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28 julho 2009

Disputa faz viagem de avião ficar barata e o setor volta a crescer

Se o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva fizer a leitura correta do que está se passando no mercado brasileiro de aviação civil, certamente abandonará o viés estatizante e a política de aparelhamento que tem adotado nos setores da economia que operam por concessão. Comparado com outras atividades, especialmente as que não tiveram ajuda de desonerações fiscais – como a isenção de impostos para os automóveis –, o transporte aéreo de passageiros voltou a se aquecer. Ainda está longe de repetir o ritmo alucinante de expansão de 10% ao ano que tinha antes da eclosão da crise mundial, mas o setor superou, desde o fim de maio, a perda de receitas. Os menos otimistas já esperam fechar 2009 com 3% de crescimento do número de passageiros, em relação ao bom desempenho de 2008. É com esse índice que trabalha, por exemplo, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).

E não se trata de um fenômeno internacional. Pelo contrário, os últimos dados da Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata) indicam um decréscimo de 4% no número de passageiros no mercado aéreo mundial e uma perda de US$ 9 bilhões este ano. Essa diferença realça ainda mais o dinamismo que o mercado brasileiro retomou a partir de junho, deixando para trás uma queda acumulada de 1% no número de passageiros de janeiro a maio. Essa virada não foi de graça e é isso que deveria chamar a atenção do governo. É verdade que não se repetiram as cenas de caos de pessoas dormindo nos saguões à espera do voo do qual o pessoal das companhias aéreas e muito menos o da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) tinham notícia. Mas os aeroportos continuam os mesmos, com as deficiências de sempre. A renda dos turistas nacionais e o deslocamento dos executivos a trabalho também não tiveram avanços expressivos, se é que não houve perdas.

O que mudou foi pouca coisa. Mas foi fundamental. Tudo começou quando o governo, pressionado pelo vexame do caos aéreo e dos dois mais graves acidentes da aviação civil brasileira, trocou a direção da Anac e deixou que ela cumprisse seu papel. Apadrinhados políticos foram substituídos por executivos capacitados a compreender que as agências foram concebidas, dentro do processo de privatização de serviços públicos, como órgãos independentes para se situar entre o poder concedente (o governo) e o concessionário (as companhias aéreas). Foi o fim da proteção às grandes empresas e de antigas práticas de monopólio, que compensavam a perda de passageiros com o aumento das tarifas. Empresas médias passaram a ganhar fôlego para investir em mais aeronaves e já começam a oferecer preços atraentes. Era o que faltava: a concorrência saudável que favorece o consumidor com promoções criativas. É só começo, mas já dá bons motivos para acelerar a privatização dos aeroportos e levar a concorrência a todos os segmentos do setor. Será nada mais do que mudar o foco: não mais os deuses alados da aviação, mas sua excelência, o passageiro. Todos só têm a ganhar.

A vez é do passageiro

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Vitor Abdala

Rio de Janeiro - A autorização da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) para que as empresas aéreas deem descontos abaixo dos preços mínimos das passagens internacionais, estipulados por uma tabela, trouxeram descontos médios de 15% a 20% nas passagens mais baratas. A afirmação foi feita hoje (25) pela diretora-presidente da Anac, Solange Vieira, em entrevista à Agência Brasil.

A decisão de dar descontos graduais no preço mínimo a voos para a América do Norte, América Central, Europa, Ásia, África e Oceania foi tomada pela Anac em abril deste ano. A medida foi criticada pelo Sindicato Nacional das Empresas de Aviação (Snea) e pela TAM, que chegaram a entrar na Justiça para impedir sua adoção, alegando que isso beneficiaria as empresas estrangeiras e prejudicaria as companhias brasileiras.

Solange Vieira diz que, curiosamente, a TAM foi uma das empresas aéreas que concederam os maiores descontos nos primeiros meses da medida. Segundo ela, as tarifas que tiveram maiores reduções de preços foram para a França, Inglaterra e Estados Unidos.

A política de concessão de descontos previa a autorização da redução dos preços das passagens até 20% do valor da tabela da Anac, entre 23 de abril e 22 de julho deste ano. Desde a última quinta-feira (23), as empresas estão autorizadas a conceder descontos até 50%. Apesar disso, Solange Vieira diz que, nos últimos dias, não houve descontos, assim como não deverá haver nas próximas semanas, já que julho e agosto são períodos de alta temporada.

“A tendência é que os preços fiquem altos porque aumenta muito a demanda de voos. A gente deve poder observar como o mercado vai se comportar a partir de setembro, quando volta para a baixa temporada”, disse a presidente da agência.

Segundo a decisão da Anac, a partir de 23 de outubro, serão autorizados descontos de 80% nos preços tabelados. Em 23 de janeiro de 2010, a tabela de preços mínimos para passagens internacionais deixará de existir, sendo permitido às empresas a estipulação de qualquer valor para suas tarifas.

Redução das tarifas trouxe descontos de 15% a 20% nas passagens aéreas

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Ana Amélia Lemos

Varig 1

Pode sair em agosto uma solução para a indenização dos funcionários da Varig. Governo e empresa pediram a retirada do processo que tramita no STF para facilitar a solução do grave problema que envolve milhares de ex-funcionários da companhia aérea.

