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19 julho 2010

Fabiano Costa - Zero Hora

Medidas urgentes precisam ser tomadas para passageiros não voltarem a conviver com transtornos que marcaram caos aéreo. Sem modal ferroviário e com rodovias esgotadas, o transporte aéreo ganhará importância na Copa do Mundo de 2014 no Brasil.

Campeonato mundial em país de dimensão continental só houve há 16 anos, nos Estados Unidos, quando jogadores e torcedores atravessaram o território americano para acompanhar jogos de seus países. Para 2014, a Fifa já anunciou que pretende concentrar os grupos de seleções em quatro regiões do Brasil para evitar voos acima de duas horas de duração.

Especialistas recomendam medidas urgentes nos aeroportos para o caos aéreo não voltar a transtornar a vida de passageiros. Apesar de a Infraero, estatal responsável pelos aeroportos localizados nas 12 cidades-sedes, prometer investir R$ 6,48 bilhões em modernizações, especialistas em transporte aéreo projetam dificuldades para a estrutura aeroportuária atender ao aumento de demanda do país, quanto mais um evento de escala mundial.

– A Infraero anunciou investimento na parte física, mas não prevê nada em tecnologia – alerta Respicio Espirito Santo Jr., professor de transporte aéreo da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), referindo-se a softwares que controlam bagagem ou que definem em que ponte de desembarque cada avião deve estacionar.

O especialista critica a falta de planejamento da estatal ao somente dar a largada nos investimentos motivada por "dois eventos de escala planetária" – a Copa de 2014 e a Olimpíada de 2016, no Rio de Janeiro:

– Falta preocupação com o nível de serviço, de conforto para o passageiro e de eficiência nos terminais.

Procurada, a Infraero informou que o único executivo credenciado para dar informações sobre os investimentos é o diretor de Engenharia e Meio Ambiente, Jaime Henrique Caldas Parreira, que estava em viagem ao Exterior.

O presidente do Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (Snea), José Márcio Mollo, diz que "não compartilha do otimismo das autoridades" em relação ao andamento de ampliações de terminais e melhorias nos sistemas de pista:

– Não dá tempo de reformar os aeroportos.

Conforme Mollo, a construção de um terminal consome pelo menos cinco anos. O terceiro terminal de passageiros de Guarulhos, em São Paulo, por exemplo, recém teve homologada a licitação para a elaboração dos projetos de engenharia. O principal aeroporto do país é o mais caótico. Filas costumam se formar nos check-in e nas esteiras de raio X. Nas manhãs de nevoeiro, os equipamentos de navegação, defasados, deixam a pista fechada. A Infraero promete melhorar a estrutura para possibilitar pousos e decolagens mesmo nos dias de denso nevoeiro.

É importante desafogar os aeroportos paulistas porque problemas na operação causam um efeito dominó no país. E não é apenas Guarulhos que está com o cronograma atrasado.

Uma das soluções apontadas pela Infraero para aliviar as operações em horários de pico seria a redistribuição de voos. Conforme a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Congonhas, Guarulhos e Santos Dumont (RJ) têm capacidade limitada para voos nos horários de pico, embora comportem novas operações nos demais períodos.

– Não adianta distribuir voos para horários menos movimentados, porque a maior parte das viagens são a negócio no país – diz Elton Fernandes, professor de produção e transporte da UFRJ.

Entre as cidades-sede da Copa de 2014, apenas Natal terá um novo aeroporto. O primeiro módulo do terminal de São Gonçalo do Amarante deverá ficar pronto em 2013.

Em Brasília, filas seguem para fora do terminal

Um dos dois principais pontos de conexão para outras regiões do país, o aeroporto Juscelino Kubitschek, em Brasília, dá sinais de esgotamento. O terminal tem problemas crônicos de estrutura, tanto na área de circulação de aeronaves quanto no fluxo de passageiros. Nos horários de maior movimento, as filas tomam conta de todos os espaços, chegando a ficar do lado de fora do terminal. 

Não é por menos. Com capacidade para 10 milhões de passageiros, o terminal da capital federal recebeu 12,2 milhões de pessoas em 2009.

– O movimento cresceu e a capacidade do aeroporto ficou para trás. O maior gargalo é o fluxo de tratamento de passageiros – alerta Adir Silva, professor do Centro Interdisciplinar de Estudos em Transportes da Universidade de Brasília.

No aeroporto de Confins, em Belo Horizonte, também há aglomerações de viajantes em determinados horários. Por isso, a Infraero pretende modernizar o terminal de passageiros.

Próximo a Curitiba, o aeroporto Afonso Pena, em São José dos Pinhais, encontra-se no limite da capacidade. A construção da terceira pista se arrasta desde 1999. Situado em área de formação de nevoeiros, seria necessária a instalação do ILS-3 (equipamento que permite a operações mesmo em condições climáticas adversas).

Prazo apertado para as obras

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Marcelo Flach - Zero Hora

Se projetos de ampliação forem tímidos, 2012 pode marcar a estagnação dos terminais Definido há três anos como país-sede da Copa do Mundo de 2014, o Brasil ainda não fez nenhum grande investimento para modernizar os aeroportos considerados cruciais pelo fato de o mundial ser realizado em um país de dimensão continental.

Com os terminais no rumo da saturação, as obras já anunciadas, mas ainda no papel, precisam ser feitas, e logo, para o Brasil não reviver o caos aéreo de anos passados, com tumultos em check-in, filas na inspeção de raio X e demoras além da conta para pegar a bagagem na esteira.

