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20 maio 2010

Jornal do Senado

Participantes de audiência sobre aviação civil dizem que a limitação de investimento estrangeiro nas empresas aéreas brasileiras pode estar impedindo o crescimento do setor. O aumento da participação de capital estrangeiro nas empresas aéreas brasileiras poderá contribuir para a solução de problemas relacionados à segurança e à infraestrutura aeroportuária, especialmente no que diz respeito à aviação regional. Essa foi a opinião manifestada pelos participantes de audiência na Comissão de Desenvolvimento Regional e Turismo (CDR).

Durante o debate, requerido por Roberto Cavalcanti (PRB-PB), convidados pediram a aprovação do projeto (PLS 184/04) que prevê elevação de 20% para 49% na participação de estrangeiros no capital de empresas aéreas nacionais. A proposta foi aprovada pelo Senado em novembro de 2009 e aguarda decisão da Câmara, informou a secretária de Aviação Civil do Ministério da Defesa, Fabiana Todesco.


Ela explicou que a Câmara estuda a proposta em comissão especial criada para reformular as normas que regulam o setor aéreo. Outra proposta em exame na comissão especial, ressaltou, são os projetos de lei que visam reduzir o Imposto sobre Circulação de Mercadorias (ICMS) incidente sobre o querosene de aviação. Em sua avaliação, tal redução no imposto vai diminuir custos e viabilizar as operações das companhias aéreas.


Já Fernando Soares, diretor do Departamento de Política de Aviação Civil, da Secretaria de Aviação Civil, diz que a limitação de investimento estrangeiro nas empresas aéreas impede o crescimento do setor.


Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR) disse que o setor poderá ser beneficiado também com a aprovação de projeto de sua autoria (PLS 130/01), já aprovado pelo Senado e aguardando decisão da Câmara. A proposta inicial, explicou Mozarildo, previa a criação de um adicional ao preço das passagens aéreas das linhas domésticas não suplementadas para investimento em linhas aéreas na Amazônia. O projeto, que recebeu alterações para beneficiar também outras regiões, disse o senador, exige que pelo menos um dos destinos seja classificado como de baixo ou médio potencial de tráfego.

Especialistas querem mais capital estrangeiro na aviação

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Jornal do Senado

A diretora-presidente da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Solange Paiva Vieira, defendeu investimento privado na construção de aeroportos no país. Ela informou que o modelo de concessão já foi elaborado pela agência e, agora, está sendo analisado em conjunto com os ministérios da Justiça e da Defesa.

Se podemos ter aeroportos com investimento privado, é uma opção que deveria ser aproveitada disse a diretora.


Solange Paiva Vieira lembrou que a Anac não é responsável pela infraestrutura ou gestão dos aeroportos (que cabe à Infraero), mas pode pressionar o gestor a realizar obras.


Ao senador César Borges (PR-BA), que reclamou sobre a interdição de cerca de 20 aeroportos pequenos e médios na Bahia, Solange explicou que a Anac "endureceu" a fiscalização para preservar a segurança dos cidadãos e atendendo a padrões internacionais. A agência interditou mais de 100 aeroportos no ano passado.


Já o diretor técnico do Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias, Ronaldo Jenkins de Lemos, alertou para o que apontou como um dos mais sérios problemas da segurança aeroportuária: o risco de colisão com pássaros.

Anac defende aumento de investimentos privados

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Investigação de acidente que matou presidente polonês avança

Jornal do Brasil

Pessoas estranhas à tripulação estavam na cabine dos pilotos do avião do presidente polonês Lech Kaczynski antes de o aparelho cair, declarou ontem, em Moscou, a chefe do comitê de aviação interestatal ao revelar os primeiros resultados da investigação.

– Havia, na cabine, pessoas que não eram da tripulação. A voz de uma delas foi identificada. A outra, ou as outras, deve ser ainda identificada pelas autoridades polonesas – declarou Tatiana Anodina, chefe dessa organização encarregada de investigar os acidentes de avião nos países que pertenciam à antiga União Soviética.


