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28 junho 2010

Passageiros de voo que ia de Brasília para Congonhas levam susto


O Globo


SÃO PAULO. Um avião da TAM que seguia de Brasília para São Paulo teve de fazer uma manobra perto do aeroporto de Congonhas, na Zona Sul da capital paulista, na noite de ontem, para evitar uma colisão com outra aeronave. A assessoria de imprensa da companhia divulgou uma nota informando que o procedimento foi realizado após os equipamentos de bordo “terem detectado a presença de outra aeronave na mesma rota”.

O avião pousou normalmente no aeroporto, depois da manobra.

Uma passageira contou que o comandante já havia anunciado o início dos procedimentos de descida quando ocorreu a queda brusca. Mesmo com o cinto de segurança, ela sentiu que se levantou “uns dois palmos” da poltrona.

Outros passageiros ficaram assustados, e houve gritos e choros. A TAM informou que não houve necessidade de atendimento de passageiros.

O senador Romeu Tuma (PTB-SP) estava a bordo e contou que houve gritaria.

— O comandante falou que teve de fazer uma manobra ríspida.

Eu fiquei preocupado, mas achei que fossem aquelas quedas que dão naturalmente no voo. A aeromoça caiu no colo de alguém. Foi muito rápido

Avião da TAM evita colisão com manobra brusca antes de pouso

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24 junho 2010

Governador Alberto Goldman solicitou à União permissão para construir terminal na região metropolitana


Projeto é o mesmo que foi elaborado por empreiteiras na região de Caieiras e é orçado em R$ 2 bilhões


TATIANA SANTIAGO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA DE SP

JOSÉ ERNESTO CREDENDIO
DE BRASÍLIA

O governador de São Paulo, Alberto Goldman (PSDB), disse ontem que encaminhou um pedido para autorização da construção de um terceiro aeroporto na região metropolitana da capital.

O documento foi enviado ao ministro da Defesa, Nelson Jobim, e à Infraero (estatal que administra os aeroportos brasileiros).

A declaração foi dada durante a assinatura para a implantação de um Poupatempo da Cidade Ademar, zona sul de São Paulo.

Segundo a Folha apurou, o projeto é o mesmo que foi elaborado pelas empreiteiras Camargo Corrêa e a Odebrecht, na região de Caieiras (Grande São Paulo).

Com a concessão do terceiro aeroporto em mãos, medida que cabe à União, o governo paulista poderia ele mesmo fazer nova concessão, para as próprias empresas.

Orçado em R$ 2 bilhões, aproximadamente, o projeto das empreiteiras contempla ao menos uma pista de 3.500 metros, alinhada no mesmo eixo que Cumbica (em Guarulhos), o que evitaria interferências no tráfego aéreo.

A capacidade foi estimada para entre 22 milhões e 25 milhões de passageiros ao ano. Como acesso, o novo terminal utilizaria linhas de trem que passam próximo ao terreno escolhido.

CAPACIDADE

"Os aeroportos de Congonhas e Guarulhos estão congestionados. A situação é caótica e, nos próximos anos, vai se agravar muito. Já falei com o ministro [Nelson Jobim, Defesa] há tempo. Agora estamos formalizando um pedido de autorização, já que o governo federal, por uma razão ou por outra, não faz isso", disse o governador.

Goldman citou que o Estado de São Paulo terá competência para a execução da obra, da mesma forma que é responsável pela infraestrutura de estradas.

LOCALIZAÇÃO

Segundo ele, pode ser feita uma PPP (parceria público-privada) para a construção.

O governador evitou citar a área de localização do projeto e alegou que é para evitar especulação imobiliária.

"Se tivermos essa autorização, vamos declarar como uma área de utilidade pública para preservar ocupação do local", afirmou.

FINANCIAMENTO

Para tornar o terceiro aeroporto viável, o grupo que elaborou os estudos propõe que a União, como incentivo ao investimento, permita que as empresas retenham ao menos parte do ATA (Adicional de Tarifa Aeroportuária) recolhido no terminal.

Essa taxa, criada em 1989, incide no valor de 50% sobre as tarifas aeroportuárias e ainda sobre as recolhidas pelo uso de sistemas de auxílio à navegação.

O ATA foi destinado a investimentos nos terminais.

SP pede autorização para 3º aeroporto

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Cristiane Jungblut - O Globo

BRASÍLIA. A comissão temática especial da Câmara aprovou substitutivo do deputado Rocha Loures (PMDB-PR) que aumenta dos atuais 20% para 49% o limite para participação de capital estrangeiro em companhias aéreas.

O substitutivo altera quase 50 artigos do Código Brasileiro de Aeronáutica. A proposta terá que passar pelo plenário, o que deve ficar para o segundo semestre.

A proposta dá ainda um destino aos aviões abandonados por empresas falidas nos aeroportos e concede mais direitos aos passageiros como consumidores.

Rocha Loures explicou que, pela alteração, o controle acionário das empresas permanecerá nas mãos do capital nacional, mas, com maior participação estrangeira, a expectativa é que haja novos investimentos:

— A mudança quase triplicará a possibilidade de investimentos no setor.

As aeronaves abandonadas terão que ser removidas em até 90 dias, caso não sejam pagas as taxas aeroportuárias.

O material será vendido, e os recursos, destinados ao Tesouro.

Aprovada fatia de estrangeiros maior nas aéreas

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23 junho 2010

Cinco aeroportos regionais vão receber investimentos de quase R$ 100 milhões

Genilson Cezar, para o Valor, de Fortaleza

Francisco Adail Fontenele: obras para 620 quilômetros de estradas, no valor de R$ 360 milhões, estão em licitação Um dos focos das ações do governo do Ceará para dar suporte à atual fase de desenvolvimento sustentável tem sido a preparação da infraestrutura de logística e de transporte. O Porto do Pecém, sem dúvida, é uma das grandes prioridades. Concentra investimentos públicos perto de R$ 600 milhões e atrai novos empreendimentos privados.

