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17 agosto 2009

Com capacidade no limite, governo pretende modernizar terminais

Zero Hora

Está pronto para decolar o modelo de privatização de aeroportos no país. Uma proposta elaborada pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) já aterrissou na mesa do ministro da Defesa, Nelson Jobim. O plano de voo pode ser aprovado em breve, afinal o país tem pressa. Não só porque faltam cinco anos para a Copa Mundo que será realizada aqui, mas porque o transporte aéreo dá sinais de que vai retomar níveis anteriores à turbulência econômica. O movimento de passageiros, por exemplo, cresceu 25,7% em julho na comparação com igual mês de 2008 época pré-crise.

A concessão de terminais para empresas privadas – atualmente administrados pela estatal Infraero – deve ser feita em etapas. Na primeira fase, devem ser concedidos o Galeão, no Rio, e Viracopos, em Campinas (SP).

Jobim adiantou na quinta-feira que antes de abrir a concessão será lançado um edital – até o fim do ano – para a construção de um novo aeroporto em São Paulo. O ministro informou que o governo não dispõe de recursos. Pelo modelo, a concessão seria privada, mas a União seria proprietária do terminal.

Especialistas dos setores de aviação e infraestrutura fazem coro a Jobim e entendem que aeroportos já deveriam há mais tempo estar nas mãos da iniciativa privada, em razão dos gargalos que estão se tornando os terminais.

– Tem de sair do esquema estatal. Não vejo problema na participação de estrangeiros nem de companhias aéreas, desde que limitada, para não prejudicar concorrentes – defende o engenheiro aeronáutico Jorge Leal Medeiros, professor de transporte aéreo e aeroportos da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (USP).

Movimento em Campinas cresceu 123% em 2009

Ainda fazendo mistério sobre a proposta de privatização encaminhada ao Ministério da Defesa, a presidente da Anac, Solange Vieira, adiantou que investidores estrangeiros poderão ter 100% do controle. Mas quem pegar aeroportos rentáveis também precisará assumir terminais deficitários. Como são investimentos demorados, é preciso começar logo. Em 2008, circularam pelos 67 aeroportos administrados pela Infraero 113,2 milhões de pessoas.

– Daqui a 15 anos, o movimento tende a triplicar, o que exigirá um investimento muito elevado – afirma André Castellini, analista de aviação da Bain & Company.

O segredo de sucesso nessa nova frente, alertam especialistas, dependerá do tipo de contrato firmado.

– Os critérios usados para medir o desempenho podem ser um problema. É preciso colocar revisões periódicas nos contratos – avalia James Waterhouse, professor do curso de Engenharia Aeronáutica da USP em São Carlos.

O processo também deve apresentar proposta de administração para os aeroportos menos atrativos. Terminais com movimentação abaixo de 1 milhão de passageiros por ano não ficarão sob o modelo de concessão. Mas o interesse deve se voltar mesmo para os mais rentáveis e movimentados.

O Galeão, por exemplo, recebe mais de 10 milhões de passageiros/ano. Viracopos, a partir do início das operações da Azul, em dezembro, teve um salto de 123,3% no número de passageiros no primeiro semestre na comparação com igual período de 2008. O terminal também se destaca como o segundo em movimentação de carga aérea no país, ficando atrás apenas de Guarulhos.

Voo para a Copa

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Infraero não vai seguir projeto para o Aeroporto de Brasília feito em 1990 e autor se irrita

Lúcio Vaz – Correio Braziliense

Autor do projeto do Aeroporto de Brasília, o arquiteto Sérgio Parada reagiu à declaração do diretor interino de Operações e Engenharia da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), João Jordão, de que a sua concepção seria “antiga” e “ineficaz”. Em vez de completar o projeto, construindo o satélite Sul, a estatal vai ampliar o terminal de passageiros utilizando um novo modelo.

“O projeto não é desatualizado. Ele segue a tendência dos aeroportos mais modernos do mundo. A questão é que ele foi feito em 1990, para estar concluído no fim da década de 90. A sua capacidade máxima de operação (oito milhões de passageiros), com o terminal completo, seria atingida em 2008. Mas até hoje a segunda etapa — o satélite Sul — não foi feita. O projeto não tem que ser mudado, tem que ser concluído.

Depois, então, deve ser feito um segundo terminal, porque já atingimos o volume de 11 milhões de passageiros em 2007”, disse Parada.

O diretor da Infraero reabriu a polêmica, em entrevista ao Correio, ao tentar explicar por que a data de conclusão das obras no aeroporto de Brasília foi adiada de 2010 para 2013, apenas um ano antes da realização do Mundial de 2014. “Sim, nós tivemos uma mudança na concepção do projeto, que previa mais um terminal satélite. Esta é uma concepção antiga. Outros países que tinham esse projeto estão mudando, porque ele não se mostrou eficaz e não atende satisfatoriamente ao nível de conforto esperado. Então, isso acaba gerando um atraso (nas obras), mas o aeroporto estará pronto para a Copa do Mundo”, assegurou João Jordão.

No início do ano, Parada e a Infraero haviam debatido publicamente sobre a mudança do projeto de arquitetura do aeroporto. A estatal afirmou que não abriu um novo debate sobre o tema. Teria apenas reiterado um posicionamento já manifestado ao jornal em fevereiro deste ano.

“Puxadinho”

Parada disse que a Infraero estaria usando a desculpa da mudança de modelo para justificar o atraso na obra. “Após 19 anos, ainda falta a construção do satélite Sul. Agora, querem juntar um prédio no outro, fazer um puxadinho. Falam que o projeto original não proporciona conforto. Mas ele atende a uma demanda maior do que a capacidade projetada pela Infraero. Isso demonstra que o projeto arquitetônico é compatível.” Como autor da proposta, ele lamenta a alteração do seu projeto: “No Brasil, não há respeito à obra de arquitetura nem aos arquitetos autores dos edifícios”.

A Infraero argumentou, em fevereiro, que um aeroporto é um organismo dinâmico. Novas obras e reformas são necessárias para acompanhar o crescimento do volume de passageiros. Embora não estando entre os três maiores aeroportos do país, o de Brasília é o segundo em voos. A estatal lembra que o projeto atual foi concebido em 1990. A primeira etapa da obra foi entregue em 1996, com a construção do satélite Norte e a ampliação de dois terços do corpo central do antigo terminal. Na segunda etapa, encerrada em 2003, foi concluído o corpo central do terminal de passageiros.