Varig 2

O assunto está na mão do advogado-geral da União, José Antonio Dias Toffoli. A ministra Dilma Rousseff pediu pressa nesse caso. Os senadores Paulo Paim (PT) e Sérgio Zambiasi (PTB), nesta semana, terão audiência com o titular da AGU para tratar desse processo.

Varig

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Obras, ainda sem data para começar, vão focar arquitetura do aeroporto, que é dos anos 50

Bruno Tavares e Vitor Hugo Brandalise – O Estado de São Paulo

Uma equipe de engenheiros e arquitetos começa no próximo mês a planejar uma ampla reforma no Aeroporto de Congonhas, na zona sul de São Paulo. Ao contrário da última grande intervenção, que entre 2004 e 2007 remodelou por completo o terminal de passageiros e ampliou as vagas de estacionamento para veículos, desta vez o foco será o patrimônio arquitetônico de Congonhas. As obras devem se concentrar no restauro do saguão principal, espécie de "sala de estar" do aeroporto inaugurado na década de 1930.

"Nossa ideia é promover uma harmonização entre cafés, restaurantes e as demais áreas de serviço do aeroporto com sua arquitetura original. Com a configuração atual, ela está ofuscada", disse João Márcio Jordão, diretor de Operações da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), estatal federal que administra 67 principais aeroportos do País.

O diretor tranquiliza quem considera lojas, cafés e restaurantes fundamentais no aeroporto.

"Temos o objetivo de resgatar o glamour de Congonhas e, ao mesmo tempo, oferecer mais conforto aos passageiros. Os serviços existentes não só permanecerão como serão até mesmo aprimorados."

O projeto inicial prevê o restauro da cúpula, do piso de cerâmica xadrez e dos pilares revestidos de pastilhas espalhados pelo saguão principal. "Queremos, de alguma forma, valorizar esses elementos tão importantes para a história do aeroporto", destacou Jordão.

Após a análise dos técnicos, a estatal deve lançar edital para a contratação de uma empresa especializada nesse tipo de reforma. "Essa intervenção requer um contrato diferente do que estamos acostumados. Esse trabalho não deve ser executado por empreiteiras. Isso é coisa para restauradores."

As obras devem contemplar ainda a expansão dos balcões de check-in das companhias. Com a chegada de novas empresas e o crescimento natural do mercado, eles já são insuficientes para absorver a demanda. Os planos iniciais são de avançar em direção ao Salão de Autoridades, a área reservada de embarque e desembarque que fica de frente para a Avenida Washington Luís. Os trabalhos ainda não têm data para começar, mas a Infraero adianta que pretende concluí-los para a Copa do Mundo de 2014.

MODIFICAÇÕES

Embora inaugurado oficialmente em abril de 1936, a estrutura atual do Aeroporto de Congonhas é resultado de construções executadas ao longo dos anos 1950, seguindo projeto elaborado pelo arquiteto Hernani do Val Penteado.

Maior alvo de modificações, o Terminal de Passageiros, inaugurado em 1955, sofreu ao menos quatro grandes intervenções no projeto original, todas ligadas à ampliação da oferta de serviços aos usuários e de adequação da infraestrutura do terminal.

As principais intervenções ocorreram em 1959, quando foi inaugurada a ala internacional do aeroporto (que funcionou até 1985); em 1981, quando a Infraero se tornou responsável pelo aeroporto; e, em 1990, quando o então Departamento de Aviação Civil (DAC) autorizou o pouso de jatos no aeroporto, aumentando o número de operações. Foi, a partir do início dos anos 1990, aliás, que lojas e caixas bancários passaram a tomar o lugar dos bancos, cadeiras e mesas do saguão.

Ainda assim, segundo o Departamento do Patrimônio Histórico (DPH), elementos internos – como pisos e revestimentos - e as escadas curvas com corrimãos de metal ainda mantêm características originais, "embora encobertos em muitos pontos".

Para a historiadora Giselle Beiguelman, autora do livro No Ar: 60 Anos do Aeroporto de Congonhas, a Infraero deveria tentar, com a reforma, recuperar parte da aura de "espaço de convívio" do aeroporto, adquirida nas décadas de 1950 e 1960. "Há mais espaço para publicidade e estandes do que mesas, cadeiras e bancos que possibilitem circulação e acomodação dos passageiros", avalia. "Áreas comerciais são necessárias, mas uma boa ideia seria tentar dar aos passageiros um pouco mais do que lojas e lanchonetes. Deve-se proporcionar conforto."

Congonhas vai restaurar piso, cúpula e pilares do saguão

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27 julho 2009

Virgínia Silveira, para o Valor, de São José dos Campos – Valor

A Embraer confirmou ontem, em Lisboa, o investimento de €148 milhões para erguer duas fábricas em Portugal, onde serão criados 570 postos de trabalho. As novas unidades industriais, classificadas pela Embraer como "centros de excelência", vão produzir estruturas metálicas usinadas e conjuntos em materiais compósitos, mas inicialmente, estarão dedicadas ao suporte logístico de jatos executivos, conforme comunicado divulgado.