Um dos maiores desafios, contudo, na área de infraestrutura é a reestruturação das estradas estaduais. São seis mil quilômetros de rodovias asfaltadas e cinco mil quilômetros de estradas pavimentadas primárias, em condições deficitárias, há muitos anos, agravadas pelo forte inverno do ano passado e pelo direcionamento de cargas transportadas em rodovias federais.

"No momento, está sendo feita a recuperação de dois mil quilômetros de estradas estaduais e a implementação de mil quilômetros, com investimento da ordem de R$ 1,3 bilhão, dinheiro proveniente de várias fontes - Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e Programa de Desenvolvimento do Turismo no Nordeste (Prodetur)", informa Francisco Adail de Carvalho Fontenele, secretário estadual de infraestrutura.

Segundo ele, foram concluídas obras em 900 quilômetros de estradas, ao custo de R$ 292 milhões, e empregados R$ 646 milhões em obras de reestruturação e implantação de mais 1.406 quilômetros. Estão em licitação obras em 620 quilômetros de estradas, de reestruturação e implantação, no valor de R$ 360 milhões. "Estamos chegando lá e com resultados positivos", avalia o secretário, que destaca várias ações do governo no setor de transporte, incluindo os modais aéreo e ferroviário.

No caso dos aeroportos, por exemplo, o plano é deixar todas as cidades com proximidade de no máximo 100 quilômetros de um aeroporto regional. O aeroporto de Aracati, distante 245 quilômetros de Fortaleza, está em fase de conclusão, com verba de R$ 14 milhões, assim como os de Camocim, no extremo norte do Estado, com custo de R$ 6 milhões, e o de Tauá, a 337 quilômetros de distância da capital cearense, orçado em R$ 5 milhões.

Foram iniciadas este ano as obras de construção e ampliação de mais cinco aeroportos regionais - São Benedito, Sobral, Jericoacoara, Limoeiro e Itapipoca -, num investimento total de quase R$ 100 milhões. Quanto ao Aeroporto Pinto Martins, em Fortaleza, a previsão é de duplicação do terminal de passageiros e ampliação de um novo terminal, com investimentos totais de R$ 2,8 milhões, que serão garantidos pela Infraero.

Em relação ao modal ferroviário, segundo Fontenele, a revitalização da malha ferroviária no Ceará ganha força com a construção da Transnordestina, obra do governo federal, com custos estimados em R$ 4,5 bilhões. A ferrovia vai integrar sete Estados nordestinos, incluindo o Ceará, e deve escoar a produção agrícola do Norte e Nordeste, regiões carentes em logística de transporte, para os portos de Pecém e Suape (Pernambuco). Mas o governo cearense, de acordo com o secretário de infraestrutura, estuda a montagem de um sistema de transporte de passageiros pela Ferrovia Transnordestina. "A equação para a obtenção dos recursos financeiros está sendo elaborada e a obra deve custar R$ 25 milhões, entre as nove estações, linhas e trens", indica Fontenele.

Menina dos olhos do governador Cid Gomes (PSB), a linha metroferroviária entre Juazeiro e Crato, as duas maiores cidades do Cariri, entrou em operação no final de maio. Tem 13,6 quilômetros e capacidade para transportar 1,2 mil passageiros por dia. O valor da passagem é R$ 1,00.

A maior intervenção no setor de transporte urbano estadual, certamente, é o Metrô de Fortaleza (MetroFor), obra avaliada em R$ 1,6 bilhão. Segundo Fontenele, pelo menos R$ 800 milhões serão gastos na primeira metade de construção, R$ 500 milhões vindos do governo federal e R$ 300 milhões do governo estadual. São 24 quilômetros de extensão - quatro quilômetros em túneis, dois quilômetros em elevação e 18 quilômetros em superfície. Terá capacidade para duas mil pessoas, e os primeiros trens, fabricados na Itália, chegam em agosto. "A construção do metrô está dentro do escopo da Copa do Mundo e vai operar em 2011", informa o titular da secretaria.

Igualmente importante nos planos governamentais são os projetos estruturantes na área de saúde. Apenas na construção de dois hospitais - o Hospital Regional do Cariri e o Hospital Regional de Sobral, iniciado em 2009, e que estarão em operação em 2011, serão investidos R$ 232 milhões, bom parte com recursos do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).

Segundo a secretária Desirée Custódio Mota, do planejamento e gestão, a grande inovação na montagem da infraestrutura no setor de saúde está na forma de gestão dos equipamentos em construção e entregues à população. "Estamos construindo mais 21 clínicas regionais, sete das quais já entregues, e previsão de terminar as outras em 2010, com investimento de R$ 146 milhões. Todas vão operar num modelo de consórcio público. Ou seja, o Estado inova no modelo de gestão", diz, acrescentando que os contratos de gestão são feitos com organizações sociais, sem fins lucrativos.

"Isso dá mais funcionalidade e agilidade ao uso dos equipamentos para os cidadãos", afirma.
 
Além das clínicas, o governo está investindo R$ 36 milhões na construção de 16 Centros de Especialização Odontológica (CEOs), que também serão administrados no modelo de consórcios, com participação da sociedade civil, das prefeituras do interior e do governo estadual.

