento de horários dos voos e overbooking (venda de passagens acima da capacidade da aeronave), acelerar os procedimentos de acesso às salas de embarque e desembarque e reforçar os balcões de informação.

Será reforçado o número de funcionários da Infraero responsáveis pela segurança e pelas operações de pouso e decolagem. Colaboradores circulando pelos saguões com coletes da campanha Posso Ajudar? estarão à disposição para orientar e esclarecer dúvidas de passageiros.

Previsão é de movimento 13% maior este ano

A previsão da Infraero é que cerca de 3 milhões de passageiros embarquem e desembarquem nos aeroportos no período, um aumento de 13,2% em relação ao mesmo período do ano passado. Em 2011, o aumento no número de passageiros no período foi de 14%. Uma operação semelhante foi armada, e não houve notícias de caos nos aeroportos.

Novidades neste Carnaval, os Centros de Gerenciamento Aeroportuários (CGA) estarão instalados nos principais aeroportos do país, incluindo o Salgado Filho, em Porto Alegre. Com participação de autoridades aeroportuárias e representantes de companhias aéreas, o posto procura resolver problemas pontuais nos terminais, como filas anormais em determinados guichês.

O número de voos foi reforçado em fevereiro, sendo que boa parte das decolagens e pousos adicionais ocorrerá nos dias de Carnaval. Segundo a Agência Nacional de aviação Civil (Anac), neste mês haverá mais 1,2 mil voos extras e charters, dos quais 767 internacionais e 453 domésticos.

Os principais problemas em épocas de grande movimento são ausência de prestação de informação aos passageiros, falta de assistência em caso de atrasos e cancelamentos, overbooking e falhas no processo de identificação (divergência entre cartões de embarque e documentos).

AS AÇÕES PREVISTAS

O que deve ser incluído na operação:

- Autorização para 1,2 mil voos extras e charters no mês, dos quais 767 internacionais e 453 domésticos

- Reforço dos Centros de Gerenciamento Aeroportuários (CGA) – sistema de monitoramento, em tempo real, das operações de aeronaves e da movimentação de passageiros e bagagens –, com participação do governo e companhias aéreas, para resolver problemas pontuais

- Remanejamento de funcionários da Infraero e Anac para ampliar a fiscalização e o atendimento nos aeroportos

- Acordo com empresas aéreas para evitar overbooking – venda de passagens acima da capacidade das aeronaves

- Ações preventivas para assegurar o funcionamento de sistemas e equipamentos (pontes de embarque, elevadores, sistemas informativos de voo)

ASSISTÊNCIA MATERIAL

Confira os direitos dos passageiros

- Em casos de atraso de uma hora, cancelamento ou preterição (overbooking ou problema no avião), o usuário tem direito a telefone ou internet. A partir de duas horas, alimentação adequada ao tempo de espera (voucher, lanche, bebidas). Depois de quatro horas, acomodação em local adequado e transporte do aeroporto ao local de hospedagem.

REACOMODAÇÃO

- Tem de ser imediata, no caso de cancelamento ou preterição. Nos atrasos, é obrigatória a reacomodação no próximo voo da companhia ou de outra empresa na mesma rota.

REEMBOLSO

- Para o passageiro que desistir por cancelamento ou atraso acima de quatro horas, deve haver reembolso integral do valor do bilhete, na mesma forma de pagamento feita pelo usuário.

COMO PROCEDER

- Diante de um problema, o passageiro deve se dirigir, primeiramente, à companhia na qual contratou o serviço. Se o problema persistir ou o usuário não se sentir satisfeito, deve recorrer à Anac no telefone 0800 725 4445, que funciona 24 horas. O procedimento não impede o passageiro de buscar eventuais indenizações por danos morais e/ou materiais.

Fonte: Anac

Aeroportos terão reforço no Carnaval

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Zero Hora

O mais recente prazo estimado pelo Exército para entregar à Infraero o plano de engenharia para ampliação da pista do aeroporto Salgado Filho não foi respeitado ontem. Após descumprir o calendário pela sétima vez, a instituição não promete novas datas.

De acordo com o Departamento de Comunicação da Infraero no Salgado Filho, o projeto não foi apresentado em Porto Alegre ou Brasília. O Exército não atendeu ao pedido de informações da reportagem quanto à situação do estudo e novos prazos para sua conclusão.

Na superintendência da Infraero em Porto Alegre, a opinião corrente é de que o projeto chegará a qualquer momento. As informações são de que estaria no estágio final. A espera se arrasta desde março do ano passado, primeiro prazo para a conclusão do estudo que orientará a extensão da pista de 2,28 mil para 3,2 mil metros.

Embora não estime data limite, Jorge Herdina, superintendente do Salgado Filho, diz que é preciso que o estudo chegue logo para haver tempo de preparar o edital para março. Só assim será possível concluir a expansão em dezembro de 2013.

Não bastasse a corrida contra o relógio, a prefeitura de Porto Alegre começa a se preocupar com a possibilidade de invasão de famílias na área para a construção, de onde foram retiradas no ano passado.

– Esse risco existe, e também por isso estamos preocupados com o início da obra – afirma Urbano Schmitt, secretário de Gestão e Acompanhamento Estratégico da Capital.

Ampliação de pista do Salgado Filho segue parada

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Band

Aviões das companhias aéreas Gol e Lan colidiram, na tarde desta segunda-feira, no aeroporto Internacional Jorge Newbery, em Buenos Aires, na Argentina. A informação foi confirmada pela empresa aérea brasileira, que disse que a aeronave da Lan provocou a batida.

Aviões da Gol e da Lan colidem em aeroporto de Buenos Aires

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13 fevereiro 2012

Como o juiz Marlos Augusto Melek venceu a burocracia para livrar os aeroportos de 57 aviões sucateados. 

Por Guilherme QUEIROZ – IstoÉ Dinheiro 

Em junho de 2011, o juiz federal da Justiça do Trabalho no Paraná Marlos Augusto Melek percorria o pátio do Aeroporto de Congonhas numa das rotineiras visitas ao terminal paulistano. Diante dos aviões sucateados da antiga Vasp, Melek analisava um destino para os bens da companhia aérea que faliu em 2008, deixando para trás dívidas de R$ 3,5 bilhões, que incluem um passivo trabalhista de R$ 1,5 bilhão, com 15 mil funcionários. Veio então uma ideia simples: por que não reunir artigos da empresa em kits colecionáveis e vendê-los para aficionados da aviação?