A urgência nas reformas e ampliações não está relacionada apenas com a Copa do Mundo, mas também à necessidade de dar conta do avanço do mercado de aviação. As viagens aéreas cresceram no ritmo de 10% ao ano entre 2003 e 2008. No início de 2010, chegou a 20%. Para atender à demanda crescente, as companhias aéreas lançam novas rotas – movimento que vem sendo freado exatamente pela falta de infraestrutura aeroportuária no país.

Se o que foi feito se resumir a maquiagens aqui e ali, especialistas já apontam 2012 como o ano da estagnação completa dos aeroportos – dois anos antes da chegada de torcedores, imprensa e das seleções. A realização da Copa do Mundo deve acrescentar 10,3% de passageiros no movimento projetado de 158 milhões de pessoas para 2014.

Além da circulação de aviões de carreira e de fretamentos para a Copa, é preciso lembrar o que ocorreu na África do Sul, com o espaço aéreo e terminais sendo invadidos por uma frota de jatos particulares durante a realização do recente mundial.

Se a Infraero e o governo federal já reservaram R$ 6,48 bilhões para investimentos, o problema agora chama-se prazo, já que as obras são complexas e demoradas. Para escanear o estágio de saturação dos aeroportos, repórteres de Zero Hora estiveram em três terminais. A sucursal em Brasília verificou as condições do aeroporto JK, na capital federal. A reportagem também teve parceria dos jornais A Crítica (Manaus), Diário de Natal (Natal), Folha do Estado (Cuiabá), Folha de Pernambuco (Recife), Gazeta do Povo (Curitiba) e O Povo (Fortaleza). O sobrevoo pelos aeroportos do país começa na página central.

Aeroportos no limite

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O Estado de SP

Uma pessoa morreu e duas ficaram feridas anteontem após o piloto de um helicóptero fazer pouso forçado num canavial em Novo Horizonte (SP). O piloto e o dono do helicóptero conseguiram se salvar. Luciano do Amaral Ribas, de 28 anos, filho do proprietário da aeronave, morreu carbonizado.

Acidente de helicóptero mata um e fere dois

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Barbara S. Peterson The New York Times

Em um voo de Newark, Nova Jersey, com destino a Costa Oeste pouco tempo atrás, Jeff Jarvis, autor do livro What would Google do? (O que o Google faria?) começou a conversar com um passageiro sobre o seu trabalho. Entretanto, não foi um conversa cara a cara. Ao contrário, começou com uma troca de mensagens no Twitter no portão de embarque.

Quando o avião aterrissou, lembra Jarvis, a conversa prosseguiu. "Era como se alguém o reconhecesse e viesse até você para falar 'oi' no voo", conta.

Jarvis diz que isso o fez lembrar os dias em que passageiros podiam socializar nas poltronas da aeronave, "só que agora está acontecendo digitalmente." Telefones móveis e laptops não são mais ferramentas para manter contato só com o escritório e a casa. Como Jarvis confirma, um número crescente de pessoas está usando aparelhos móveis para criar uma comunidade informal de passageiros em aeroportos e voos. Linhas áreas e provedores de mídia social estão se unindo para atender às demandas.

As linhas aéreas estão reforçando presença em canais de redes, e grupos de passageiros como o FlyerTalk.com criaram novos aplicativos que permitem que os membros se encontrem durante a viagem.

Aqueles que viajam a negócios podem usar os serviços para compartilhar táxis até o aeroporto, trocar dicas ou localizar os colegas na mesma cidade. Como Jarvis apontou, "encontrar uma pessoa com as mesmas ideias que você para viajar junto diminui as chances de nos prender ao lado de um palhaço tagarela" em uma viagem longa.

A crescente disponibilidade de Wi-Fi em aeroportos e aviões possibilitou a troca de informações nas viagens. Uma pesquisa em 84 dos maiores aeroportos do mundo pelo Conselho Internacional dos Aeroportos no início do ano concluiu que 96% ofereciam conexão Wi-Fi, e 73% apresentavam conexão nos terminais. Cerca de 45% ofereciam o serviço de modo gratuito; o resto cobra uma média de US$ 8 a hora.

Mais de 10 linhas aéreas na América do Norte, incluindo American, Delta e Southwest, estão instalando redes nos aviões para o acesso à internet, e importantes linhas aéreas estrangeiras como a Lufthansa estão introduzindo uma nova tecnologia que permitirá que os clientes se conectem em voos transoceânicos. Ligações ainda são proibidas na maioria dos voos, embora muitas linhas aéreas, incluindo a Emirates, estão fazendo testes em viagens mais curtas.

Até 1.200 linhas aéreas comerciais nos Estados Unidos terão Wi-Fi disponível até o final do ano, de acordo com Chris Babb, gerente de produto de entretenimento em voos da Delta Air Lines. 

– É um mundo bem diferente se comparado a um ano atrás – conta, lembrando que em um voo recente trocou e-mails com alguns colegas passageiros.

E a Virgin America, que instalou acesso à internet em toda a frota de 28 aviões, diz que metade dos passageiros trazia laptops e de 17% a 20% ficavam on-line em qualquer momento.

Em voos longos, quase um terço dos passageiros fica conectado. A maioria das linhas áreas cobra uma taxa pelo serviço, de US$ 5 a US$ 13.

Alguns passageiros podem lamentar a perda do último refúgio devido a invasões aos e-mails.