Setor de transporte é prioridade na rota da expansão

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Valor
 
O município de Aracati, a 150 quilômetros de Fortaleza, é famoso pelo carnaval de rua, que reúne mais de 300 mil pessoas, e por abrigar a praia de Canoa Quebrada, uma das mais procuradas pelos turistas que vão ao Estado. Até o final do ano, a cidade de 69,6 mil habitantes recebe duas obras que irão facilitar ainda mais o fluxo de visitantes: uma nova ponte de acesso e um aeroporto capaz de receber aviões modelo Boeing 737. "A ponte antiga tinha mais de 50 anos", lembra o prefeito de Aracati, Expedito Ferreira da Costa.

A ampliação e modernização do aeroporto, com recursos do Ministério do Turismo e do governo do Ceará, custarão R$ 11,6 milhões. A meta é tornar o litoral leste acessível a voos nacionais e internacionais. A pista foi ampliada para 2,2 mil metros de comprimento e o terminal terá características regionais, com construções baseadas em madeira, palha e vidro.

A nova ponte sobre o rio Jaguaribe, principal acesso ao município de Aracati pela BR-304, deve ficar pronta até o final do ano. Terá 466 metros de extensão e 15,8 metros de largura, além de uma ciclovia. A obra faz parte do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC) e está orçada em R$ 29,4 milhões.

A chegada à cidade e municípios vizinhos também será facilitada com a duplicação da rodovia CE-040, entre as cidades de Aquiraz e Beberibe, avaliada em R$ 86,8 milhões. O trecho em obras corresponde a 44,5 quilômetros e vai reduzir o tempo de viagem a outras praias do litoral leste, como Iguape e Morro Branco.

Segundo Costa, o município está concluindo uma rede de saneamento, avaliada em R$ 32 milhões, que deve beneficiar uma população de 70 mil pessoas. "Com o novo aeroporto, a economia e a vida na cidade vão mudar muito." A intenção do prefeito é usar o terminal também para o transporte da produção local. Aracati é grande produtora de camarão, com uma produção superior a quatro mil toneladas por ano.

Segundo o pequeno empresário Mário Figueiredo, que faz traslados de Fortaleza para Aracati, as praias estão atraindo moradores de Portugal, Itália, Dinamarca e Suíça. "Na praia de Quixaba, há pelo menos 20 casas de veraneio que pertencem a estrangeiros", diz ele que, na alta estação, transporta para Aracati cerca de 40 turistas, principalmente portugueses.

Segundo o arquiteto João de Paula Araújo Neto, os visitantes buscam as praias afastadas da capital em busca de tranquilidade.

Nova ponte e aeroporto vão levar mais visitantes a Canoa Quebrada

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Andrew Bounds, Financial Times - Valor

A Peel Holdings, empresa de infraestrutura de capital fechado, acertou a venda de participação de 65% em sua unidade de aeroportos para a operadora canadense Vancouver Airport Services (VAS).
 
A Peel Airports é dona dos aeroportos John Lennon de Liverpool e Robin Hood, próximo a Lancaster, e detém 75% do Durham Tees Valley.

A empresa vinha procurando um sócio que também tivesse operações nesse segmento para ter melhores condições de enfrentar a recessão e o consequente declínio no tráfego dos aeroportos, que têm forte dependência dos voos fretados e das empresas aéreas de baixo custo e baixas tarifas.

A VAS, pertencente à Vancouver Airport Authority e à Citi Infrastructure Investors, opera 16 aeroportos no mundo. Em 2009, sua rede de aeroportos teve tráfego de 28,5 milhões de passageiros e receita superior a US$ 521 milhões. Craig Richmond, que administrava o aeroporto de Nassau, nas Bahamas, para a VAS, substituirá Mark Whitworth como executivo-chefe da Peel Airports.

George Casey, presidente e executivo-chefe da VAS, disse que a empresa tem "um forte histórico de investir e proporcionar serviços de administração de valor agregado para aeroportos em todo o mundo".

A Peel investiu pesadamente em seus aeroportos. Em Liverpool, expandiu a capacidade e elevou o número anual de passageiros para 5 milhões. Os números mais recentes da empresa, do ano encerrado em março de 2009, mostraram queda de 9% no faturamento, para US$ 71,5 milhões.

Peel vende participação em aeroportos à canadense VAS

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Norma Cohen e Pilita Clark, Financial Times - Valor

A companhia aérea British Airways (BA) não pagará dividendos por pelo menos dois anos para a sua nova empresa controladora, a ser criada após a fusão planejada com a Iberia, pelos termos de um acordo anunciado ontem para solucionar seus problemas previdenciários.

Além disso, metade de cada libra que a BA tiver no banco acima de certo limite será destinada a cobrir o déficit de 3,7 bilhões de libras (US$ 5,5 bilhões) em seus dois planos previdenciários de benefícios predeterminados mais antigos.

As duas medidas são anunciadas depois de o órgão de regulamentação previdenciário do Reino Unido ter pressionado a BA a certificar-se de que sua nova controladora não se apropriaria de ativos ou de receitas à custa dos membros dos planos de aposentadoria, segundo fontes a par da situação.

Os déficits vêm sendo um possível obstáculo à aliança - a ser concluída até o fim do ano - desde que os planos de fusão foram divulgados pela primeira vez em novembro de 2009.

A Iberia tem direito a desistir da fusão caso não concorde com o plano de recuperação do déficit previdenciário acertado entre a British e os responsáveis por esses fundos de pensão e anunciado ontem.

A Iberia divulgou que o acordo foi "um passo positivo em direção ao processo de fusão". O próximo passo seria a decisão da Iberia de aprovar ou não esse acerto, até 30 de setembro. O plano de recuperação previdenciária também precisa ser aprovado pelo órgão regulador previdenciário do Reino Unido, que não quis comentar o assunto ontem.