Dois meses depois, três mil interessados compareceriam ao leilão com a esperança de arrematar uma parte da memória da Vasp. Mais que ressarcir os credores da companhia, o evento é um exemplo das iniciativas gestadas no programa Espaço Livre, do qual o juiz é mentor e coordenador. Na segundafeira 6, o programa leiloou por R$ 133 mil – um ágio de 33% – um Boeing 737-200 da companhia que quebrou nas mãos do empresário Vagner Canhedo, uma relíquia com painéis de instrumentos intactos e bancos de couro preservados, que se transformará em brinquedo num bufê infantil em Araraquara, interior de São Paulo.

Aviador nas horas vagas, o paranaense de 36 anos chegou ao Conselho Nacional de Justiça em outubro de 2010 a convite da ministra Eliana Calmon, corregedora nacional de Justiça. Era a oportunidade a fim de buscar a solução para algo que o incomodava. "Lia nas revistas especializadas que havia muita reclamação no meio aeronáutico contra a inércia da Justiça", disse Melek à DINHEIRO. 

Com o aval do conselho, ele desenhou o projeto para remover a sucata de aviões que há anos entulha os pátios de aeroportos Brasil afora.

Avançar na tarefa significava percorrer muitas instâncias judiciais, envolvidas não só no processo da Vasp como nos da Transbrasil, Varig, VarigLog e de outras empresas que, falidas, deixaram 57 carcaças de aeronaves para trás. O raciocínio econômico permeia todas as iniciativas do Espaço Aberto.

Cada um dos dez aviões da Vasp estacionados em Congonhas custava R$ 1,2 mil por dia à massa falida da companhia. Trata-se de uma dívida impagável. Ao liberar os 118 mil metros quadrados ocupados pelas aeronaves, a Infraero volta a explorar os espaços, o que pode lhe render até R$ 2,4 mil em taxas por dia.

O caçador de sucata

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O governo arrecadou R$ 24,5 bilhões com a privatização dos aeroportos. Conheça as empresas que vão comandar os três terminais aéreos mais importantes do Brasil. 

Por Marcelo CABRAL, Luís Artur NOGUEIRA e Guilherme BARROS – IstoÉ Dinheiro 

Cinco... quatro... três..." A contagem regressiva foi entoada a plenos pulmões pelo executivo carioca Gustavo Rocha e por sua equipe de 30 auxiliares no pregão superlotado da BM&F Bovespa, no chamado centro velho da capital paulista. Quando a numeração chegou ao zero, Rocha comemorou aos pulos, abraçado ao seu time. Ele tinha bons motivos para isso. Exatamente às 12h23 da segunda-feira 6, um dos dias mais quentes deste início de 2012, esse carioca de 43 anos, presidente da Invepar, se tornou o novo comandante do aeroporto de Guarulhos, o maior e mais importante do País. Se o leilão promovido pelo governo pelas concessões de Guarulhos, Campinas e Brasília fosse uma partida de futebol, a melhor analogia seria dizer que a Invepar – à frente de um consórcio formado em conjunto com os sul-africanos da Airports Company South Africa (ACSA) – goleou ainda no primeiro tempo.

Uma proposta de R$ 16,2 bilhões – dinheiro suficiente para comprar 49 jumbos Boeing 747 – gerou perplexidade entre integrantes dos outros dez consórcios. Enquanto aguardava os lances, Rocha tinha como maior preocupação conhecer o tamanho das propostas da rival CCR, controlada pela Camargo Corrêa, e pela Odebrecht, associada ao grupo Changi, que opera o aeroporto de Cingapura, um dos melhores do mundo. Em todos os casos, porém, as ofertas foram mais baixas. As grandes construtoras, consideradas favoritas, ficaram a ver navios – ou melhor, aviões. "Fizemos as nossas contas e chegamos até onde pudemos", resumiu, resignado, o presidente da espanhola OHL, José Carlos de Oliveira Filho, que tinha em mãos um cheque de R$ 12 bilhões. A vitória acabou mesmo com a Invepar, cujos principais acionistas são os fundos de pensão de Banco do Brasil, Petrobras e Caixa Econômica Federal (Previ, Petros e Funcef, respectivamente) e a construtora baiana OAS.

Com a investida, a companhia acrescentou a oitava operação à sua lista de concessões, que inclui o sistema de rodovias Raposo Tavares, em São Paulo, e o metrô do Rio de Janeiro. Também fazem parte do portfólio a Linha Amarela, no Rio de Janeiro, e estradas na Bahia e em Pernambuco. A lista de vencedores inclui ainda a Infravix, o braço de infraestrutura da Engevix, que ficou com o aeroporto de Brasília por R$ 4,5 bilhões, e a Triunfo Participações e Investimentos, que arrematou, em conjunto com a UTC Engenharia, Viracopos, em Campinas, por R$ 3,8 bilhões. Os serviços para os 50 milhões de pessoas que passam anualmente pelos três aeroportos tendem a melhorar. No total, o governo arrecadou R$ 24,5 bilhões, um ágio de 347% sobre os lances mínimos das concessões. De quebra, obteve o compromisso de mais R$ 16,1 bilhões em investimento na modernização das três praças.

O BNDES vai financiar até 80% desse total. "Hoje me aposento e passo o bastão: Dilma é a nova musa das privatizações", brincou Elena Landau, ex-diretora do BNDES que atuou nas privatizações do governo Fernando Henrique Cardoso, na década de 1990, em uma mensagem pelo Twitter. O ministro da Fazenda, Guido Mantega, assegurou que o dinheiro arrecadado não será utilizado para garantir o superávit primário. "Esses R$ 24 bilhões são mais do que suficientes para investirmos nos aeroportos não rentáveis", afirmou Gustavo do Vale, presidente da Infraero, que terá uma participação de 49% nas sociedades criadas para administrar os terminais. Nem mesmo as críticas de que os vencedores eram empresas de menor porte, com parceiros de países emergentes, azedaram o humor do governo. "Ser emergente não diminui ninguém, porque senão teríamos de ter o complexo de vira-latas eterno", declarou o ministro da Aviação Civil, Wagner Bittencourt.

Em consequência do sucesso do leilão, há grande expectativa em torno dos próximos aeroportos a serem privatizados. Galeão, no Rio, e Confins, na região metropolitana de Belo Horizonte, que já têm estudos preliminares prontos, estão no topo da lista. Publicamente, o Planalto garante não ter pressa. "No governo é assim. Termina uma etapa, começa outra", disse a presidenta Dilma Rousseff.

"Agora é fazer as coisas acontecer." Passada a euforia, a hora é de se debruçar sobre o que precisa ser feito para garantir a rentabilidade dos investimentos, principalmente depois de analistas terem alertado que o alto preço pago pelas outorgas pode resultar em uma margem muito baixa para os seus novos donos. "As empresas terão de controlar bem os custos das obras para não impactar no fluxo de caixa, que já estará espremido", diz o advogado Marlon Shigueru Ieiri, do escritório FHCunha Advogados, que assessorou um dos consórcios perdedores.

