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19 maio 2009

Filas por causa dos novos voos aumentam espera para embarque no Santos Dumont

Dimmi Amora – O Globo

Com cerca de cem novos voos desde a liberação de rotas fora da ponte aérea RioSão Paulo, o Aeroporto Santos Dumont começa a apresentar problemas. As manhãs de segundafeira têm sido um tormento para quem vai embarcar. Há filas de mais de cem metros para a passagem pelo aparelho de raios X, e passageiros contam ter ficado mais de 50 minutos esperando para embarcar. O aumento do número de voos também voltou a incomodar vizinhos do aeroporto, por causa do barulho dos aviões.

— Eu tenho evitado vir para cá nas segundas-feiras. Na última vez, fiquei 40 minutos na fila e perdi o voo para São Paulo — disse Juliano Souza, funcionário de uma empresa de tecnologia da informação, que estava embarcando para a capital paulista na manhã de quarta-feira passada.

A advogada Liliane Guimarães usa quase todos os dias o Santos Dumont. Ontem, ela ficou 25 minutos na fila para embarcar. Segundo Liliane, também houve demora na hora de despachar as malas, porque só havia duas esteiras em funcionamento.

E não parou por ai: o voo para São Paulo, marcado para 7h15m, só saiu às 7h45m por causa do intenso tráfego aéreo no aeroporto.

Ou seja, ela esperou mais em terra do que voando — a viagem dura cerca de 40 minutos.

— Na quinta-feira passada, eu estava num voo da Gol que ficou sobrevoando o aeroporto porque ele estava cheio. Quando a aeronave desceu, teve que arremeter porque havia outro avião na pista. A abertura para novos voos é ótima para quem mora no Rio, mas está faltando estrutura — afirmou a advogada.

Não é apenas às segundas-feiras que os problemas acontecem, conforme noticiou a coluna de Ancelmo Gois, do GLOBO, na terça-feira passada.

De acordo com vendedores de lojas da área de embarque, as noites de sextas-feiras também têm registrado um movimento grande. Na última, por exemplo, a espera para embarcar no horário de pico — entre 18h e 19h — chegou a cerca de 15 minutos.

Nos outros dias, há algum movimento maior no início da manhã, mas sem grandes tumultos.

Quartafeira, entre 7h e 8h, havia dez voos partindo do Santos Dumont, e a situação era bastante tranquila no embarque.

O terminal de desembarque não tem apresentado problemas. Como o número de voos nas manhãs mais movimentadas está maior que a capacidade das novas plataformas de embarque (fingers), parte dos passageiros tem sido transportada de ônibus, o que vem causando atraso nas decolagens.

Antes da reforma, o aeroporto não tinha fingers.

O consultor Richard Fontes, que embarca semanalmente no Santos Dumont, diz que, fora dos horários de pico, o movimento é ainda pequeno, mesmo com os novos voos.

Carioca morando em São Paulo há três anos, ele diz que enfrenta mais problemas no Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo.

Vizinhos reclamam do barulho dos voos

Os novos voos, que começaram em 21 de março, também estão gerando descontentamento entre vizinhos do aeroporto. Os aviões fazem manobras sobre os prédios, incomodando quem mora nos bairros de Glória, Flamengo e Botafogo. Maria Tereza Sombra, presidente da Associação de Moradores do Morro da Viúva, no Flamengo, diz que, durante o processo de reabertura do Santos Dumont, tentou convencer a Agência Nacional de Aviação Civil a não liberar mais partidas do aeroporto. As associações comunitárias contavam com o apoio do governo estadual, que era contra a ideia e chegou a multar a Infraero por permitir a volta dos voos, sem licença ambiental.

Mas, segundo ela, os moradores “tomaram uma rasteira do estado”, com a desistência do governo de lutar contra a nova medida.

Até 2002, o aeroporto estava com voos liberados para todo o país. Naquele ano, o Santos Dumont recebeu 5,6 milhões de passageiros e 117 mil voos. O movimento exagerado esvaziou o Aeroporto Internacional Tom Jobim, e foi determinada uma restrição: somente voos da ponte Rio-São Paulo podiam decolar e pousar no aeroporto do Centro.

Com a medida, os números foram caindo ano a ano, até chegar ao menor nível, em 2007: 3,2 milhões de passageiros ao ano.

Em 2007, um novo terminal foi inaugurado, elevando a capacidade de passageiros para 8,6 milhões ao ano. Mas as obras, que custaram R$ 334 milhões, estão inacabadas. O terceiro pavimento do novo terminal, onde funcionariam um restaurante e algumas lojas, ainda não está concluído.

Em 2008, o movimento já havia voltado a subir, passando para 3,6 milhões de passageiros. No primeiro bimestre deste ano, apenas com a ponte aérea funcionando, já foi registrado um aumento de 15% em relação ao mesmo período de 2008.

De acordo com a Infraero, abril registrou 6.638 voos, contra 6.404 em março deste ano. Ainda não há números de maio. Apesar do maior número de passageiros, não foram colocados mais funcionários, segundo a empresa.

A Infraero, de acordo com a nota, aumentou em uma posição (quatro para cinco) o número de aparelhos de raios X disponíveis. Também foram colocados mais três ônibus para atender os passageiros que não embarcam nos fingers. Quanto à conclusão das obras, elas estão previstas para 2010.

De acordo com a empresa, há oito novos fingers que não têm capacidade para os aviões de duas das companhias que passaram a usar o Santos Dumont: a Azul e a Ocean Air. “Cabe esclarecer que as companhias aéreas Azul e Ocean Air não participavam do mix de voos quando este foi elaborado, não sendo possível a operacionalização em fingers (...). As aeronaves da Azul (Embraer 195 e 190) e Ocean Air (Focker 100) ainda não são compatíveis para utilização de finger e, por este motivo, seus vôos vão para a posição remota”, informa a empresa, que considera normal a operação por ônibus quando não há fingers disponíveis.