O representante polonês, Edmund Klich, indicou, por sua parte, que não acredita que a presença dessas pessoas na cabine dos pilotos tenha algo a ver com a catástrofe: 


– Isso aconteceu entre 16 e 20 minutos antes do impacto. Mas trata-se de uma opinião pessoal. Todas as circunstâncias devem ser esclarecidas na investigação.

O acidente aconteceu em 10 de abril, no oeste da Rússia, e custou a vida dos 96 ocupantes do avião, entre os quais se encontrava o presidente Lech Kaczynski, sua esposa Maria e vários dirigentes políticos e militares poloneses.

Cabine de avião que caiu tinha intrusos

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Deputado tucano apresenta emenda tirando estatal do regime especial
 

Geralda Doca - O Globo

BRASÍLIA. A dispensa concedida à Infraero de fazer licitação sem as amarras da Lei 8.666/93 nas obras nos aeroportos para a Copa de 2014 incluída na Medida Provisória (489), que cria a Autoridade Pública Olímpica (APO) fere a Constituição e a Lei de Licitações. A constatação é do procurador do Tribunal de Contas da União (TCU), Marinus Marsico, e do especialista em Direito Administrativo e licitação Andre Porcionato.


Segundo Marsico, embora as estatais tenham direito a um regime especial de contratação de bens e serviços, essa autorização não poderia ser dada à Infraero dentro da MP, pois as Olimpíadas são um evento e não uma entidade pública. É necessário um regulamento específico, como ocorre com a Petrobras, direcionado à atividade fim da empresa, mas sem infringir a 8.666, defendeu. A MP é inconstitucional e o Congresso deve levantar a discussão disse o procurador.


Ontem, o deputado Otávio Leite (PSDB-RJ) apresentou emenda à MP suprimindo do artigo 11 a inclusão da Infraero no regime especial de contratação, sem cumprir os ritos da licitação clássica.


Segundo Porcionato, vários pontos da nova regra confrontam a legislação. No artigo 18, a MP torna facultativa uma obrigação da 8.666, que é publicar os avisos de licitação no Diário Oficial da União e em jornal de grande circulação, a fim de promover ampla publicidade e facilitar a participação de um maior número de interessados.
 

A MP apenas obriga o licitante a publicar os avisos no seu site.

Ainda, a 8.666 limita a 60 meses a prorrogação dos contratos administrativos para prestação de serviços contínuos. No artigo 22, a MP diz que essa norma não se aplica às contratações de obras, serviços e bens.


Significa dizer que uma prestadora de serviços continuará indefinidamente contratada. A administração perderá a oportunidade de obter propostas mais vantajosas, em novos certames disse Porcionato.


Outro ponto criticado na MP (artigo 16, parágrafo 3° ) é a permissão de se fazer por meio do pregão eletrônico a licitação para escolher a melhor proposta do ponto de vista técnico e do preço.


A explicação é que, devido às próprias características do pregão, como rapidez e desburocratização, a modalidade é adequada apenas à contratação de bens e serviços comuns, em que os padrões de qualidade são tratados objetivamente no edital.


Por exemplo, a compra de caixas de papel ou serviços de manutenção (ar-condicionado). No caso da compra de software e construção de uma pista de pouso, o uso do pregão é incompatível, defendeu Porcionato.


Ministério nega que Infraero realizará obras sem licitação
 

Também chama a atenção o fato de a MP não fixar preço máximo nas licitações do tipo melhor técnica, ao contrário da 8.666. Dessa forma, abre brechas para contratações com preços superiores aos de mercado.

Para Porcionato, a MP tem problemas não só no que diz respeito à Infraero, mas às obras necessárias às Olimpíadas: Temo que repita o que aconteceu com o Pan-Americano, em que o gasto superou o previsto em quase dez vezes.


Ele lembrou que os dois modelos de contratação especial da Petrobras e do Sistema S existentes estão dentro dos princípios básicos da 8.666. O regulamento do Sistema S passou pelo crivo do TCU, por exemplo.