Rocha, da Invepar, não se mostra preocupado com as dúvidas. "Acho que o mercado financeiro tem uma leitura errada", disse o executivo com exclusividade à DINHEIRO, um dia depois da vitória no leilão, na sede da empresa, no centro do Rio de Janeiro. "Na visão atual quem ganha é punido, porque se supõe que você não sabe o que está fazendo. Mas, no capitalismo, estagnar é morrer." Uma espiada nas contas de Guarulhos mostra o tamanho do desafio que o aguarda. O aeroporto teve em 2010 uma geração de caixa de R$ 770 milhões e um custo operacional de R$ 390 milhões – o que significa margem de R$ 380 milhões por ano. O valor necessário para compensar a soma da outorga e dos investimentos para a Copa de 2014 supera R$ 1 bilhão por ano. Não é preciso ser doutor em matemática para entender que será necessário multiplicar a receita sem fazer o custo disparar.

Algo que se torna mais difícil com a adoção de padrões internacionais de qualidade. Pior: o consórcio não poderá aumentar as tarifas de embarque para se rentabilizar. Como fechar essa conta? "A Infraero está tirando leite de pedra, mas temos mais facilidade", afirma Rocha. "Como empresa privada, somos donos de uma flexibilidade maior. Vamos melhorar a gestão, reduzir custos e ampliar a renda." O plano inclui a construção de shoppings centers, escritórios, hotéis e centros de convenção nas proximidades. Os estacionamentos, que têm apenas três mil vagas, são vistos como um ponto central para gerar retorno. "É perfeitamente possível termos 25 mil vagas em Guarulhos até 2020", diz. O número de lojas aumentará e o perfil do comércio subirá de patamar. Os contratos atuais devem ser renegociados, o que já causa preocupação entre os empresários que atuam no aeroporto.

"Nossa situação não é nada tranquila", diz Ernesto Romano, proprietário de duas lojas em Guarulhos. "O custo do metro quadrado daqui já é o dobro do que em shoppings de elite." A franquia do McDonald"s que atua no aeroporto, por exemplo, paga R$ 650 mil por mês de aluguel, mais do que no Shopping Iguatemi, um dos mais sofisticados de São Paulo. O novo império de Rocha é uma verdadeira cidade. Inaugurado em 1985, o aeroporto Governador André Franco Montoro – popularmente conhecido como Cumbica, que, ironicamente, significa "lugar nublado" em tupi-guarani – movimenta 80 mil passageiros por dia, ou mais que a população de 95% dos municípios brasileiros. É o centro de um verdadeiro enclave econômico, que reúne 30 mil funcionários e 1,7 mil empresas prestadoras de serviços. Sua receita de R$ 770 milhões o colocaria entre os 30 maiores orçamentos municipais do Brasil.

Isso sem falar nas 430 mil toneladas de carga levadas por ano nos 250 mil voos que decolam ou pousam em suas duas pistas principais, que juntas somam 6,7 mil metros. Possui o maior terminal logístico da América do Sul, com quase 100 mil metros quadrados, incluindo 16 frigoríficos. Trata-se de um dos 40 aeroportos mais movimentados do planeta. Infelizmente, devido ao aperto nos pátios, nos locais de atracação e nos terminais, também é o terceiro do mundo em número de voos atrasados, segundo a companhia americana FlightStats, que mapeia o setor. Tornar a operação de Guarulhos rentável não é o único desafio que paira sobre Rocha, pai de quatro filhos. Além de encarar o dilema de ser um torcedor apaixonado do Fluminense que frequenta o Flamengo para seus treinos de pólo aquático, tem enfrentado também baterias de "media training" – um treinamento para lidar com os jornalistas e para superar a timidez.

Apesar do esforço, ainda tem dificuldades em evitar manter os braços continuamente cruzados e o hábito de bater com as mãos na mesa quando quer enfatizar algum ponto. Workaholic assumido, Rocha pratica jornadas de trabalho que podem chegar às 15 horas diárias. O processo da montagem da proposta vencedora é um exemplo de como ele se dedica com afinco e se apega aos detalhes.

Inicialmente, apenas três profissionais da Invepar foram destacados para entender como, afinal, funciona um aeroporto no Brasil. O time foi ganhando musculatura, com a inclusão de advogados, consultores financeiros, engenheiros, analistas de demanda, especialistas em modelagem de contratos e técnicos aeroportuários.

Na reta final, enquanto 80 pessoas trabalhavam na proposta, surgiu a exigência imposta pelo governo de um parceiro estrangeiro. Houve uma semana de atividades frenéticas até a escolha da ACSA, que administrou os aeroportos da África do Sul durante a Copa de 2010, implicando a vinda de mais 20 técnicos sul-africanos ao Brasil. Na semana anterior ao leilão, Rocha passou a maior parte do tempo em São Paulo, dando os retoques finais no projeto. "Nossa estratégia foi fazer uma proposta elevada de cara para desencorajar os concorrentes a entrar na disputa", afirma Rocha. A estratégia deu certo, e a vitória foi comemorada na noite da própria segunda-feira, com brindes de champanhe no badalado restaurante Figueira Rubaiyat, na capital paulista. 

Viracopos terá o maior volume de investimentos 

Até 1985, o aeroporto de Viracopos, em Campinas, era a porta de entrada e saída de São Paulo para o mundo. Com a inauguração de Cumbica, em Guarulhos, perdeu seu charme e tinha tudo para iniciar um lento declínio. Mas ele renasceu, se transformando no principal escoadouro aéreo de cargas do Brasil para o Exterior, principalmente para a Argentina. Essas credenciais fizeram com que o consórcio formado pelas brasileiras Triunfo e UTC e pela operadora francesa Egis, que administra 11 aeroportos na África e um em Paris, pagasse R$ 3,8 bilhões por ele, um ágio de 159,7%. Em 30 anos de concessão, pelas contas do governo, os novos administradores terão de realizar investimentos da ordem de R$ 8,7 bilhões, o maior volume dentre os três aeroportos leiloados. Incluído o custo de manutenção, a cifra sobe para R$ 11,5 bilhões.

