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12 maio 2010

DA REDAÇÃO - FOLHA DE SP

Após submarinos captarem possíveis sinais sonoros das caixas pretas da aeronave, os investigadores franceses encarregados de determinar as causas do acidente com o voo 447 da Air France afirmaram ontem que esperam encontrar os destroços do Airbus-A320.

Com as novas informações, a área de busca pelo avião foi reduzida para 200 km2. As pesquisas agora se voltam a um novo perímetro, em local mais ao sudeste da região onde se procurava o Airbus (a cerca de 1.500 km de Recife), segundo o diretor do BEA (órgão francês que investiga o acidente), Jean-Paul Troadec.

Ele assegurou que os sinais captados pelo submarino nuclear correspondem por intensidade e frequência aos emitidos pelas caixas-pretas dos aviões e descartou que sejam sons de origem biológica ou geológica.

Em dois dias, de acordo com Troadec, os submarinos do navio norueguês Seabed Worker encerrarão as pesquisas nessa nova área.

Apesar de admitir que a zona de busca é muito complexa devido ao relevo acidentado no fundo do mar, a uma profundidade entre 2.600 e 3.600 metros, ele assinalou que essa é a melhor pista até o momento.

Às 23h14 de 31 de maio do ano passado, o Airbus-A320 da Air France emitiu uma mensagem automática de despressurização e pane elétrica. As causas do acidente permanecem desconhecidas.

Ao todo, foram resgatados do oceano 50 corpos -20 eram de brasileiros e os outros 30, de estrangeiros.

Apenas pequenas partes dos destroços foram encontrados.

Após captar sinais sonoros, França espera achar destroços

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Check-in Depois da cobrança para despachar mala e pelo lanche a bordo, empresas passaram a pedir adicional de quem quer escolher lugar ou ocupar os cobiçados bancos na fila de emergência

Susan Stellin, THE NEW YORK TIMES - O Estado de S.Paulo

As companhias aéreas continuam tentando encontrar formas de cobrar mais dos passageiros. Agora, a principal experiência é em torno do quanto podem pedir para deixar o cliente marcar assentos nos voos - por enquanto, os valores variam de US$ 5 a US$ 50 nos trechos domésticos nos Estados Unidos.

São dois tipos de taxas. AirTran Airways e Sprit Arlines, por exemplo, querem de US$ 6 a US$ 20 adicionais para permitir que o passageiro possa decidir onde sentar. Caso contrário, a pessoa será alocada de forma randômica, no check-in. Já outras empresas decidiram cobrar pelos assentos cobiçados, aqueles com mais espaço para estender as pernas ou os localizados na parte da frente do avião.

Continental, Frontier, JetBlue, United e US Airways estão taxando os chamados assentos premium. E a British Airways decidiu fazer os dois tipos de cobrança. "Bancos perto da saída de emergência têm área para esticar a perna. Entendo que eles queiram vender esses locais", disse Matt Dimler, fundador do seatguru.com. O site ficou famoso por trazer mapas das aeronaves e dar dicas sobre os melhores assentos. Ele só não acha fazer sentido a cobrança para sentar na frente do avião. "Acho que não vale a pena pagar US$ 8 para isso. Qual seria a vantagem? Desembarcar mais rápido?"

A JetBlue batizou seus bancos premium como EML, sigla para "even more legroom" e promete que os clientes terão 10 centímetros a mais para estender a perna. Os valores estão sendo testados, mas ficam em torno de US$ 10 (voos curtos), US$ 25 (média distância) e US$ 40 (trechos longos, como de Nova York a Los Angeles). Recentemente, quando voei JetBlue, os únicos lugares sem cobrança extra eram no meio das filas.

A política das taxas está longe de ser clara na maioria das empresas. A Spirit Airlines só dá informações sobre isso depois que o cliente comprou a passagem. E representantes da Continental e da US Airways se recusam a revelar os tipos de assento pelos quais as companhias aéreas estão cobrando.

Empresas aéreas turbinam lucro com os extras

Os números do faturamento explicam o empenho das companhias aéreas para criar taxas adicionais nos voos. Relatório divulgado na semana passada pelo Departamento de Transportes dos Estados Unidos mostrou que as empresas de aviação do país arrecadaram US$ 8 bilhões (cerca de R$ 14 bilhões) em taxas extras no ano passado.