Mas os benefícios de estar conectado se tornaram claros alguns meses atrás durante a erupção do vulcão islandês que cancelou milhares de voos europeus. Facebook e Twitter criaram sites para turistas desamparados, que trocavam ideias e ofereciam viagens a terminais ferroviários, e o Twitter tinha sua própria corrente de tópicos.

Tradução: Maíra Mello - Jornal do Brasil

Redes sociais chegam aos voos

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Marcelo Ambrosio - Jornal do Brasil

No dia 16 de junho, passageiros do voo 3717, procedente de Brasília, tomaram um enorme susto quando chegavam a São Paulo. Já em procedimento de pouso, na terminal do Aeroporto de Congonhas, o jato subitamente deu uma violenta guinada, tão forte que arremessou uma das comissárias que fazia os preparativos normais, como checar cintos de segurança sobre uma fileira de assentos. No interfone, o comandante explicou que tinha sido forçado a fazer uma manobra evasiva, já que o radar acusou outra aeronave próxima.

O que ninguém soube, até hoje, é que o Airbus A320 e um turboélice Bandeirante estiveram o mais perto de se chocarem no ar e repetirem a tragédia do voo 1907, abatido por um Legacy da empresa americana Excel Aire que voava sem transponder e na rota errada sobre Mato Grosso. No momento em que o alarme no cockpit soou em Resolution Advisory colisão iminente o comandante do Airbus teve em torno de 15 segundos para evitar o desastre. Pior: segundo uma fonte ligada à area de segurança de voo, pelo menos 23 incidentes desse tipo mas não com tamanha gravidade foram registrados no espaço aéreo de São Paulo de janeiro a junho.

O episódio está sob investigação pelo Cenipa, órgão da Aeronáutica encarregado de elucidar acidentes ou, como nesse caso, incidentes de extrema gravidade. No site da FAB, um despacho lacônico de duas linhas confirma o ocorrido e informa que os dados de ambos os voos estão sendo avaliados para que se apurem responsabilidades.

Saturação

Quem conhece um mínimo de aviação estranha que um acontecimento com tal gravidade esteja sendo tratado de forma muito reservada, sobretudo por por ter ocorrido em um espaço aéreo criticamente saturado, no qual todos os movimentos são acompanhados, pelo menos em tese, de forma muito rigorosa.

Houve um erro grave, e que mostra que a situação do espaço aéreo de São Paulo é muito preocupante. Como toda a área é monitorada por vetoração radar, jamais uma aeronave poderia entrar em rota de colisão com outra ali sem que alguém estivesse acompanhando de perto afirma um experiente comandante, com muitas horas de voo.

Para ele, a militarização excessiva do controle de tráfego aéreo que na maioria dos países é uma atribuição de civis faz com que problemas com a doutrina de gerenciamento acabem longe do conhecimento da sociedade.

De acordo com fontes de empresas e ligadas à aviação comercial, o quase choque ocorreu principalmente pelo fato de o Bandeirante, que havia decolado de Guarulhos, ter sido orientado a fazer uma curva à direita e, por razões que ainda são desconhecidas, ter feito a operação muito mais aberta que o necessário. Há, ali, duas rotas, Congonhas 1 e Congonhas 2, e por conta disso, aparentemente o turboélice entrou em uma delas sem se dar conta.

Girar à direita na saída é comum, o que não foi comum foi aquele avião estar naquela posição depois de ter feito a manobra completa o piloto.

Como ambas as aeronaves estavam com o transponder (radar de localização) e o TCAS (Traffic Collision Avoidance System) operando perfeitamente, o sistema dos dois lados detectou a aproximação perigosa.

O TCAS do TAM deu o alarme quando a separação vertical já era de 600 pés, algo em torno de 200 metros. Isso é crítico acrescenta o piloto. Como um avião descia, e o outro estava subindo, a colisão, se não fosse evitada, seria certa.

Incidente ocorreu a 18 km de Congonhas

A manobra brusca realizada no cockpit do voo 3717 foi, na verdade, um ato de perícia. Isso porque o TCAS possui níveis de alerta variados e um, o máximo, que é o Resolution Advisory (RA). 

Esta é a última instância para o piloto agir, confirma outro comandante. Neste caso, o alarme não foi precedido de qualquer outro aviso prévio, e assim, o comandante, que acompanhava os procedimentos de aproximação executados pelo computador, foi forçado a assumir o manche e manobrar em um curtíssimo espaço de tempo. Mérito do treinamento em simulador, no qual esse tipo de rotina é frequente.

Se tivesse acontecido, o choque entre as duas aeronaves causaria quase tantas mortes quanto a do voo 1907, já que o Airbus levava 177 passageiros e seis tripulantes e ainda havia os que estavam no Bandeirante (cuja capacidade é de 19 mais a tripulação de três pessoas).

O desastre teria ocorrido, pelos cálculos que fizemos, a mais ou menos 18 quilômetros da cabeceira Romeu 17 (R17), na qual a parte final é feita sobre as Marginais Pinheiros e Tietê e sobre o Shopping Ibirapuera afirma o piloto, confirmando que o assunto virou tema de conversas entre os profissionais do cockpit.

A tragédia evitada por segundos

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Daniel Michaels, The Wall Street Journal, de Londres

A indústria aeropacial mundial se reúne hoje na maior feira anual do setor num momento em que os fabricantes de aviões estão supreendemente otimistas, apesar das incertezas econômicas. 

Um grande motivo é que as empresas que arrendam aviões para terceiros voltaram a comprar e várias grandes encomendas de leasing são esperadas no Salão Aerospacial Internacional de Farnborough, realizado nos arredores de Londres.