Em entrevista à agência Lusa, o vice-presidente para o mercado de aviação executiva da Embraer, Luís Carlos Affonso, explicou que os primeiros modelos a serem atendidos pela unidade portuguesa serão os jatos Legacy 450 e Legacy 500, cujos lançamentos estão previstos para 2011.

O anúncio foi feito durante cerimônia de lançamento da pedra fundamental da unidade de materiais compósitos, da qual participou o primeiro-ministro de Portugal, José Sócrates e o presidente da empresa, Frederico Fleury Curado. As duas fábricas estão sendo instaladas na cidade de Évora, capital da região do Alentejo, onde o governo português pretende consolidar a implantação de um pólo aeronáutico nacional. O primeiro-ministro português afirmou que o novo centro de excelência da Embraer inaugura uma nova fase da indústria Aeronáutica em Portugal, evoluindo o país da manutenção para a fabricação de aviões.

Prevista para ser concluída até o fim de 2011, a unidade de compósitos terá 15 mil metros quadrados de área construída. A produção da fábrica de compósitos e de estruturas metálicas será vendida para as unidades da Embraer no Brasil.

A Embraer já está presente em Portugal desde 2004, quando adquiriu o controle da Ogma (Indústria Aeronáutica de Portugal), empresa de manutenção, reparo e produção localizada em Alverca.

A aquisição da Ogma foi feita em parceria com o Grupo europeu EADS. O objetivo da Embraer na Ogma foi expandir sua presença na Europa por meio de uma empresa reconhecida como líder mundial em manutenção e produção de componentes aeronáuticos.

A implantação de duas novas unidades em Évora, por sua vez, representa mais uma importante etapa estratégica do processo de crescimento e internacionalização da companhia. Portugal e a União Européia são considerados pela Embraer um dos maiores e mais importantes mercados para compra de equipamentos e insumos e a venda de aeronaves, atividades que serão beneficiadas com as novas operações da empresa.

Embraer anuncia fábricas em Portugal

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Ultraleve criado por Santos Dumont em 1909 inspira pesquisadores

Marcelo Gigliotti – Jornal do Brasil

Simuladores de voo on-line têm muito por aí, em qualquer loja de produtos de informática. Mas, certamente, o que foi desenvolvido por estudantes e alunos da PUC carioca daria uma enorme satisfação e sentido de reconhecimento daquele que é considerado o pai do aviação, o brasileiro Santos Dumont. Afinal, este pessoal da PUC usou como modelo para o programa a lendária aeronave Demoiselle 19, considerada o primeiro ultraleve da história e que decolou pela primeira vez em 1909, há redondos cem anos.

Plataforma

Os pesquisadores da PUC do Rio desenvolveram um experimento que reproduz por meio de computadores os movimentos que o Demoiselle faria se estivesse em voo. Para isso, uma réplica em escala da aeronave foi instalada sobre uma plataforma com seis braços mecânicos conectados ao aeromodelo.

Estes braços mecânicos, acionados por um programa de computador, movem a mini Demoiselle. Que, na verdade, nem é tão mini assim: sua envergadura é de um metro.

Na tela do computador que controla o voo, há também uma réplica virtual, pilotada, como nos videogames comuns, por um joystick. Ao simular manobras áereas no computador, o modelo tridimensional acompanha os movimentos.

– Na verdade, como está presa a uma plataforma mecânica, a réplica do Demoiselle tem movimentos mais restritos, mas reproduz as principais tendências do voo da aeronave – diz o idealizador do projeto, o professor do Departamento de Engenharia Mecânica da PUC-Rio, Mauro Speranza Neto.

O projeto usou como base o programa de simulador de voo chamado Real Flight.

– Mas o Demoiselle não era um dos modelos de aeronave do programa. Nós montamos o modelo virtual em cima de plantas originais de Santos Dumont pesquisadas na internet – comenta o professor.

A engenhoca, batizada oficialmente de "Simulador de Movimentos para Ensino e Aprendizado dos Fenômenos Relativos ao Voo de Aeronaves", ficou pronta há um ano.

– Usando o equipamento temos a sensação de estamos dentro da cabine do piloto, tal qual o próprio Santos Dumont – diz Speranza.

O projeto foi apresentado em eventos científicos e levado para mostras em escolas de ensino médio no Rio. Ele pode ser visitado no Laboratório de Controle e Automação da PUC.

– Trata-se de um equipamento mecatrônico por excelência, por envolver mecânica, eletrônica e computação – ensina o mestre.

A réplica do aeromodelo foi montada pelos estudantes Sergio Santiago Ribeiro, Ana Carolina Iglezias Lima Caldas, Guilherme Faria de Miranda e Pedro Bittencourt e Silva. Outro aluno da PUC, Allan Nogueira Neto, desenvolveu a parte dos controles mecânicos que fazem o aviãozinho se mover.

– Foi interessante trabalhar com o Demoiselle porque é mais fácil entender a mecânica de voo de aeronaves com mecanismos mais básicos – diz Allan, ele mesmo um apreciador de games que simulam voos ou corridas de carro.