Meta é atender 20 milhões de passageiros

O objetivo da atual reforma é atender a uma demanda de 20 milhões de passageiros. Segundo a Infraero, a construção do satélite Norte criaria apenas sete novas pontes de embarque, quando o necessário são 26. A empresa rejeita a hipótese de fazer um segundo terminal, separado e distante do atual. Sérgio Parada afirma que a comunicação entre os terminais seria resolvida com a construção de túneis e passarelas, como acontece nos grandes aeroportos do mundo.

Segundo a Infraero, concepções arquitetônicas que já foram de funcionalidade incontestável mostram-se, hoje, inadequadas. “Como em 1990, quando o partido arquitetônico da década de 70 foi abandonado em benefício de uma tendência internacional da época, os dias atuais orientam para um novo modelo. No entanto, escravizar o futuro a paradigmas do passado não parece ser a opção mais inteligente. No transporte aéreo, a evolução tecnológica desenvolve-se em velocidade vertiginosa e os aeroportos também devem se atualizar no mesmo ritmo. Ressalto que a Infraero não pode perder de vista as necessidades do passageiro, nosso foco principal, e que sobrepor a forma à funcionalidade seria descabível”, escreveu o então presidene da Infraero, Celonilson Nicácio Silva, nas páginas de Opinião do Correio, em 28 de fevereiro deste ano.

Conflito no ar

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Essa é a média mensal de movimento nos oito helipontos da cidade, excluindo o Leite Lopes e os aeródromos privados

LIGIA SOTRATTI - COLABORAÇÃO PARA A FOLHA RIBEIRÃO

Todo mês cerca de 138 helicópteros cruzam os céus de Ribeirão Preto, entre pousos e decolagens. A cidade tem oito helipontos, de acordo com levantamento da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil). O número não inclui a movimentação dessa aeronaves no aeroporto Leite Lopes e nos dois aeródromos particulares.

Segundo definição da Anac, heliponto é uma pista destinada a pousos e decolagens de helicópteros, exclusivamente. Pode ser no solo ou elevado (topo dos prédios). Já os aeródromos são pistas destinadas ao movimento das aeronaves.

De acordo com o presidente do aeroclube da cidade, Olivo Lofiego Júnior, o número é elevado para um município do interior, mas se explica pelo número de empresários e profissionais liberais na cidade. [Usar helicóptero] "É um modo de agilizar o trabalho."

O empresário José Roberto Pereira Alvim é uma das pessoas em Ribeirão Preto que utilizam com frequência esse transporte há oito anos. Ele acredita que, por ano, voe um total de 200 horas.

"Facilita para ir a reuniões, se deslocar com mais rapidez. Tornou-se um equipamento de trabalho."

Além da necessidade profissional, voar também é uma paixão para ele. "A aviação cresce a cada dia e sou um apaixonado pela área", disse Alvim. Dos oito helipontos da cidade, metade foi feita pela construtora dele, a Pereira Alvim.

Um deles é na própria sede da construtora. No local, em média, há 30 pousos e decolagens de helicópteros por mês. O mesmo movimento tem o heliponto do edifício comercial Metropolitan Business Center. O prédio tem 220 salas comerciais e o heliponto é para uso dos condôminos e clientes.

Outro heliponto construído pela Pereira Alvim fica no edifício New Century, que tem 170 salas comerciais. O quarto heliponto é o do edifício Sequóia, que tem a diferença de ser exclusivamente residencial.

"São 54 apartamentos e cerca de três ou quatro moradores têm helicópteros. Como tinha esse público, tivemos a ideia de fazer a pista no local", disse Pereira Alvim.

No heliponto situado no Novo Shopping, funciona a ABC Helicópteros, empresa de táxi aéreo. De acordo com a coordenadora de voos do local, Miriam Nobre, o movimento é crescente devido à diversidade de público da cidade.

"Além de empresários, profissionais como advogados, médicos e até mesmo empresas contratam o transporte para fazer voos em feiras e capturar imagens aéreas da cidade", disse. No local, em média, ficam cinco helicópteros.

Em um hangar ao lado do aeroporto Leite Lopes, fica a Power Helicópteros, empresa que vende e dá manutenção a helicópteros. André Cunha, diretor técnico e administrativo da empresa, diz que a frota da cidade é de cerca de 30 unidades.

"Nos últimos quatro anos, cresceu bastante esse tipo de transporte, porque quebrou o estigma de ser um meio inacessível", disse. O preço de um helicóptero varia de R$ 400 mil a R$ 1,2 milhão.

Voos panorâmicos são opção de lazer

O uso de helicópteros não é só uma questão de trabalho. Uma opção diferente de lazer em Ribeirão são os voos panorâmicos. Nos finais de semana, é possível sobrevoar a cidade e descobrir novidades do alto.

A ABC Helicópteros, empresa de táxi aéreo, oferece esse tipo de voo para o público e também faz pacotes para empresas, que podem brindar seus clientes com passeios aéreos ou utilizar os voos em eventos.

"O preço para quem vem aqui na base fazer o voo panorâmico é de R$ 450. O passeio dura, em média, 10 minutos e leva três pessoas", afirmou Miriam Nobre, coordenadora de voos da empresa. Um passeio mais breve, de cinco minutos, sai por R$ 300.

A vista privilegiada sai mais em conta quando a empresa participa de feiras. Cada voo de cerca de três minutos custa em torno de R$ 180. Nesse caso, o voo panorâmico sai por R$ 60 por pessoa.

"Podemos fazer preços diferenciados porque somos contratados para estar no local", disse Nobre.

Uma outra alternativa para conhecer a cidade de cima é alugar uma aeronave de pequeno porte.

Desde julho, o Aeroclube de Ribeirão tem disponível para passeio o monomotor Tupi. O avião ficou cinco meses sendo reformado e, no mês passado, voltou a operar voos no Hangar Gota Dourada, situado ao lado do aeroporto Leite Lopes.

O passeio custa R$ 150 e dura entre 15 e 20 minutos. "Vem muita família, gente que nunca voou. A rota passa pelos shoppings, dá para ver alguns bairros no entorno. É uma programa bem diferente", disse Olivo Lofiego Júnior, presidente do Aeroclube de Ribeirão.

De acordo com ele, o movimento é mais intenso no fim de semana, quando as aeronaves decolam, em média, dez vezes levando famílias e casais, principalmente.