No mundo todo, as companhias aéreas estão saindo da pior crise em décadas, elevando a demanda por aviões. Investidores e instituições financeiras começaram a despejar bilhões de dólares em novos arrendadores, enquanto bancos e gestores de recursos estão voltando a financiar compras de aviões.

Uma das maiores novas empresas - a Air Lease Corp., recentemente criada pelo pioneiro do leasing de aviões Steven Udvar-Hazy com US$ 3,3 bilhões em capital novo - vai anunciar na feira encomendas com a Airbus e a Boeing Co. de mais de cem jatos, com valor de catálogo de cerca de US$ 7,5 bilhões, de acordo com pessoas a par do assunto.

A Air Lease já fechou acordo para comprar 60 jatos comerciais de outras empresas de leasing e companhias aéreas, disse Hazy, que se recusou a comentar os novos pedidos.

A maior empresa de leasing de aviões do mundo, a GE Capital Aviation Services, da General Electric Co., também deve fazer uma grande encomenda à Boeing e à Airbus, disseram pessoas familiarizadas com os negócios. Um porta-voz da GE não comentou.

"Acho que você vai ver muitas encomendas de leasing neste salão aeroespacial", disse o diretor operacional para clientes da Airbus, John Leahy.

A Emirates Airline, de Dubai, uma aérea relativamente forte, vai encomendar mais de 30 jatos 777 da Boeing, com valor de catálago de mais de US$ 7 bilhões, segundo pessoas a par do negócio. Um representante da Emirates se recusou a comentar.

Mas para companhias aéreas com crédito mais limitado a volta da liquidez é crucial para a compra de novos aviões. Entre os que estão ganhando com a retomada estão os passageiros, que passam a voar em aviões novos e mais seguros, e as companhias aéreas, que reduzem os gastos com combustíveis graças a equipamentos mais modernos. Entre os perdedores estão os donos de aviões mais antigos, cujos valores estão caindo mais rápido que o normal por causa da chegada de novos modelos.

Por trás da virada está uma lição da recessão: jatos comerciais podem ser investimentos relativamente seguros - mesmo quando as companhias que os utilizam estão com dificuldades. Isso porque a maioria dos novos aviões pode ser trocada de mãos rapidamente entre os clientes, caso um não pague as contas.

"Você consegue financiamento para aviões porque eles produzem bom fluxo de caixa", disse Robert Martin, presidente da BOC Aviation, uma unidade do Banco da China e um dos maiores arrendadores de aviões do mundo. "E diferentemente de outros investimentos - como prédios - você pode mover um avião."

As empresas de leasing são donas de cerca de um terço de toda a frota de aviões comerciais, ante 23% em 1990, de acordo com a Ascend Ltd., um firma de consultoria de aviação de Londres. 

Executivos do setor esperam que essa participação chegue a 40% em poucos anos. A mudança ajudou a Boeing e a European Aeronautic Defense and Space Co., controladora da Airbus, a passar pela recente recessão sem cortar a produção. A estabilidade também protegeu milhares de empregos bem pagos na Europa e nos Estados Unidos.

O otimismo na Airbus, Boeing e seus fornecedores é particularmente notável porque várias áreas da indústria aeroespacial se deparam com perspectivas mais sombrias. Empresas contratadas pelo setor de defesa esperam cortes dolorosos, uma vez que os governos estão encolhendo os orçamentos militares para reduzir os déficits. Fabricantes de jatos executivos e helicópteros ainda estão sentindo os efeitos negativos da crise financeira.

A demanda por aviões comerciais vem de diversos fatores, entre eles a expansão mundial das empresas aéreas que vendem passagens mais baratas e o crescimento do tráfego aéreo em mercados efervecentes como Brasil, China, Índia e o Oriente Médio.

Representantes do setor admitem que as perpectivas para o negócio aéreo podem ser golpeadas por um novo choque global. Mas depois de enfrentar dois anos de alta dos preços dos combustíveis, reviravolta financeira, terrorismo e uma enorme erupção vulcânica, os representantes do setor dizem que estão melhor preparados que antes para lidar com turbulências.

Demanda cresce e dá impulso aos fabricantes de aviões

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Companhias aéreas intensificam parcerias para encurtar as distâncias entre brasileiros e africanos. Tendência é de que os negócios avancem

Fernando Braga - Correio Braziliense

As oportunidades abertas num continente redescoberto pelo mundo neste ano por causa da Copa do Mundo têm chamado a atenção de quem vê na região boas possibilidades para fazer negócios. Com isso, as portas que unem o Brasil aos países do continente se abrem cada vez mais. Atualmente, duas empresas estrangeiras, South African Airways e Angola Airlines, oferecem voos regulares e sem escala para Johannesburgo e Luanda, respectivamente. Porém, a lista pode aumentar. A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) acaba de firmar um acordo bilateral com a Etiópia para operar voos diretos ligando os dois países. Dessa maneira, o trajeto está aberto para que as companhias que mostrarem interesse em operar, como a Ethiopian Airlines, que voa para 59 destinos internacionais, cheguem ao Brasil.

"O crescente volume de investimentos e comércio é uma mostra da presença brasileira na África, que precisa ser acompanhada de maior conectividade", ressalta a diretora presidente da Anac, Solange Paiva Vieira. De olho na ampliação de destinos para o continente, a agência também renegociou acordos com países como Gana, Nigéria, Moçambique, Egito e Marrocos. Tudo em nome da visibilidade que a região vem alcançando para a realização de novos negócios.