Nenhum centavo desse lucro se refere a bilhetes aéreos. Foram consideradas apenas as taxas cada vez mais criativas impostas aos passageiros - como cobranças para transportar bagagem, animais e instrumentos musicais e acréscimos para a compra de bilhetes por telefone.

A Delta foi a campeã de lucro com taxas: US$ 1,6 bilhões (R$ 2,9 bilhões). Em porcentuais, a Spirit Airlines ficou em primeiro lugar: no quarto trimestre de 2009, 21% de sua receita operacional veio de taxas extras.

Agora, a taxa é para marcar assento no voo

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Franceses esperam novidades na procura por rastos da fuselagem
 
O Globo

Autoridades francesas disseram ontem que esperam anunciar a partir de amanhã novidades nas buscas pela fuselagem do Airbus da Air France que caiu sobre o Atlântico em 31 de maio de 2009, matando 228 pessoas. Segundo Jean-Paul Troadec, diretor do Escritório de Pesquisas e Análises (BEA, na sigla em francês), que investiga as causas do acidente, se a fuselagem for encontrada na nova zona de buscas, isso significa que "o avião deu meia volta para retornar ao Brasil, embora não saibamos as razões disso". A nova área de buscas se encontra a 75 km ao sudoeste da última posição do voo AF 447 conhecida nos radares. Ou seja, o avião estaria em uma área anterior, já sobrevoada. Segundo Troadec, nessa região não há fortes correntes marinhas.

O navio norueguês Seabed Work, que patrulha a nova área de buscas delimitada na semana passada, de 200 km² (e não 100 km², como haviam afirmado as autoridades francesas anteriormente), já percorreu dois terços da zona, informa o BEA. A área toda terá sido vasculhada hoje. Não foi descartado que os dados coletados possam revelar a localização de restos do avião.

— Procuramos a fuselagem, peças que podem ser mais facilmente localizadas. Poderíamos localizar depois as caixas pretas, que se encontrariam nessa zona — afirma Troadec.

A nova área vasculhada, bem mais reduzida que os 2,5 mil quilômetros quadrados da fase anterior, iniciada em abril, possui fundos submarinos entre 2,6 mil e 3,6 mil metros de profundidade e um relevo relativamente acidentado, o que dificulta os trabalhos das equipes.

Essa zona, ao sul da área onde as buscas estavam sendo realizadas em abril, foi delimitada na semana passada após nova análise de dados sonoros coletados por um submarino francês entre junho e julho do ano passado, durante a primeira fase de buscas.

Autoridades não comentam possível meia volta do avião

A hipótese de que avião teria tentado retornar ao Brasil já havia sido levantada pelo jornal "Le Figaro", citando fontes governamentais francesas. Troadec disse preferir não fazer especulações sobre os motivos do suposto retorno do avião para o Brasil, após a decolagem no Rio de Janeiro:

— Mesmo se encontrarmos a fuselagem nessa nova área, é muito cedo para tirar as conclusões das causas do acidente.

Alain Bouillard, investigadorchefe do acidente no BEA, diz que só será possível entender as razões da suposta meia volta quando as caixas-pretas da aeronave forem localizadas.

Airbus: buscas em nova área quase concluídas

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Juliana Ennes, do Rio - Valor

A decisão sobre o modelo de gestão aeroportuária brasileiro não deverá sair este ano, segundo a presidente da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Solange Paiva Vieira. Ela disse, após evento promovido pelo Valor e pelo "Financial Times" no Rio, o "Brazil Infrastructure Summit", não acreditar que a decisão saia neste governo.

O modelo da Anac prevê um operador internacional, com participação de empresas brasileiras. Não haverá restrição à participação de capital estrangeiro.

Os dois principais modelos, que dividem opiniões do governo e da iniciativa privada, são a concessão de alguns aeroportos para empresas privadas ou a abertura de capital da Infraero -- defendida ontem pela candidata à Presidência da República, Dilma Rousseff. Neste caso, a abertura de capital levaria à obrigatoriedade de manutenção do monopólio da gestão dos aeroportos sob o comando da Infraero.

O modelo americano, por exemplo, é totalmente público e é considerado bom. No entanto, a presidente da Anac lembrou ser preciso entender a realidade brasileira. "Quando a gente pensa em manter uma empresa pública com características do setor privado, tem que ter em mente que ela nunca vai conseguir a eficiência de uma empresa privada, porque ela tem limitações burocráticas de funcionamento, como a questão do concurso público, a contratação mais lenta", disse.