"Muita gente que nos procura vem voar pela primeira vez e tem isso como um sonho. Às vezes, a pessoa ainda não teve possibilidade de fazer uma viagem de avião e mata a vontade aqui com o vôo panorâmico", afirmou Lofiego Júnior.

Helicópteros cruzam Ribeirão 138 vezes

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O Estado de São Paulo

No próximo mês será lançado edital para a construção da estação paulistana do trem de alta velocidade (TAV), que ligará Campinas-São Paulo-Rio de Janeiro, e que deverá estar pronto em 2014.

Prazos exíguos tornam urgente uma alternativa para os pousos e decolagens da Aviação executiva que opera no Campo de Marte, localizado na zona norte de São Paulo, que será desativado por ter sido escolhido pelo governo federal para abrigar as plataformas de embarque e desembarque, oficinas e pátios de manobras do trem de alta velocidade. Além da nova estação, o projeto desenvolvido pela consultoria britânica Halcrow, a pedido do governo brasileiro e escolhido pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), inclui também a expansão do Centro de Convenções do Anhembi e a construção de um parque público.

Foi projetada uma linha de 510 quilômetros de extensão, com 91 quilômetros de túneis e 107 pontes. Orçado em R$ 34,6 bilhões, o TAV se destina a absorver o grande aumento da demanda de transporte que surgirá com os jogos da Copa do Mundo de 2014. O Campo de Marte registra atualmente, em média, 283 operações de pousos e decolagens por dia - 64% realizadas por helicópteros.

A Associação Brasileira de Aviação Geral (Abag), que reúne as empresas de taxi aéreo, se preocupa com o futuro do setor, e não só pelo problema do Campo de Marte. Nos últimos anos, a operação da Aviação executiva tem sofrido com a redução crescente da infraestrutura disponível. Após o acidente com o A320 da TAM, em Congonhas, há dois anos, foram impostas limitações aos pousos e decolagens da Aviação executiva que diminuíram de dez para quatro por hora no Aeroporto de Congonhas.

Também no Aeroporto Internacional de Guarulhos, em Cumbica, jatos executivos agora só podem pousar se alguma companhia aérea cancelar o pouso de um dos seus aviões. E, quando pousam, aviões particulares só têm autorização para permanecer por duas horas no solo.

No primeiro semestre de 2007, antes do acidente da TAM, o número de pousos e decolagens no Campo de Marte foi de 7.559 por mês. No mesmo período de 2008, após a limitação em Congonhas, o volume de operações mensais subiu para 8.475, e em julho do ano passado chegou a 9.564. Com apenas 21 hangares, o Campo de Marte não comporta mais os aviões que precisam estacionar. Assim, pretende-se transferir a Aviação executiva para cidades do interior. Conforme o projeto do governo federal, já acertado com a Prefeitura de São Paulo e o governo do Estado, o Aeroporto Estadual Comandante Rolim Adolfo Amaro, em Jundiaí, a 60 quilômetros da capital, seria a primeira opção. A Abag adverte, no entanto, que a saturação também é grande em Jundiaí.

Entre os aeroportos administrados pelo Departamento Aeroviário do Estado de São Paulo (Daesp), é o de Jundiaí que registra o maior número de pousos e decolagens no interior de São Paulo (Viracopos, em Campinas, está sob a competência da Infraero). No ano passado, foram 38.701 operações, 80% a mais do que em 2007. No Aeroporto de Sorocaba, segundo colocado, houve 29.560 pousos e decolagens.

Em dezembro passado, uma nova torre de controle foi inaugurada no aeroporto de Jundiaí para aumentar a segurança no polígono do espaço aéreo de Congonhas, Viracopos, Guarulhos, São José dos Campos, Sorocaba, Bragança e Campo de Marte.

O setor de Aviação executiva lembra, porém, que os hangares e as áreas de taxiamento do aeroporto de Jundiaí estão muito próximos das pistas de pouso e decolagem, comprometendo a segurança de operações realizadas por aviões com envergadura um pouco maior, usados na Aviação particular.

É inegável a importância da operação de um trem de alta velocidade no eixo Campinas-São Paulo-Rio - projeto há muito defendido por urbanistas e especialistas em transporte. Mas, se o Aeroporto de Jundiaí for o destino escolhido para a Aviação executiva, é necessário planejar a sua ampliação com igual urgência.

O destino do Campo de Marte

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Preços estão cerca de 10% maiores que os do 2º trimestre, mas valores ainda são menores que os de 2008

VERENA FORNETTI

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

A queda no número de passageiros e a costumeira retração do tráfego aéreo de abril a junho prejudicaram os negócios da TAM no segundo trimestre deste ano. Com a recuperação da demanda nas viagens a negócios e a projeção de aumento no número de passageiros em razão do real forte, a companhia começou a elevar preços para reverter o desempenho.

"Agora, dado que existe demanda, vamos buscar qual nível de preço mantém um crescimento saudável", afirmou o vice-presidente de Finanças, Gestão e TI, Líbano Barroso.

No mercado doméstico, o incremento está em torno de 10% em relação ao preço cobrado no segundo trimestre. Ainda assim, segundo a TAM, estão cerca de 17% menores se comparados ao mesmo período de 2008.

Ontem, a empresa divulgou que a companhia aérea passou de um lucro operacional de R$ 142 milhões no segundo trimestre do ano passado para um prejuízo operacional de R$ 95,3 milhões no mesmo período deste ano -"o pior em muito tempo", disse Barroso.

O lucro ou prejuízo operacional é como são chamados os resultados no principal negócio da empresa. O número é apurado antes do pagamento de juros, impostos, depreciação e amortizações.

A diminuição, em meio à crise econômica, do número de viagens a negócios, cujos passageiros representam 75% dos clientes da TAM, afetou o desempenho da companhia, a exemplo do efeito da gripe A (H1N1), que abalou operações para destinos como a Argentina. O resultado ruim também se deve ao efeito sazonal, pois os meses de abril a junho são os piores do ano para a aviação.

Mesmo com queda no resultado da operação, o lucro líquido (resultado após pagamento de impostos) foi recorde no período. O resultado é atribuído à desvalorização da moeda norte-americana: o real forte fez com que os custos totais da TAM, em dólares, ficassem 28% menores no período.

O lucro líquido no segundo trimestre foi de R$ 788,9 milhões, o maior da história da empresa. Em iguais meses do ano passado, o ganho havia sido de R$ 337 milhões.