Mais tempo em terra que no ar

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14 maio 2009

Redação CORREIO DA BAHIA

Pousos e decolagens estão proibidos no aeroporto de Feira de Santana até 7 de novembro de 2009. A determinação foi tomada pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) depois de uma vistoria realizada no aeroporto que constatou que o local não tem segurança adequada para o funcionamento.

Foram apontados problemas como falta sinalização, qualidade ruim do asfalto, presença de entulho na pista e a biruta, instrumento que indica a condição do vento, não está funcionando. Ainda segundo a Anac, o aeroporto não possui plano de emergência e existem alguns árvores de grande porte nas proximidades da pista.

A assessoria da Anac explicou que a interdição foi determinada no dia 8 de maio e o Governo do Estado, que administra o aeroporto, tem 180 dias para apresentar um plano de ações para corrigir todos os problemas. Caso contrário, o aeroporto continuará interditado Ainda segundo a Anac, o Governo deve dizer quais ações pretende tomar, como vai colocá-las em prática e quanto tempo será necessário para solucionar as falhas. O aeroporto pode ser reaberto antes de 7 de novembro, caso os problemas apontados pela Anac sejam solucionados antes do prazo final. O aeroporto de Feira de Santana não tem voos regulares e recebe apenas pequenas aeronaves particulares.

Através da assessoria de imprensa do Governo do Estado, o secretário de Infraestrutura Antônio Carlos Batista Neves disse que as exigências feitas pela Anac serão atendidas e que o Governo está preparando um plano para recuperar o aeroporto.

Anac proíbe pousos e decolagens no aeroporto de Feira de Santana

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Zero Hora

As companhias aéreas brasileiras tiveram crescimento de 7,3% no fluxo de passageiros transportados no país em abril, em relação a igual período do ano passado. A oferta de assentos se expandiu 11,7% na mesma base de comparação. Os dados foram divulgados ontem pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).

Fluxo de passageiros transportados aumenta

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Encomendado pela Anac, trabalho sugere marco setorial

Cristiano Romero e Daniel Rittner, de Brasília - Valor

Estudo encomendado pela Agência Nacional da Aviação Civil (anac) propõe a cisão da Infraero em várias empresas, a abertura de capital das novas subsidiárias e, numa etapa seguinte, a privatização.

O modelo se inspira na venda do Sistema Telebrás, realizada em 1998. Os autores do estudo sugerem que, antes da privatização, o governo estabeleça um novo marco regulatório para o setor, autorize a construção de novos aeroportos e crie condições para que haja competição no setor. Além disso, propõem uma inovação: a realização de leilões de "slots" (as faixas de horários para pousos e decolagens de aviões) nos aeroportos congestionados, como Congonhas, destinando os recursos levantados com isso para expandir a capacidade aeroportuária.

Intitulado "Regulação e Concorrência no Setor de Aeroportos", o documento, antecipado ao Valor por um assessor graduado do governo, foi elaborado pelo professor Heleno Martins Pioner, da Escola de Pós-Graduação em Economia da FGV, e por Eduardo Fiúza, da diretoria de Estudos Sociais do IPEA.

Ele faz uma radiografia minuciosa do setor, analisa experiências internacionais de privatização nessa área e expõe ineficiências da Infraero, que registrou prejuízos em três dos últimos quatro anos.

Pioner e Fiúza propõem o que chamam de Plano A para a privatização e reforma regulatória dos serviços aeroportuários. Por esse plano, o governo deve consolidar a estrutura regulatória, que hoje envolve a anac, a Secretaria de Aviação Civil e o Departamento de Controle do Espaço Aéreo do Ministério da Defesa, e instituir um novo marco regulatório para o setor. Uma outra iniciativa seria autorizar a iniciativa privada a construir novos aeroportos e os governos locais (Estados e municípios) a fazerem o mesmo por meio de parcerias público-privadas (PPPs).

A ideia é permitir que as próprias empresas tomem a iniciativa de construir novas unidades, a exemplo do que ocorreu nas licitações das usinas do rio Madeira. Caberia à anac, no entanto, enquadrar os projetos no plano diretor nacional de aeroportos a ser criado e analisá-los tecnicamente. Uma das principais preocupações de Pioner e Fiúza é que, antes da privatização, sejam criadas as condições para que as empresas operem num mercado competitivo.

"Embora a teoria aponte a importância da privatização para o aumento da eficiência, argumentasse que a existência da concorrência no mercado onde a empresa privatizada atua é fundamental para dar-lhe os devidos incentivos à reorganização e ao aumento de eficiência", argumentaram os dois especialistas. Os dois pesquisadores criticaram a decisão do governo de privatizar (por meio de concessão) os aeroportos de Viracopos, em Campinas, e do Galeão, no Rio de Janeiro, antes de instituir um novo marco regulatório e de reestruturar o setor. Embora o presidente Luiz Inácio Lula da Silva tenha anunciado em setembro de 2008 a disposição de entregar ao setor privado aqueles aeroportos, a medida não se consumou.

"Não foram feitos ainda estudos sobre quais são os reais competidores desses aeroportos; e não se definiu como os demais aeroportos da Infraero sobreviverão sem os recursos transferidos por subsídios cruzados internos e vindos justamente de aeroportos superavitários como esses dois", ponderam os autores do estudo.