O diretor de finanças da British, Keith Williams, disse que a reação inicial da agência foi "positiva". Como parte do plano de recuperação, a BA concordou em manter sua contribuição anual nos 330 milhões de libras (US$ 490,6 milhões) previstas para este ano, aumentando-a em pelo menos 3% nos próximos 16 anos. Alguns funcionários terão de aumentar a contribuição.

A previsão original da British Airways era eliminar o déficit muito antes. Williams afirmou que a empresa aérea concordou em não distribuir dividendos para a nova controladora a ser criada após a fusão com a Iberia em uma nova empresa a ser chamada de International Airlines Group, até a próxima avaliação dos ativos dos fundos de pensão, marcada para o fim de 2012.

"Concordamos em não pagar dividendos até 2012", afirmou o diretor de finanças, ontem, acrescentando que, de qualquer forma, a empresa deficitária não planejava fazer tais pagamentos.

A British Airways também concordou em entrar com contribuições adicionais para cobrir o déficit, caso seu saldo de caixa seja superior a 1,8 bilhão de libras (US$ 2,6 bilhões). A empresa aérea tinha 1,7 bilhão de libras (US$ 2,5 bilhões) no fim de seu ano fiscal mais recente, encerrado em 31 de março.

Perguntado como esse dinheiro seria distribuído entre os fundos de pensão e o resto da companhia, Williams afirmou que "o conceito é que seria dividido [na proporção] 50-50 entre as partes".
 
"Houve um mecanismo similar na avaliação passada, então, não é um conceito novo", afirmou.

British tira obstáculo à fusão com Iberia

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Cancelamentos também crescem na semana em que maior rigor na assistência ao passageiro começou a valer

Alberto Komatsu, de São Paulo - Valor

Na semana em que as novas regras de assistência aos passageiros de companhias aéreas quando há atraso e cancelamento de voos começaram a valer, de 13 a 19 de junho, aumentou a ocorrência desses casos nos quatro principais aeroportos do país, em relação à semana anterior. Isso é o que mostra um levantamento da Infraero, feito a pedido do Valor.

As regras da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) prevêem reembolso integral do preço da passagem em atrasos superiores a quatro horas ou após cancelamentos, entre outras medidas. Na semana passada a Anac enviou ofícios a uma companhia aérea nacional e nove estrangeiras, comunicando a falta de adequação às novas exigências, como informação ao passageiro no aeroporto.

Segundo a Infraero, em alguns casos, aumentou em quatro vezes o número de voos com atraso superior a uma hora e praticamente dobrou o número de cancelamentos. Foi o que aconteceu, respectivamente, com a TAM, no Aeroporto Internacional Antonio Carlos Jobim (Galeão), no Rio, e com a Gol, em Congonhas, em São Paulo.

No caso da TAM, ela teve sete voos com atraso acima de uma hora no Galeão, ou 1,74% de 402 voos programados antes das novas regras entrarem em vigor, por meio da Resolução 141, entre 6 e 12 de junho. Na semana seguinte, porém, os atrasos da TAM no Galeão saltaram para 30, o que corresponde a 7,44% de 403 voos previstos.

"A TAM informa que o nível de pontualidade de seus voos permanece alto, exceto em casos nos quais as más condições metereológicas afetam a operação de todas as companhias, como verificado nos últimos dias nos aeroportos do Rio, São Paulo e Curitiba".

No exemplo da Gol, ela teve 20 voos cancelados entre 6 e 12 de junho em Congonhas, o que representa 2,67% de 750 voos programados. Entre 13 e 19 de junho, foram 39 cancelamentos, ou 5,2% de 750 voos previstos para o período.

"A Gol vem trabalhando com a Anac na implementação da resolução e está desenvolvendo uma nova cultura que contemple as mudanças nos procedimentos, e está empenhada em todas as frentes para prestar o melhor atendimento", informou a Gol.

A WebJet atrasou três voos em mais de uma hora em Guarulhos de 6 a 12 de junho, 1,95% de 154 voos. Na semana seguinte, os atrasos mais que quintuplicaram para 16, ou 10,67% do total. "A Webjet informa que vem cumprindo todas as determinações estabelecidas pela Resolução 141". A empresa informou que condições metereológicas afetaram seus voos.

Após novas regras, mais voos atrasados

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Sonia Racy - O Estado de SP

Nova empresa de transporte aéreo ocupará o céu brasileiro. A Mais Linhas Aéreas, com sede em Salvador, recebeu anteontem autorização de funcionamento jurídico da Anac.

A companhia planeja voar com Boeing 737-300 para as regiões Norte, Nordeste, Sudeste e Centro-Oeste do País.

Céu é o limite

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Governador de SP afirma que já dispõe de um estudo completo para a construção da nova estrutura na Região Metropolitana de São Paulo

Gustavo Uribe e Elizabeth Lopes - O Estado de S.Paulo

O governador de São Paulo, Alberto Goldman, pretende enviar ao Ministério da Defesa nos próximos dias solicitação para a concessão de um terceiro aeroporto na Região Metropolitana de São Paulo.

Em entrevista à Agência Estado, o governador antecipou que já dispõe de um estudo completo para a construção da nova estrutura e avaliou a alternativa como a única forma de solucionar o caos do setor aéreo brasileiro. "O estudo está pronto e sabemos onde construir um novo aeroporto nas imediações da capital", assegurou Goldman. "A situação está um caos generalizado, sem nenhuma perspectiva no curto prazo. Para solucionar esse gargalo, é importante a construção de novo aeroporto."