A Gol, principal concorrente da TAM, teve lucro líquido de R$ 354 milhões no mesmo período, ante perda de R$ 166,5 milhões de abril a junho do ano passado. O presidente da TAM, David Barioni Neto, disse que a ampliação da participação no mercado da Gol em julho não é alarmante. "Nossa principal preocupação é a rentabilidade. O importante é o resultado consolidado no ano, e nós vamos continuar na liderança."

Preço dos voos

No primeiro semestre, os preços caíram 8,2% no mercado doméstico e 18%, em dólares, para voos internacionais. De acordo com a companhia, a tendência é que os preços dos voos nacionais, em dezembro, estejam cerca de 5% mais baixos em relação a 2008. Para as passagens internacionais, a expectativa é que eles subam.

"A queda de 18% [no preço dos voos internacionais] é grande. Agora é o momento de recuperar a margem", afirmou o presidente da companhia.

Barioni disse que, embora parte da demanda seja sensível ao nível de preço, as viagens a negócios crescem à medida que a economia do país se recupera.

Programa de fidelidade

No dia 18, entra no ar o site da TAM que permite que o cliente pague produtos vendidos nas lojas Americanas.com com bônus acumulados no programa de milhagem da empresa. A companhia aérea negocia agora com parceiros para ampliar o programa de troca de pontos por produtos e por serviços.

Resultado operacional cai, e TAM eleva tarifas

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Companhia aérea lucra com sinergias geradas pela compra da Varig e encosta na líder TAM no mercado doméstico

Mariana Barbosa – O Estado de S. Paulo

Um clima de euforia tomou conta dos funcionários da Gol. Fazia uns dois anos que não se via, como ocorreu na última terça-feira, um departamento inteiro se reunir para um happy hour depois do expediente para comemorar resultados da própria companhia. Acostumada ao crescimento contínuo desde sua origem, em 2001, a Gol passou por períodos difíceis desde que incorporou a Varig, em abril de 2007. Depois de sucessivos prejuízos líquidos e operacionais - só em 2008 o prejuízo líquido somou R$ 1,38 bilhão - a Gol divulgou na terça-feira o balanço do segundo trimestre e exibiu seu quarto lucro operacional consecutivo (R$ 89,9 milhões). Na interpretação do mercado, os resultados indicam que o processo de incorporação da Varig chegou ao fim e que agora a companhia pode colher frutos da sinergia. Bem-humorado, mas apressado, o presidente da Gol, Constantino de Oliveira Junior, recebeu a reportagem para uma breve entrevista ontem na hora do almoço. Em tempos de vacas gordas, a pressa numa sexta-feira nada tinha a ver com os negócios da companhia, embora seu compromisso seguinte fosse de "relacionamento" com um vice-presidente da fabricante Boeing. Corredor da copa Porsche GT3 Cup Challenge Brasil, Junior iria levar o executivo para uma voltinha a 250 km/hora no autódromo de Jacarepaguá, no Rio.

Esta semana a Gol divulgou seu quarto lucro trimestral positivo e ainda registrou um empate técnico com a TAM na liderança do mercado doméstico. O senhor agora está comemorando?

Comemorar resultado é uma coisa complicada. Comemoro muito mais a pontualidade. Em julho, atingimos 97%. Parece que estou brincando, mas é sério. Houve esforço enorme para ajustar a operação, reduzir custos e melhorar a qualidade do serviço. Melhoramos o nosso site de vendas, estamos revitalizando o Smiles. Hoje, 20% dos passageiros no Galeão embarcam no autoatendimento.

Isso é mais conveniente para o passageiro e representa redução de custos para nós. Esse resultado operacional é reflexo desse esforço de redução de custos. Não veio por acaso.

A Varig gerou mais de R$ 1 bilhão de prejuízo. Em algum momento o sr. se arrependeu de ter adquirido a empresa?

Eu sempre disse que era muito cedo para falar se foi acertada ou errada a compra da Varig. A decisão de iniciar os voos internacionais de longo curso foi um erro. Se eu pudesse voltar atrás, eu não tinha feito. Agora a compra da Varig é outra história e ela nos abriu uma série de possibilidades. Mas além dos problemas no internacional, fomos influenciados pelas circunstâncias, pelo prolongamento do caos aéreo e as restrições no aeroporto de Congonhas. Ou seja, tinha todo um ambiente negativo logo após a compra da Varig, além do próprio desafio de absorver a Varig. Mas isso é página virada. A incorporação da Varig já está completa e agora estamos começando a abstrair sinergias.

Quais são essas sinergias?

O principal benefício é mercadológico. Nós crescemos nos principais mercados por ter mais slots (horários nos aeroportos concorridos), por ter mais infraestrutura nesses aeroportos e por ter um programa de milhagem que já nasceu grande dentro da Gol.

O que o Smiles agregou para a Gol?

O Smiles nos abre a possibilidade de crescer nos principais mercados, onde o público que viaja a negócios é o mais importante. Com a Varig passamos a ter frequências mas, para atrair esse perfil de cliente de negócios, que paga tarifas mais altas, é fundamental ter um programa de milhagem que possa ser usado para voos internacionais.

O perfil do passageiro da Gol muda com o Smiles?

Está mudando. A nossa expectativa é de sair de um nível de 60% de passageiros de negócios para 65%. Acredito que o Smiles vai ajudar a gente a fazer valer o nosso slogan "Aqui todo mundo pode voar", atraindo o passageiro de negócios. Por outro lado, investimos também no programa de parcelamento Voe Fácil, para transformá-lo em meio de pagamento para aquele público extremamente sensível a preço. O Voe Fácil tem hoje 1,2 milhão de clientes cadastrados - 70% é classe C e 20% é classe D.

A Gol praticamente empatou com a líder TAM em julho, uma diferença de 0,27 ponto porcentual. Vocês vão passar a TAM?

Seria natural pensar que em agosto a TAM vai recuperar essa diferença. Sempre foi assim. Em julho a gente melhora e em agosto tem pequena queda. Talvez a queda dessa vez não seja tão grande por conta desse novo posicionamento, com o Smiles nos ajudando a reter um pouco do passageiro de negócios.

''Com o Smiles, estamos atraindo os passageiros de negócios''

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Montevidéu, 16 ago (EFE).- Uma greve de funcionários da companhia aérea uruguaia Pluna, iniciada hoje, obrigou a suspensão de voos de ida e volta de Montevidéu para São Paulo e Curitiba programados para amanhã, informaram fontes da companhia.