O próximo projeto do professor Speranza é criar uma cadeira simuladora, na verdade uma cadeira de cabine de aeronave, que reproduziria o movimento de aviões em voo.

– Este tipo de projeto é fundamental para reforçar o aprendizado sobre a dinâmica não só do voo, como do movimento em geral, e formar pessoal capacitado para desenvolver equipamentos mecatrônicos – comenta o professor.

O Demoiselle 19 de verdade foi desenvolvido por Santos Dumont três anos após o histórico voo do 14-Bis. Foi a primeira aeronave produzida em série no mundo. Cem anos depois, ainda inspira voos mais ousados em direção ao conhecimento e à formação de novos inventores.

PUC-Rio cria simulador de voo do centenário Demoiselle

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22 julho 2009

Medida vai verificar frota, documentos e hangares da empresa, depois de incidente com avião que transportava a banda Skank

Luiz Ribeiro – Estado de Minas

A Agência Nacional de aviação Civil (Anac) anunciou ontem a abertura de uma auditoria de segurança operacional na empresa Líder aviação em função do acidente com um dos aviões da companhia, que transportava no domingo integrantes da banda Skank e perdeu uma das portas no ar, durante um voo de Capelinha, no Vale do Jequitinhonha, para o aeroporto da Pampulha, em Belo Horizonte. A auditoria deve ser iniciada ainda nesta semana. A agência informou que os auditores vão visitar as instalações e os hangares da Líder, a fim de avaliar uma série de procedimentos que devem ser seguidos para garantir a segurança nos voos, como o estado das aeronaves e a documentação legal.

A Anac revelou que esse tipo de inspeção é feita regularmente, em datas previamente estabelecidas. Mas, além das fiscalizações rotineiras, podem ser feitas vistorias inspecionais, depois da abertura de auditorias, em situações como a que envolveu o avião que transportava os integrantes do Skank. Os músicos viajavam num avião King Air C90, de prefixo PT-LSO. A Anac informou que a documentação do avião – e também do piloto e do copiloto – está legalizada e em dia. A aeronave passou pela última inspeção em 22 de maio, devendo ser submetida a nova vistoria em um ano. Ontem, a Líder aviação informou que está “totalmente à disposição da Anac para atender a todas as solicitações que forem requeridas”.

Em nota, a empresa informa que o avião King Air C90 “sofreu uma pane na porta de acesso ao avião durante o voo e que o piloto realizou um pouso de emergência em perfeita condição de segurança, sendo que tripulação e passageiros nada sofreram”. Esclareceu ainda que "a equipe técnica da empresa já está tomando todas as providências necessárias”.

A Banda Skank se apresentou durante a Festa do Capelinhense Ausente, sábado à noite, em Capelinha. Por volta das 11h de domingo, o avião da Líder decolou de uma pista particular de uma fazenda, a 35 quilômetros da área urbana, com os quatro integrantes da banda (Samuel Rosa, Henrique Portugal, Lelo Zanetti e Haroldo Ferretti), o empresário Fernando Furtado e um produtor, além do piloto e copiloto. Dez minutos depois da decolagem, a porta da aeronave se soltou. Apesar do susto, ninguém se feriu porque o piloto conseguiu retornar e fez um pouso de emergência na mesma pista.

Anac fará auditoria de segurança na Líder

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A Gazeta (AC)

Infraero e Governo do Acre preparam a reedição da parceria que deu origem ao Aeroporto de Cruzeiro do Sul. Desta vez, o convênio, a ser firmado nos próximos dias, se destinará à construção de um moderno terminal de cargas, espaço sem o qual não seria possível proceder ao alfandegamento das mercadorias que virão do território peruano e vice-versa.

“Nada temos a opor. Não há quaisquer restrições da parte da Infraero. O Aeroporto de Cruzeiro do Sul tem tráfego superdimensionado e está pronto para receber mais esta demanda”, afirmou Cleonilson Nicácio, brigadeiro do Ar e presidente da autarquia. A disposição do Estado em construir o terminal de cargas com recursos próprios foi anunciada pelo assessor especial da mesa-diretora da Aleac, Jair Santos.

O aval do brigadeiro atende a um apelo feito pessoalmente pelos deputados Perpétua Almeida, Gladson Cameli e Henrique Afonso, este último coordenador da bancada federal acreana, durante audiência ocorrida na tarde de ontem. O encontro é o penúltimo de uma bem sucedida série de audiências até então que, na prática, destravou as burocracias para garantir a integração aérea entre o Vale do Juruá e o Departamento de Ucayalli.

“Finalizamos mais uma etapa. E comemoramos os bons resultados. O sonho da integração está mais próximo”, festejou Perpétua Almeida. “Não há impasse. Todos, acreanos, brasileiros e peruanos, pensam iguais. E o governo caminha junto com todos”, disse Gladson Cameli. “Agora é esperar chegar a Expojuruá. Lá, teremos, de fato, uma sensação real de que está valendo a pena o esforço de todos”, afirmou Henrique Afonso.

