.

01 novembro 2008



O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) realizará, no próximo dia 5, uma chamada pública para orientar e identificar projetos futuros no setor de transporte aéreo. Trata-se de recursos para incrementar esse segmento econômico.

Os pedidos não-reembolsáveis, a fundo perdido, serão recebidos até 24 de novembro, por empresas ou consórcios, no âmbito do Fundo de Estruturação de Projetos. A dotação total desse fundo é de R$ 50 milhões, recursos de uma linha específica do orçamento do BNDES. Segundo o chefe de departamento na área de Estruturação de Projetos, Cleverson Aroeira da Silva, os estudos técnicos deverão examinar a atual situação do transporte no Brasil. Essa avaliação inclui regulação, competitividade e infra-estrutura do setor para o curto, médio e longo prazos.

O consórcio ou empresa selecionado nesta fase será convocado a apresentar projeto detalhado dos estudos técnicos. De acordo com Cleverson, a iniciativa faz parte de uma série de medidas tomadas pelo Ministério da Defesa, pela Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) e pelo BNDES, com o objetivo de promover o desenvolvimento e a modernização da aviação civil brasileira.

Além dos levantamentos setoriais, posteriormente também serão realizados estudos para a reestruturação da Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária (Infraero). A importância do modal de transporte aéreo brasileiro, observa Cleverson, vem avançando nos últimos anos, sendo notáveis as mudanças tecnológicas e institucionais do setor. Segundo ele, nos próximos 15 anos o segmento de transporte aéreo deve ter um crescimento médio de 7% ao ano.

Transporte aéreo na mira do BNDES

Read More

20 outubro 2008



A Eurocopter, pertencente ao consórcio europeu EADS (European Aeronautics Defence and Space), vai assumir o controle da Helibras, a fabricante de helicópteros brasileira instalada em Itajubá (MG). O pedido de compra de mais ações já seguiu para o CADE. A decisão faz parte de estratégia da Eurocopter, uma empresa com sede em Marselha, na França, de transferir as suas linhas de produção “concentradas na Europa” para os países emergentes, com custo de produção mais baixo.

Antes da decisão de aumentar a sua participação, a Eurocopter era dona de 45% do capital votante da Helibras. O governo de Minas Gerais detém 16,04% das ações da empresa por meio da MGI Participações. O restante do capital está nas mãos do grupo brasileiro Bueninvest, que atua também em outros setores. Segundo informações de fontes, o Bueninvest decidiu ficar com 5% e vender o restante à Eurocopter. O grupo EADS não se pronunciou sobre o assunto.

A Helibras é a única fabricante de helicópteros da América Latina. Hoje a empresa produz os modelos de helicópteros pequenos Colibri e Esquilo. Mas a empresa ganhou fôlego no primeiro semestre quando o governo brasileiro se comprometeu a comprar o modelo super Cougar. Trata-se de um helicóptero com capacidade para 25 passageiros e que pode ter uso comercial ou militar.

O governo se comprometeu a adquirir entre 50 e 70 unidades do Super Cougar. Para a produção desse novo modelo, que prevê um pólo aeronáutico em Itajubá, o grupo EADS destinou investimentos de 350 milhões de euros. A idéia é atender o Brasil e outros países. No ano passado, a Helibras teve um faturamento de US$ 90 milhões e entregou 25 helicópteros.

EADS assumirá controle acionário da Helibras

Read More

Para complementar sua frota de serviço, a Helisul adquire 2 AS 350B2 e 2 EC 130B4

Empresa de táxi aéreo opera atualmente com 12 helicópteros da Helibras em diferentes estados do País


A Helibras (Helicópteros do Brasil S/A) – única fabricante de helicópteros da América Latina e associada ao Grupo Eurocopter – assina nesta data contrato de venda com a Helisul Táxi Aéreo, uma das principais no setor de transporte aéreo do País.

Com as novas aquisições, a Helisul passa a totalizar 30 aeronaves em sua frota, 53% delas da gama Helibras/Eurocopter. Os modelos AS 350 B2 serão operados em contratos já existentes da Helisul com órgãos governamentais, e os modelos EC 130B4 operarão no Rio de Janeiro em sobrevôos panorâmicos.

A Helisul Táxi Aéreo, empresa brasileira fundada em 1972 com o objetivo de transportar passageiros para sobrevôo nas Cataratas do Iguaçu, expandiu rapidamente suas atividades devida à versatilidade do helicóptero, principalmente em um país como o Brasil, com grande extensão territorial.