No caso da Petrobras, a concorrência é convocada em aviso publicado pelo menos uma vez no Diário Oficial e em jornal de grande circulação, com antecedência mínima de 30 dias.


Por mais amor que tenhamos ao futebol, não podemos aceitar uma proposta como essa. Estamos falando de uma área sobre a qual pairam suspeitas de superfaturamento e irregularidades disse o senador Héraclito Fortes (DEM-PI), da Comissão de Infraestrutura do Senado.


O Ministério da Defesa não respondeu às perguntas enviadas anteontem à assessoria. Em nota, negou que a Infraero vá realizar obras sem licitação.

Especialistas dizem que a MP para obra da Infraero sem licitação é ilegal

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Para tribunal, Anac e Cenipa exercem tarefas idênticas e problemas podem comprometer a prevenção de acidentes
 

Fábio Fabrini - O Globo

BRASÍLIA. Uma auditoria do Tribunal de Contas da União (TCU) em órgãos do sistema aéreo constatou falhas que podem comprometer a prevenção de desastres. Desencadeada após o colapso nos aeroportos e os acidentes com aviões da Gol (2006) e da TAM (2007), a fiscalização mostrou que a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), ligado à Aeronáutica, exercem tarefas idênticas na coleta de informações sobre a segurança dos voos e, não raro, desenvolvem os mesmos projetos, numa espécie de competição.


Ontem, os ministros votaram acórdão para que o Ministério da Defesa defina os papéis de cada agente.


Conforme o relatório dos auditores, o bate-cabeça leva a situações insólitas: os prestadores de serviços à aviação civil decidem, segundo seus interesses, a quem reportar dados sobre acidentes, incidentes, ocorrências de solo, anormalidades e situações de perigo. Os dois órgãos se sobrepõem nas ações contra o choque de pássaros com aviões, um dos principais fatores de risco. A Anac criou processo para recolher e avaliar relatos sobre as colisões, enquanto o Cenipa já tinha o seu Programa de Controle do Perigo Aviário no Brasil.
 

Documento destaca risco de acidentes no Galeão

Com base nas estatísticas, o TCU considera elevadas as chances de um acidente por esse motivo. Entre janeiro e outubro do ano passado, 540 aves bateram em aeronaves no país, sendo que 140 atingiram os motores. Só no Aeroporto do Galeão, houve 68 casos (mais de 10%), o que preocupa as empresas aéreas e os pilotos. Reunida no terminal em março de 2009, a Comissão de Controle do Perigo Aviário no Brasil, ligada ao Cenipa, apontou o perigo iminente de uma ocorrência semelhante ao pouso de emergência de um avião A-320 no Rio Hudson, em Nova York, em janeiro do ano passado.


Os dados estatísticos do Cenipa e as informações oriundas das duas maiores empresas de transporte aéreo do país detentoras de mais de 80% do mercado nacional não deixam dúvidas quanto à gravidade do risco de acidente, especialmente no aeroporto do Galeão, diz o relatório do TCU.


No Galeão, jatos da Gol colidiram 34 vezes com urubus e outras espécies entre janeiro e setembro do ano passado. No encontro, representante da empresa informou que setores da Gol estão sendo alertados sobre a proximidade de um acidente.


A TAM estimou que os custos com o problema passariam de US$ 1,6 milhão, em 2008, para US$ 3,3 milhões, em 2009.
 

Pilotos relatam riscos por causa dos pássaros

Pilotos relatam que têm sido obrigados a manobrar em baixa altura para desviar dos animais. Em muitos os casos, eles tomam todas as cabeceiras.


Hoje em dia é comum a torre perguntar se é possível decolar, devido a bandos exatamente sobre o final da pista, escreveu um deles, em relatório enviado ao Cenipa, cobrando uma atitude urgente para melhorar a situação.


A auditoria do TCU concluiu que a participação da Anac na prevenção de acidentes pode ser seriamente limitada pelas atividades que ela mesma desenvolve.