A diferença é que, ao contrário de Brasília e Guarulhos, não há uma concentração de obras até a Copa, em 2014. O presidente da Triunfo, Carlo Bottarelli, prevê que o desembolso total será menor, na casa dos R$ 8 bilhões, graças a melhorias no projeto e a previsões de demanda, que são diferentes das estabelecidas pelo governo. "Quem elaborou o projeto, por mais qualificado, não tem a visão do operador", diz Bottarelli. Com isso, a taxa de retorno real do projeto subiria de 7,5% para 8,5%. A prioridade da Triunfo é construir um novo terminal para 5,5 milhões de pessoas. O edital também prevê a construção de uma terceira pista. "Viracopos vai suceder Guarulhos quando este chegar a um nível de saturação, entre 2020 e 2023", afirma Bottarelli. Para atrair passageiros de São Paulo o executivo lembra que é necessária uma ligação alternativa entre as cidades.

"Vamos ter um trem, não sei se é de alta velocidade, mas nós vamos ter um trem", afirma Bottarelli. A empresa, no entanto, ficou negativamente conhecida em outubro de 2008, quando venceu o leilão para a concessão das rodovias Ayrton Senna e Carvalho Pinto, em São Paulo, mas foi desabilitada por não depositar as garantias exigidas dentro do prazo. Escaldados, os investidores inicialmente não gostaram do ágio pago pela empresa por Viracopos e derrubaram as ações em 13%, nos dois primeiros dias. Na quarta-feira 8, após uma teleconferência com analistas, e na quinta 9, por outro lado, os papéis da companhia acumularam alta de 11%, quase retornando ao patamar anterior. Bottarelli garante que o endividamento da empresa vai até diminuir quando o fluxo de caixa de Viracopos entrar na conta. 

Prioridade em Brasília é a Copa do Mundo 

Depois de 33 minutos de duelo viva-voz com a espanhola OHL , que teve oito lances, o sócio do grupo brasileiro Engevix, José Antunes Sobrinho, pôde, finalmente, respirar aliviado. Por R$ 4,5 bilhões, um ágio de 673%, o maior do leilão de privatizações dos aeroportos, o consórcio Inframérica, composto por sua empresa e pela argentina Corporación, ganhava o terminal aéreo de Brasília, no qual circulam 15 milhões de passageiros por ano, o terceiro mais movimentado do Brasil. "Posso pagar um pouco mais caro de olho no potencial do mercado brasileiro", afirmou Antunes Sobrinho. "Temos quase a mesma dimensão geográfica dos EUA e nosso transporte aéreo não tem 10% do movimento americano."

A dobradinha com os argentinos da Corporación América, que administra 48 aeroportos na América Latina, não é novidade. Foi esse mesmo consórcio que venceu o leilão de concessão do aeroporto de São Gonçalo do Amarante, em Natal, em agosto do ano passado, com um ágio de 228,8%. Os sócios, no entanto, são polêmicos. Nos anos 1990, quando a Argentina promoveu a privatização dos seus aeroportos, a Corporación América pagou um ágio elevado, mas não conseguiu honrar os contratos. Com dívidas de US$ 600 milhões e atrasos no cronograma de investimentos, foi obrigada a renegociar, em 2007, o contrato com o então presidente Néstor Kirchner, que aceitou a troca da dívida por uma participação de 20% do Estado nos aeroportos. A prioridade no aeroporto de Brasília é concluir as obras para a Copa de 2014.

Até lá, serão investidos R$ 873 milhões, dos quais R$ 400 milhões em um terminal para dois milhões de passageiros. "Temos de arrancar com as obras, pois as responsabilidades com a Copa são imensas", diz Antunes Sobrinho. "O consórcio não medirá esforços para que o projeto fique pronto no primeiro semestre de 2014." Segundo o executivo, um plano estratégico está sendo estruturado para otimizar as duas concessões. "São aeroportos com vocações distintas", afirma. Para ele, São Gonçalo do Amarante, em Natal, se liga a Portugal. O aeroporto de Brasília é centro de conexão para o Centro-Oeste do País e pode atender a América Latina. Embora considere prematuro detalhar quais são as oportunidades de exploração comercial, Antunes Sobrinho garante que o usuário notará algumas novidades no prazo de um ano. 

"Não tivemos a mínima interferência do governo durante o processo" 

Apenas 24 horas após bater o martelo e vencer o leilão para a concessão de Guarulhos, o maior aeroporto do Brasil, o presidente da empresa de infraestrutura Invepar, Gustavo Rocha, falou com exclusividade à DINHEIRO 

O alvo era apenas Guarulhos? 

Estávamos no leilão dos três terminais e tínhamos estratégias específicas para cada um deles. Mas o foco principal de nosso planejamento sempre foi Guarulhos, por uma série de motivos. É um projeto consolidado, que possui estabilidade e fluxo de caixa. Isso significa que Guarulhos é sempre Guarulhos, assim como o Bradesco é sempre o Bradesco. 

A oferta de R$ 16, 2 bilhões não foi alta demais? 

Pode parecer muito, mas, se eu tivesse feito uma oferta só 10% maior (que a segunda), poderia ter acabado pagando mais caro no preço final. Isso porque o concorrente ia se sentir atraído para a disputa. Foi exatamente o que aconteceu em Brasília, que teve o certame mais acirrado. Claro que sempre fico com a pulga atrás da orelha, pensando se eu podia ter ofertado R$ 15 bilhões (risos).

Como gerar rentabilidade com um valor de outorga tão elevado? 

Estudamos a fundo o setor e percebemos que o verdadeiro motor do negócio aeroportuário não é o passageiro e sim a receita não tarifária. Isso inclui fontes de A a Z. As principais são alimentação, lojas, duty free e estacionamentos. É possível explorar mais e melhor tudo isso. Há muito espaço para novos empreendimentos em Guarulhos. Claro, nosso negócio é administração aeroportuária, vamos deixar o gerenciamento desses empreendimentos para os interessados. Mas há uma infinidade de oportunidades. E também poderemos obter recursos com nosso projeto de abertura de capital. 

Quanto a Invepar espera captar com essa abertura de capital? 

Nosso planejamento estratégico prevê a abertura de capital para um período entre 12 e 24 meses. O valor vai depender muito de como os negócios caminharem até lá, de como estiver a valorização do portfólio. 

Existe uma desconfiança de que a presença dos fundos de pensão possa significar uma influência excessiva do governo no setor. Como o sr. vê essa questão? 

Minha relação com o governo é unicamente como concessionário. Não tivemos a mínima interferência durante o processo. Nenhum acionista me perguntou “como vocês estão?” ou me disse “olha, temos de entrar mesmo”. A influência foi zero. Acho que a maior prova disso é que fomos pegos de surpresa na questão da obrigatoriedade do administrador estrangeiro. Tanto que nossa estratégia inicial era irmos sozinhos aos leilões, e saímos correndo para encontrar um parceiro.  