A Helisul vem crescendo de forma significativa e sólida, explorando novos mercados, sempre tendo a Helibras / Eurocopter como parceiros. Atualmente, a frota da empresa opera por todo o país desempenhando uma ampla gama de serviços aéreos nos mais diversos segmentos, como combate e controle de desmatamento ambiental na região da Amazônia Legal e áreas de preservação, combate a incêndios, contratos governamentais, inspeção de linhas de transmissão de energia elétrica e oleoduto, topografia a laser, filmagem, fotografia.

Segundo Julien Négrel, diretor Comercial da Helibras, "É uma grande honra para Helibras estar hoje ao lado da Helisul nessa nova etapa de suas operações. O EC 130, denominado "Eco Star" no mercado americano, representa um perfeito alinhamento das missões com as preocupações ambientais vigentes na Helisul e no Brasil".

Em 2007, a Helisul acrescentou à frota dois B2 novos, equipados com o que existe de melhor e mais moderno em TV broadcasting, exclusivos de um contrato com a maior rede de televisão nacional.

Com a obtenção do certificado ISO 14000, a empresa se adequou aos novos padrões conscientizando todos os envolvidos direta e indiretamente da importância da gestão ambiental como filosofia a ser seguida. "Com esta preocupação com o meio ambiente, elegemos o B4 como o equipamento adequado para minimizar o ruído nas operações", afirma Eloy Biesuz, diretor-presidente da Helisul.

Helibras assina contrato de venda de 4 helicópteros da família Esquilo com a Helisul Táxi Aéreo

Read More



Elio Gaspari

O presidente da Infraero, Sérgio Gaudenzi, salvou um gol contra dentro da pequena área. A partir de dezembro os 12 maiores aeroportos do país oferecerão conexões gratuitas com a internet pelo sistema Wi-Fi. Repetindo: gratuitas.

Havia aerotecas da Infraero querendo que o acesso excluísse as salas de embarque. Seria o caso de alguém pesquisar o origem de$$$a idéia.

Atualmente, uma empresa de serviços de conexão sem fio oferece a ligação em diversos aeroportos por R$25 para 24 horas e R$15 por duas horas.

De uma lista de 220 aeroportos americanos, a maioria têm Wi-Fi grátis. Poucos cobram tarifas desse tamanho.

Boa notícia

Read More



Ancelmo Góis

As novas regras em definição na Anac podem deixar a noviça Azul fora do Aeroporto de Congonhas nos seus primeiros três anos de vida.

É que a empresa precisaria já estar voando há pelo menos seis meses para participar da primeira partilha de horários no aeroporto mais rentável do país.

Congonhas e a Azul

Read More



A Embraer entregou 48 aviões no terceiro trimestre, apenas um a mais que em igual período de 2007. Já a carteira de pedidos firmes cresceu 4,3% no período e totalizava US$ 21,6 bilhões. A empresa reafirmou sua estimativa de entregar entre 195 e 200 aviões em 2008, além de 10 a 15 jatos Phenom 100. No acumulado do ano, as entregas totalizaram 145 unidades, com crescimento de 34% em relação ao mesmo período de 2007.

Embraer entrega 48 aviões no trimestre

Read More



A Trip Linhas Aéreas, controlada pelos grupos Caprioli e Águia Branca, inicia no dia 12 duas novas rotas: Vitória-Salvador e Salvador-Natal. A companhia também inicia uma nova freqüência entre Natal e Fernando de Noronha. Atualmente, a Trip atende 65 cidades no Brasil, e a meta é atingir 70 até o final do ano. "Cerca de 50% dos municípios atendidos contam apenas com vôos da Trip", diz o presidente da empresa, José Mario Caprioli.

Trip começa a voar em duas novas rotas

Read More



Márcio de Morais

Brasília - O governo federal anunciou um novo aeroporto na Região Metropolitana de São Paulo. Embora ainda não tenha local definido, o novo aeródromo está criado oficialmente pelo governo federal, com a publicação, na edição de sexta-feira do Diário Oficial da União, do despacho que inclui o projeto no Plano Nacional de Desestatização (PND). A idéia é que o terceiro aeroporto, que vai integrar o sistema aeroportuário paulistano e nacional, junto com Congonhas e Guarulhos (Cumbica), não se localize em uma cidade onde já haja um terminal de grande porte.