A agência coleta as informações sobre segurança de operadores da aviação civil, mas também os pune pelos problemas e irregularidades apontados. Como não há um sistema que garanta o sigilo da fonte, pilotos, operadores de voo e outros agentes se sentiriam intimidados.


É como se eles estivessem jogando contra o próprio time disse o ministro Benjamin Zymler, relator do caso no TCU.


No relatório, os auditores constataram que a Anac não tem divulgado os indicadores de eficiência das empresas aéreas.


Não há transparência sobre cancelamentos e atrasos, o que serviria para orientar o consumidor na compra de passagens e forçaria melhorias no serviço. Isso criaria uma competição saudável entre as companhias afirmou Zymler.


Além de sugerir que o Ministério da Defesa ajuste normas e defina as atividades da Anac e do Cenipa, os ministros recomendaram que a pasta adote medidas para evitar a punição de informantes e supervisione as ações para evitar acidentes provocados por pássaros. À agência, pediram que volte a publicar os índices e tome medidas para evitar atrasos e cancelamentos.

TCU aponta falhas nos órgãos de controle aéreo

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19 maio 2010

RODRIGO VARGAS
da Agência Folha, em Cuiabá 


Um avião da Rio Linhas Aéreas, empresa de carga com sede em Curitiba (PR), perdeu uma parte da fuselagem logo após decolar de Cuiabá (MT) em direção a Guarulhos (SP). A peça de metal caiu em um bairro densamente povoado da cidade, sem causar danos. 

O episódio ocorreu na sexta-feira, mas somente nesta quarta foi confirmado pela Anac (Agência Nacional e Aviação Civil). A assessoria de imprensa da agência não informou o modelo da aeronave avariada nem as dimensões da peça que se desprendeu dela. 

Em entrevista à TV Centro América, afiliada da Rede Globo em Mato Grosso, uma testemunha disse que a peça tinha um metro de comprimento e pesava em torno de 5 kg. 

Segundo a Anac, a perda da peça não comprometeu o percurso da aeronave até São Paulo. A empresa foi notificada e terá de explicar o que ocorreu. Se constatada falha na manutenção da aeronave, há possibilidade de aplicação de multa. 

À Folha, o setor técnico da Rio informou que a peça que se desprendeu fazia parte da carenagem do motor de um Boeing 727-200. Segundo a empresa, trata-se de uma peça "de acabamento", feita em aço inoxidável, medindo 70 x 40 centímetros e com dois milímetros de espessura. O episódio não interferiu na operação normal do avião, disse a Rio, que suspeita que um parafuso de fixação tenha se soltado em razão de trepidações.

Avião de carga perde parte da fuselagem após decolar em Cuiabá (MT)

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LUIZ CARLOS DA CRUZ
colaboração para a Agência Folha, em Cascavel


Um avião Bandeirante E-110 que transportava malotes e equipamentos de uma empresa pousou fora da pista na manhã desta quarta-feira ao tentar aterrissar no aeroporto de Cascavel (498 km de Curitiba). Os dois pilotos que estavam na aeronave saíram ilesos, apesar das avarias provocadas pelo impacto com o solo. 

O avião desceu em uma lavoura, distante cerca de 500 metros do início da pista, percorreu cerca de 150 metros, passou por uma saliência de terra e por pouco não bateu contra a cerca de proteção do aeroporto.
Parte da fuselagem ficou espalhada no meio da plantação. Como houve um princípio de vazamento de combustível, o Corpo de Bombeiros isolou a área e espalhou espuma no local, procedimento padrão em casos de incidentes aéreos. 

De acordo com a Cettrans (Companhia de Engenharia de Transporte e Trânsito), responsável pela administração do aeroporto, a aeronave faz voos diários entre Araçatuba (SP) e Cascavel a serviço de uma empresa paranaense. 

A estação de rádio teria avisado os pilotos que não havia condições de pouso devido ao mau tempo. No momento da aterrissagem, o aeroporto estava fechado devido à chuva e à neblina. "Eles decidiram pousar por conta e risco", disse Jorge Lange, presidente da Cettrans. 