Eles apontam que, entre 2002 e 2007, Guarulhos e Viracopos foram os dois únicos, entre os 67 aeroportos administrados pela Infraero, que demonstraram ser superavitários e plenamente sustentáveis. Dependendo dos cálculos, também entram nessa lista os aeroportos de Congonhas, Manaus, Navegantes, Fortaleza e Ilhéus. Para os pesquisadores, foram feitas privatizações, nos anos 90, sem a prévia adoção de um marco regulatório. Isso criou problemas.

"A instituição de regras posteriormente à privatização esbarra em direitos adquiridos", observam Pioner e Fiúza. No setor ferroviário, por exemplo, o vácuo regulatório criou situações como a falta de acesso mútuo entre ferrovias privatizadas e a existência de ferrovias sem contrato de concessão (caso da Estrada de Ferro Vitória-Minas). No setor petrolífero, foram criadas dificuldades de acesso a gasodutos (caso BP-Petrobras).

O exemplo de privatização bem sucedida citado pelos autores do estudo da anac é o do Sistema Telebrás, que, ainda assim, dizem eles, "não foi suficiente para eliminar os monopólios locais". Apesar disso, aquele modelo tornou viável a entrada de novos participantes.

Outra ação proposta no Plano A é dividir a Infraero em blocos segundo uma nova estrutura de tarifas que reflita custos e demandas nos diversos aeroportos, e abrir o capital das novas empresas. O passo seguinte é transformar o atual sistema de subsídios cruzados internos à Infraero em um sistema de transferências entre os blocos por meio da criação de um Fundo de Desenvolvimento Regional.

A próxima iniciativa seria a venda de até 49% do capital de cada bloco (empresa), com a oferta de um pedaço do capital a detentores de saldos do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS).

Seria criada ainda uma golden share, uma ação de classe especial que daria ao governo poder de veto. Feito isso, o governo venderia, de forma separada, as empresas prestadoras de serviços (comissaria, limpeza, segurança etc.) em que a Infraero tenha participação.

O momento seguinte seria o da privatização propriamente dita das companhias criadas a partir da cisão da Infraero. Não se trata de uma medida que seria implementada imediatamente, uma vez que o governo, antes de vender as empresas, esperaria maturar os investimentos dos novos entrantes no setor. Antes, o governo faria uma revisão da estrutura tarifária e estabeleceria um plano para o aumento da produtividade num horizonte mínimo de cinco anos.

Pioner e Fiúza chegam a sugerir modelos de leilão - "ascendente eletrônico sem que os participantes se conheçam ou então um leilão combinatório de envelopes fechados ou um leilão angloholandês, que combina uma fase ascendente com envelopes fechados". Segundo os estudiosos, é falaciosa e ingênua a alegação de que a privatização da Infraero em pedaços inviabilizaria a concessão de aeroportos deficitários. "Uma privatização como tal permitiria a liberação de competição nas áreas mais atraentes, desde que os entrantes contribuíssem para o Fundo de Integração Regional", explicam.

Pesquisadores apontam lições, boas e ruins, nas experiências de outros países

A experiência argentina traz lições ao Brasil sobre os riscos de uma privatização "mal feita", avisam os pesquisadores Eduardo Fiuza e Heleno Martins Pioner, em estudo encomendado pela Agência Nacional de Aviação Civil (anac). Na onda de desestatizações comandada pelo governo do expresidente Carlos Menem, a Argentina licitou 33 aeroportos em 1998. A iniciativa privada administraria essas instalações por 30 anos, em contrato prorrogável por outros dez anos. Um grupo com investidores argentinos, italianos e americanos desembolsou US$ 118 milhões - ágio de 195% - e venceu a licitação.

Aeroportos menos rentáveis seriam mantidos por dois subsídios cruzados. O primeiro era o compromisso da concessionária de investir US$ 2,2 bilhões nos 33 aeroportos. O segundo era por meio dos royalties transferidos anualmente ao governo. Deu tudo errado. Com o colapso da economia argentina, em 2001, o movimento de passageiros caiu dramaticamente e a perda de receita levou a Aeropuertos de Argentina 2000 a entrar em crescente inadimplência com o governo.

Em uma "atribulada renegociação", segundo os pesquisadores, 50% dos royalties foram cancelados e o Congresso aprovou mudanças radicais no contrato de concessão. O pagamento de royalties converteu-se em repasse variável (de 15% das receitas aeronáuticas e não-aeronáuticas), revisão do cronograma de investimento e a conversão de US$ 250 milhões da dívida da empresa com o Estado em participação acionária de 20%.

Lições que ficam, ressalta o estudo: 1) o governo argentino aparentemente deu maior importância à arrecadação de receita que ao aumento da competição; 2) a empresa vencedora esperou, para renegociar o contrato, até um ponto muito custoso para o governo substituí-la por outra empresa; 3) diante da insolvência da concessionária, o governo não retomou a concessão, perdendo dinheiro e deixando de avaliar outras ofertas.

Dos países pesquisados, uma das experiências mais curiosas é a da Alemanha. Em 2001, o aeroporto de Frankfurt - o maior da Europa - abriu seu capital. A Fraport, firma que administra o aeroporto, tem 51% de suas ações nas mãos do Estado de Hesse e da prefeitura local. Os investidores privados detêm 49%. Na definição das tarifas aeroportuárias, a Fraport negocia diretamente com as companhias aéreas.

O governo faz recomendações, mas não exigências. Além de contratos de cinco anos de duração para fixar as tarifas com linhas aéreas, há uma divisão de riscos. As partes acertam uma determinada meta de receita anual, baseada na expectativa de aumento da demanda. Se a meta for ultrapassada, a Fraport entrega 33% do excedente às aéreas; se a meta não for alcançada, elas se responsabilizam por 33% do montante para equilibrar as contas do aeroporto de Frankfurt.