Itapecerica da Serra, Franco da Rocha, Ferraz de Vasconcelos, Mogi das Cruzes e Jundiaí são alguns dos municípios que foram apontados recentemente como fortes candidatos a receber o empreendimento. A dimensão do negócio mexe com imaginário dos 39 municípios da grande São Paulo, que estão de olho nos investimentos para implantação do novo aeroporto, estimados inicialmente em mais de R$ 5 bilhões. Alguns prefeitos desses municípios já teriam, inclusive, encomendado estudos de viabilização do projeto dentro dos seus territórios e aguardam a chance de que possam apresentá-los às autoridades locais e federais como comprovação de alternativa viável.

"O local não está escolhido", disse o ministro Nelson Jobim (Defesa), em declarações feitas no interior de São Paulo. Mas fonte próxima aos estudos informou à Gazeta Mercantil que o governo federal, inclusive, já prospectou alguns locais aptos a receber o empreendimento. Mas que decidiu manter as alternativas sob absoluto sigilo, por haver o temor que a divulgação da relação provoque uma corrida imobiliária especulativa e isso contribua para inviabilizar a alternativa mais adequada. "Se falarmos em local, os preços triplicam", confirmou Jobim.

O ministro afirmou que a concessão privada para operação de Galeão e Viracopos, e para construção do terceiro aeroporto de São Paulo, "é uma coisa de envergadura, mas de mais longo prazo - uma previsão para que possamos ter uma da infra-estrutura aeroportuária brasileira compatível com o Brasil de daqui a 20 anos". Na quarta-feira da semana passada, o terminal de Viracopos (Campinas, SP) também foi incluído no PND, junto com o Galeão (RJ). Os estudos e possíveis modelos de privatização dos aeroportos estão sob responsabilidade da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e coordenação do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Todas as análises sobre esses dois aeroportos devem ficar prontas em janeiro de 2009 e o edital do leilão ser lançado no segundo semestre. A Anac será o órgão encarregado pelo Conselho Nacional de Desestatização pelo processo de privatização.

UNIÃO ANUNCIA CONSTRUÇÃO DO TERCEIRO AEROPORTO EM SÃO PAULO

Read More

A empresa AA2000 administra a maioria dos aeroportos na Argentina



Janes Rocha
, de Buenos Aires

A empresa Aeropuertos Argentina 2000 (AA2000), que tem a concessão de quase todos os aeroportos em seu país, está preparando o primeiro pouso no Brasil. Vai participar da concorrência para a concessão do aeroporto do Galeão (Tom Jobim), no Rio de Janeiro, o primeiro - junto com o Viracopos, de Campinas (SP) - a entrar para o Plano Nacional de Desestatização (PND) anunciado quinta-feira.

A companhia ainda está analisando os números, mas em uma estimativa inicial Ernesto Gutierrez, presidente da AA2000, acredita que serão necessários investimentos de US$ 1,2 bilhão para melhorar e ampliar o aeroporto carioca, aumentando sua capacidade de passageiros dos atuais oito milhões anuais para 25 milhões nos próximos três anos. A estimativa se baseia em projetos de porte e características semelhantes tocados atualmente pela AA2000: as ampliações dos aeroportos de Montevidéu, no Uruguai, e Guayaquil, no Equador.

Em entrevista ao Valor, Ernesto Gutierrez contou que ele e seu sócio, Eduardo Eurnekian, estavam há dois anos esperando a oportunidade de investir no Brasil. Neste período, tiveram reuniões com autoridades da Casa Civil, Ministério da Defesa e Infraero para demonstrar seu interesse e sugerir modelos de concessão.

Questionado sobre que modelos seriam mais adequados para resolver o problema dos aeroportos brasileiros, Gutierrez responde que uma possibilidade é a associação público-privada a partir dos modelos mexicano ou argentino. Ambos prevêem o agrupamento de aeroportos em um centro por região, e os que dão lucro financiam os que dão prejuízo. A diferença é que na Argentina há subsídios cruzados entre os aeroportos mais e menos rentáveis, e no México não.