'Estava chovendo e tinha muito neblina, por volta das 5h30, e o aeroporto estava fechado. O piloto foi avisado, mas ele insistiu, não conseguiu pousar e parou 400 metros antes da pista, em uma plantação de soja', disse Lange. 

Ele não soube informar por que o piloto insistiu no pouso e disse que a causa do incidente será investigada pela equipe da Aeronáutica. 

A Táxi Aéreo Weiss, empresa proprietária da aeronave, com sede em Curitiba, informou que não vai se manifestar sobre o incidente e prefere aguardar os trabalhos iniciados pelo Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos), que deverá apontar as causas do pouso errado.

Avião tenta pousar em aeroporto fechado e acaba em fazenda em Cascavel (PR)

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17 maio 2010

Jornal do Brasil

A Irlanda e a Grã-Bretanha foram de novo alcançadas ontem pela nuvem de cinzas vulcânicas da Islândia que provocou o fechamento de mais de dez aeroportos, ameaçando estender-se para o sul da Inglaterra e paralisar a capital Londres.

Vários aeroportos do norte da Inglaterra, entre eles os de Manchester e Liverpool, e os aeroportos secundários da Escócia fecharam ao meio-dia por causa de um avanço da nuvem de cinzas vulcânicas.


Todos os aeroportos da Irlanda do Norte e vários a oeste da república da Irlanda fecharam por causa do perigo representado pela nuvem densa de cinzas vulcânicas aos motores dos aviões.


No fim da noite, o Serviço Nacional de Tráfego Aéreo informou que o aeroporto de Heathrow, em Londres, estaria fechado por pelo menos seis horas, durante a madrugada.


No resto da Europa, o tráfego aéreo não havia sido afetado pelas cinzas vulcânicas.


Estas medidas são uma má notícia para os viajantes que esperavam a normalização do tráfego aéreo, um mês depois da erupção o vulcão Eyjafjöll que paralisou os transportes aéreos na Europa por cerca de uma semana.


Em meados do mês de abril, cerca de cem mil voos foram cancelados por medidas de segurança, deixando mais de oito milhões de passageiros sem poder seguir seus destinos.

Nuvem de cinzas volta a cancelar vôos

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Daniel Lima
Repórter da Agência Brasil


Brasília - O reaquecimento da economia brasileira trouxe um problema de logística para a Zona Franca de Manaus. Grandes importadoras de insumos, as indústrias de eletroeletrônicos da região dependem do Aeroporto Internacional Eduardo Gomes, que tem capacidade para movimentar 12 mil toneladas por mês. Sobrecarregado com o aumento das encomendas, o aeroporto sofre agora com a falta pessoal para despachar as cargas que chegam para a Zona Franca. A demora na liberação das importações provoca atraso na linha de montagem das fábricas, que estão com a produção aquecida.


Terceiro aeroporto do país em movimentação de cargas (atrás apenas de Guarulhos-SP e Campinas-SP), o Eduardo Gomes tem três terminais de carga que registraram, nos primeiros quatro meses do ano, um aumento de 242% no volume movimentado. De acordo com a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), foram importadas, no período, 26.050 toneladas, contra 7.612 no mesmo período de 2009.


Além do aumento da demanda, contribuíram para agravar o problema greves em portos da Europa e da Ásia. Com a redução da participação do transporte marítimo/fluvial, o modal aéreo ficou sobrecarregado. Outro problema, segundo a Infraero, é a baixa capacidade de carga do Porto de Manaus para atender a demanda crescente das indústrias da região.


A Infraero admite que o aumento da produção na Zona Franca de Manaus foi subdimensionado pelo setor industrial. Em reunião no início do ano com técnicos da estatal, os empresários estimaram um crescimento das importações de apenas 40%. O superintendente adjunto de Projetos da Infraero, Oldemar Ianck, diz que a Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa), atendendo solicitação dos empresários, levou o problema à direção da autarquia, em Brasília. Procurada pela Agência Brasil para falar sobre o problema, a Suframa mandou, por correio eletrônico, uma nota informando que “a Infraero respondeu com a convocação de mais funcionários e disponibilização de mais armazéns, além de aumentar a terceirização de serviços. A autarquia considera que as medidas caminham para a resolução dos problemas”.