Outro caso que chama a atenção e serve de alerta à anac é o do Canadá. No fim da década de 80, diante dos seguidos déficits que o Tesouro precisava bancar, a administração dos aeroportos foi descentralizada. Autoridades locais optaram por contratos de aluguel das instalações. A Air Canada, maior companhia aérea do país, passou a dominar os "slots" (faixas de horário para pousos e decolagens) e principais terminais de passageiros, responsabilizando-se pelos investimentos em infraestrutura. Com isso, aumentou a barreira para a entrada de novas empresas aéreas nos aeroportos mais concorridos, o que teria aumentado consideravelmente o preços das passagens.

No Reino Unido, houve venda integral da BAA, que administra sete aeroportos - inclusive os londrinos Heathrow, Gatwick e Stansted -, em 1987. Hoje a BAA é controlada pela espanhola Ferrovial.

Com mais de 20 anos dessa experiência, verificou-se o seguinte : persiste o excesso de demanda em Londres, o que pode ser indício de sub investimento da BAA; o aeroporto de Manchester (administrado pela prefeitura local) apresenta excesso de capacidade; há problemas na distribuição de "slots" e na qualidade dos serviços que são prestados.

Trabalho recomenda leilão para slots

Mesmo sem precedentes nos Estados Unidos ou na Europa, o estudo apresentado à Agência Nacional de Aviação Civil (anac) sugere a realização de leilões de "slots", as faixas de horário para pousos e decolagens das aeronaves, nos aeroportos congestionados. Hoje, Congonhas é o único aeroporto do país nessa situação, mas Guarulhos e Brasília estão saturados nos horários de pico.

A falta de experiência internacional, reconhecem os pesquisadores Eduardo Fiúza e Heleno Martins Pioner, impede a avaliação precisa do modelo de leilões. Mas, pelo menos em teoria, eles apontam duas vantagens no mecanismo: a alocação mais eficiente dos espaços aeroportuários, na medida em que companhias aéreas com planos de crescer podem derrubar obstáculos à sua expansão mediante investimentos nos leilões, e o uso dos recursos arrecadados pelo poder concedente na ampliação da infraestrutura aeroportuária do país.

No ano passado, a anac divulgou novas regras para a distribuição de "slots" em aeroportos congestionados. Utilizando critérios de desempenho operacional e buscando aumentar o espaço às novas linhas aéreas, a agência reguladora propôs uma reavaliação periódica dos "slots", em uma espécie de rodízio. O mecanismo ainda não foi implantado.

Na União Europeia, a maioria dos aeroportos e autoridades aeronáuticas distribui as faixas de horário segundo critérios de antiguidade. Isso gera uma ineficiência: nem sempre a empresa que recebe o direito de  usar essas faixas é aquela que atribui maior valor econômico ao "slot". Para atenuar esse problema, muitos aeroportos na Europa permitem a troca e venda dos "slots"entre as próprias companhias aéreas, mediante a anuência do aeroporto.

Nos Estados Unidos, predomina o sistema de filas. Tem prioridade quem pedir antes a faixa de horário, mas vários critérios influenciam: voos internacionais têm preferência sobre voos domésticos, e voos com maior número de passageiros e maior porte das aeronaves também. O sistema potencializa congestionamentos nos aeroportos saturados, mas praticamente não há barreiras para as novas companhias. Basta atender esses critérios e jogar mais duro que o concorrente para obter o "slot".

No extinto Departamento de Aviação Civil (DAC), prevalecia a ordem de chegada do pedido, mas a análise era totalmente arbitrária. Isso levou ao predomínio da TAM no aeroporto de Congonhas e à entrada forte da Gol no aeroporto, logo no início de suas operações, o que dificilmente ocorreria na Europa com uma empresas de "baixo custo e baixa tarifa".

A primeira resolução da anac, ao ser criada em 2006, foi definir uma regra para a alocação das faixas de horário em aeroportos congestionados. Ela previa um sorteio que distribuiria 80% dos "slots" vagos ao longo do tempo para companhias que já atuam no aeroporto e 20% a "novas entrantes". É essa regra que agora está sendo substituída pela nova diretoria colegiada da agência.

O poder concedente nunca atribuiu valor aos "slots" no Brasil, mas o mercado se encarregou de fazer isso. Quando comprou a Nova Varig, em março de 2007, a Gol pagou US$ 320 milhões de olho principalmente nos voos internacionais da aérea (depois abandonados) e nos espaços que ela já detinha em Congonhas.

Os leilões pressupõem a precificação dos "slots", mas os pesquisadores recomendam, alternativamente, outra medida: uma taxa de congestionamento a ser cobrada das empresas aéreas. De certa forma, a anac introduziu isso em Congonhas: as tarifas de pouso e permanência sobem exponencialmente de valor quando as companhias atrasam seus voos e ficam mais tempo em solo do que o previsto.

Estudo propõe dividir e privatizar a Infraero

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Prefeitura autua a Infraero por falta de EIA-Rima

Vitor Sorano – O Estado de SP

A gestão Kassab (DEM) manteve multa de R$ 10 milhões à Infraero por funcionamento, sem licença ambiental, do Aeroporto de Congonhas. Os argumentos contrários apresentados pela estatal em defesa e recurso não foram aceitos. A empresa argumenta que todos os esforços estão sendo feitos para obter a autorização.

A Infraero tem cinco dias para recolher o valor da multa (atualizado) sob pena de ser incluída na dívida ativa do Município e ser cobrada judicialmente. Não há mais possibilidade de recurso administrativo, diz despacho de ontem no Diário Oficial da Cidade.