Após a entrada no setor aéreo, qual é o próximo passo? 

Definimos em nossa estratégia que vamos atuar em quatro áreas de infraestrutura de transporte: rodovias, mobilidade urbana, aeroportos e portos. Hoje só faltam os portos. As conversas para a concessão dos terminais portuários ainda não estão maduras, mas estamos estudando esse setor. 

Qual é o objetivo da empresa? 

Quero que a Invepar seja a empresa de infraestrutura mais rentável da América Latina. Ser a maior é consequência.

Colaboraram Guilherme Queiroz, Rafael Freire e Tatiana Bautzer

Os senhores dos ares

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Do UOL, em São Paulo 

Um avião da companhia aérea LAN que se preparava para decolar foi atingido na traseira por uma aeronave da GOL que tinha acabado de pousar, em uma das pistas do aeroporto Jorge Newbery, em Buenos Aires, capital da Argentina, pouco antes das 12h (horário da Brasília) desta segunda-feira (13), segundo o jornal Clarín.

Ninguém ficou ferido no incidente. Segundo passageiros, o avião da LAN avançava em direção à cabeceira da pista quando todos a bordo sentiram um impacto forte.

Os motores, então, foram desligados e a aeronave ficou parada no meio da pista por uns cinco minutos. Foi aí que o comandante informou o que havia ocorrido.

Um porta-voz da Aeropuertos Argentina 2000, empresa que administra o aeroporto Jorge Newbery, confirmou a colisão, mas disse se tratar de "um incidente menor".

Dois aviões se chocam na pista de aeroporto em Buenos Aires; ninguém ficou ferido

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10 fevereiro 2012

Especializada em companhias aéreas, agência terá que fiscalizar cumprimento do edital de privatização de aeroportos
Novas obras serão realizadas de acordo com demanda e piora no serviço; auditor dará notas a terminais 

DIMMI AMORA – FOLHA DE SP
DE BRASÍLIA

Para garantir que os vencedores do leilão dos aeroportos cumprirão as rigorosas exigências do edital, o governo depende de uma agência reguladora ainda não estruturada para esse serviço.

A Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) não tem histórico de fiscalizar esse tipo de contrato e ainda não está preparada para o trabalho, inédito no país. A agência informa que espera aumentar o quadro com concurso.

Os editais de concessão dos aeroportos de Guarulhos (SP), Campinas (SP) e Brasília (DF) têm aspectos inéditos nas concessões nacionais para obrigar as empresas a cumprir o contratado.

A mais visível é o pagamento da outorga de R$ 24,5 bilhões pelas três unidades nos próximos 30 anos.

O governo aperfeiçoou um modelo que já vinha sendo tentado em outras concessões de transporte: o gatilho de investimentos. Nele, não se determina quais obras serão feitas. Exige-se que as novas construções sejam realizadas na medida do crescimento da demanda e da piora na qualidade do serviço.

O advogado Daniel Coelho, do escritório Veirano Associados, disse que o governo tomou uma medida inédita nesse leilão. Para evitar atrasos, foi exigido um seguro-garantia para cada etapa. Se uma obra atrasar, o governo pode executar o seguro só daquela fase da concessão.

O governo também criou a figura de um auditor independente que vai dar notas ao aeroporto pela qualidade do serviço. Essa nota vai influenciar no reajuste das tarifas.  

PLANO DE NEGÓCIOS 

Para evitar que os consórcios peçam revisão do contrato por frustração das expectativas estudadas por eles, foi proibida a apresentação do plano de negócios.

Mas há planejamento para revisões a cada cinco anos do contrato, quando as empresas podem alegar que ele está desequilibrado e pedir reajustes ou para não fazer obras previstas.

"O governo cuidou muito bem das suas garantias, mas deixou os consórcios com todo o risco na mão", afirmou Letícia Queiroz, do escritório Siqueira Castro, que assessorou um grupo no leilão.

Com tantas exigências, o governo agora fica na mão da Anac para fazer com que os consórcios cumpram com os compromissos de qualidade do edital e com o plano de obras emergenciais de R$ 16 bilhões. A agência é especialista em fiscalizar empresas aéreas, não aeroportos.

Em nota, a Anac afirma que tem 571 fiscais e que "a Infraero e os administradores privados que já operam aeroportos públicos no país já são regulados". Questionada se havia um planejamento para fiscalizar concessões privadas e como fiscaliza a Infraero, a agência não respondeu.

Capacidade da Anac é dúvida após leilão de aeroportos

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09 fevereiro 2012

Aeronave da Guarda Costeira japonesa ia de Naha a Ishigaki quando foi atingida por um albatroz (Foto: AFP)

Um avião de patrulha japonês conseguiu se salvar após uma colisão com um albatroz abrir um buraco de cerca de 1 m de diâmetro na fuselagem da aeronave, informa nesta sexta-feira o site The Japan Times.

O incidente aconteceu por volta das 17h10 (horário local) da última quarta-feira, quando o avião de patrulha da Guarda Costeira do Japão sobrevoava o Mar Leste da China a uma altitude de 300 m. De acordo com o The Japan Times, o choque com a ave gerou um grande buraco de cerca de 1 m de diâmetro na parte da frente da aeronave Bombardier DHC8-315. O albatroz ficou preso no buraco.

Apesar do incidente, o avião conseguiu chegar ao seu destino, em Ishigaki, e pousar em segurança por volta das 18h (horário local). Nenhum dos nove tripulantes ficou ferido.

Colisões de aves são um grande problema. De acordo com The Japan Times, o Ministério dos Transportes local planeja instalar um radar no aeroporto Haneda, em Tóquio, a partir de abril para rastrear a movimentação de revoadas de aves e ajudar que aeronaves evitem entrar na rota dos animais.

Fonte: Terra

Avião colide com albatroz e ave fica presa na fuselagem

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Luis Nassif Online

Antes da venda das concessões de aeroportos pelo governo, técnicos se debruçaram sobre o negócio aeroporto, visando entender suas características.

Conversei com um dos responsáveis pelos estudos.

Cada aeroporto tem uma característica diferente. Pelos padrões internacionais, a média de margem operacional (excluindo investimentos) é de 40% sobre as receitas líquidas.

Já as receitas são constituídas de tarifas e de atividades não-tarifárias - exploração do espaço interno e externo do aeroporto, serviços adicionais para passageiros e companhias aéreas etc.

As tarifas são um percentual do preço da passagem aérea - de 10 a 20% do preço total. Portanto a receita dependerá do fluxo de passageiros. Nas tarifas estão os passageiros nacionais, internacionais e as cargas. Já as receitas não-tarifárias permitem exercitar novos modelos de negócios.