Entre as medidas adotadas pela Infraero está a transferência de 20 técnicos de outros aeroportos, principalmente Viracopos (Campinas), para reforçar a equipe em Manaus. Também foi aprovada a contratação imediata de dez empregados concursados e o reforço de 175 pessoas nas empresas terceirizadas. Com os armazéns lotados, foram instaladas, em caráter emergencial, grandes tendas de lona para aumentar a capacidade de estocagem.

Importações em alta e falta de pessoal sobrecarregam aeroporto de Manaus

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A Crítica

A Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) inaugurara, hoje, a nova área de armazenamento do Terminal de Logística de Carga do Aeroporto Internacional Eduardo Gomes. O evento está previsto para ocorrer às 10h30, numa área construída em frente ao pátio de estacionamento de aeronaves do complexo aeroportuário de Manaus.

Por meio de sua assessoria de imprensa, a Infraero informa que a nova área, com de 2.500 m², será utilizada para o armazenamento de paletes aeronáuticos, concretizando mais uma das ações adotadas pela empresa estatal para melhor atender seus clientes e usuários.


Para participar da entrega foram convidados representantes do setor empresarial, entidades de classe e empregados que atuam na área de Logística de Carga da Infraero.
 

Instatisfação

As condições de operação da Infraero em relação ao recebimento e armazenagem de cargas, consideradas aquém da demanda, foram duramente criticadas pelo empresários da indústria e do comércio, os quais, articulados com políticos da bancada federal forjaram e conseguiram, há 15 dias, uma reunião com o presidente da estatal, Murilo Marques Barboza.


A conversa, no entanto, não surtiu o efeito que os empresários pretendiam, porque Barboza não sinalizou com investimentos, preferindo, em contrapartida, pedir que os próprios empresários fizessem um relatório em parceria com os funcionários da Infraero no Amazonas, de modo que, a partir desse documento, a empresa pudesse pensar em alguma solução para o acúmulo de mercadorias no pátios dos terminais de carga do aeroporoto Eduardinho.

Infraero minimiza pressão sobre armazenagem

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*David Neeleman - O Estado de S.Paulo

A mídia brasileira vem dedicando muita atenção à necessidade de investimentos nos aeroportos brasileiros, relacionando-os aos grandes eventos esportivos que acontecerão no País. Ainda assim, o tema não vem sendo discutido com a profundidade que merece.


Deve-se lembrar que esses investimentos não precisam ser feitos com recursos públicos, tampouco é essencial a privatização ou a concessão dos aeroportos para a obtenção de capital. Os recursos gerados pela própria indústria do transporte aéreo são totalmente suficientes para custear os investimentos. Basta que seja permitido aos administradores dos aeroportos que emitam títulos de crédito para levantar recursos para os investimentos, com pagamento garantido pelas receitas das tarifas de embarque cobradas dos passageiros, ou das tarifas de pouso e de permanência cobradas dos operadores aéreos. Nos Estados Unidos as prefeituras que administram os aeroportos podem emitir títulos que pagam entre 3% e 4% de juros ao ano, sobre os quais não incide Imposto de Renda, fazendo deles ativos interessantes para muitas instituições financeiras.


Depois é preciso considerar que não são necessários investimentos para atender à Copa de 2014 ou à Olimpíada ? os investimentos são necessários para permitir o contínuo crescimento do transporte aéreo, que avança à razão de 14% ao ano. Muito mais importante do que atender aos turistas estrangeiros por um curto período de um mês é atender a toda a população brasileira pelos próximos 10 anos, quando estimamos que o número de passageiros domésticos transportados por ano passará dos atuais 55 milhões para 150 milhões. Esse é o real desafio. A fórmula para enfrentá-lo baseia-se em três etapas.