A exigência de licenciamento pode levar a adaptações no aeroporto que minimizem o impacto ao ambiente, segundo Pedro Py, membro da Câmara Técnica de Legislação Urbanística da Prefeitura.

"Pensa-se no barulho, na radiação emitida, na aglomeração de pessoas. A licença é mais que necessária."

A multa havia sido aplicada em 2008. Segundo a Secretaria do Verde e do Meio Ambiente, a Infraero apresentou Estudo/Relatório de Impacto Ambiental (EIA/Rima) dentro do prazo e evitou novas cobranças. O processo de licenciamento ambiental está em andamento.

A Infraero diz ter sido multada por não apresentar o EIA/Rima mesmo estando em processo de contratação do estudo. O andamento da licitação, diz, foi comprometido por novas exigências, de 2007.

A empresa diz ser sua a iniciativa de obter o licenciamento.

Congonhas: multa de R$ 10 mi

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13 maio 2009

Falcões e gaviões estão sendo treinados para impedir que aves entrem na turbina de aviões

Zero Hora

Considerado um dos animais mais rápidos do mundo ao atingir a velocidade de 350 km/h, o falcãoperegrino lidera uma patrulha que tem como missão manter o espaço aéreo do Aeroporto Internacional Salgado Filho exclusivo para aviões. É o segundo aeroporto do país, depois do da Pampulha, em Belo Horizonte, a usar falcões e gaviões para inibir a presença de aves capazes de atrapalharem os voos.

A equipe é composta por três falcões-peregrinos, cinco falcões-de-coleira e três gaviões-asa-de-telha. Os animais estão sendo treinados desde janeiro e devem começar a atuar no mês que vem, explica o falcoeiro e biólogo Gustavo Trainini.

Cada falcão ou gavião voará individualmente, sob o comando de um adestrador. Os voos, guiados por técnicos da empresa contratada a um custo anual de R$ 200 mil, serão realizados por oito horas diárias, no intervalo dos voos.

Protetores de voos a 350 km/h

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César Felício, de Belo Horizonte – Valor

A expansão da oferta de voos da Ocean Air, do grupo Synergy, que também controla a colombiana Avianca, diminuiu o impacto da queda de movimento de passageiros desde o início da crise econômica global. Segundo o diretor-executivo da empresa, Renato Pascowitch, no primeiro trimestre deste ano houve um recuo de 3% no número de bilhetes vendidos no mercado doméstico, em relação a igual período do ano passado. O resultado tenderia a ser pior, não fosse a reestruturação da malha que elevou de 150 mil para 250 mil a oferta de assentos.

"Com essa expansão, conseguimos ser mais competitivos no mercado corporativo, já que passamos a atuar em horários mais procurados para voos, o que diminuiu o impacto que a crise econômica poderia provocar", afirmou.

A empresa atingirá 90 voos diários a partir desta semana. Estava no início deste mês com 74. A maior expansão será no aeroporto Santos Dumont, no Rio, com oito novos voos. Com isso, o aeroporto na região central do Rio passará a concentrar um sexto dos voos da empresa. Pascowitch prevê um crescimento de receita de 17% com o aumento das frequências no Santos Dumont.

Nova malha ajuda resultado da Ocean Air

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Com sorteios e brindes, cresce o número de anunciantes em busca da atenção dos passageiros

Daniele Madureira e Roberta Campassi, de São Paulo – Valor

Logo após o serviço de bordo, enquanto se ajeita nas poltronas da ponte aérea Rio-São Paulo da Gol, o passageiro é surpreendido por uma propaganda a 38 mil pés de altitude: "Senhoras e senhores, a Dell computadores gostaria de lhes desejar um ótimo voo. Para isso, preparou ofertas exclusivas para você, cliente Gol: o recém-lançado Inspiron Mini, o netbook de nove polegadas que já vem com modem 3G integrado e pesa cerca de um quilo, e o Adamo, o notebook 'ultra slim', o mais fino do mercado! Confira hoje mesmo estas e outras ofertas exclusivamente no site www.dell.com.br/gol e tenha uma excelente viagem!"

O texto acima, que a Gol garante durar só 30 segundos, tem sido repetido pelos comissários em dez voos diários da companhia na ponte Rio-São Paulo, desde 15 de abril, até o próximo dia 17. Antes da propaganda no alto falante, a marca da Dell já havia sido anunciada nas bandejas dos passageiros. Ao fim da viagem, a equipe de bordo se despede distribuindo folders em tamanho real dos computadores da fabricante.

Esse é um exemplo de ação cada vez mais comum em pleno voo: a participação da tripulação das duas maiores empresas aéreas do país - TAM e Gol - nas campanhas a bordo, algo que vai além dos tradicionais adesivos de bandeja, dos anúncios no encosto de cabeça ou da propaganda grudada na janelinha, já realizados há mais tempo. Para os anunciantes, é uma chance de garantir atenção cativa e altamente qualificada, uma vez que a maior parte do público pertence às classes A e B. Já as companhias aéreas conseguem uma receita adicional que, embora incipiente, vem crescendo.

A Gol, por exemplo, arrecadou R$ 3,3 milhões em 2008 com a venda de espaços publicitários nas aeronaves e com ações de marketing que têm a participação da sua tripulação. O montante, segundo Carlos Koga, sócio da agência Elipse, responsável pelo programa "Mídia on board" da Gol, é cerca de cinco vezes maior que o resultado de 2007, quando o acidente com o avião da TAM prejudicou os negócios. "Este ano, nossa meta é crescer 20%", afirma Koga. Mas Tarcísio Gargioni, vice-presidente de marketing e serviços da Gol, afirma que, mais do que gerar receita, o objetivo de transformar a aeronave em mídia é oferecer "entretenimento" aos passageiros. "Especialmente quando envolvem sorteios e distribuição de amostras, são ações simpáticas", diz Gargioni. Em 2008, a Gol realizou 47 ações de marketing dentro das suas aeronaves, contra 28 de 2007.