Cada aeroporto terá que encontrar sua vocação.

Guarulhos, por exemplo, já tem uim fluxo de caixa consolidado, forte presença de vôos internacionais e parte relevante de transporte de cargas.

Brasília é um hub (local que recebe e distribui passageiros) predominantemente nacional, embora com um aumento recente de vôos internacionais.

Já Viracopos é um aeroporto em crescimento que competirá com Guarulhos. Em um ponto qualquer do futuro - possivelmente em 2031 - Guraulhos terá ocupado toda sua capacidade e o crescimento será todo de Viracopos.

Em Guarulhos a maior parte da receita ainda é tarifária - 60% contra 40% da não-tarifária. Mas, por ter voo internacional e ser um hub, há maior tempo de permanência do passageiro em terra, o que aumenta sua propensão a consumir.

Na divisão das áreas internas, a arquitetura não segue padrões mais modernos de gestão de aeroportos - que tendem a reduzir a área de acesso (check-in, passaporte, segurança etc) e aumentar a área de embarque. Com tranquilidade, sabendo-se perto do portão de embarque, sem receio de perder o vôo o passageiro relaxa e pode usar o tempo de espera para consumir.

Der acordo com os estudos, em um aeroporto a propensão a consumir é o dobro do que quando o cliente entra em um shopping normal, de rua.

Tornar o embarque mais rápido exige negociação com demais autoridades que dividem o espaço – Receita, Polícia Federal, Anvisa. A Infraero já havia avançado em alguns programas de qualidade, criando a Sala do Gestor, que reúne todos esses agentes para pensar sistemicamente o aeroporto.

Com poucos ajustes, estima-se que se poderia aumentar de imediato de 15 a 20% a área para passageiros do aeroporto de Guarulhos.

O edital de licitação não definiu valores de investimento. Focou em indicadores de qualidade – analisando desde a qualidade direta de cada serviço até pesquisas de opinião para saber o grau de satisfação do passageiro.

Esse conjunto de indicadores objetivos resultará ou em melhoria da rentabilidade do concessionário ou em punições progressivas, que podem terminar com a caducidade da concessão. Assim, os investimentos programados serão os necessários para manter elevados os índices de qualidade.
Competição como redutor de preços

Segundo os técnicos, os preços serão regulados pela competição. Viracopos concorrerá com Guarulhos e, espera-se, a competição levará à redução dos preços. Quem define o local de embarque é a ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil), ao programar os voos. Os técnicos sustentam que, com mais áreas disponíveis, haverá mais espaço para novas operadoras. Os próprios aeroportos tratarão de disputar as melhores companhias. 

 
Serviços internos

Nos aeroportos existem as lojas de bens duráveis e não-duráveis, que não são de primeira necessidade. Mas a parte de alimentação é prioritária. E hoje se observa a cartelização dos preços e da má qualidade de serviços. Segundo os técnicos, haverá espaço para reclamação junto à ANAC, além da pressão da avaliação dos usuários no resultado final de cada aeroporto. De qualquer modo, é um problema atual. 

 
Estimativa de demanda

Atualmente Guarulhos atende 16,5 milhões de passageiros para vôos domésticos e 10 milhões para internacionais. As projeções dos técnicos é que, para final de 2014, chegue a 23 milhões domésticos e 15,6 milhões internacionais. Em 2031 chegaria ao limite e teria um crescimento residual até 2041. Nesse período, no entanto a tendência é o surgimento de muitos hubs novos no país. 

 
Os aeroportos regionais

Os técnicos estimam que a situação do Brasil, hoje, é similar à dos Estados Unidos de 30 anos atrás. A tendência será a criação de hubs e de aeroportos regionais. Recentemente visitaram o Chile e constataram que, descontando investimento em pistas, a construção e operação de um terminal é rentável mesmo com baixa demanda, de 200 mil passageiros.ano. Poderá haver uma explosão de concessões regionais.
O ágio do leilão

Mesmo com todos esses estudos, os técnicos se surpreenderam com o ágio pago pelas vencedoras do leilão. Nas próximas semanas irão se debruçar sobre os planos de negócio. Mas, pela experiência dos operadores que fazem parte dos consórcios, acreditam que descobriram diversas possibilidades a mais de receita, impossíveis de serem identificadas em apenas um trabalho técnico. De qualquer modo, o pagamento será em 20 anos. 

 
A operadora argentina

Jornais questionaram o papel de uma operadora argentina que participou de um dos consórcios vencedores. Saíram informações de que ela não cumpriu com compromissos acordados com o governo argentino. Os técnicos visitaram um aeroporto administrado por ela e constataram que era bem gerido. Os problemas registrados ocorreram devido ao terremoto que sacudiu a Argentina com o fim da Lei da Conversibilidade, que afetou praticamente todos os contratos nacionais.

O novo desenho dos aeroportos

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Band

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) irá financiar até 80% das obras de expansão dos aeroportos em Guarulhos, Viracopos e Brasília transferidos ontem, em um leilão, para o setor privado. 

BNDES vai financiar 80% dos projetos de expansão dos aeroportos

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08 fevereiro 2012

Entidade que reúne as 280 maiores empresas aéreas acusa o governo de falta de transparência e diz que passagens podem ficar mais caras

Jamil Chade, correspondente de O Estado de S. Paulo

GENEBRA - A privatização dos aeroportos de Guarulhos, Viracopos e Brasília na segunda-feira significará passagens ainda mais caras e maiores impostos para as empresas aéreas. Foi assim que o setor aéreo mundial reagiu ao processo no Brasil, atacando abertamente o governo por ter adotado um modelo que ameaça prejudicar a indústria aérea e ainda não resolver o problema da falta de eficiência dos aeroportos nacionais.

A Iata - entidade que reúne as 280 maiores empresas do mundo - denuncia a falta de transparência no processo e diz que a inflação no preço da compra, comemorado pelo governo, não conseguirá ser compensado apenas com a exploração dos três aeroportos e acabará em novos impostos para os passageiros.

Numa avaliação interna feita pela Iata e obtida pelo Estado, o processo da venda dos aeroportos provocou "forte preocupação" no setor privado. A entidade constatou que o valor das vendas foi muito acima do antecipado, chegando a R$ 24,5 bilhões, contra uma base de R$ 4,45 bilhões. Além disso, os contratos de concessão estipulam investimentos de R$ 16,2 bilhões nos três aeroportos.