Anuência dada

Anvisa, Ministério da Agricultura, Secretaria Nacional de Aviação Civil e Secretaria Na-cional da Receita Federal já assumiram compromissos para levar estruturas e pessoal à Expojuruá (dias 27, 28, 29 e 30 de agosto). Lá, haverá uma espécie de alfandegamento precário (provisório), em razão de um primeiro vôo cargueiros procedente de Pucalpa com destino a Cruzeiro do Sul. Será uma mostra aos visitantes da feira de como o intercâmbio comercial se dará na prática.

Um grupo de trabalho, com representantes de todos os órgãos, está sendo montado para, na próxima semana, construir um documento no qual será dada uma anuência geral para garantir a internacionalidade do aeroporto. Ou seja, baseado nas garantias dadas esta semana, o Governo Federal confirmará a destinação de fiscais e auditores (para alfandegar e inspecionar produtos).

Tarifa diferenciada

Cruzeiro do Sul e Pucallpa, regiões separadas entre si por apenas 130 quilômetros, são alvo de um planejamento que irá criar tarifas diferenciadas, a serem apresentadas em 30 dias. O estudo foi anunciado por um alto executivo do Ministério das Relação Exteriores, que aprova o estudo de viabilidade econômico-social apresentado em Pucalpa, há duas semanas, por empresários e políticos do Acre.

Anac: último passo

A última reunião da bancada parlamentar acreana sobre o tema está prevista para amanhã.

Serpa com a presidente da Anac, Solange Vieira, a quem cabe emitir o parecer de homologação definitivo do aeroporto de Cruzeiro do Sul. O lado brasileiro consome 800 toneladas de verduras e 400 toneladas de frutas todos os meses. A mercadoria chega ao Juruá de São Paulo e custam, em média, 70% mais caro que a oferta de preços do mercado peruano.

Infraero garante recuperação de aeroporto de Rio Branco

A construção da segunda pista do aeroporto Plácido de Castro, de Rio Branco, já está prevista no Orçamento e devidamente autorizada. A informação é do presidente da Infraero, brigadeiro-do-ar Cleonilson Silva, em resposta ao deputado Gladson Cameli, que pediu providências da Infraero em virtude das más condições da pista. A audiência, ontem em Brasília, contou com a participação de parte da bancada acreana na Câmara dos Deputados que foi tratar da consolidação do intercâmbio Pucalpa-Cruzeiro do Sul. Piloto aéreo particular, Gladson informou ao brigadeiro que a pista do aeroporto da Capital é motivo de reclamação e preocupação da maioria dos pilotos que ali operam.

O presidente da Infraero, por sua vez, informou ao deputado acreano que, num primeiro momento, a pista vai receber um tratamento emergencial. O objetivo é garantir a segurança e um mínimo de conforto aos passageiros dos aviões comerciais através de uma verdadeira operação tapaburacos, a fim de que a pista atenda as condições adequadas trafegabilidade. Em seguida, segundo o militar, haverá um recapea-mento da pista e das vias de taxeamento para garantir pouso e decolagem seguros, além de manobras e deslocamentos tranqüilos em terra. Para Gladsom, é a forma correta da Infraero responder às solicitações e exigências da população que efetivamente utiliza o transporte aéreo no Acre.

O deputado ouviu ainda do brigadeiro que assim que a Engenharia do Exército terminar as obras da recuperação da pista antiga do aeroporto Plácido de Castro, vai partir para a construção de uma segunda via. “É garantia efetiva da duplicação das operações do aeroporto em relação a cargas e passageiros”, disse o brigadeiro. O parlamentar acreano adiantou que há muito o Acre já merecia a recuperação do atual aeroporto, “que já não responde às exigências e necessidades de nossos dias”. De acordo com o deputado, o aeroporto Plácido de Castro, apesar de ter uma construção relativamente recente, não acompanhou as rápidas modificações e o próprio desenvolvimento regional, “que hoje exige um aeroporto modernizado e em sintonia com as demandas”.

Infraero abre caminho para integração aérea com o Peru

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Infraero testará aparelho que afugenta aves. No Galeão, choque de pássaro com Boeing assustou passageiros

Francisco Edson Alves – O Dia

O Aeroporto Internacional Antônio Carlos Jobim vai começar a testar em breve um equipamento eletrônico que simula predadores de aves, com o objetivo de prevenir colisões entre aviões e pássaros.

Ontem, o Galeão, que é recordista nesse tipo de registro no Brasil — cerca de 50 por ano —, passou por mais um susto.

As pistas ficaram fechadas por pelo menos cinco minutos, depois que um Boeing da Delta Air Lines (prefixo N190DN), que chegou às 7h25 de Atlanta (EUA) com 216 passageiros, atingiu uma ave durante o pouso. Ninguém ficou ferido, mas houve princípio de pânico, já que teria havido um estrondo.

“As pessoas ficaram assustadas, com medo de que a turbina se incendiasse”, afirmou um funcionário da companhia aérea, que preferiu não se identificar. A Delta confirmou que foram encontrados vestígios de penas e sangue “do que parecia ser um animal voador de pequeno porte” na lataria da aeronave. O Boeing passou por vistoria até o início da tarde.