De olho nesse mercado, empresários como Eduardo Moraes, diretor da Latinex, empresa que exporta alimentos industrializados para 10 países do continente, embarcam na ponte-aérea Brasil-África com cada vez com mais regularidade. "Hoje, a região é o nosso principal mercado, sendo responsável por aproximadamente 30% do faturamento. Então tenho que viajar pelo menos duas vezes por ano para visitar clientes e tentar novos parceiros", conta.

A companhia South Africa Airways (SAA), que opera no país há 41 anos, anunciou, recentemente, que ampliou de sete para 11 o número de voos semanais que partem do aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, para a cidade de Johannesburgo, na África do Sul. É na cidade sul-africana que a empresa tem o seu centro de operações (hub(1)), que liga os voos da companhia que partem do Brasil para outros destinos da África e da Ásia. "A ampliação da frequência de voos é uma demonstração clara de como essa rota está aquecida", diz a superintendente de marketing da SAA, Flávia Romani.

Para ela, a realização da Copa do Mundo trouxe mais visibilidade e serviu para ampliar as informações que os brasileiros tinham do continente. "Antes, a África era considerada exótica e até elitista. Mas agora, com a exposição positiva que o mundial de futebol trouxe, a região se mostrou extremamente organizada, com boas oportunidades de investimento e com um povo alegre e receptivo", explica. "Além das belezas naturais, o continente também tem cidades agradáveis e inúmeras opções para o turismo e negócios", afirma Flávia.

Conexões

As parcerias firmadas entre as diferentes operadoras aéreas também têm se mostrado fundamentais para aumentar o número de clientes que viajam dentro do continente. Utilizando esses sistemas, empresas como a alemã Lufthansa, a inglesa British Airways, a lusa TAP Portugal, a francesa Air France e a norte-americana Delta levam passageiros brasileiros para a África, por meio de conexões em cidades europeias. "As alianças são muito importantes, já que elas possibilitam aumentar a exposição e a distribuição da presença das empresas em outros países", comenta a superintendente de marketing da SAA.

Atualmente, a SAA tem acordo com a TAM por meio da Star Alliance, que permite que os passageiros que chegam da África ao Brasil possam se deslocar para outras partes do país dentro da aliança entre as duas empresas. De acordo com Flávia Romani, o fluxo de transporte aéreo para o continente tende a aumentar nos próximos anos, devido ao potencial de negócios oferecidos. "Tanto o número de brasileiros que vão para a África quanto o de africanos que desembarcam no país tendem a aumentar, principalmente pela demanda que a próxima Copa do Mundo irá gerar. Muitas empresas que marcaram presença na África do Sul vão vir para cá fazer negócios para a Copa de 2014", aposta a executiva, acrescentando que, além dos tradicionais turistas que partem para conhecer o continente, cada vez mais homens de negócios fazem parte da lista de passageiros que embarcam com a companhia.

1 - Ponto de conexão

É a designação dada ao aeroporto utilizado por uma companhia aérea como ponto de conexão para transferir seus passageiros para o destino pretendido. Pelo sistema hub-and-spoke (cubo e raios, como em uma roda de bicicleta), viajantes em trânsito entre aeroportos que não são servidos por voos diretos trocam de aeronave para continuar sua viagem ao destino final.

Tapete vermelho estendido

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O Estado de SP

O avião Solar Impulse realizou com êxito um pouso noturno na Suíça, dez dias depois de ter realizado seu primeiro voo à noite sem combustível - alimentado somente por energia solar. "O objetivo desses voos é fazer um certo número de provas para viagens noturnas, em especial para a aterrissagem. Pudemos perceber que os instrumentos e equipamentos funcionaram corretamente", afirmou Andre Borschberg, cofundador do projeto Solar Impulse. O avião é coberto por 12 mil células fotovoltaicas que alimentam seus quatro motores elétricos.

Avião solar pousa à noite com sucesso

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Voo que ia do Rio para Paris foi cancelado por pane eletrônica na noite de sábado e os 170 passageiros só foram comunicados quatro horas depois

Clarissa Thomé, Nataly Costa - O Estado de S.Paulo

Pela quarta vez em oito dias, a Air France cancelou um voo que faria a rota Brasil-França. Previsto para partir do Rio às 19h05 do sábado, o voo 445 acabou transferido para às 23 horas de ontem. A companhia aérea demorou quatro horas para comunicar os passageiros que aguardavam no Aeroporto do Galeão. A justificativa foi de que o avião, um Airbus A330, apresentou pane eletrônica.

Os passageiros do voo 445 foram acomodados pela empresa em um hotel na Barra da Tijuca, mas reclamaram muito do atendimento. "O mais grave é que os funcionários não estão preparados para dar suporte aos clientes. Não tínhamos informação nenhuma até as 23 horas (de sábado)", disse a advogada Rita de Cássia da Silva, de 43 anos. "Para nós, ficou evidente que o voo não existia: não havia avião no pátio, não vimos tripulação alguma." O transtorno foi maior para a assistente comercial Raquel Elenice Bernardino, de 27 anos. Quando a Air France suspendeu o voo, a bagagem dela, que já havia sido despachada, não foi devolvida. Na mala estava o vestido que pretendia usar no casamento da mãe, na Bélgica.

"Vou embarcar sem a minha bagagem, tive de pedir para fazerem uma mala para mim às pressas e trazerem aqui no hotel. Mas as roupas que eu havia escolhido, os acessórios, nada disso vou poder levar", lamentou.