Primeiramente, no curtíssimo prazo, é essencial utilizar melhor a infraestrutura que já está disponível. Em vários aeroportos do País é possível aumentar o número de posições de estacionamento de aviões simplesmente mudando o padrão de pintura dos pátios, levando em conta os diferentes tamanhos dos aviões. Em muitos deles a pintura é feita considerando-se somente os grandes aviões intercontinentais, que têm envergadura muito maior. Em terminais de outros países é normal que existam pinturas sobrepostas, para aviões maiores ou menores, com sinalização diferenciada. Outras medidas simples são o compartilhamento de balcões de check-in por mais de uma empresa e um aumento no número de ônibus que atende aos aviões que param em posições remotas.


A etapa seguinte, a médio prazo, é a construção de instalações provisórias. Elas são parecidas com grandes contêineres metálicos, e em alguns casos podem até ser adaptadas para o uso de fingers. Podem ser construídas muito rapidamente, e terão um papel importantíssimo a cumprir na Copa e na Olimpíada.


A última etapa, mais a longo prazo, é a construção de novos pátios de estacionamento, saídas rápidas de pista, terminais de passageiros e pistas de pouso, bem como das instalações complementares como estacionamentos e terminais de integração com os outros modos de transporte, em especial ônibus intermunicipais.


É fundamental, ainda, que seja revisto o modelo de governança corporativa dos administradores aeroportuários, e em especial da Infraero. A Lei n.º 8.666 impõe à estatal uma série de obrigações e exigências que estão em total desalinho com a rapidez de decisões que a aviação exige.


Testemunhamos decisões simples, como a concorrência pública para permitir a mudança do administrador de um estacionamento, ter seu resultado suspenso por mais de seis meses, por meio de liminar da Justiça, causando enormes transtornos aos clientes das empresas aéreas.


Além disso, como a história recente da própria Infraero demonstra, todo o rigor legal não impediu que casos gravíssimos de corrupção surgissem no seio da empresa. Esses casos vêm sendo enfrentados com uma receita muito eficiente: administradores profissionais, recrutados nos quadros da empresa, e lideranças comprometidas com resultados e com a transparência de seus atos.


Esse parece ser o melhor caminho para os administradores aeroportuários públicos no Brasil, sejam eles federais, estaduais ou municipais: levar as decisões mais complexas, que envolvem maiores investimentos, a um conselho de notáveis, recrutados principalmente entre a comunidade empresarial do Brasil.


Um aeroporto é um equipamento público muito importante, que gera milhares de empregos e milhões de reais em receitas e impostos, e precisa ser pensado de forma empresarial, voltada para o atendimento do interesse público, e não para gerar lucro para administradoras privadas. E, é claro, temos as crescentes dificuldades de acessibilidade aérea à cidade de São Paulo ? mas isso é matéria para outro artigo.


*Fundador da Azul Linhas Aéreas

Caminhos para o setor aéreo

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12 maio 2010

Suspeita é reforçada pela localização das caixas-pretas
 
O Globo
 
O Airbus da Air France que caiu no Oceano Atlântico em 31 de maio do ano passado quando fazia o voo AF 447, entre Rio e Paris, tentou retornar ao Brasil, segundo reportagem publicada anteontem pelo jornal francês "Le Figaro". A informação teria sido dada por uma fonte governamental com acesso às investigações sobre as causas do acidente que matou 228 pessoas.
 
A suspeita, de acordo com o "Figaro", baseia-se no fato de que as caixas-pretas teriam sido localizadas a 20 milhas náuticas (cerca de 40 quilômetros) a sudoeste da última posição conhecida da aeronave. A descoberta dessa nova área de destroços poderia indicar que o piloto fez meia-volta, ou para escapar das más condições meteorológicas ou para retornar ao Brasil.
 
Ainda de acordo com o "Le Figaro", a informação foi recebida com reservas por pilotos da Air France. Para eles, o fato poderia significar que o avião se desintegrou no ar antes de cair no oceano.
 