"No México, toda a rede de aeroportos do país foi dividida em três regiões, e o estado ficou como acionista minoritário em cada uma delas. Na Argentina, uma só empresa administra toda a rede e o estado também é acionista", explica Gutierrez. Segundo ele, este formato gera "contratos de última geração" em que o importante não é quem paga mais pela concessão, mas quem é o "melhor sócio para o Estado do ponto de vista de cumprir com suas obrigações com a sociedade".

"Privatização pura é um erro", afirma este empresário. Para ele, o estado tem um papel que não pode ser substituído nos aeroportos, nas áreas de segurança, controle de sanidade animal e vegetal, aduana, e outras atividades típicas de órgãos públicos. "A expertise da empresa privada é construir e administrar aeroportos", afirma.

Apesar de nunca ter entrado antes como investidora no Brasil, a AA2000 mantém um relacionamento de dez anos com a Infraero, conta Gutierrez. Por serem as maiores da América do Sul no setor, as duas empresas revezam a presidência e a vice-presidência do capítulo latino-americano da Associação Internacional de Aeroportos e têm "uma infinidade de acordos" conjuntos, entre eles capacitação de técnicos e especialistas.

AA2000 administra 37 aeroportos, sendo 34 na Argentina, os de Montevidéu e Guayaquil e o de Yerevan, capital da Armênia. É a principal empresa do grupo Corporación América S/A (Casa), multinacional com negócios nos setores de serviços aeroportuários (consultoria, free-shop, cargas, segurança, espaços publicitários nos aeroportos), agropecuária, imobiliário, construção e infra-estrutura.

Com 1,4 mil funcionários, a AA2000 faturou em 2007 o equivalente a US$ 225 milhões. Para este ano a previsão é chegar a US$ 240 milhões, o que representa cerca de 80% do faturamento do grupo.

Grupo argentino tem interesse na concessão do aeroporto do Galeão

Read More

17 outubro 2008



Marli Olmos, de São Paulo

A estratégia da Embraer de aproveitar o aumento do tráfego de passageiros nas regiões emergentes, o que , consequentemente, reduz a participação da América do Norte na sua carteira de clientes, continua tendo reflexo positivo no balanço de entregas e pedidos da companhia. Mas mesmo assim o mercado tem colocado em dúvida o desempenho da companhia. As ações ON terminaram a sexta-feira cotadas a R$ 9,56, com queda de 10,23% no dia. No mês, as perdas já somam 27,02% O anúncio de um crescimento de 34% nas entregas de aeronaves no acumulado dos três trimestres na comparação com igual período de 2007, na sexta-feira, deu à companhia uma sinalização de que seus objetivos para o ano poderão ser alcançados, a despeito das turbulências no cenário mundial, que começaram a atingir as companhias aéreas já no início da alta do petróleo.

A direção da Embraer estabeleceu como objetivo, para 2008, a entrega de 195 a 200 mil unidades. Até o momento 145 jatos foram entregues. No mesmo período acumulado em 2007, o volume ficou em 108. Em 2007, a empresa entregou 169 jatos.

Apesar do resultado positivo, o ritmo do crescimento no acumulado dos três trimestres diminuiu em relação aos dois primeiros. Com total de 97 aeronaves, a empresa fechou o primeiro semestre com incremento de 59% em relação a igual período de 2007. Se a companhia conseguir repetir no último trimestre o volume de entregas dos últimos três meses de 2007 - 61 jatos -, a meta poderá até ser ultrapassada.

A Embraer depende cada vez menos dos clientes dos Estados Unidos e começa a avançar na Ásia, Oriente Médio e também na América Latina. Segundo o vice-presidente de aviação comercial da companhia, Mauro Kern, entre 2002 e 2007, o transporte aéreo na América Latina cresceu 43%, passando de 84 milhões de passageiros há seis anos para 120 milhões, no ano passado. "A América Latina mostra um crescimento diferenciado", disse o executivo em recente entrevista ao Valor.

Para Kern, além do natural potencial de crescimento da região, na América Latina há elevada quantidade de aviões antigos, com mais de 30 anos, o que estimula a substituição em tempos de necessidade de economia. Além disso, ele acredita que mais companhias aéreas apostarão no uso de aeronaves com até 120 assentos, o mercado em que a empresa atua. "O número de passageiros aumentou, mas a quantidade de cidades atingidas nas rotas diminuiu", disse.