O governador reafirmou que o quadro aéreo em São Paulo é "extremamente grave" e minimizou reunião prevista para julho, entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a equipe ministerial, para discutir os termos de concessão de um novo aeroporto na Grande São Paulo.

"O governo federal discute essa questão desde 2007 e até agora nada. Os aeroportos de Guarulhos e Congonhas têm, juntos, capacidade máxima para cerca de 35 milhões de pessoas ao ano e já estamos muito próximos desse número", afirmou o governador de São Paulo.

De acordo com Goldman, a capital paulista apresenta um aumento de demanda anual de, pelo menos, 4 milhões de passageiros. "Se continuar assim, deveríamos ter um novo Aeroporto de Congonhas a cada quatro anos."

O governador avaliou como "paliativo" o projeto do governo federal, incluído em 2007 no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), de expandir o Aeroporto de Guarulhos. "É uma medida paliativa e nem desse quebra-galho eles conseguem fazer licitação."

Segundo Goldman, não adianta Lula destinar R$ 3 bilhões aos aeroportos do País, como estão previstos no PAC 2, sem uma boa gerência dos recursos. "O problema não é de dinheiro. O governo tem dinheiro em abundância, mas falta capacidade de fazer, de colocar o ovo em pé."

Na opinião de Goldman, é equivocado o governo federal acreditar que o Aeroporto de Viracopos, em Campinas (SP), pode suprir a demanda de passageiros da capital paulista. "Viracopos está a 100 km da região metropolitana, o que torna inviável pensar nele como solução."

Mesmo se aprovada neste ano a concessão de um novo aeroporto, o governador avaliou não haver tempo hábil para que ele esteja em operações durante a Copa do Mundo de 2014, que será realizada no Brasil.

Sobrecarga

ALBERTO GOLDMAN -

GOVERNADOR DE SÃO PAULO

"Os aeroportos de Guarulhos e Congonhas têm, juntos, capacidade máxima para cerca de 35 milhões de pessoas ao ano e já estamos muito próximos desse número."

Goldman diz que pedirá concessão de aeroporto

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21 junho 2010

Murillo Camarotto, do Recife - Valor

Mesmo com as dificuldades da aviação regional, começou a operar no dia 14 a mais nova empresa do segmento no Brasil, a Nordeste Aviação Regional (Noar). Criada no ano passado por um grupo de empresários nordestinos, que já desembolsaram R$ 40 milhões no negócio, a Noar estreou de forma discreta, com apenas um avião e uma rota.

O plano, no entanto, é crescer em ritmo constante e duradouro e, nesse sentido, a empresa vem negociando contratos de compartilhamento de voos com grandes companhias nacionais e internacionais.

Segundo o presidente e sócio da companhia, Vicente Jorge Espíndola, a estratégia básica da companhia é ligar as capitais nordestinas às pequenas e médias cidades da região.

"O que me motivou foi a falta de uma empresa aérea no interior do Nordeste", diz o presidente da Noar, empresário do setor de comunicações, com uma retransmissora da TV Globo em Pernambuco.

A Noar está operando a rota Caruaru (PE) - Recife (PE) - Maceió (AL) -Aracaju (SE). A compra de passagens pode ser feita pelo site da companhia. O bilhete para o trecho Recife ? Maceió (quatro voos diários) custa a partir de R$ 99, ida e volta. De Maceió para Aracaju o custo é de pelo menos R$ 119.

A rota está sendo feita com um turboélice modelo 410 da LET, fabricante da República Tcheca, de 19 lugares e que custou pouco mais de US$ 4 milhões. Outros três modelos similares deverão ser entregues até o fim do ano.

Com a chegada dos outros aviões, a companhia pretende criar quatro bases no Nordeste, localizadas em Salvador (BA), Recife (PE), Petrolina (PE) e Fortaleza (CE). Os destinos serão voltados aos viajantes de negócios, porém também haverá opções para lazer.

Entre as cidades almejadas pela Noar, o presidente mencionou Natal, Mossoró (RN), João Pessoa, Campina Grande (PB), Sobral (CE), Aracati (CE), Camocim (CE), Teresina, Parnaíba (PI), São Luís, Barreirinhas (MA), Imperatriz (MA), Salgueiro (PE) e Araripina (PE). A empresa, no entanto, ainda não obteve as autorizações necessárias para essas operações. Atualmente, são atendidas por companhias aéreas somente as cidades de Petrolina (PE), Juazeiro do Norte (CE) e Imperatriz (MA).

Entre os problemas enfrentados pela empresa neste início de operação, um dos maiores é a precariedade dos pequenos aeroportos regionais do Nordeste.

Noar mira viagens de negócios no NE

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Com custos mais elevados, companhias regionais buscam rotas mais rentáveis até em capitais

Alberto Komatsu, de São Paulo - Valor

A aviação comercial brasileira vive um momento peculiar em termos de porte. São 27 empresas nacionais, 56 internacionais, 419 aeronaves e 49.331 trabalhadores, segundo dados do Anuário Estatístico do Transporte Aéreo de 2009, da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). Como o primeiro estudo desse tipo que consta no site da Anac é de 1995, possivelmente o setor tem hoje a maior operação de sua história.

Apesar da marca recorde, as 27 empresas aéreas brasileiras em operação atendem hoje 121 cidades, sendo que em 1998, quando existiam 22 companhias, 169 municípios eram servidos pelo transporte aéreo. O levantamento foi realizado pelo Valor, em parceria com a Anac. Os dados foram obtidos dos anuários de 1995 a 2009.

Para empresários e especialistas do setor, o levantamento mostra as dificuldades que companhias aéreas regionais estão enfrentando. Com infraestrutura inadequada em cidades de médio e pequeno porte, algumas delas estão tendo de arcar com recursos próprios para ter condições mínimas de operação e segurança.