Já a TAM espera que a receita com esse tipo de iniciativa compense parte dos gastos que a companhia tem com entretenimento a bordo - que envolvem, por exemplo, a compra de conteúdo para TV e a produção dos veículos impressos. "Conseguimos uma amortização interessante, mas não a cobertura total dos gastos", diz Manoela Amaro, diretora de marketing da TAM, que não revela quanto obtém com as ações.

A Nextel está entre os anunciantes da TAM e, desde dezembro, marca presença em voos do Rio e de São Paulo para as principais capitais do Nordeste, onde iniciou suas operações. Hoje, mantém ação nos voos para o Espírito Santo, mercado em que desembarca em breve. No ar, o comissário informa que o avião obteve autorização para pouso e logo emenda a campanha publicitária: "Assim como você, a Nextel também está chegando a Vitória". Nesse caso, o passageiro não recebe brinde.

Diferentemente do que pretende fazer a Unilever, com a extensão de linha da margarina Becel. A partir de sexta, dia 15, o iogurte da marca vai estar presente nos voos com café da manhã, para degustação de 330 mil passageiros. Em 2008, a Unilever já havia testado o espaço aéreo com a divulgação das sopas instantâneas Knorr e agora repete a dose. Nas duas ações, a tripulação vai se encarregar do discurso ("speech").

Embora a TAM sempre tenha permitido o envolvimento dos comissários no marketing a bordo, foi só recentemente que os anunciantes aderiram a essa possibilidade, "mais rápida e cirúrgica", segundo Manoela Amaro. Ainda assim, na companhia, a "mídia" mais cara e procurada são os adesivos nas mesas acopladas nas poltronas (também chamadas de bandejas), que mudam de três em três meses.

"Tem espera de um ano e meio para novos anunciantes", diz a diretora da TAM. Fiat e PwC já figuram nas mesinhas e têm preferência na renovação do contrato.

"É o momento em que o público está realmente disponível, inclusive, com o celular desligado", afirma Maria Lúcia Antônio, gerente de publicidade da Fiat, que acaba de fechar mais um contrato, de um ano, em 101 aeronaves, para a nova campanha do Linea. No lançamento do carro, em setembro, foram sorteadas miniaturas do veículo e três mil caixinhas de chocolates finos.

O preço para estar nas alturas não é exatamente baixo. A Piccadilly divulgou sua nova coleção de calçados em 2 mil voos da Gol, entre os dias 20 de abril e 9 de maio. Segundo Cristine Grings Nogueira, diretora de marketing da Piccadilly, os cerca de R$ 500 mil que pagou para a Gol na ação equivalem a três anúncios na revista Contigo, da editora Abril. "Mas na revista eu não tenho a garantia de que os cerca de 170 mil leitores semanais perceberam o meu anúncio, enquanto que na Gol sei que os 280 mil passageiros tiveram algum envolvimento com a minha marca, já que a tripulação distribuiu a revista no fim do voo", diz.

Fazer as vezes de garoto propaganda, por sinal, já está no contrato de trabalho dos comissários da Gol que, assim como os da TAM, não ganham nada a mais por isso. A prática é condenada pelo Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA). "Já tivemos brigas homéricas em torno desse assunto", diz Graziella Baggio, presidente do SNA e ex-comissária da Vasp. Segundo ela, foi Wagner Canhedo, antigo dono da Vasp, que deu início ao marketing a bordo, nos anos 90. "O sindicato questionou junto ao Ministério Público e ao antigo Departamento de Aviação Civil (DAC), porque se trata de desvio de função, e as aéreas pararam", diz. Mas agora, segundo Graziella, as companhias voltaram com tudo. "E já não acontece apenas em datas específicas, como Natal e Páscoa, tornou-se recorrente e à revelia da vontade do comissário".

Apesar das queixas, a Azul, fundada ano passado, está disposta a ter anunciantes em seus aviões "em questão de semanas", diz o diretor de marketing, Gianfranco Beting. "Hoje, qualquer receita adicional é significativa, ainda mais para uma empresa que está se lançando". Segundo ele, ações envolvendo comissários serão usadas com parcimônia, para evitar constrangimentos.

Ações incomodam alguns passageiros

A estudante de psicologia Marília Carvalho aterissou em Fortaleza, no último dia 26, disposta a escrever um e-mail de reclamação à TAM. O motivo do incômodo era a quantidade de publicidade a bordo, que a cliente considerou "abusiva". "Havia propaganda em tudo que é lugar: na mesinha, no encosto de cabeça, na revista de bordo, no canal de TV...", diz. A avalanche publicitária terminou já perto do pouso com uma mensagem sobre a Nextel, narrada pela comissária de bordo. "Achei uma estratégia muito agressiva, especialmente porque o anúncio na revista eu posso não ver, mas o adesivo na bandeja ou o discurso da comissária não tem como evitar", diz. O e-mail, segundo ela, só não foi escrito ainda "por falta de tempo".

Assim como Marília, há outros usuários que se incomodam com a publicidade a bordo, mas essa reação "está longe de ser a percepção geral" dos passageiros, garante Manoela Amaro, diretora de marketing da TAM. Ela conta que pesquisas feitas com clientes mostram que em geral eles gostam das ações a bordo, especialmente das que envolvem sorteios ou experiências novas, como degustação de produtos. "Mas eventualmente tem, sim, reclamação."