Mesmo no caso das concessões, Solange lembrou que a Infraero continuaria existindo, já que o Brasil é um país com diversos aeroportos que cumprem uma função social, mas, do ponto de vista econômico, são deficitários. "A gente sempre vai conviver com uma estrutura pública", afirmou.

Uma vez tomada a decisão sobre qual o tipo de modelo a ser implementado, a Anac teria condições de colocá-lo em funcionamento em até um ano. Eventuais atrasos na infraestrutura para a Copa do Mundo dependerão diretamente da velocidade das obras. Solange acredita ser necessário pensar logo em qual modelo será adotado, para que a demanda não fique reprimida, já que o crescimento do fluxo de passageiros tem crescido a taxas acima de 20%.

Modelo de gestão de aeroportos fica para próximo governo

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Roberto Rockmann, para o Valor, do Rio

Um dos gargalos mais visíveis do setor de infraestrutura no Brasil está nos aeroportos. Quem viaja com frequência vê filas nos estacionamentos, no embarque, nos saguões e na hora de pegar as malas. Em seis anos, o número de passageiros nos aeroportos brasileiros cresceu 80%, impulsionado pela melhoria da renda, crédito mais acessível e redução das tarifas. Calcula-se que em 2009 cerca de 10% dos passageiros voaram pela primeira vez, um número que deverá crescer ao longo dos próximos anos, porque menos de 10% da população brasileira utiliza o transporte aéreo.

Em abril, segundo dados da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), o movimento de passageiros teve alta de 23,6% na comparação anual. "Neste ano, o setor deve ter um crescimento também de dois dígitos", diz a diretora-geral da Anac, Solange Vieira. Calcanhar de aquiles da infraestrutura nacional, o segmento terá de acelerar investimentos para atender à crescente demanda, impulsionada pela expansão do mercado interno e pela realização da Copa do Mundo em 2014 e pela Olimpíada em 2016. "Desde julho, temos verificado crescimento de 20% no movimento de passageiros e batido recordes de demanda, o que gera descompasso entre oferta e demanda em alguns aeroportos."

O presidente do Sindicato Nacional dos Nacional das Empresas de Arquitetura e Engenharia Consultiva (Sinaenco), José Roberto Bernasconi, afirma que o aeroporto de Guarulhos, o mais movimentado do país, está operando com uma demanda de 22 milhões de passageiros por ano, 10% acima do que sua capacidade. "É preciso agir com rapidez", afirma.

"Há uma grande necessidade em expandir os aeroportos brasileiros", diz o presidente da A-Port, Roberto Deutsch. Constituída no fim de 2007 e reunindo Camargo Corrêa, aeroporto de Zurique e a chilena Gestión e Ingeniería, a empresa busca oportunidades no setor aeroportuário na América Latina.
 
No Brasil, a A-Port detém a concessão do estacionamento do aeroporto de Congonhas, em São Paulo.

"O setor não pode ficar apenas concentrado com os recursos do Orçamento Geral da União, e a concessão é uma alternativa para resolver gargalos no segmento", analisa Deutsche.

Ao contrário de outros países da América Latina, como Argentina, Uruguai, Chile, Equador, Peru e Colômbia, o Brasil não adotou o sistema de concessões no setor aeroportuário. "Isso cria uma oportunidade, porque o governo poderá examinar todos os prós e contras de experiências de outros países para adotar o melhor modelo de gestão no Brasil", frisa Deutsch.

De olho na alta da demanda, os aeroportos brasileiros deverão receber mais de R$ 6 bilhões em recursos nos próximos quatro anos para aumentar sua capacidade. O aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, opera acima do seu limite de capacidade nos horários de pico. O governo prevê investir R$ 1,4 bilhão nos próximos quatro anos para construir um terceiro terminal de passageiros e elevar a capacidade para 30 milhões de passageiros.

Além dos investimentos, o governo estuda o modelo de concessão para alguns aeroportos brasileiros. O novo marco regulatório pode permitir que empresas privadas administrem alguns aeroportos do país e que a Infraero, ao se tornar também uma concessionária, disponha de ativos que são pré-condição para a abertura do seu capital. Com isso, a empresa poderá captar recursos no mercado para investir.