A reportagem enfatiza ainda que a nova informação mostra que os investigadores do BEA (órgão francês responsável pela apuração das causas do acidente) estavam concentrando as buscas numa área errada, a norte da última posição conhecida do avião.
 
O novo perímetro de buscas foi definido a partir de estudos conjuntos da Marinha francesa e do grupo Thales, fabricante dos pitots (sensores que medem, entre outras coisas, a velocidade) do Airbus.
 
Os sons captados pelos potentes sonares do submarino nuclear francês Emeraude, em junho do ano passado, foram reanalisados com um novo programa de computador, o que permitiu delimitar a nova área de destroços, onde estariam as caixas-pretas.

Apesar da divulgação da localização das caixas-pretas, autoridades francesas têm sido cautelosas ao comentar o assunto. Segundo elas, as informações precisam ser validadas e, mesmo que estejam corretas, ainda não é possível dizer se o equipamento poderá ser recuperado, já que a profundidade na área pode chegar a 4.000 metros.

Airbus teria tentado retornar

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Jornal do Commércio
 
PARIS – Se por um lado os trabalhos de busca estão perto de desvendar o local preciso da queda do voo 447, por outro um novo mistério está intrigando os investigadores franceses. Antes de atingir o mar, o Airbus A330 deu meia-volta e iniciou um trajeto de retorno ao Brasil, contrariando a rota prevista. A informação, veiculada na última sexta-feira pelo jornal francês Le Figaro, foi confirmada pelo Escritório de Investigação e Análise para a Aviação Civil da França (BEA), mas só poderá ser explicada se e quando as caixas-pretas forem recuperadas.

O desvio na trajetória foi confirmado pelo local em que os sinais emitidos pelas balizas presas às caixas-pretas foram captados por sonares da Marinha da França. A região se localiza fora da rota habitual dos voos transatlânticos que ligam o Brasil à Europa.

De acordo com Alain Brouillard, diretor de investigações do BEA, o dado indica que, entre a emissão da última mensagem automática de localização pelo avião e seu desaparecimento, houve em torno de cinco minutos de voo que não estava programado. Caso a fuselagem seja encontrada na nova zona de buscas, "será absolutamente certo que o avião fez meia-volta". "Por que razão? Não sabemos", completou.

Segundo ele, apenas a leitura dos dados das caixas-pretas poderá revelar o motivo pelo qual a tripulação decidiu-se pelo retorno ao Brasil. Uma hipótese, porém, foi cogitada pelo diretor de investigações. "Frente a condições meteorológicas adversas na mesma região, outros aviões também fazem alterações de rota", sugeriu.

BEA confirma que avião tentou voltar ao Brasil

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Estado de Minas
 
Um piloto da Air France que voava entre Perpiñán e Paris teve um mal-estar atribuído à nova nuvem de cinzas expelida pelo vulcão islandês, mas o avião chegou ao destino sem problemas, informou um sindicato minoritário da companhia aérea francesa. "O incidente aconteceu quando a aeronave sobrevoava a Região Central da França, quando começou a sentir o cheiro de enxofre na cabine. Um dos pilotos sentiu enjoo", afirmou um porta-voz do sindicato. "O fenômeno foi percebido apenas na cabine do piloto. Os passageiros não sentiram nada", destacou a mesma fonte. Embora o tráfego aéreo na Europa tenha se normalizado ontem, a Agência Europeia para a Segurança da Navegação Aérea (Eurocontrol) destacou que aproximadamente 500 dos 29 mil pousos e decolagens diários no continente seriam cancelados.

Tráfego aéreo

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Valor
 
A Azul, a Embraer, a Gol, a TAM e a Trip, entre outras empresas e entidades brasileiras, anunciaram ontem a criação da Aliança Brasileira para Biocombustíveis de Aviação (Abraba). Por meio de comunicado, elas informam que o objetivo é promover iniciativas públicas e privadas para o desenvolvimento de biocombustíveis.

Aliança de aéreas

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