Para tentar evitar desconforto, Manoela explica que a TAM criou regras para as inserções. Discursos publicitários feitos pela tripulação, por exemplo, estão limitados a dois por voo. Na TV, a quantidade de comerciais transmitidos em áudio aberto, que podem ser ouvidos por todos, está fixada em até três.

Tarcísio Gargioni, vice-presidente de marketing e serviços da Gol, considera importante que as ações de promoção a bordo gerem algum tipo de benefício para o público e uma forma de "entretenimento".

Mídia a bordo da aeronave envolve até tripulação

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Ele vai apresentar proposta que obriga presidente nomear um militar como ministro Defesa

Eugênia Lopes, BRASÍLIA – O Estado de SP

Irritado com a demissão de um irmão e uma cunhada da Infraero, órgão subordinado ao Ministério da Defesa, o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), anunciou ontem que vai apresentar uma proposta de emenda à Constituição que obrigue o presidente da República a nomear um militar da ativa ou da reserva para comandar a pasta.

A emenda de Jucá é uma retaliação à decisão do ministro Nelson Jobim, que elaborou e conseguiu a aprovação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para o plano de demissões de indicados políticos da Infraero - empresa estatal que trata da infraestrutura dos aeroportos. Um dos demitidos foi Oscar Jucá Neto, irmão do líder do governo, que era assessor da Infraero no Recife. A cunhada de Jucá, Taciana, mulher de Oscar, também foi demitida.

"Se depender de mim, o ministro Jobim fica. Aliás, ele fica até eu aprovar a minha proposta de emenda constitucional, que define que o ministro da Defesa precisa ser militar da ativa ou da reserva para entender de defesa", disse ontem Jucá, em discurso no plenário do Senado. Ele explicou que reclamou com o ministro das Relações Institucionais, José Múcio Monteiro, da forma "deselegante" como ocorreram as demissões.

"Registrei dentro do governo a falta de cortesia, a falta de educação, a falta de civilidade que se fez ao demitir, não o meu irmão, mas qualquer pessoa que trabalhasse na Infraero, da forma como fizeram, porque nós, políticos, não podemos entender que a classe política seja motivo para demissão de alguém", observou Jucá.

Na tentativa de afastar as especulações de que o PMDB pressiona o governo contra as demissões de apadrinhados políticos da Infraero, Jucá garantiu que não pediu a ninguém para seu irmão Oscar ser readmitido na Infraero. "Não pedi para meu irmão voltar, não falei com o presidente Lula para meu irmão voltar", afirmou Jucá, ao observar que pediu até hoje apenas a modernização do aeroporto de Boa Vista.

CONCURSO

O líder do governo defendeu ainda a realização de concurso público para a Infraero. "Se a Infraero vai ser preparada para ser privatizada, ótimo, vamos discutir o modelo de privatização. Se a Infraero só vai ter diretores da Casa, ótimo. Agora, vamos fazer um concurso público para botar os melhores servidores da Casa e não pessoas indicadas ou de panelinhas ligadas a grupos políticos dentro da Infraero", disse.

Depois de reunir-se na segunda-feira com o presidente Lula, o ministro Jobim confirmou que, dos 98 cargos políticos da Infraero, 28 foram afastados.

A ideia é que só 12 vagas sejam de indicação política. As demissões de apadrinhados políticos do PMDB causaram rebelião na bancada do partido. De acordo com Jobim, as demissões continuarão e o trabalho do brigadeiro Cleonilson Nicácio, presidente da estatal, tem por objetivo tornar a Infraero mais profissional.

Jucá fará emenda para retaliar Jobim por demissões na Infraero

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Reprodução de imagem exibida pela rede de TV KNBC e distribuída hoje pela agência AP mostra contêiner de bagagens de metal sugado pela turbina de um Boeing 747, quando o avião estava deixando terminal, segunda-feira, em Los Angeles.

 

 

Boeing 747 suga container de bagagens

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11 maio 2009

Vitor Abdala

Repórter da Agência Brasil

Rio de Janeiro - O ministro da Defesa, Nelson Jobim, afirmou hoje (8) que é preciso “acelerar a modernização” da infraestrutura aérea brasileira, principalmente por causa da proximidade de eventos como a Copa do Mundo de futebol, em 2014.

A afirmação de Jobim foi uma resposta aos jornalistas que perguntaram sobre as demissões na Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária (Infraero) e a reestruturação da estatal. “Essas ações visam exatamente a ter uma empresa que cumpra com suas obrigações junto do contexto do sistema aéreo brasileiro”, afirmou Jobim.

O ministro voltou a negar que haja algum mal-estar entre ele e o seu partido, o PMDB. No início da semana, alguns peemedebistas criticaram a decisão da Infraero de demitir funcionários supostamente indicados pelo partido.

Nelson Jobim diz que é preciso acelerar modernização da infraestrutura aérea do país

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Jornal do Senado

As regras do projeto (PLS 114/04) que trata do atraso e cancelamento de voos e da venda de assentos em número maior do que a capacidade das aeronaves – o overbooking – devem ser mais equitativas, penalizando as empresas aéreas, mas também os consumidores. Esse equilíbrio foi defendido pela maior parte dos participantes de audiência pública realizada na quarta-feira pela Comissão de Desenvolvimento Regional e Turismo (CDR).