A diretora da Anac afirma que o estudo da implementação de concessões no setor aeroportuário está sendo discutido pelos Ministérios da Defesa, Casa Civil e Fazenda, mas Solange não acredita que ele seja divulgado este ano. "Deve ficar para o próximo governo, mas, se for decidido no próximo governo, isso não deve impedir investimentos, dependendo da velocidade que as decisões forem tomadas". Segundo ela, tomada a decisão de que seria aberta a possibilidade de concessão no setor, a Anac poderia realizá-la entre seis e 12 meses.

Para ela, é essencial elaborar um modelo para aumentar a infraestrutura aeroportuária que reflita sobre três pontos. O primeiro seria pensar se faz sentido manter um modelo monopolista, como é o atual em que a Infraero detém 97% dos aeroportos do país. Segundo, se haverá participação pública e privada  convivendo. Nos Estados Unidos, o modelo é público, enquanto na Europa é misto. Por fim, hoje o setor é muito dependente dos investimentos públicos, concentrados no Orçamento Geral da União e ainda podendo ser modificados por vontades políticas. "Isso precisa estar em mente", destaca Solange.

Outro setor que enfrenta problemas é o portuário. "Em 2009, os portos movimentaram 730 milhões de toneladas, que é um montante 70% acima do apurado dez anos antes", afirma o presidente do Grupo Libra, Marcelo Araújo. Hoje o segmento tem 120 portos, sendo que a maioria é formada por terminais privados e 25% deles é de portos públicos. "Com o crescimento da economia e sua sofisticação, os contêineres terão uma forte expansão", diz Araújo.

Um grande problema dos portos são seus acessos rodoviários e ferroviários. Estimativas do Ministério da Agricultura apontam que 20% da safra de grãos (cerca de 20 milhões de toneladas) são embarcados em portos distantes dos locais de produção. Grande parte da soja do Centro-Oeste e do Nordeste é embarcada em Santos.

Dificuldades no embarque aumentam

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A venda de bilhetes com preços menores a partir da semana que vem depende de a Anac autorizar a entrada da Azul na capital

Karla Mendes - Correio Braziliense

O preço da passagem aérea para Campinas, São Paulo, poderá ficar mais barato para o brasiliense a partir da semana que vem. A companhia Azul, que estreará no Aeroporto Internacional de Brasília Juscelino Kubitschek em 1º de agosto, com três voos diários para a cidade paulista, depende apenas da aprovação da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) para começar a venda dos bilhetes.

"Assim que recebermos autorização, iniciaremos as vendas", revela Gianfranco Beting, diretor de Marketing da Azul, em entrevista ao Correio. O executivo não revelou o valor que será cobrado, mas garantiu que haverá promoções bastante atrativas, seguindo a estratégia da companhia de oferecer tarifas com preços abaixo do mercado para estimular os clientes a experimentar os serviços da empresa.

Para operar a rota, a companhia adquiriu dois novos jatos da Embraer, modelo 195, com capacidade para 118 lugares cada um. "São dois aviões novinhos, especialmente adquiridos para inaugurar essa linha", observou Beting. No total, serão oferecidos 354 assentos diários de Brasília para Campinas e outros 354 no sentido contrário, da cidade paulista para a capital federal. Os horários dos voos, em cada um dos sentidos, serão assim distribuídos: um de manhã, um à tarde e outro à noite.

A Anac informou que a Azul entrou com o pedido de hotran (horários de voo autorizados pela agência) em 23 de abril e que a agência tem até 15 de julho para deliberar sobre a autorização. Os horários pleiteados pela Azul, partindo de Brasília, são: 11h16, 15h44 e 20h21. De Campinas, os voos partiriam às 8h42, 13h25 e 17h55.

Novas rotas

A partir da demanda verificada, Brasília poderá ganhar novas rotas da Azul no segundo semestre. "Vai depender do comportamento do mercado", disse Beting. Este ano, a companhia receberá mais quatro aeronaves. As perspectivas da companhia para os próximos anos são muito otimistas. Ao longo de 5 anos, as encomendas de jatos da Embraer somam 80 unidades, calçadas na previsão de que a demanda de passageiros por voos domésticos no mercado brasileiro crescerá 2,5 vezes em uma década. "Em 10 anos, o número de passageiros de transporte aéreo no Brasil passará de 60 milhões para 150 milhões. A gente acredita que isso vai acontecer não só pelo estímulo a quem não podia viajar de avião e passará a poder, como também pelo incentivo ao tráfego de pessoas que podem pagar por um bilhete aéreo, mas não viajavam porque achavam que o serviço era deficiente", considerou.