Os funcionários começarão a greve a partir das 20h, no horário de Brasília, de domingo e durante todo o dia de amanhã.

A greve foi anunciada como forma de protesto pela demissão de 14 tripulantes técnicos de cabine "o que viola o último acordo assinado pela Pluna com seu pessoal no Ministério do Trabalho e de Seguridade Social", afirmou o secretário-geral do sindicato da Pluna, Fernando Alberti.

A empresa teve que cancelar ainda o último voo da ponte aérea entre Montevidéu e Buenos Aires previsto para esta noite, um voo que sairia para a cidade argentina de Córdoba e outros para Santiago do Chile e Assunção que sairiam amanhã.

Em comunicado, a empresa qualificou a medida sindical de "irresponsável" e disse "que atenta contra os esforços realizados e conquistas obtidas nas instâncias de negociação".

Greve de funcionários da Pluna suspende voos para São Paulo e Curitiba

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14 agosto 2009

Quinta aeronave, com interior completo, estará em exposição na LABACE 2009, em São Paulo

Embraer

São José dos Campos, 12 de agosto de 2009 – Com o primeiro vôo da quinta aeronave Phenom 300, prefixo PP-XVM, realizado no dia 8 de agosto, o programa do jato executivo da categoria light dá mais um importante passo rumo à certificação. Essa aeronave, a primeira configurada com interior completo, será exposta ao público durante a Latin American Business Aviation Conference and Exhibition (LABACE), de 13 a 15 de agosto no Aeroporto de Congonhas, em São Paulo. Os visitantes poderão conhecer o volume de cabine e o conforto interno únicos na categoria.

Após esta exibição, o avião será utilizado para testes de confiabilidade e realizará a campanha de maturidade, quando importantes funcionalidades e características serão avaliadas, tais como abastecimento com ponto único, lavatório com higienização externa – único na categoria – e baixa altitude de cabine.

“Atualmente, a frota de quatro protótipos já acumulou mais de 850 horas de ensaios em vôo”, disse Maurício Almeida, Diretor de Programas de Aviação Executiva da Embraer. “Com a adição desta quinta aeronave, validaremos a robustez do Phenom 300 em condições normais de operação e o conforto superior de seu interior, projetado em parceria com o BMW Group DesignworksUSA.”

O primeiro protótipo (PP-XVI) está sendo utilizado para avaliações de qualidade de vôo e desempenho. Até o momento, a aeronave já realizou testes de vibração em solo, calibração do sistema anti-gelo, ensaios de combustível residual e finalização da configuração aerodinâmica, além de perda de sustentação (stall), ensaios de pouso e decolagem sob condições de vento cruzado (cross wind), testes de vibrações em vôo (flutter) e de alta velocidade. O sistema anti-gelo foi submetido às condições de formação previstas e a aeronave está atualmente sendo avaliada em condições simuladas de gelo.

O segundo protótipo (PP-XVJ) realizou operações em pista molhada (water spray), teste de detecção de fogo no motor, avaliação de ruído externo, análise de controlabilidade do motor, expansão do envelope de Vmo (velocidade máxima operacional), extinção de fogo e partida em vôo do motor, ensaios de combustível e iluminação externa e está em fase final de testes do piloto automático. A aeronave encontra-se atualmente na Bolívia, executando ensaios de decolagem em altitude elevada. O avião também foi utilizado para coletar dados para o simulador de vôo que será certificado para treinamento de pilotos.

O terceiro protótipo (PP-XVK) completou os testes de comandos de vôo e está executando todos os ensaios necessários para dimensionar o desempenho em decolagem e pouso, incluindo avaliações da velocidade mínima de controle em vôo e em solo.

O quarto avião (PP-XVL) realizou com sucesso testes em campo eletromagnético de alta intensidade (High Intensity Radiated Field – HIRF), demonstração quanto ao efeito de raios, operação em baixas temperaturas (cold soak) e ruído externo. O avião foi também utilizado para validação do plano de manutenção e atualmente encontra-se envolvido em testes de ruído interno, entre outros.

Além das quatro aeronaves que realizam a campanha de ensaios em vôo, a Embraer está atualmente realizando testes estruturais em solo com corpos de prova dedicados.

Equipado com asas enflechadas e winglets de alto desempenho, o Phenom 300 tem indicado cumprir os objetivos de projeto, atingindo 833 km por hora ou 450 nós (KTAS) em cruzeiro e voando 3.334 km (1.800 milhas náuticas) com seis ocupantes e reservas NBAA IFR.

A campanha de certificação do Phenom 300 deve ser concluída no último trimestre de 2009, com as primeiras entregas sendo realizadas até o final do ano. Os jatos executivos Phenom 100 e Phenom 300 possuem, em conjunto, uma carteira de pedidos firmes com mais de 800 aeronaves em todo o mundo.

Jato Phenom 300 segue firme rumo à certificação

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Fatia da Azul, OceanAir e WebJet cresceu para 11,7%

Alberto Komatsu, RIO – O Estado de São Paulo

As empresas aéreas brasileiras que pertencem ao chamado grupo intermediário - Azul, OceanAir e WebJet - são as que mais têm avançado no transporte de passageiros no mercado doméstico. De acordo com os dados da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), elas respondiam por 5,3% da demanda doméstica em julho de 2008. No mês passado, essa fatia passou para 11,7%, um crescimento de 6,4 pontos porcentuais.

Já no duopólio TAM e Gol/Varig, houve uma queda de 6,8 pontos porcentuais no mesmo tipo de comparação. Juntas, as duas maiores do setor tinham 92,9% do mercado em julho de 2008. Encerraram o mês passado com uma participação de 86,1%. As companhias aéreas regionais, por sua vez, também avançaram. Sua fatia conjunta foi de 1,8% em julho do ano passado e de 2,2% no mesmo mês deste ano.

"A WebJet vai trazer mais cinco aviões até o final deste ano, a OceanAir outros sete e a Azul mais duas aeronaves. Esse grupo está investindo porque está apostando no crescimento da demanda", afirma o consultor aeronáutico Paulo Bittencourt Sampaio. Para ele, o crescimento de 25,68% na demanda doméstica em julho mostra que a economia brasileira já está superando a crise global. Isso porque, segundo ele, a aviação sempre se retrai primeiro em momentos de crise, mas também é o setor que reage mais rápido quando há sinais de melhora.