Para o diretor da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Marcelo Pacheco dos Guaranys, as empresas aéreas devem ser punidas pelo overbooking, mas os passageiros também deverão receber punição quando confirmarem reserva e não comparecerem ao embarque. Ele também considera razoável reduzir o limite de tolerância de atrasos de voos das atuais quatro horas para duas horas, quando deverá começar a assistência aos passageiros (alimentação, translado ou hospedagem). Já as exigências de ônibus suficientes para todos os passageiros viajarem sentados do terminal até o avião e de prazo de 20 minutos para entrega de bagagens seriam excessivas, avaliou Guaranys.

CDR debate direitos dos passageiros e overbooking

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Valor

A taxa de ocupação da Gol Linhas Aéreas em abril registrou aumento de 7,8 pontos percentuais em relação a março por conta dos três feriados prolongados de Páscoa, Tiradentes e Dia do Trabalho. Porém, quando comparado a abril de 2008, o tráfego doméstico de passageiros caiu 14,8% e a capacidade diminuiu 5,9%. A taxa de ocupação total na companhia aérea , incluindo os mercados doméstico e internacional, foi de 59% em abril.

Taxa de ocupação da Gol

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Valor

A Embraer fechou parceria de quatro anos com a Volvo Aero Services, nos EUA, nomeando-a como centro de distribuição oficial de peças originais para aeronaves da Embraer. Com sede em Boca Raton, Flórida, a Volvo Aero Services comercializará peças de reposição e gerenciará estoques. Cerca de 4 mil peças para o modelo Bandeirante, Brasilia e a família de jatos ERJ 145 estão incluídas nesse acordo. A Embraer informou que pretende ampliar o contrato.

Embraer e Volvo

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Principais mudanças são a transformação das 70 lojas em franquias e a expansão dos vôos fretados

Roberta Campassi, de São Paulo – Valor

A TAM Viagens, operadora da TAM focada em vender pacotes turísticos que incluem passagens da empresa-mãe, vai restruturar toda a sua rede de lojas e engrossar a carteira de produtos. As mudanças ocorrem num momento em que a demanda desacelera e as companhias aéreas precisam fazer mais esforço para encher os aviões.

Uma das medida de maior impacto é a transformação do conjunto de representantes comerciais da TAM Viagens em uma rede de franquias, ao longo deste ano. Os objetivos são elevar a fidelidade dos parceiros, padronizar o funcionamento das lojas e acelerar a expansão, conta Sylvio Ferraz Júnior, diretor da operadora.

Um dos problemas do atual modelo comercial da empresa é a facilidade que alguns representantes têm de vender pacotes que não sejam da TAM Viagens - e que, consequentemente, podem incluir bilhetes de empresas aéreas que concorrem com a TAM. Outra dificuldade, diz Ferraz, é padronizar os treinamentos de funcionários e a administração das lojas.

A adoção da franquia, contudo, obrigará os parceiros a seguir programas de treinamento e usar um único sistema de gestão, que dará à TAM Viagens um controle maior sobre as vendas de cada unidade. "O modelo de franquia formaliza mais os processos e o comprometimento de todos aumenta", diz.

A expectativa da operadora é que, ao longo de 2009, 100% dos cerca de 70 representantes se transformem em franqueados e que o novo modelo viabilize a abertura de 20 a 30 novas lojas até o fim do ano.

O consultor especializado em franchising Paulo Ancona, da Vecchi Ancona, conta que nem todos os representantes aceitam adotar a franquia, uma vez que, nesse processo, a relação a autonomia diminui. Mas, diz o consultor, a padronização ajuda a focar resultados e objetivos.

"Mesmo que a empresa perca alguns parceiros no início, o modelo de franquia permite uma expansão bem mais rápida depois e, sem dúvida, uma operação mais rentável", afirma.

Outra mudança importante é que a própria TAM Viagens e outras quatro operadoras - Visual, Nascimento, Marsans e MMTGapnet - começarão a fretar aviões da TAM. Os primeiros voos fechados ocorrem em julho, para Bariloche (Argentina), e continuam durante o segundo semestre para cidades do Nordeste. Antes, apesar de ser uma subsidiária integral da TAM, a TAM Viagens só podia comprar assentos disponíveis em voos regulares da companhia aérea, devido a um acordo de fretamentos exclusivos entre a TAM e a CVC, maior operadora turística do país.

Nos últimos anos, porém, tanto a TAM quanto a CVC deram passos em direção a uma maior independência entre si. A primeira se movimentou para expandir sua operadora de viagens, enquanto a segunda comprou sua própria empresa aérea em 2007, a Webjet.

Hoje, embora ainda distante da CVC, a TAM Viagens é a segunda maior operadora do país.

Segundo Ferraz, o faturamento dobrou no primeiro trimestre de 2009. Em 2008, a empresa movimentou R$ 412 milhões - 250% mais do que em 2007 - e transportou 335 mil pessoas. A CVC embarcou 1,7 milhão de clientes no ano passado.

O maior objetivo da TAM Viagens, diz Ferraz, é vender passagens da TAM em voos fora do horário de pico e na baixa temporada, para quem viaja a lazer. Assim, a operadora vem adquirindo importância no atual cenário econômico, marcado por desaceleração do tráfego aéreo e queda na ocupação. Na semana passada, o vice-presidente de finanças da TAM, Líbano Barroso, destacou que a subsidiária é um dos instrumentos da grupo para estimular viagens por meio de preços mais baixos sem "canibalizar" as tarifas mais altas .

Neste ano, a TAM Viagens também começa a vender passagens de trem dentro da Europa. A demanda no Brasil por esse tipo de serviço movimenta € 7 milhões por ano. A empresa também venderá pacotes para a Copa do Mundo de 2010, na África do Sul, para onde a TAM planeja começar a voar em setembro.

TAM Viagens altera estrutura comercial e adiciona produtos

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