A Infraero informou que o teste do equipamento, chamado Bird Strike Prevention System, no Galeão deve ocorrer neste semestre. O aparelho, de fabricação italiana, temo apelido de “espantalho dos ares”, já que é usado na agricultura para afugentar predadores de plantações. Já foi testado em Brasília, em Belo Horizonte e é usado na Europa e nos EUA. Ele pode emitir sons de predadores ou a ter um “pássaro radar”, caracterizado e manipulado por controle remoto.

As consequências do choque com aves dependem do peso do pássaro e a velocidade do avião.

Um urubu de 1,5 kg, por exemplo, pode resultar em impacto de sete toneladas ao colidir com aeronave a 300 km/h

Simulador de gavião para proteger avião

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Justin Baer, Financial Times, de Nova York

Novas medidas de redução de custos foram anunciadas por três das maiores empresas aéreas dos Estados Unidos, que cortarão mais empregos e rotas em meio a um dos piores declínios na demanda por viagens já vistos no setor.

A decisão da United Airlines, Southwest Airlines e Continental Airlines de reduzir custos para preservar seus caixas veio depois de as três empresas aéreas terem registrado forte queda na receita do segundo trimestre. A United informou que reduzirá a programação de voos internacionais em mais 7% nos quatro últimos meses do ano.

A Southwest, maior empresa aérea doméstica dos EUA, anunciou que 1,4 mil funcionários, ou 4% da força de trabalho, aceitaram cortes voluntários, enquanto a Continental eliminará 1,7 mil empregos. "Este é um setor resistente e somos uma companhia resistente", disse o principal executivo da United, Glenn Tilton, ontem. "Embora haja muita coisa fora do nosso controle - incluindo o estado da economia e o preço do petróleo -, estamos focados e agindo contra as coisas que podemos controlar."

A receita total com transporte aéreo de passageiros nos EUA caiu 26% em junho, oitavo mês seguido de queda, após as empresas terem reduzido o valor das passagens. Segundo a Associação de Transporte Aéreo (ATA), o preço médio para voar uma milha (1,6 km) caiu 21% em junho - dado pior do que o registrado após os atentados terroristas de 2001 nos EUA.

"Baseados na fraca demanda por viagens e na volatilidade do preço dos combustíveis, não podemos prever um terceiro trimestre rentável em 2009", disse o executivo-chefe da Southwest, Gary Kelly.

Tradução de Sabino Ahumada – Valor

Nos EUA, cortes em rotas e no emprego

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Paulo de Tarso Lyra, de Brasília – Valor

O presidente da Trip Linhas Aéreas, José Mário Caprioli dos Santos, pediu ontem ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva melhoria nas condições dos aeroportos do interior, redução do preço do querosene de aviação e equalização das condições do financiamento feito pelo BNDES às companhias regionais em relação às linhas internacionais. "No caso da compra dos aviões da Embraer, por exemplo, o financiamento para a aviação regional fica até cinco vezes mais caro do que os preços praticados nos modelos para exportação", reclamou Caprioli.

Em relação ao preço do querosene, ele disse que se tiver que abastecer no meio da Amazônia, por exemplo, "por uma questão de logística, pagarei duas vezes mais pelo querosene se comparado ao preço da bomba em São Paulo". Caprioli expôs a Lula os planos de ampliar as rotas feitas pela empresa, além de expandir a operação ao exterior. "Atualmente, cobrimos 73 cidades. Daqui a dois anos, queremos voar para cem", disse. Por enquanto, a aérea opera apenas no território brasileiro, embora seja a maior empresa de aviação regional da América do Sul, com 26 aeronaves e 1,6 mil funcionários.

"Mas planejamos fazer voos, por exemplo, de Cuiabá ou de Campo Grande para Santa Cruz de La Sierra (Bolívia)."

A Trip pretende saltar dos atuais 26 aviões para 60 aviões em 2013, sendo 25 deles da Embraer (o restante da frota é de aviões da francesa ATR). Neste ano, a Trip investiu US$ 30 milhões em capital de giro e outros US$ 200 milhões em financiamento para comprar aeronaves. A companhia também estuda abrir capital a partir de 2011.

Trip pede mudanças ao presidente Lula

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Marli Olmos – Valor

De São José dos Campos

Os presidentes da GM e da Chrysler ficaram com suas imagens arranhadas quando utilizaram jatinhos corporativos para viajar até Washington, onde deveriam explicar os motivos de precisarem de ajuda financeira do governo americano para salvar as duas empresas da falência. Mas no Brasil, o governo parece convencido de que a aviação executiva merece até uma linha de crédito do BNDES.

Nos próximos dias, a Embraer fará a entrega do primeiro jato executivo financiado com recursos do Finame. A negociação com o governo levou cerca de um ano. "Nossas vendas mostram que na maior parte das vezes o jato executivo não é um artigo de luxo; trata-se de uma ferramenta de trabalho", afirma o vice-presidente para a aviação executiva da Embraer, Luis Carlos Affonso.

Para confirmar a tese, o BNDES liberou a linha do Finame para jatos somente para pessoa jurídica. A direção da Embraer acredita que o crédito mais acessível deverá elevar as vendas no país.