Como as empresas regionais de pequeno porte operam com pouca escala, com aviões para até 20 passageiros, seus custos são maiores do que as de grande porte, que usam aviões com configuração a partir de 140 assentos. Por isso, algumas delas buscam operar em cidades de grande porte, as que oferecem um operação mais rentável.

"Se não houver investimento em infraestrutura aeroportuária, empresas regionais poderão sair do mercado ou mudar para cidades maiores para sobreviver", afirma o presidente e fundador da Sol Linhas Aéreas, Marcos Solano Vale. A companhia iniciou sua operação em outubro de 2009, ligando cidades do interior do Paraná, como Cascavel, a Curitiba.

A Sol reduziu sua operação em 50%, conta Solano. Atualmente são quatro voos diários entre Cascavel e Curitiba. Em julho deverão ser seis frequências e, em agosto, a empresa deve retomar seu ritmo inicial, mas possivelmente com uma novidade: voos para Florianópolis.

"A aviação regional é um produto caro. O avião pequeno é um produto mais caro. A operação regional não é um produto de massa", diz o especialista em aviação da consultoria Bain & Company, André Castellini.

A Secretaria de Aviação Civil (SAC), do Ministério da Defesa, trabalha em três frentes para estimular a aviação regional. O diretor do Departamento de Políticas de Aviação Civil do ministério, Fernando Antônio Ribeiro Soares, diz que não há um pacote de medidas. Ele conta que as três áreas nas quais o ministério trabalha são infraestrutura aeroportuária, financiamento e incentivo para que o transporte aéreo possa chegar em determinadas localidades.

"Algumas medidas já estão em implementação, outras em estudo, mas para contribuir para o desenvolvimento das linhas regionais e não das empresas individualmente", diz Soares. Ele afirma não acreditar que os gargalos de infraestrutura estariam levando a uma mudança de perfil da aviação regional, em busca de grandes cidades.

O superintendente de Regulação Econômica e Acompanhamento de Mercado da Anac, Juliano Noman, tem opinião parecida. "O mercado hoje é mais sustentável e mais racional. Vejo uma aviação regional mais forte a cada dia", diz.

Entre algumas das medidas para incentivar a aviação regional, a Secretaria de Aviação Civil está trabalhando na reformatação do Programa Federal de Auxílio a Aeroportos (Profaa), lançado no ano passado, com recursos da ordem de R$ 100 milhões por ano.

Outra frente é o incentivo à utilização de aeroportos de cidades com média ou baixa densidade de tráfego aéreo. A consultoria Mckinsey concluiu recentemente um estudo que identificou 69 aeroportos que podem receber rotas subsidiadas. O custo anual poderia chegar a R$ 200 milhões. "As companhias menores têm um custo até quatro vezes maior do que as grandes", afirma o consultor e associado da Mckinsey Arlindo Eira Filho.

"As empresas regionais têm potencial de crescimento dentro do seu mercado de média e baixa densidade. Se elas atuam com linhas 'troncais', é mais para complementar os seus serviços", diz o presidente da Trip, José Mário Caprioli.

Número de aéreas é recorde, mas menos cidades são atendidas

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18 junho 2010

Decolagem autorizada

Antonio Machado - Correio Braziliense

Foi de jeito acanhado, sem a fanfarra que acompanha as decisões do governo, que o presidente Lula assinou esta semana decreto que libera a construção e operação em regime de concessão do primeiro aeroporto privado do país. Fica em Natal, Rio Grande do Norte.

O anúncio foi discreto, sugerindo irrelevância e decisão isolada, mas equivale à abertura dos portos durante o período colonial. De modo ainda mais discreto, “fontes” não identificadas vazaram à imprensa que Lula aguarda do ministro da Defesa, Nelson Jobim, os elementos técnicos para instruir a decisão de aprovar a concessão de um novo aeroporto em São Paulo, quiçá a ampliação de Guarulhos.

A cidade já conta com área próxima à região metropolitana para um aeroporto privado, com projeto da Camargo Corrêa, e do plano para o terceiro terminal e terceira pista no de Guarulhos — o maior em tráfego do país e totalmente saturado, situação que se repete nos aeroportos de Brasília, Belo Horizonte, Fortaleza, e por aí vai.

Abriu-se uma janela para a entrada de capitais privados numa das atividades de infraestrutura mais críticas para o desenvolvimento, e, ao mesmo tempo, mais deterioradas e inseguras para todos os que dela dependem, devido ao tráfego crescente de passageiros e carga não acompanhado de investimentos em ampliação e logística.

O sinal é que, depois das eleições, quando a palavra privatização recuperar o seu sentido original, perdendo a conotação maldita que PT e Lula lhe atribuem no contexto do embate político com o PSDB, a porta será aberta aos capitais privados. Não será sem tempo.

Desde 2005, o único aumento significativo de capacidade de tráfego em um aeroporto ocorreu com o pequeno e esgotado Santos Dumont, no Rio de Janeiro. Dos 15 principais aeroportos, nove operam acima de sua capacidade, segundo dados da Infraero, a empresa estatal que cuida da administração aeroportuária, e da Anac, Agência Nacional de Aviação Civil, o órgão que regula as empresas e a logística.

Em meio à burocracia, também se acomoda a Aeronáutica, responsável pelo controle do tráfego aéreo, e até os últimos grandes acidentes no país — com um Boeing da Gol, em setembro de 2006, e um Airbus da TAM, em julho de 2007 —, envolvida no pandemônio criado pelos controladores de vôo por razões salariais, de hierarquia, excesso de trabalho e receios quanto à desmilitarização da atividade.