O mercado de aviação executiva também tem ajudado a empresa a crescer. A Embraer está na fase de expansão nesse segmento. Além dos 37 jatos para a aviação comercial, no terceiro trimestre também foram entregues nove jatos executivos e duas aeronaves para o mercado de defesa e governo.

No terceiro trimestre, a Embraer anunciou vendas de aviões comerciais para China, Áustria, Moçambique, México, El Salvador e Nigéria. Por outro lado, a companhia aérea dos Estados Unidos US Airways não confirmou cinco ordens firmes de compra. Com isso, essas ordens se transformaram em opções de compra. A carteira de pedidos firmes chegou a US$ 21,6 bilhões no final de setembro. Alta de 4,3% sobre o trimestre anterior.

Com diversificação, Embraer amplia entregas em 34%

Read More

Crescimento na América Latina é uma das prioridades da aérea franco-holandesa



José Sergio Osse
, de São Paulo

Dois dias após a TAM anunciar sua entrada na aliança global Star Alliance e o fim da parceria com a Air France-KLM (AF-KLM), a empresa franco-holandesa fechou acordo "interline" com a Gol. Dessa forma, a companhia substitui a antiga parceira pela maior concorrente dela no Brasil e na América do Sul. O acordo passa a valer plenamente dentro de duas semanas.

O acordo "interline" é o primeiro passo em direção a uma parceria operacional de compartilhamento de vôos, chamada no jargão de "code-share". No primeiro caso, embora o passageiro viaje com apenas um bilhete e sem a necessidade de múltiplos embarques (um em cada companhia), as receitas são divididas de acordo com o trecho operado por cada uma das parceiras. Assim, num vôo Belo Horizonte-São Paulo-Paris, a Gol, que faria o trecho BH-São Paulo, fica com a receita desse trecho e o restante vai para a AF-KLM.

O "code-share", por sua vez, pressupõe que toda a receita da viagem vá para a empresa que vendeu a passagem. Assim, a Gol receberia todo o valor do bilhete BH-Paris, como se o vôo fosse totalmente operado por ela, apenas pagando algumas taxas para a parceira. Para o passageiro, há pouca mudança, já que, nesse sistema, também terá apenas um bilhete e um procedimento de embarque.

"Seria para nós como um sonho ter um acordo de code-share com a Gol, mas isso não depende apenas da nossa vontade, mas também de aspectos técnicos", afirmou ao Valor Online o vice-presidente Internacional da AF-KLM e número-dois na estrutura da empresa, Erik Varwijk. "Ainda não estamos certos de quando poderemos chegar a um 'code-share', mas certamente estamos muito interessados nisso, pois traria muitos benefícios para as duas empresas", acrescenta.

Segundo a diretora-geral da AF-KLM no Brasil, Isabelle Birem, atualmente cerca de 30% dos passageiros que hoje são transportados pela companhia vêm de outras cidades que não São Paulo ou Rio de Janeiro, onde têm início seus vôos. Esses 30%, explica, passarão a ser atendidos pela nova parceira.

O interesse em obter um substituto para o papel da TAM rapidamente se explica pela importância da América Latina - que tem o Brasil como maior mercado - no plano estratégico da companhia franco-holandesa.

"Nossa taxa de crescimento na América Latina e no Brasil é muito superior à nossa média mundial, o que faz desses mercados alta prioridade em crescimento para nós", afirma Varwijk. Ao entrar na Star Alliance, que é liderada pela Lufthansa e United Airlines, a TAM teve que suspender o acordo com a Air France, líder da aliança SkyTeam. Mas a empresa brasileira pôde manter um acordo amplo com o grupo Lan, da aliança Oneworld, para a América do Sul.

O executivo acredita que a crise global afetará, mais cedo ou mais tarde, o volume de tráfego no setor aéreo. Para ele, isso vai reverberar ainda por bastante tempo, afetando inclusive o ritmo de negócios no ano que vem. "A qualidade do tráfego já está mudando", afirma ele, que explica que a empresa já começou a rever suas expectativas de expansão. "Mas não acreditamos que teremos uma queda, apenas um ritmo de crescimento menor. O que não quer dizer que não tenhamos que ser cuidadosos."

No tráfego para a América Latina, afirma o vice-presidente para as Américas do grupo, Christian Herzog, não houve ainda nenhuma retração sensível na demanda. "Para os vôos partindo do Brasil, as taxas de ocupação são de cerca de 79% saindo de São Paulo e de 80% saindo do Rio", explica Isabelle.