"A demanda cresceu 25,68% porque muita gente deixou de viajar para o exterior com receio da gripe suína. Houve uma transferência das viagens para o mercado doméstico. Além disso, foi uma combinação do período de férias escolares, que foi prolongado por causa da gripe, com as viagens de negócio", diz Sampaio.

A Azul Linhas Aéreas, que iniciou as operações em dezembro do ano passado, respondeu por 4,69% dos voos domésticos em julho, seguida de perto pela WebJet, com 4,52%. A OceanAir ficou na quinta colocação, com fatia de 2,53%. No acumulado de janeiro a julho, a participação da TAM foi de 47,07%, seguida pelos 41,05% da Gol/Varig. A WebJet apareceu em terceiro, com 4,09%, e a Azul ficou na quarta posição, com 3,14%. A OceanAir teve fatia de 2,70%.

A taxa média de ocupação das aeronaves nos voos domésticos, em julho, foi de 72,92%, um aumento de 6,01 pontos porcentuais ante o mesmo mês de 2008. Para fora do País, essa taxa ficou em 70,30%, uma redução de 8,89 pontos porcentuais na comparação com julho do ano passado.

No acumulado de janeiro a julho, a demanda por voos nacionais teve expansão de 6,57%, com aumento de 10,99% na oferta de assentos. No mercado externo, o fluxo de passageiros transportados acumula queda de 6,36%. A oferta de assentos também está negativa em 2,42% de janeiro a julho.

Grupo intermediário é o que mais avança

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Em julho, diferença entre as duas empresas, que era de 10 pontos porcentuais em abril, caiu para 0,27 ponto

Alberto Komatsu, RIO – O Estado de São Paulo

A hegemonia da TAM no transporte de passageiros no País, conquistada em meados de 2003, ficou seriamente ameaçada em julho, quando a Gol/Varig quase empatou com a líder, ao responder por 42,88% da demanda por voos nacionais. É uma diferença de apenas 0,27 ponto porcentual em relação à participação da TAM no período, de 43,15%. Enquanto o fluxo de passageiros transportados pela Gol/Varig cresceu 29% no mês passado, na comparação com igual período de 2008, a expansão da TAM foi de 6,16%. Em abril, a participação da TAM era de 49,2%, enquanto a Gol/Varig tinha 38,7%.

Os dados foram divulgados ontem pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e mostram que, entre as principais empresas do setor, foi a Gol/Varig que aproveitou melhor o crescimento de 25,68% na demanda por voos domésticos em julho, em relação ao mesmo período de 2008. É o melhor desempenho desde setembro de 2005, quando a expansão da demanda doméstica foi de 29,2%. A oferta de assentos, por sua vez, cresceu 15,31% em julho.

"Havia feito uma projeção no início de 2007 de que a Gol ia ultrapassar a TAM no último trimestre daquele ano. Mas a Gol comprou a Varig e mudou o foco. Com a saída da empresa da Europa, México e as dificuldades na América do Sul, ela voltou a se concentrar no doméstico. Acendeu a luz vermelha na TAM", diz o consultor aeronáutico Paulo Bittencourt Sampaio. Segundo ele, os altos preços das passagens da TAM e o serviço similar ao da Gol também pesam.

"Nosso objetivo não é, e nunca foi, a busca pelo market share (participação de mercado).

Acredito que nosso crescimento se deve ao foco na melhoria das operações, que efetivamente vem acontecendo. Quanto ao market share propriamente dito, esse é um acontecimento sazonal e que depende muito do perfil dos usuários em cada mês. Em julho, esse perfil talvez nos tenha sido favorável", diz o vice-presidente de Marketing e Serviços da Gol, Tarcísio Gargioni. Procurada, a TAM não se pronunciou sobre o assunto.

No mercado internacional, a TAM segue na liderança no transporte de passageiros entre as companhias brasileiras, com participação de 88,29%, sendo que detinha 72,51% desse mercado em julho de 2008. A Gol/Varig, por sua vez, teve 11,57%, mas sua participação era de 27,10% no mesmo período do ano passado. Na média, o desempenho no exterior recuou 10,15% em julho, com aumento de 1,22% na oferta de assentos. A demanda da TAM cresceu 9,40% e a oferta de assentos teve alta de 19,87%.

A Gol/Varig teve redução de 61,55% no fluxo de passageiros para o mercado internacional e recuo de 43% na oferta de assentos. "A retração da Gol/Varig no mercado internacional foi causada pelas dificuldades que encontrou na América do Sul, por causa da gripe suína. Além disso, a empresa tem observado dificuldades para competir com as empresas que operam na região, que oferecem serviço melhor", afirma Sampaio.

O fato de a TAM ter registrado aumento de oferta duas vezes superior ao da demanda no mercado internacional, segundo Sampaio, vai custar à empresa a devolução de alguns aviões que operam em voos de longo curso. "A TAM contratou uma consultoria para devolver três aviões da Boeing, modelo 767, para terceiros", diz Sampaio.

Gol ameaça liderança da TAM

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Novo terminal paulista precisa de recursos privados, afirma Nelson Jobim

Geralda Doca e Erica Ribeiro – O Globo

BRASÍLIA e RIO. O primeiro aeroporto a ser leiloado sob as novas regras de privatização será o terceiro terminal de São Paulo, sinalizou ontem o ministro da Defesa, Nelson Jobim.

Após a posse de Murilo Marques Barboza na presidência da Infraero, o ministro disse que a necessidade de ampliação da infraestrutura aeroportuária e os recursos necessários para o novo terminal paulista — de que a União não dispõe — fazem com que este ultrapasse o Antônio Carlos Jobim (Galeão) e fique como o primeiro da lista. Para o ministro, o edital poderá ser lançado ainda no atual governo.

Ao ser perguntado sobre o Galeão, o ministro respondeu: — Cada coisa a seu tempo.

Barboza afirmou estar totalmente afinado com o governo no que se refere à abertura de capital da Infraero e à privatização de alguns aeroportos. E garantiu que não fará um “choque de gestão” na estatal. Para o Galeão, afirmou que os planos são acelerar as obras de modernização e garantiu que o terminal estará preparado para a Copa de 2014: — A minha ideia é melhorar cada vez mais o Galeão, lembrando que sou carioca.

Jobim disse que, na próxima semana, irá analisar o texto final sobre o decreto com o modelo de privatização preparado pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). Ele afirmou que o sistema de autorização, que dispensa licitação, só poderá ser usado em aeroportos particulares.