Problemas complexos demais para um governo enredado em muito mais prioridades do que é capaz de processar. Com boa parte do dinheiro dos investimentos comprometida em grandes projetos.

Distraído pelo debate entre mais ou menos Estado na infraestrutura. E confundido pelo lobby sindical da Infraero, contrário a qualquer solução que diminua a influência da estatal. É esse nó que começa a desatar.

Alertas desprezados

O que será da Infraero levará ainda algum tempo para resolver. O certo é que já não se tratam com desprezo alertas como os da FAB, que, em 2004, preveniu o governo sobre o colapso da infraestrutura aeroportuária pela falta de investimentos. Em 2006, uma auditoria do Tribunal de Contas da União concluiu que “falta de planejamento e insuficiência de recursos são as principais causas dos atrasos e cancelamentos de vôos”. De lá para cá, a demanda de passageiros deu um salto de 80%. E os aeroportos? Continuaram do mesmo tamanho.

Solução burra da Anac

Para encobrir esse quadro caótico, a Anac veio com um arremedo de solução: reduziu o número de vôos nos aeroportos mais afogados. Na prática, tolheu as pessoas em seu direito de ir e vir do jeito que quiserem — e cada vez é mais de avião que se quer, graças ao aumento da renda e do emprego, a popularização e as facilidades do crédito e o crescimento da frota das empresas. É medida capenga, para não dizer burra, cortar vôos para desafogar aeroportos. Não dá mais, como relata um empresário do setor, para Lula achar que o problema seria menor, porque poucas pessoas usariam avião.

Capacidade esgotada

A capacidade máxima nos 15 maiores aeroportos é de 9,5 milhões de passageiros/mês. Equivale a 5% da população. Mas a demanda deverá crescer muito mais com a expansão da economia, a ascensão da nova classe média e os eventos da Copa em 2014 e das Olimpíadas em 2016.

Na média, os aeroportos operam a 36% acima da capacidade, sem que a Infraero dê conta da situação. A projeção para 2014, de expandir a capacidade em mais 5 milhões de passageiros/mês a um custo de R$ 6 bilhões, envelheceu. É preciso mais. O governo já reconhece que a solução é a parceria com o setor privado. Agora vai. Espera-se.

Dilma amplia a visão

O problema aéreo não é só de respeito do governo com o conforto e a segurança dos passageiros. Virou questão econômica. Sem que seja superado o atraso dos transportes, em que a miséria dos aeroportos faz companhia à de portos, ferrovias e rodovias, o país vai parar, como sai da tomada quando falta energia, hoje, um risco mitigado.

Falta de financiamento é o menor dos problemas. Regulação adequada resolve a situação, se houver clareza sobre a limitação do Estado. A então ministra Dilma Rousseff, por bom tempo, viveu dividida entre a sua visão do Estado dirigista e o pragmatismo de resultados do presidente. A campanha está a lhe mostrar que há mais cores entre o branco e o preto das ideologias, como o exercício do poder mostrou a Lula. A têndencia é que muitos impasses comecem a se desfazer.

Lula sinaliza que solução para caos dos aeroportos terá a ajuda de empresas e capitais

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Medida de segurança atende novas regras nos EUA e na Europa e será necessária para cerca de 2% dos assentos


Cornelius Rahn
BLOOMBERG NEWS / BERLIM

A Cathay Pacific Airways e Air France-KLM Group começaram a instalar cintos de segurança com airbags em alguns assentos da classe econômica de suas aeronaves. A medida está sendo adotada por conta de regras mais rígidas de segurança estabelecidas por autoridades norteamericanas e europeias.

Todos os aviões fabricados nos Estados Unidos desde outubro precisam se adequar aos novos padrões, que têm a finalidade de manter os passageiros conscientes no caso de um impacto provocado por uma desaceleração equivalente a 16 vezes a força da gravidade,o que permitiria sua fuga no caso de um incêndio subsequente.

As regras serão introduzidas na Europa do fim do próximo ano, de acordo com Jeremy Teahan, da Agência Europeia para Segurança da Aviação.

Embora muitos assentos já estejam em conformidade com as regras, não necessitando de airbags, o dispositivo será instalado em cerca de 2% dos assentos. Para a fabricante AmSafe Inc., o dispositivo deverá se tornar padrão nos aviões, com o aumento dos cuidados de segurança. O custo de um airbag é de US$ 1,2 mil,em comparação com os US$ 25 de um cinto de segurança.

“O problema dos assentos da classe econômica é a sua estrutura rígida, o que faz com que um impacto na cabeça seja mais difícil de controlar”, afirma o diretor executivo da Cathay Pacific, Tony Tyler, aérea que já usa o equipamento nas aeronaves. “Precisamos de airbags.”

Em cerca de 80% dos acidentes de avião há chances de sobrevivência. Um estudo realizado em 2005 pela Autoridade de Aviação Civil da Grã-Bretanha, que analisou 25 acidentes relacionados a impactos, concluiu que assentos mais resistentes e melhores regras poderiam ter evitado 62 mortes.

Entre todas as empresas aéreas do mundo, existe uma capacidade total de 2,8 milhões de assentos, informa a empresa OAG, com sede em Dusntable, Inglaterra, que compila estatísticas sobre o segmento de aviação.

As regras de segurança dos assentos, introduzidas nos Estados Unidos em 1988 e na Europa em 1992, aplicavam-se apenas a modelos novos, excluindo aviões como o Boeing 747 e o Airbus SAS 320, que foram introduzidos anteriormente, embora continuem a ser fabricados em larga escala.Com a mudança,todos os aviões de fabricação recente devem seguir a norma.