Com relação ao dólar mais alto no Brasil, Varwijk afirma que ainda é preciso esperar para avaliar os efeitos sobre a operação da empresa. Ele lembra, porém, que a variação cambial "sempre tem dois lados" e que uma queda na demanda no Brasil causada pela desvalorização do real pode levar a um aumento no volume de passageiros europeus, aproveitando os preços mais baixos em dólar no país.

"É preciso lembrar que, no ano passado, o câmbio estava em um patamar semelhante ao que temos hoje e tínhamos bons resultados. De lá para cá fomos muito beneficiados pelo câmbio", afirma o vice-presidente. "Além disso, nos últimos dez anos, a variação cambial no Brasil foi significativa, o que não nos impediu de crescer."

A empresa, afirma Varwijk, tem grandes planos de crescimento na região, embora reconheça que não haverá nenhum vôo novo em 2009. Mesmo a crise não deve impedir essa expansão. "Temos fundamentos econômicos muito sólidos, que nos permitem enfrentar bem os desafios", diz.

Air France-KLM se aproxima da Gol depois de perder parceria com TAM

Read More



Ricardo Boechat

Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás e Tocantins, além do Distrito Federal, é a região no Brasil onde houve este ano o maior número de acidentes aéreos. Foram 28, segundo a Aeronáutica. A causa mais comum foi falta de combustível em aeronaves agrícolas. Mas teve também caso de desrespeito à lei seca. Um piloto morreu após bater em um morro. Tinha decolado cheio de álcool, ingerido num churrasco.

Perigo aéreo

Read More



Empresários interessados em investir na privatização dos aeroportos estão impressionados com o que chamam de incompetência administrativa da Infraero. Nem 5% das obras previstas no PAC foram executadas neste ano. Os custos operacionais, de manutenção e de pessoal são crescentes. As obras de engenharia estão quase todas embargadas, em parte por ação dos órgãos de controle. Eles defendem um novo marco regulatório para o setor, que acabe com a subordinação da aviação civil à área militar. Sem mudanças, afirmam, a Copa de 2014 no Brasil enfrentará graves problemas.

Aeroportos fora de rota

Read More

15 outubro 2008



Chico Siqueira

SP: Araçatuba - Uma aeronave caiu no início da noite de domingo, em Recanto dos Nobres, área rural de Bauru, no interior de São Paulo. Segundo o Corpo de Bombeiros, o piloto da aeronave, que voava sozinho, morreu. Ele foi identificado como Antônio Carlos Mendonça Campos, 53 anos.

Os Bombeiros informaram que o avião era um bimotor King Air B-100. Às 7h45, homens da corporação ainda estavam no local. O corpo do piloto foi resgatado durante a madrugada desta segunda-feira.

Campos, que decolou à tarde de Boa Vista (RR) com destino a Sorocaba (SP), parou no aeroporto do Aeroclube de Bauru para fazer abastecimento, mas, logo depois de decolar, no começo da noite, o avião caiu. O aeroclube informou que não vai se manifestar sobre o acidente porque o serviço de abastecimento é terceirizado.

A queda abriu uma clareira de 200 m na mata, próxima do campus da Universidade Paulista (Unip). O incêndio, que assustou moradores da região, foi apagado rapidamente pelos Bombeiros.

Pedaços da fuselagem e a hélice do aparelho ficaram presos nas árvores. "Ouvimos uma explosão e, quando olhamos, vimos fogo e fumaça", contou José da Silva, uma das testemunhas.

A Polícia de Bauru aguarda a chegada de técnicos da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), que farão uma vistoria no local.

Aeronave cai em Bauru, em São Paulo, e piloto morre

Read More

11 outubro 2008



Alberto Komatsu

Pela primeira vez em cinco anos, a demanda por vôos domésticos deverá crescer menos de dois dígitos em 2009, cerca de 7%, influenciada pela turbulência no sistema financeiro dos Estados Unidos, conforme estimativas de especialistas e de empresas aéreas. Isso vai ocorrer num cenário poucas vezes visto na aviação comercial brasileira, com a entrada de uma nova companhia, a Azul, o fortalecimento financeiro da Trip Linhas Aéreas com o aporte da americana SkyWest, a unificação operacional da Gol com a Varig, a expansão internacional da TAM e a reestruturação da OceanAir.