Raquel está decidida a processar a Air France quando voltar das férias. "O pior não é o cancelamento, mas o despreparo dos funcionários. Eles não sabiam informar o que havia acontecido, não priorizaram idosos. Vips e estrangeiros foram os primeiros a serem acomodados no hotel", assinalou. Ontem, ela passou a tarde tentando falar com a companhia para descobrir o que havia ocorrido com sua bagagem e como recuperá-la, mas o telefonema era sempre atendido por sistema informatizado. Conclusão: ela não conseguiu resolver o problema.

Em nota, a companhia confirmou que o voo 445 (como foi rebatizado o voo 447, depois do acidente de maio de 2009, que deixou 288 mortos) foi cancelado devido a uma pane eletrônica. A empresa pediu "desculpas pelos inconvenientes ocasionados aos passageiros" e prometeu que sua equipe está fazendo "todo o necessário pelos seus clientes".

Cancelamentos. Ao todo, 1.240 passageiros foram prejudicadas ao longo da última semana. A série de incidentes com voos da Air France começou no dia 10, quando o voo 443, que fazia a rota Rio-Paris, pousou no Recife depois de uma suspeita de bomba. Havia 405 passageiros e 18 tripulantes a bordo. Três dias depois, na terça-feira, um defeito nos banheiros do avião obrigou o piloto a retornar ao Rio, duas horas e meia depois de decolar. No dia 15, o voo que seguiria de São Paulo a Paris foi cancelado por causa de uma avaria na fuselagem. A companhia se lamentou e pediu desculpas pelos imprevistos. Garantiu que os passageiros teriam total assistência em solo. Todos os voos saíram com, no mínimo, 24 horas de atraso.

Para Ronaldo Jenkins, diretor de Segurança do Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (Snea), não há motivo para alarme. "Cabe às autoridades decidirem se há ou não problemas com os aviões da companhia. Pode não passar de coincidência." Já a Agência Nacional da Aviação Civil (Anac) diz que cobrará explicações da Air France.

Segurança. Dados da agência de aviação civil dos Estados Unidos (FAA, na sigla em inglês) indicam que o porcentual mensal de atrasos por problemas relacionados à segurança é de 0,03% naquele país. Só na última semana, 17% dos voos da Air France com origem no Brasil deixaram de partir ou tiveram de interromper a viagem por esse motivo.

CRONOLOGIA

Semana de imprevistos

10 de julho
Ameaça de bomba
O voo Rio-Paris parou em Recife e só saiu 28h depois

13 de julho
Defeito nos banheiros
O mesmo Rio-Paris voltou ao Rio no meio da viagem

15 de julho
Problemas na fuselagem
O 445 SP-Paris foi cancelado

17 de julho
Pane eletrônica
Mais um Rio-Paris cancelado

Aviões da Air France têm 4º problema em 8 dias

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Avião que sairia do Rio com destino a Paris tinha defeito elétrico

Patrícia Royo - O Globo

Pela quarta vez em uma semana, um voo da Air France com destino a Paris foi adiado devido a problemas. Os passageiros que embarcariam, sábado, no voo 0445, com saída prevista para 19h05m do Aeroporto Internacional Antonio Carlos Jobim, foram surpreendidos com a informação de que o avião só decolaria com 28 horas de atraso. Eles souberam, no momento do checkin, que a aeronave não teve a partida autorizada, e que o embarque fora remarcado para as 23h de ontem.

Segundo a assessoria de imprensa da Air France, um problema elétrico foi constatado no motor do avião durante a inspeção técnica da aeronave, um Airbus A330-200. A assessoria informou ainda que toda a assistência, como translado, alimentação e hospedagem, foi prestada aos passageiros lesados. O mesmo avião, depois de passar por reparos, seria usado no voo de ontem.

Três outros problemas num período de cinco dias Na última quinta-feira, o voo AF 445 (também da Air France), com saída do Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, não pôde decolar depois que uma avaria na fuselagem do avião foi constatada durante a inspeção. A aeronave decolou apenas no dia seguinte, como voo extra.

Dois dias antes, na terça-feira, um outro avião da empresa decolou do Aeroporto Internacional Antonio Carlos Jobim, às 16h20m, para Paris, mas a viagem teve que ser interrompida e o piloto retornou ao Rio depois de seis horas, devido a problemas técnicos em alguns de seus banheiros.

Já no sábado retrasado, uma falsa ameaça de bomba causou medo e fez um voo da Air France pousar no Aeroporto Internacional dos Guararapes, em Recife. A aeronave também havia partido do Rio com destino a Paris.

Mais um voo da Air France adiado, devido a problemas técnicos

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15 julho 2010

Clientes da American Airlines, que embarcariam sexta, voltaram a ter dificuldade. Chegada de grupo que viajaria ontem aumentou a confusão. PM agiu e passageiros puderam seguir no fim da manhã

Jornal do Commércio

A Infraero registrou novo tumulto na manhã de ontem, no Aeroporto Internacional do Recife. Pais de 100 adolescentes que deveriam ter embarcado às 10h30 da sexta-feira para Miami (EUA) ficaram revoltados com novo atraso da American Airlines. A confusão ficou ainda maior porque uma segunda excursão estava marcada para o sábado e os dois grupos se aglomeraram no balcão da companhia. A Polícia Militar precisou fazer um cordão de isolamento, separando clientes e funcionários da empresa, para desfazer o tumulto. Apenas às 11h20, mais de 24 horas após o horário original, os participantes da primeira excursão partiram para os parques da Disney, nos Estados Unidos.