Nos demais, será adotado o regime de concessão. Segundo fontes da Anac, Jobim já teria orientado a diretoria da agência sobre a restrição desse tipo de contrato. O texto elaborado pela Anac não diz que o modelo de autorização seria restrito aos aeroportos particulares.

Segundo o diretor de Serviços Aéreos da Anac, Marcelo Guaranys, tanto o modelo de concessão como de autorização exigem que a escolha do vencedor seja feita por meio de licitação. Guaranys afirmou ontem que o regime de concessão será aplicado a aeroportos de grande porte — caso de Galeão, Viracopos e Guarulhos —, enquanto os de menor porte e, portanto, de menor interesse público, poderão ser licitados pelo sistema de autorização.

Segundo Guaranys, no modelo de concessão o equilíbrio econômico-financeiro (cuja receita é medida pelas tarifas aeroportuárias e de espaços comerciais) do aeroporto é regulado e fiscalizado pela Anac, o que não ocorre na autorização.

Mas a empresa que for autorizada a operar o aeroporto precisa cumprir exigências legais, fiscais e operacionais.

SP passa Galeão na fila da privatização

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Por Alberto Alerigi Jr.

SÃO PAULO (Reuters) - O lucro líquido da TAM mais que dobrou no segundo trimestre, impulsionado por um salto ainda maior no resultado financeiro da empresa, que foi beneficiado por variação cambial. A companhia citou confiança em recuperação do setor e reviu para cima suas estimativas de crescimento da demanda doméstica em 2009.

A TAM teve lucro líquido de 788,9 milhões de reais no segundo trimestre, pelos padrões contábeis brasileiros (BR Gaap), uma alta de 134 por cento sobre o resultado positivo de 337 milhões de reais um ano antes.

Já no padrão internacional IFRS, o lucro líquido passou de 241,4 milhões de reais para 539,6 milhões de reais no período.

A empresa, que no primeiro trimestre do ano havia reduzido sua estimativa de crescimento da demanda doméstica em 2009 de 5 a 9 por cento para 1 a 5 por cento, decidiu rever a previsão, elevando-a para expansão de 7 a 10 por cento.

A revisão ocorreu depois que o mercado brasileiro registrou alta de 6,6 por cento na demanda interna entre janeiro e julho, informa a TAM em seu balanço.

Nesta semana, a rival Gol divulgou lucro líquido de 353,7 milhões de reais no segundo trimestre, revertendo prejuízo de um ano antes, também beneficiada por salto no resultado financeiro. A empresa citou que está vendo uma melhora na demanda neste semestre.

O resultado financeiro da TAM no segundo trimestre foi positivo em 1,284 bilhão de reais, contra 373,8 milhões de reais positivos um ano antes, ajudando a empresa a enfrentar queda na rentabilidade de voos domésticos e internacionais, por yields e taxas de ocupação menores que um ano antes e fraqueza no segmento de cargas, por causa da menor atividade da economia.

O Ebitdar, sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, amortização, depreciação e leasing de aviões, somou 191,5 milhões de reais de abril a junho, com margem de 8,3 por cento. Um ano atrás, o Ebitdar foi de 318,1 milhões de reais, com margem de 12,6 por cento.

A empresa registrou aumento de 3,6 por cento nas despesas operacionais, atingindo 2,451 bilhões de reais. Já o índice Cask, que mede custos por assentos oferecidos, recuou 10,4 por cento. As despesas com combustíveis caíram 37,3 por cento, ajudadas pelo recuo dos preços na comparação com o mesmo período do ano passado.

A companhia sofreu queda de seis por cento no volume de passageiros transportados, para 7,086 milhões no segundo trimestre. Enquanto isso, o número de horas voadas por aeronave caiu 8,3 por cento, a 11,6 horas.

A receita líquida da empresa totalizou 2,298 bilhões de reais, queda de 8,6 por cento sobre o faturamento de 2,514 bilhões de reais um ano antes.

A empresa ampliou em 6,4 por cento o número de funcionários da unidade TAM Linhas Aéreas mas reduziu em 31,2 por cento o quadro das operações no Mercosul.

Lucro da TAM salta no trimestre e cia melhora previsões

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Agência Nacional de Aviação Civil pretende colocar a proposta em consulta pública dentro de aproximadamente 15 dias

Privatização deve começar por Viracopos (Campinas) e Galeão; não haverá limite para empresa do exterior, afirma a presidente da Anac

LARISSA GUIMARÃES
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA – Folha de São Paulo

Estrangeiros poderão adquirir até 100% do controle dos aeroportos que o governo quer transferir à iniciativa privada por meio de concessão. A informação é da presidente da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), Solange Vieira, que pretende colocar a proposta em consulta pública dentro de aproximadamente 15 dias.


Questionada ontem sobre qual seria o limite para capital estrangeiro no modelo, ela respondeu: "Não tem limite".


Solange confirmou que empresas aéreas poderão ter participação na concessão de aeroportos no país, mas terão restrição de investimento.


"É uma preocupação para que uma companhia não seja dona de um aeroporto e, com isso, não impeça outras companhias de atuarem neste aeroporto", argumentou.


Os primeiros aeroportos oferecidos para a iniciativa privada deverão ser Viracopos (Campinas) e Galeão (RJ).


O documento elaborado pela agência sobre o modelo de concessão tratará também dos aeroportos menores, com fluxo abaixo de 1 milhão de passageiros por ano -esses não ficarão sob o modelo de concessão.


Uma das propostas em discussão é que quem administrar um aeroporto rentável deve assumir um deficitário.


De acordo com Solange, falta ainda a avaliação da Casa Civil e do Ministério da Fazenda a respeito do projeto do modelo de concessão. "Ainda não fechamos todas as informações porque estamos procurando buscar um consenso do modelo de concessão com todos os órgãos [do governo envolvidos]."


Após fechar o texto final sobre o modelo de concessão de aeroportos, a Anac vai apresentá-lo ao ministro da Defesa, Nelson Jobim. "Já há um pré-modelo que eu vou examinar na próxima semana", disse Jobim, ao acrescentar que "evidentemente" o modelo ficará pronto neste ano.


"A ideia fundamental é que possamos usar esse modelo de concessão para o novo aeroporto de São Paulo", disse Jobim. Nesse caso, o ganhador construiria o aeroporto, que seria de propriedade da União, mas com administração privada.