“Não é uma queda do setor aéreo propriamente dita, mas uma conseqüência da turbulência da economia mundial. Se houver desaquecimento da macroeconomia, os investimentos diminuem, afetando as viagens de negócios, por exemplo, avalia o especialista em aviação da consultoria Bain & Company, André Castellini. Ele lembra que a demanda do setor aéreo geralmente cresce duas vezes o desempenho do PIB, que deverá ficar em 3,5% em 2009, segundo prevê o mercado.

A possível redução do fluxo de passageiros transportados em 2009 poderá levar a uma superoferta de assentos no mercado doméstico. As seis principais companhias aéreas nacionais planejam agregar 33 novos aviões às suas frotas. Caso isso ocorra, o consultor aeronáutico Paulo Bittencourt Sampaio prevê mais uma guerra tarifária, desta vez com o reforço de competidores novos e fortalecidos financeiramente.

“O ano que vem começa com uma incógnita, que é o reflexo da crise mundial no Brasil. Mas, com mais empresas e aviões no mercado e a demanda não crescendo muito, poderemos ter uma interessante guerra tarifária”, diz Sampaio. Na sexta-feira, a Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) divulgou um prejuízo de R$ 1,3 bilhão das empresas de transporte regular de passageiros em 2007. Segundo a agência, um dos motivos foi o acirramento da competição por tarifas mais baixas. Só na ponte aérea as perdas foram de R$ 7,6 milhões.

O presidente do Instituto Brasileiro de Estudos Estratégicos e de Políticas Públicas em Transporte Aéreo (Cepta), Respício Espírito Santo, avalia que o agravamento da crise pode brecar investimentos do setor aéreo no País. “O ano que vem pode ser o início de um novo ciclo. Mas pode haver receio dos investidores, alguém que tinha intenção de investir no Brasil, quer seja em empresas aéreas ou aeroportos, por exemplo.”

Opinião parecida tem o presidente da Trip, José Mario Caprioli. Ele diz que a crise poderá afetar os investimentos no setor que não haviam sido programados com antecedência. “Já acendeu a luz amarela no mercado de crédito internacional. A minha sorte é que eu já tinha negociado meus pedidos um pouco antes”, conta Caprioli. A Trip deve receber oito aeronaves, entre modelos ATR 72-500, para 66 passageiros, e Embraer 175, para 86 pessoas.

A OceanAir, por sua vez, planeja integrar cinco novas aeronaves à frota em 2009, entre os modelos A319 e A320, da européia Airbus, diz o diretor-geral da empresa, José Efromovich. Este ano, a empresa fez uma reestruturação que reduziu a quantidade de aviões de 30 para 14. Também demitiu 600 pessoas e tem agora 1.100 funcionários. O número de cidades nas quais a OceanAir opera também caiu, de 37 para 23. Em 2009, porém, a empresa quer voar para até 30 municípios.

“A crise americana vai refletir no Brasil, com mais ou menos intensidade. Mas, como tivemos um baque tão grande nos últimos seis meses por causa do combustível, não aguardo grandes mudanças na aviação, a não ser uma limitação de linhas de crédito”, considera Efromovich. Ele estima que a OceanAir pode ter até 5% do mercado em 2009, o dobro de sua participação atual.

A crise internacional não afetou os planos da Azul Linhas Aéreas, disse recentemente o presidente do conselho de administração da empresa, David Neeleman. A Azul quer antecipar a sua estréia de janeiro de 2009 para dezembro. Para isso, obteve dos investidores um aporte adicional de US$ 50 milhões, elevando a capitalização para US$ 200 milhões, a maior para lançamento de uma companhia na história da aviação mundial. A empresa também ampliou seu planejamento de frota em 2009, de 10 aeronaves para 16.

A Gol considera que ainda é cedo para avaliar o impacto da crise internacional na aviação brasileira, mas concorda que o crescimento do fluxo de passageiros transportados por quilômetro (principal índice da aviação comercial) deverá ficar abaixo de 2 dígitos em 2009, entre 7% e 8%. De janeiro a agosto, a demanda doméstica acumula crescimento de 10,9%, segundo a última estatística disponível na ANAC.

CRISE VAI ATINGIR DEMANDA POR VÔOS DOMÉSTICOS EM 2009

Read More

Header Ads

Copyright © Aeronauta | Designed With By Blogger Templates
Scroll To Top