Os airbags da AmSafe são montados nos cintos de segurança e inflam em questão de milésimos de segundo depois de um acidente, expandindo-se de forma a acomodar o movimento da cabeça em todas as direções.

A empresa, que tem sede em Phoenix, também fabrica 95% dos cintos de segurança de todos os aviões. A AmSafe informa que introduziu a tecnologia em 2001 e diz que airbags já foram vendidos para a Singapore Airlines, USAirways,Emirates,Japan Airlines e Swiss International.

Os airbags são exigidos para os lugares do avião onde não há nenhum assento na frente que possa amortecer um impacto,como também os que se localizam na primeira fileira, na frente dos toaletes ou da cozinha.O equipamento será obrigatório também em alguns assentos em aeronaves que só atendem a classes executiva e a primeira classe.

Posição das empresas

A Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata, na sigla em inglês), que representa as empresas aéreas de todo o mundo, diz não estar segura de que essa tecnologia se ampliará além de casos específicos.

“Estamos examinando se esses airbags têm sentido”, diz Guenther Matschnigg, vice-presidente da Iata para segurança, operações e infraestrutura.“Precisamos ter os números antes de adotar uma posição”.

Vendas crescem quase 100% em um ano, diz fabricante

A AmSafe, fabricante norteamericana de airbags para aviões, que agora começam a ser introduzidos na classe econômica, afirma que as vendas do dispositivo quase dobraram no último ano, impulsionadas pelo segmento “premium”. Entretanto, de acordo com o executivo Bill Hagan, a AmSafe está em negociações com “grandes empresas aéreas americanas”, para equipar aviões inteiros. “Já existe uma base excelente de empresas que decidiu instalar os airbags nas aeronaves.” A Cathay Pacific foi a primeira empresa a equipar sua frota de aviões – Airbus A340 e Boeing 777 – com airbags, o que permitiu à empresa usar um design de assento reclinável da BE Aerospace que não precisaria atender às normas-padrão internacionais, explica Bill Hagan. A Swiss também informou que pretende adaptar os airbags na classe executiva dos seus aviões A330-300, que entraram em serviço em abril do ano passado, conforme informações da portavoz Sonja Ptassek.

Aviões ganham airbags na classe econômica

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Executivo da empresa brasileira afirma que está aberto para conversações

Monitor Mercantil

Dias após a European Aeronautic Defence & Space (EADS) ter negado qualquer acordo de cooperação com a Embraer, a empresa brasileira pode estar interessada em um acordo de cooperação com EADS. Tudo dependerá do tipo de projeto que a companhia européia, que controla a Airbus, tem em mente. O vice-presidente de Inteligência de Mercado – Aviação Comercial da Embraer, Luiz Sérgio Chiessi, afirmou a empresa está aberta para conversações com a Eads. “Mas isso depende do que eles querem colocar na mesa. Eu gostaria realmente de saber”, afirmou.

No início do mês, o executivo-chefe da Eads, Louis Gallois, disse que estava interessado no trabalho com a empresa brasileira. “Nós temos um grande respeito pela Embraer”, afirmou Gallois, acrescentando: “Estamos ansiosos em procurar formas de parceria”. Mas depois negou qualquer negociações com a empresa.

A companhia brasileira está buscando novos produtos para expandir sua participação no mercado regional de jatos, disse Chiessi. O executivo reafirmou que a decisão pode ser anunciada até o final de ano.
Segundo ele, a Embraer colocou de lado a idéia de produzir novas aeronaves turboprop movidas por motores de rotor aberto eficientes por enquanto. Vários obstáculos técnicos, como questões de segurança e de ruído, ainda têm que ser superados antes que os motores de rotor aberto sejam adotados pelas companhias aéreas.

A ampliação do catálogo para incluir uma aeronave nova e maior, que competiria potencialmente com os aviões com um único corredor da Airbus e da Boeing, também não é o foco principal da empresa, afirmou o executivo. Em vez disso, segundo o executivo, a Embraer está buscando uma “evolução” da sua gama atual de jato regionais, agregando desenvolvimentos tecnológicos, como novos motores e uma nova asa, mas mantendo a mesma fuselagem.

A Embraer prevê uma recuperação de suas entregas de aviões comerciais a partir de 2011, dois anos depois de declínio devido à desaceleração econômica. “No ano que vem, nós veremos uma recuperação real das entregas”, garantiu Chiessi. A taxa anual de entregas caiu para 120 no ano passado, de um pico de cerca de 160 em 2008, e será de cerca de 90 em 2010, destacou o executivo. Ele prevê que as entregas poderão aumentar para entre 140 a 160 em 2012 e disse que está confiante que a Embraer será capaz de manter sua participação de mercado de cerca de 45% no segmento de aeronaves com entre 60 e 120 assentos.

Chiessi afirmou ainda que a Embraer está em conversações com as autoridades chinesas sobre a transformação de sua linha de montagem em Harbin, na China, que atualmente produz jatos ERJ 145, para fabricar aviões ERJ 190. A demanda mundial por aviões comerciais de 30 a 120 assentos deve alcançar cerca de US$ 225 bilhões nos próximos 20 anos. O potencial total das vendas de aeronaves em 20 anos poderá atingir aproximadamente 7 mil unidades, incluindo 2.895 aviões nos próximos 10 anos e 3.980 no último semestre do período previsto.

A demanda será parcialmente conduzida pela substituição de aeronaves antigas que estão sendo aposentadas e pela adoção pelas companhias aéreas de novas tecnologias, como motores mais eficientes, em seus esforços para reduzir os custos operacionais.

Parceria entre Embraer e EADS não foi descartada

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