Jobim e Solange participaram da posse como presidente da Infraero (estatal responsável pelos aeroportos) de Murilo Marques, que substitui o brigadeiro Cleonilson Nicácio, considerado um dos resistentes à concessão à iniciativa privada. Marques disse ontem que uma das prioridades será a aceleração das obras nos aeroportos para a Copa de 2014 e a modernização do Galeão, no Rio.

Aeroportos poderão ter controle estrangeiro

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13 agosto 2009

Companhia aérea e passageira não chegaram a acordo sobre reembolso de pagamento após cancelamento da viagem

Diário do Nordeste (CE)

O risco da gripe suína motivou o cancelamento da viagem de duas mulheres, mãe e filha, de Fortaleza aos Estados Unidos em abril deste ano. Elas, até hoje, tentam reembolso do total pago à TAM.

Na última terça-feira, o Programa Estadual de Proteção e Defesa do Consumidor do Estado do Ceará (Decon/Procon) do Ministério Público do Estado multou a companhia aérea em 40.00 ufirces (valor equivalente a R$ 98.760).

De acordo com o promotor de justiça Antônio Carlos Azevedo Costa, quem determinou a multa, a empresa reembolsaria apenas o pagamento das passagens, em torno de R$ 3.700, mas reteria o valor da taxa de embarque e outras, que somavam cerca de R$ 680.

Insatisfeita, a consumidora registrou queixa no Decon. Foram realizadas duas audiências, mas não houve acordo. Segundo o promotor, a passageira quer reembolso total.

Motivo justo

Ela iria viajar com a mãe idosa, com parada em São Paulo, e temia a gripe suína. "São Paulo está infestada pelo novo vírus da gripe A H1N1. O risco de uma senhora idosa ficar doente justifica o cancelamento da viagem", comentou Antônio Carlos Costa. Ele comentou ainda que em uma das audiências, o representante da TAM informou que o não reembolso de taxas está previsto contratualmente, mas não soube indicar tal informação no contrato. "Mas, cerca de R$ 680 é uma taxa excessiva para o consumidor", diz.

A decisão do Decon seguiu para publicação no Diário Oficial da Justiça. De acordo com o promotor, a decisão administrativa tem por base previsão na Constituição Federal, no artigo 5º, inciso XXXIV, combinado com o Código de Defesa do Consumidor e Lei Estadual Complementar nº 30 de 2005 e, por fim, o Decreto Federal 2.181/90.

A TAM Linhas Aéreas S/A, conforme os termos do artigo 41 da Lei Complementar nº 30, de 26 de julho de 2002, deverá efetuar o recolhimento no prazo de dez dias na Caixa Econômica Federal ou se desejar oferecer Recurso Administrativo, informou o órgão.

Tornando-se definitiva a decisão administrativa, o nome da empresa infratora será incluído no Cadastro de Reclamações Fundamentadas, com publicação no Diário da Justiça. Não sendo recolhido o valor de multa no prazo de 30 dias, será inscrita na dívida ativa do Estado do Ceará, para subseqüente cobrança executiva, na forma do artigo 29, da Lei Estadual Complementar 30/2002. O promotor de Justiça encaminhou a decisão para ciência aos demais órgãos de Defesa do Consumidor, inclusive o DPDC do Ministério da Justiça.

A TAM, por meio de sua assessoria de imprensa em São Paulo, informou que "não foi notificada oficialmente da decisão e irá se manifestar nos autos do processo". A reportagem perguntou ainda sobre a política de reembolso de taxas de embarque, mas não houve resposta.

Decon multa TAM em R$ 98 mil

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Reforma no Aeroporto Internacional Salgado Filho dá trégua no barulho à noite, mas as maiores mudanças ficam para 2010

Letícia Duarte – Zero Hora

O início das obras no Aeroporto Internacional Salgado Filho, neste mês, anuncia um cenário de transformação que deve afetar toda a região nos próximos anos. As maiores mudanças só devem ocorrer a partir do ano que vem, quando é previsto o início da ampliação da pista na área hoje ocupada pela Vila Dique, mas a discussão sobre os impactos que o projeto trará para quem vive nos entornos já mobiliza a comunidade e os técnicos.

No momento, os moradores comemoram porque, com as obras de alargamento e recapeamento da pista, iniciadas em setembro, nenhum avião decolará ou pousará na Capital entre meia-noite e 6h15min, o que garante um sono mais tranquilo aos cerca de 250 mil atingidos pela chamada zona 2 de ruído do aeroporto. A tranquilidade deve durar até dezembro, quando é prevista a conclusão dessa etapa.

– Essa obra não precisava parar tão cedo. Já dá até para ver a novela. Antes, era difícil assistir TV e falar no telefone nesse horário – diz Daniel Kieling, presidente da Associação de Moradores e Amigos do Lindoia (Amal).

A preocupação é com o que deve ocorrer depois, quando começar a ampliação da pista, de 2.280 metros para 3,2 mil metros. O maior temor da comunidade é que o nível de ruído piore, que é esperado pelo aumento do número de aeronaves que devem transitar pelo Salgado Filho. Em uma audiência pública realizada no início do ano, a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) se comprometeu a instalar equipamentos para medição de ruído 24 horas em pontos do Jardim Lindoia, conforme recomendação da Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam).

Os moradores querem mais. A Amal deve encaminhar ao Ministério Público Federal uma solicitação para tornar permanente o fechamento à noite.

– Se o aeroporto ficasse fechado seria o ideal, pois já enfrentamos ruído, e a situação deve piorar – diz Kieling.

A superintendente da Infraero, Lia Segaglio de Figueiredo, salienta que a obra atual não gera qualquer tipo de ruído adicional, porque apenas melhora a pista existente, aperfeiçoando as condições de segurança operacional. Mesmo com o aumento do fluxo nos próximos anos, ela acredita que o ruído não deve aumentar significativamente.

– As aeronaves hoje são menos ruidosas, então não quer dizer que aeronaves maiores gerem mais ruído. Porto Alegre será sede da Copa do Mundo, é importante que a cidade defina se quer estar disponível para receber os voos das delegações e dos turistas durante 24 horas ou não – argumenta.

A diretora-presidente da Fepam, Ana Pellini, garante que o ruído será monitorado pelo órgão – e a população será ouvida. A partir da análise para a concessão da licença prévia da obra, ela tranquiliza a comunidade:

– Os níveis de ruído propostos estão bem abaixo do permitido, mas vamos analisar todas as etapas. Deve haver negociação com a população se o barulho for muito alto à noite – analisa.

Debate que sobrevoa a região

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