"Essa American Airlines não tem o menor respeito pelos seus passageiros. Cheguei ao aeroporto às 6h da sexta-feira trazendo o meu filho que seguiria na excursão da Sevagtur. Os meninos chegaram a passar pela Polícia Federal e entrar no embarque, mas avisaram que o avião estava quebrado. Marcaram para hoje às 8h30. Quando chegamos, queriam passar o pessoal do grupo de hoje (sábado) na frente dos que deviam ter viajado ontem. Não aceitamos e começou um tumulto", explicou o engenheiro Érico Prummer.

Os pais também reclamaram da falta de assistência da American Airlines para as pessoas que não residiam no Recife e tiveram que passar a noite fora de casa. "Saí de Garanhuns de madrugada para trazer meu filho para o aeroporto na sexta-feira. Avisaram que o avião estava quebrado em Salvador e disseram que hoje (sábado) o voo seguiria às 8h30 para Miami. Os funcionários disseram que a companhia não iria pagar hospedagem para mim, minha mulher e meu filho", protestou o industrial Ivo Tenório Júnior.

"Fomos acionados pela Infraero para acalmar os ânimos que estavam exaltados no balcão. Houve um pouco de empurra-empurra, mas nada de mais grave ocorreu", disse o subtenente Sérgio Ramos, da Companhia Independente de Apoio ao Turista.

Quando o avião finalmente levantou voo, na manhã de ontem, várias mães estavam com lágrimas nos olhos, tensas com toda a confusão para iniciar uma viagem que deveria ser um momento de alegria para todos. "Minha filha estava muito nervosa e já estávamos pensando em desistir. Tomara que tudo dê certo por lá e na volta", suspirou a empresária Valéria Freire.

Os funcionários de serviço na manhã de ontem no balcão da American Airlines garantiram que não têm permissão para prestar declarações à imprensa. Eles forneceram um telefone do Rio de Janeiro que seria da assessoria de comunicação da companhia, mas ninguém atendeu no referido número. Às 12h30, o segundo voo com o outro grupo de adolescentes para a Disney partiu do Aeroporto Internacional do Recife.

Voo para EUA atrasa e causa novo tumulto

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O avião pousou no Recife porque Guararapes era o aeroporto mais próximo capaz de receber o voo

Carlos Orsi, do estadao.com.br

Um avião com 423 pessoas a bordo - 405 passageiros e 18 tripulantes - que fazia o voo 443, Rio-Paris da Air France, pousou às 19h50 no Aeroporto Internacional do Recife/Guararapes, depois de ser informado, pelo Rio, de uma ameaça de bomba a bordo.

O avião pousou no Recife porque Guararapes era o aeroporto mais próximo capaz de receber o voo. O aeroporto chegou a ficar cerca de meia hora fechado, mas já retomou a operação normal. 

Segundo informações de funcionários do aeroporto, os passageiros e tripulantes foram retirados do aparelho sem problemas.

Por volta das 22h40, o Boeing 747 estava sendo rebocado para uma área especial, onde seria submetido a uma busca minuciosa. Não há previsão de liberação da aeronave para prosseguimento do voo.

No chão

A aeronave não levanta mais voo nesta madrugada, porque segundo o canal de TV, Globo News, os 405 passageiros foram entrevistados e todas as bagagens foram revistadas pela Polícia Civil e pela Polícia Federal.

Os passageiros que aguardam no saguão de embarque, poderão ser movidos para pousadas e hoteis da cidade.

Além disso, há negociações para a liberação das bagagens para quem não quiser seguir viagem no voo para a França.

Ameaça de bomba faz voo Rio-Paris com 423 a bordo pousar no Recife

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Marcelo Ambrosio - Jornal do Brasil

Há pouco mais de um ano, o mundo acompanhava a busca por destroços e corpos dos passageiros e tripulantes do Airbus A330 da Air France, voo AF447, que caiu no mar quando seguia do Rio para Paris. De lá para cá, poucas perguntas foram respondidas. Acho que já é um dos maiores mistérios da aviação.

Enquanto o trabalho de juntar pistas frágeis na vastidão do mar é hercúleo e, até agora, infrutífero, nos foruns técnicos o debate não cessa. Pilotos e engenheiros ali, como eu, encaram as 23 mensagens automáticas (Acars) enviadas pelo computador ao centro de operações da AF no Charles de Gaulle como a melhor possibilidade de obter luz sobre o caso.

A discussão mais recente envolve uma informação que o canal Discovery revelou: a de que os tubos Pitot da Thales, apontados como elementos iniciadores do desastre, começaram a passar dados incorretos de velocidade ao computador devido a um fenômeno raro.

Ao atravessar um Cumulus Nimbus 4 mil pés maior que a altitude de voo, a água não teria congelado e entupido o tubo que faz a leitura, mas continuado em estado líquido, mesmo a quase -50°C. 

O tubo ficou parcialmente obstruído e esses especialistas sugerem que isso poderia ter promovido um decréscimo lento da velocidade lida, em uma taxa abaixo da constante no software como limite para o start do descongelamento automático – quando o Pitot é aquecido. No momento em que o sistema detectou a falha e desacoplou o piloto automático, o erro já estaria ocorrendo há algum tempo, imperceptivelmente.

Neste caso, a velocidade real do jato em um ponto crítico na tempestade já estaria abaixo da lida pelo piloto nos três mostradores possíveis.