Mesmo sem levar em conta eventual interesse dos brasileiros pela linha do banco, a companhia já estima para os próximos dez anos médias de crescimento anual de 6,6% na venda de jatos executivos na América Latina, o que representa um total de 770 aeronaves em um década.

Os modelos mais baratos, que custam cerca de US$ 3 milhões, representam 52% das vendas na América Latina - o dobro da média mundial. Mas os mais sofisticados podem passar de US$ 40 milhões e até US$ 60 milhões. A Embraer também começou a vender os jatos em reais e o valor leva em conta o câmbio da data do fechamento do negócio.

BNDES abre linha para jato executivo

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Companhia enfrenta problemas na linha de produção

Marli Olmos, de São José dos Campos – Valor

Problemas na linha de produção devem atrasar o plano de entrega do jato executivo Phenom para este ano. Na primeira metade de 2009, a Embraer só conseguiu entregar 19 das 110 unidades programadas para o ano. A demora vai levar a uma diminuição no valor da receita total da companhia prevista para 2009, de R$ 5,5 bilhões.

A estreia da linha Phenom, com o modelo 100, começou em 2008 com a venda para outros países. Um total de 20 aeronaves estão em operação no mundo. Em junho passado, começaram as entregas para o Brasil.

Mas o ritmo da linha de produção está mais lento do que a companhia planejava. A empresa não fornece detalhes dos problemas que estariam retardando a produção. Segundo o vice-presidente da área de aviação executiva, Luis Carlos Affonso, trata-se de uma questão circunstancial. Ele diz que a empresa já começou a acelerar a linha, mas vai, assim mesmo, avaliar o ritmo no terceiro trimestre. "Se não conseguirmos chegar a um total de 65 a 70 aeronaves até lá, poderemos perder alguns aviões este ano", diz.

Perder o avião significa faturar menos este ano, postergando para 2010 entregas que a companhia previa fazer em 2009. Affonso lembra que o Phenom 100 é o chamado "modelo de entrada", o que significa que seu valor é menor do que o de outros jatos. "Por isso, o impacto de eventual adiamento na receita total não será muito grande."

O Phenom 100 custa US$ 3,65 milhões (para certificação no Brasil). O valor varia ligeiramente quando vendido atendendo às certificações dos Estados Unidos e Europa. A empresa tem mais de 800 pedidos firmes dos jatos Phenom 100 e Phenom 300. Mais de 100 são da América Latina, 70% dos quais são do Brasil. O Phenom 100 representa dois terços das encomendas. O modelo 300 está em fase de certificação, com previsão de início de entrega no fim do ano. Isso significa que a chegada do modelo 300 na mesma linha de produção pode agravar os atuais problemas de atraso na produção.

Foi justamente na linha do Phenom que a Embraer instalou, na fábrica de São José dos Campos (SP), o seu programa de manufatura enxuta, o chamado "lean", parecido com o adotado na indústria automobilística. Diferente do modelo de produção aeronáutico clássico, mais artesanal, a Embraer pretendia operar sem estoques, o que elevaria a produtividade e competitividade. O sistema prevê até o uso de robô para a furação das asas.

No Brasil, dos três primeiros clientes que receberam o Phenom 100, dois farão uso corporativo. A Embraer vem apostando no aumento da demanda por jatos executivos para uso corporativo em todo o mundo. Segundo as projeções da companhia, o volume de entregas desses jatos aumentará a partir de 2012, com a recuperação econômica.

O crescimento da demanda vai se concentrar nos países emergentes, segundo prevê a direção da companhia. Isso abrirá espaço para os jatos executivos do chamado segmento de entrada, que são mais baratos. É nessa categoria que entra o Phenom 100.

A Embraer estima a entrega de 10,9 mil jatos executivos por toda a indústria no mundo nos próximos dez anos, o que resultaria num total de US$ 188 bilhões. Os números estão abaixo das previsões do início do ano. Em novembro, quando o mundo já vivia a crise, a empresa previa um total de 11,8 mil jatos executivos, com US$ 204 bilhões, para o mesmo período de dez anos. A Embraer pretende ter pelo menos 10% a 15% desse mercado.

A crise levou a cancelamentos e pedidos de adiamento de entregas também na aviação executiva. Mas a direção da Embraer conta com a retomada . "Passada essa fase, veremos que nos próximos dez anos as vendas serão melhores do que nos dez anos passados", afirma Affonso.

Na distribuição das vendas de 10,9 mil jatos por todos os fabricantes mundiais, a direção da Embraer prevê crescimento apenas na América Latina e Ásia/Pacífico. Já para a América do Norte e Europa, a companhia brasileira prevê retração anual de 0,3% e de 0,8%, respectivamente. Ainda assim, a região de América do Norte e Caribe continuará comprando a metade dos jatos executivos vendidos em todo o mundo.

Embraer prevê atraso na entrega do Phenom

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Quem está pensando em viajar de avião terá boas notícias em breve

Jornal de Brasília

As companhias aéreas brasileiras vão acirrar a competição nos preços promocionais nas passagens no segundo semestre por causa do descasamento entre a oferta de assentos e o fluxo de passageiros efetivamente transportados em voos nacionais de janeiro a junho. A avaliação é do Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (Snea), que concluiu uma análise setorial do primeiro semestre de 2009. Nesse período, a oferta de assentos nos aviões acumulou alta de 10,2%, enquanto a demanda subiu apenas 3,2%, na comparação com igual período do ano passado.