Para a Iata, não haverá como recuperar esses recursos apenas na exploração da licença dos aeroportos, e o resultado será maiores impostos para todos. "Mesmo considerando que uma quantidade substancial de recursos pode ser atingida por meio de melhorias na eficiência dos aeroportos, em especial em Guarulhos, é difícil conciliar o montante pago com o potencial de receita", alertou a entidade. "Essa diferença é de grande preocupação para a indústria", indicou.

O que preocupa as empresas é o fato de que os impostos sobre combustíveis, sobre o espaço para escritórios e outros serviços "deixam espaço para interpretação". Na prática, temem que a margem de manobra nesses setores abra a possibilidade de que esses impostos sejam elevados.

Para Perry Flint, chefe de Comunicações Corporativas da Iata nas Américas, um dos temores vem justamente do histórico da empresa sul-africana Acsa, que faz parte do consórcio que venceu a licitação do Aeroporto de Guarulhos. Segundo ele, uma das primeiras medidas dessa companhia na África do Sul foi elevar de forma dramática os impostos quando assumiu nove aeroportos no país há uma década.

Preço alto

Segundo a Iata, o problema dos aeroportos do Brasil não é o fato de que as taxas aeroportuárias são baixas. "O problema é a baixa eficiência", disse Flint. Um levantamento feito pela indústria revela que, na realidade, Guarulhos está entre os aeroportos mais caros do mundo. Para o pouso e decolagem de um avião A330, Guarulhos cobra taxas que seriam 93% superiores às do Aeroporto de Miami. O aeroporto também é 27,5% mais caro que o movimentado Charles de Gaulle, em Paris. Em comparação com o Aeroporto de Cingapura, Guarulhos é 2,5 vezes mais caro.

"É por isso que vamos monitorar essas negociações entre os operadores e os usuários", alertou Flint. Segundo ele, porém, não ajuda o fato de o governo ser o mesmo tempo o regulador dos aeroportos e ainda receber parte dos lucros. "Isso dará margem para muita coisa. Antes e durante o processo de concessão, a Iata expressou suas preocupações em relação à estrutura da privatização, que deixa o governo na posição de ser parceiro dos novos proprietários e regulador."

Transparência

Os problemas não se limitam aos impostos. Para as empresas, se elas serão taxadas, queriam pelo menos ser consultadas no processo. Mas nada disso ocorreu, segundo a Iata, que agora acusa o processo de "não ter sido transparente".

"Uma das grandes preocupações para o futuro é a falta de transparência e a falta de participação de empresas nos processoa de regulação econômica, nos planos financeiros e no desenvolvimento de taxas", disse.

Iata critica privatização de aeroportos brasileiros

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Por Cristiano Romero | Valor
De São Paulo

Depois de privatizar os aeroportos de Cumbica, Viracopos e Brasília, o governo vai reorganizar todo o setor aeroportuário. A gestão de outros aeroportos será entregue ao setor privado, alguns serão transferidos para a administração de Estados e municípios e um terceiro grupo continuará sendo operado pela estatal Infraero.

O plano de outorgas, que trará a estratégia de longo prazo para o setor aeroportuário, além de regras para as futuras concessões, deverá ficar pronto até o fim de março. Depois de concluída essa etapa, o governo escolherá os aeroportos que serão privatizados.

Em entrevista ao Valor, o ministro da Secretaria de Aviação Civil, Wagner Bittencourt, disse que, em princípio, todos os aeroportos podem ser concedidos à iniciativa privada, mas antes o governo quer definir uma estratégia. "Estamos discutindo neste momento, entre outros, Confins, em Belo Horizonte, e Galeão, no Rio de Janeiro".

No caso do Galeão, Bittencourt explicou que a lógica de uma possível concessão não é a exigência de aumento da estrutura, como ocorreu nas privatizações de Cumbica, Viracopos e Brasília. O objetivo é estimular a competição. A ideia é que, no futuro, o aeroporto tenha condições de disputar passageiros com Cumbica e Viracopos, por exemplo.

"Não é só uma questão de aumento da capacidade, mas toda uma estratégia de competição, de organizar o setor para termos uma concorrência equilibrada, para que possamos ter o melhor atendimento aos passageiros", disse o ministro, que considerou o leilão "um grande sucesso".

O governo, segundo Bittencourt, não pretende autorizar a construção de um terceiro aeroporto em São Paulo, projeto de um consórcio privado liderado pela construtora Camargo Corrêa. "Estudo do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea) mostra que um terceiro aeroporto naquela posição tira capacidade do sistema", justificou.

O Brasil possui, além dos 66 aeroportos federais, cerca de 700 unidades espalhadas por todo o território. Com o plano de outorgas, o governo pretende também regularizar as concessões de todos eles.

União fará mudança geral no sistema de aeroportos

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Maurício Savarese
Do UOL, em Brasília

Por 12 votos a 1, o plenário do Supremo Tribunal Militar (STM) decidiu nesta terça-feira (6) manter a condenação a um ano e dois meses de prisão imposta ao sargento da Aeronáutica Jomarcelo Fernandes dos Santos, por homicídio culposo. Ele foi dos controladores de voo envolvidos na colisão de um jato Legacy com um avião da Gol, em setembro de 2006 - morreram 154 pessoas no acidente com o voo que saiu de Manaus e faria escala na capital federal.

Para o relator do caso, o ministro Almirante-de-Esquadra Marcos Martins Torres, Jomarcelo “ignorou todas as normas de segurança de voo” e “passou o serviço a outro militar” sem alertar que o jato Legacy estava com seu transponder (equipamento que indica a posição da aeronave) desligado. O sargento foi condenado pela primeira vez em outubro de 2010 pelo Conselho Permanente de Justiça da Auditoria.

“[A negligência de Jomarcelo] foi decisiva para o desenlace dos fatos”, afirmou o relator sobre um dos cinco controladores envolvidos no caso e acusados pelo Ministério Público Militar (MPM) de causar o incidente. A defesa alegou que o relator do caso já chegou com seu voto pronto, que Jomarcelo não tinha inglês em um nível que facilitasse o contato com os pilotos americanos e que a Corte pela primeira vez julgava uma colisão de aeronaves.

Entre os erros de Jomarcelo apontados pelo MPM estavam a falta de orientação ao piloto do Legacy sobre a falta de sinal do transponder e sobre a mudança de frequência, inviabilizando as comunicações; a falta de alerta sobre a altimetria das aeronaves em rota de choque e a ausência de cuidado no aviso a seu substituto.

Para o ministro-relator, as atitudes do controlador poderiam ter evitado o acidente. “O fato de o transponder não estar funcionando, não serve de argumento para excluir a responsabilidade do réu”, afirmou. “Em que pese a tecnologia ter reduzido os riscos, ela não substituiu a ação do homem. O apelante ignorou todas normas para a segurança de voo.”