Outro detalhe, também dos Acars, lembrado na discussão: entre os destroços estariam estabilizadores, com partes móveis travadas em posições distintas apesar de serem de uma mesma peça. Seria um sinal de que a máquina recebeu comandos conflitantes – lembrando que o maior ou menor grau de movimento depende da velocidade e da altitude. Um estudo da peça mostrou que o ângulo havia variado em 7,9°, quando o máximo, para a velocidade ideal de Mach 0.86 no FL350 (nível de voo) seria de 4,7°.

Há quem discorde, mas faz sentido para a hipótese de que o A330 teria sucumbido a um blecaute catastrófico, não de atuação de sistemas específicos, mas de integração e gerenciamento deles em condições extremamente severas.

O mistério continua a desafiar os técnicos

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Anselmo Carvalho Pinto - O Globo

CUIABÁ. A organização da Copa de 2014 em Mato Grosso está tão empolgada com a evolução das obras do novo Estádio Verdão que vai pleitear a inclusão da cidade como sede da Copa das Confederações, em 2013. A maior preocupação é com o Aeroporto Marechal Rondon, que opera no limite e sem perspectiva de grandes ampliações.

A construção da chamada Arena Multiuso Verdão, no mesmo terreno onde ficava o antigo, está dentro do cronograma estipulado pelo governo, que financia a obra.

- Estamos adiantados. Na verdade, a derrubada foi rápida. E já entramos na parte final da remoção dos resíduos e iniciando o aterramento - explica Carlos Brito, diretor de Infraestrutura da Agecopa, a agência pública criada para gerir os recursos visando à Copa de 2014. O governo garante que o estádio estará pronto em dezembro de 2012.

Orçado inicialmente em R$342 milhões, o novo Verdão terá capacidade para 43.136 pessoas. O valor não contempla os telões, os assentos e o sistema de tecnologia de informação - itens que serão definidos apenas depois da licitação para escolha da administradora do complexo.

O projeto prevê, atrás dos gols, a instalação de duas arquibancadas removíveis, que, retiradas, podem reduzir a capacidade para 28 mil lugares. O governo quer construir uma arena ecologicamente correta, com sistema de reaproveitamento da água da chuva, aquecedores solares e equipamentos de combate às ilhas de calor.

Já o Aeroporto Marechal Rondon, em Várzea Grande, na área metropolitana, está operando no limite desde o ano passado. Uma reforma iniciada em 2003 não foi concluída devido a irregularidades na aplicação dos recursos.

Atualmente, o desembarque é feito num salão improvisado no térreo do prédio da Infraero, numa área de 700 metros quadrados. O aeroporto conta apenas com duas esteiras, o que torna a restituição da bagagem um transtorno.

O Marechal Rondon opera 42 voos regulares diários de seis companhias. A capacidade de passageiros, segundo a Infraero, é de 1,6 milhão ao ano. O terminal tem 3.354 metros quadrados, 19 vezes menor do que o Aeroporto de Congonhas, em São Paulo. Porém, o movimento anual é apenas oito vezes menor.

Em nota, a Infraero informou que já publicou o edital de licitação para a instalação do Módulo Operacional, estrutura provisória, batizada por críticos de "puxadinho". Serão investidos R$ 2,7 milhões, e a obra deve ficar pronta no início de 2011. Para 2014, a estatal anunciou investimento de R$85 milhões. A promessa é de construir mais seis esteiras, seis fingers e ampliar o estacionamento, que tem 260 vagas.

- O Aeroporto Marechal Rondon corre o risco de ser o grande mico da Copa do Mundo de 2014. Quando a reforma estiver concluída, em 2014, o terminal já vai estar estrangulado, na sua capacidade máxima - critica Oiram Gutierrez, presidente da associação que reúne as agências de turismo de Mato Grosso.

Em Cuiabá, aeroporto é desastre anunciado

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Módulos que ampliaram o aeroporto de Florianópolis passam no primeiro teste

Juraci Perboni - O Globo

Aguardando há mais de dez anos que o projeto do novo Aeroporto Hercílio Luz saia da gaveta, Florianópolis, que não vai sediar jogos do Mundial, foi a primeira cidade a receber os Módulos Operacionais (MOPs), estruturas pré-fabricadas que funcionam como anexos nos aeroportos e chamadas de puxadinhos - aumentando seu espaço. O sistema é apontado pelo governo como solução para o atraso em obras das cidades-sedes da Copa de 2014.

Segundo a Infraero, há no aeroporto de Florianópolis três MOPs ampliando as áreas de desembarque doméstico e internacional e um maior que dobrou o tamanho das salas de embarque nacional e internacional. O Centro de Operações Aeroportuárias também teve expansão usando o mesmo sistema. O investimento foi de R$2,8 milhões.

- O tamanho total da ampliação nas áreas utilizadas pelos passageiros foi de mil metros quadrados. O Hercílio Luz tinha capacidade de atender a 980 mil usuários por ano e passou a 1,1 milhão. E, em 2009, atendemos 2,1 milhões de passageiros- informou fonte da empresa em Florianópolis.

A princípio, a Infraero planejara uma ampliação provisória para o verão de 2008/2009. Houve a instalação de uma estrutura de 300 metros quadrados, onde passou a funcionar a sala de embarque.

Com o resultado da experiência, que, segundo a estatal, trouxe mais conforto aos passageiros, foi planejado instalar os MOPs no final de 2009. A montagem acabou acontecendo antes, por causa do encontro de empresários de turismo realizado em maio, com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

'Puxadinhos', uma solução para o caos

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