O resultado do desequilíbrio entre oferta e demanda foi uma acentuada queda, de 4,29 pontos porcentuais, na taxa de ocupação das aeronaves no primeiro semestre deste ano (63,15%) em relação ao mesmo período do ano passado (67,44%). "Baratear os preços é, geralmente, o recurso que as empresas com excesso de oferta usam na tentativa de estimular a demanda ou atrair passageiros dos concorrentes", afirma o consultor do Snea, Ricardo Gondim. O diretor-técnico do sindicato, Ronaldo Jenkins, concorda que o descasamento entre oferta e demanda vai gerar uma maior concorrência tarifária, mas lembra que isso será ruim para os resultados financeiros das companhias aéreas.

"Pode haver uma maior competição de preços, mas até um determinado limite. Algumas empresas no mundo estão optando por parar avião, mesmo pagando o leasing, porque está voando com uma rentabilidade muito baixa, que não paga o custo", diz Jenkins.

Expansão da Frota

Os dois especialistas em aviação lembram que um dos principais motivos que levou à queda na taxa de ocupação dos aviões no primeiro semestre foi o fato de as empresas manterem seus planos de expansão de frota. A demanda por voos nacionais não acompanhou o aumento da oferta de assentos. E lembram que o resultado só não foi pior por causa dos preços. "O mercado doméstico está com um comportamento não tão ruim quanto se esperava, justamente por causa das promoções", diz Gondim.

Nos voos internacionais operados por companhias brasileiras, o Snea vê com preocupação o aumento da incidência de casos da nova gripe no País e no resto do mundo, especialmente na América do Sul, aliada à crise mundial, que reduziu as viagens de lazer e de negócios. Os voos ao exterior acumulam queda de 5,5% no primeiro semestre, em relação ao mesmo período do ano passado. A oferta de assentos, por sua vez, recuou 3% na mesma base de comparação.

Gripe

"O transporte aéreo internacional sentiu mais ainda a crise. Além do mais, a nova gripe é uma dificuldade adicional, pois muita gente deixou de viajar ao Cone Sul. Para nós, infelizmente, a liberdade tarifária fez com que a empresa nacional não tenha condição de competir com as empresas do exterior", afirma Jenkins, se referindo à liberdade tarifária em voos internacionais em implementação pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). Ainda de acordo com a Anac, no acumulado do ano, o aumento foi de 3,23%. A taxa de ocupação nos voos domésticos recuou de 66,9% em junho de 2008 para 65,44% em junho de 2009. Entre janeiro e junho, o indicador atingiu 63,15%, também inferior aos 67,44% de período correspondente de 2008.

As companhias aéreas brasileiras registraram alta de 2,59% no fluxo de passageiros transportados ao exterior em junho, na comparação com o mesmo período do ano passado. A oferta de assentos, por sua vez, aumentou 7,31% na mesma base de comparação.

SAIBA +

A expansão de 3,2% na demanda por vôos nacionais no primeiro semestre de 2009 representa um terçodo ritmo de crescimento registrado no mesmo período de 2008, de 10, 8%.

Segundo a Anac, a Gol/Varig se manteve na segunda posição do mercado em junho ao responder por 42,19% da demanda por voos nacionais.

A TAM liderou o mercado doméstico de aviação no mês passado, com 44,77% do fluxo de passageiros transportados. No mercado internacional, a fatia da Gol ficou em 13,21%% no mês passado, enquanto da TAM liderou com 86,67% dos passageiros transportados.

Está sobrando lugar

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FÁBIO AMATO

DA AGÊNCIA FOLHA, EM SÃO JOSÉ DOS CAMPOS

A Embraer voltou a revisar para baixo a sua estimativa para o tamanho do mercado mundial de aviação executiva nos próximos dez anos. O motivo foi o impacto da crise global no setor -que, segundo o vice-presidente da Embraer para o mercado de aviação executiva, Luís Carlos Affonso, é maior do que esperavam os fabricantes.

Entre 2009 e 2018, prevê a Embraer, devem ser entregues, no mundo, 10.990 jatos executivos - cerca de US$ 188 bilhões (R$ 357 bilhões) em negócios. A estimativa anterior para o período, divulgada em novembro, dimensionava o mercado em 11.880 aeronaves e US$ 204 bilhões (R$ 387 bilhões).

"A indústria acreditava que o backlog [encomendas firmes acumuladas pelas fabricantes] sustentaria um nível de entregas mais alto. Mas o número de postergações de entregas de jatos e cancelamentos de pedidos foi superior ao que a gente esperava", disse Affonso.

Na previsão divulgada há um ano, a Embraer apontava um mercado de 13.150 jatos executivos entregues para o período entre 2008 e 2017. De acordo com Affonso, a recuperação do nível de entregas só deve acontecer a partir de 2012.

Embraer revê projeção e estima piora do mercado de aeronaves

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