Tribunal Militar mantém condenação a controlador envolvido em acidente da Gol

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07 fevereiro 2012

Valor

Resultado do 1º leilão de aeroportos do Brasil abre questionamentos

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Por Felipe Marques | Valor

SÃO PAULO - A agência de classificação de risco Fitch Ratings colocou em observação negativa as notas da Invepar e da Triunfo, indicando possível rebaixamento. Ontem, a Invepar e a Triunfo arremataram os aeroportos de Guarulhos e de Campinas, respectivamente.

Segundo a agência, ainda não foi possível avaliar o impacto dessa aquisição no perfil de endividamento das duas empresas. “A Fitch solucionará a observação negativa, tão logo tenha acesso às estratégias e às condições de financiamento a serem utilizadas na aquisição e obtenha mais informações sobre a geração de caixa operacional esperada e os investimentos programados”, escreveu a agência no relatório das duas empresas.

Na Invepar, foram colocados em observação negativa o rating “BB-“ de probabilidade de inadimplência do emissor (IDR, na sigla em inglês), em moeda estrangeira e local, e o rating nacional de longo prazo “A(bra)”. Na Triunfo, apenas o rating nacional de longo prazo “A+(bra)” recebeu a observação negativa.

“As demonstrações financeiras da Invepar já apresentam um volume elevado de endividamento, e as atuais medidas de crédito da companhia são modestas para o seu rating. Eventuais emissões de dívida em valores relevantes, no nível da holding, para suportar a aquisição poderão gerar forte pressão sobre o rating, levando ao rebaixamento em diversos graus”, escreveu a Fitch sobre a Invepar.

A Fitch considera provável um aporte de capital por parte dos acionistas da companhia, entre os quais estão os maiores fundos de pensão do país, incluindo Previ, Petros e Funcef.

O endividamento também foi citado na avaliação da agência sobre a Triunfo. ”A Fitch considerou provável um suporte financeiro, em forma de capital, por parte dos sócios do consórcio, o que deverá ocasionar uma emissão de nova dívida e o consequente aumento do nível de endividamento na holding Triunfo e em suas demonstrações financeiras consolidadas”, apontou a agência.

Fitch coloca ratings de Invepar e Triunfo em observação negativa

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Valor
De São Paulo, do Rio e de Brasília

Com ágios superlativos, que atingiram a média de 347%, a disputa pela concessão dos aeroportos de Guarulhos, Viracopos e Brasília foi encerrada em menos de três horas. Em uma cena rara, nenhuma das gigantes da construção nacional - Odebrecht, Andrade Gutierrez e Camargo Corrêa - figurou entre os vitoriosos. Além disso, nenhuma operadora de renome internacional integra os consórcios vencedores - a gestão dos três aeroportos ficará sob responsabilidade de empresas estrangeiras do mundo emergente. Ao saírem da Bovespa com despesas muito superiores à dos lances mínimos, os consórcios terão de enfrentar o grande desafio de resolver a equação financeira dos novos negócios com lucro.

Embora o pagamento dos R$ 24,5 bilhões em outorgas seja feito anualmente ao longo das concessões, os valores superam a geração de caixa anual obtida hoje pelos aeroportos. No caso de Guarulhos, a outorga consumirá pouco mais de R$ 800 milhões por ano, enquanto a estimativa de geração de caixa gira em torno de R$ 500 milhões atualmente.

A Invepar, controlada pelos fundos de pensão Previ, Petros, Funcep e pela empreiteira OAS, ofereceu R$ 16,213 bilhões por Guarulhos, valor mais de R$ 4 bilhões superior ao lance mais próximo, da OHL Brasil. A construtora aliou-se à operadora sul-africana ACSA. Com estrutura de holding, a Invepar tem sob seu guarda-chuva seis empresas operacionais: Linha Amarela, Raposo Tavares, Metrô Rio, 25% da CRT, Bahia Norte e Litoral Norte. Seu faturamento foi de R$ 1,1 bilhão em 2011. O presidente da companhia, Gustavo Rocha, não detalhou o plano de negócios, mas antecipou que a ampliação das receitas não tarifárias é parte essencial da estratégia.

A Engevix, que arrematou a concessão de Brasília com proposta de R$ 4,51 bilhões, ágio de 673% sobre o valor inicial, fechou parceria com a argentina Corporación América - detentora de uma rede de 33 aeroportos em seu país e um histórico de renegociações contratuais e falta de investimentos. 


A Triunfo, vencedora do leilão de Viracopos com uma oferta de R$ 3,821 bilhões, associou-se à francesa Egis Aiport Operation - cujas operações se concentram no Congo, Costa do Marfim, Chipre e Taiti. Em outubro de 2008, a Triunfo chegou a se classificar em primeiro lugar no leilão para concessão das rodovias Ayrton Senna e Carvalho Pinto, em São Paulo, mas foi desabilitada por não depositar as garantias exigidas dentro do prazo. Endividada, suas ações caíram 5% após vencer o leilão.

De seu gabinete no Planalto, a presidente Dilma Rousseff acompanhou em tempo real os leilões. O resultado superou as melhores expectativas do governo federal.

Preços pagos no leilão superam geração de caixa de aeroportos

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06 fevereiro 2012

Do UOL, em São Paulo

A Infraero (estatal que administra os aeroportos brasileiros) informou que o aeroporto de Congonhas, na zona sul de São Paulo, ficou fechado por 28 minutos por conta de um problema com uma aeronave da Gol, que teve um dos pneus estourados durante o pouso.

O avião ficou parado na pista entre 15h46 e 16h12, impedindo a realização de pousos e decolagens. Segundo a Infraero, o problema causou pequeno atraso nos voos programados.


A assessoria de imprensa da Gol afirmou que está apurando o que aconteceu e não confirma, por ora, que o pneu tenha estourado. 

 
Atrasos na Gol

O check-in de passageiros da Gol Linhas Aéreas Inteligentes está lento nesta segunda-feira (6) devido a uma instabilidade no sistema da companhia.

De acordo com a empresa, o problema foi ocorreu de manhã e não há previsão de normalização. Em nota, a Gol informou que "lamenta pela situação e destaca que o atendimento está sendo realizado nos terminais aeroportuários".

Segundo boletim da Infraero das 17h, 102 dos 635 voos da Gol em todo o país estavam atrasados, o que representa 16,1% do total. Outros 37 (5,8%) foram cancelados.

Pneu de avião estoura durante pouso e fecha Congonhas por quase 30 minutos

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TAP

Flash Mob TAP no Aeroporto do Galeão - Rio de Janeiro

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