Desde que estreou no mercado, há pouco mais de um ano, Brasília sempre esteve no radar da Azul. "A gente sempre teve a intenção de servir Brasília. Só não fizemos isso antes porque a cidade é dominada por duas empresas (TAM e Gol). Precisávamos ter mais musculatura e receber novos aviões", disse Beting. O executivo afirmou que não é intenção da companhia roubar passageiros das concorrentes, pois há um grande mercado em potencial no Brasil e, sobretudo, em Brasília. "Sabemos do mercado que Brasília tem", concluiu.

PARA SABER MAIS

Empresa atua em 20 destinos

A Azul começou a voar em dezembro de 2008, ligando Campinas a Porto Alegre e Campinas a Salvador. Hoje, a companhia conecta 20 destinos: Campinas, Porto Alegre, Curitiba, Maringá, Navegantes, Florianópolis, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Campo Grande, Vitória, Salvador, Recife, Maceió, Fortaleza, Natal, Manaus, Goiânia, Cuiabá, Porto Seguro e São Paulo. É a única com uma frota de 15 jatos 100% brasileira, os modernos E-Jets fabricados pela Embraer. A estratégia é vender bilhetes a preços competitivos. A empresa também apostou em espaço maior entre as poltronas (mínimo de 31 polegadas) e um serviço de bordo diferenciado das concorrentes.

Mercado cresce 23,48% em abril

O mercado de aviação brasileiro obteve crescimento de 23,48% em abril na comparação com março, conforme dados divulgados ontem pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). A grande beneficiada foi a TAM, que depois de ver a Gol encostar com apenas 0,31 ponto percentual de diferença em março, voltou a abrir vantagem de 1,44 ponto percentual, alcançando 42,13% de participação no mercado, contra 40,69% da Gol.

Assim como em meses anteriores, as companhias de menor porte consolidaram posição no ranking nacional. A Webjet figura como a terceira maior companhia, com 5,89% de participação. A Azul aparece em quarto lugar (5,56%), seguida da Avianca — nova marca da OceanAir —, com 2,45%. A Trip ocupa a quinta posição, com 2,29% de participação. As companhias de menor porte já representam 17% do mercado. Ao fazer a contraposição dos números de abril com o mesmo mês de 2009, a Passaredo foi a companhia que obteve o maior crescimento: 152%. O segundo melhor índice foi alcançado pela Trip (126%), seguida da Webjet (96%) e da Azul (89%). Nesse intervalo, a Gol cresceu 29% e a TAM registrou expansão de 6%. De janeiro a abril, as companhias brasileiras acumularam alta de 32% na demanda, em relação ao mesmo período de 2009.

Na análise da Link Investimentos, os números expressivos de crescimento do mercado de aviação no Brasil em contraposição com o desempenho de 2009 é resultado da fraca base de comparação, já que o Brasil, assim como o resto do mundo, estava mergulhado na crise mundial. Pelo fato de abril estar inserido no período de baixa temporada, a corretora observa que a taxa de ocupação das aeronaves foi de 64,8%, o que representa um avanço de 1,8 ponto percentual em relação ao mesmo mês do ano passado.

O relatório da Link considera que o setor aéreo brasileiro está passando por um bom momento. A maior preocupação, segundo o relatório, é a infraestrutura aeroportuária, que se mostra insuficiente para atender à demanda em diversos terminais do país. Estudo divulgado pelo Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias, no início do ano, revelou que mutios aeroportos brasileiros estão com a capacidade esgotada e que os investimentos previstos para a ampliação dos terminais para a Copa do Mundo estão aquém das necessidades do mercado.

Passagens aéreas mais baratas

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Proposta da agência está em análise pelo Ministério da Defesa e pela Casa Civil

Mercado cresce acima de 20% pelo décimo mês; agência cita descompasso entre demanda de clientes e oferta aeroportuária

JANAINA LAGE
SAMANTHA LIMA
DA SUCURSAL DO RIO - Folha de SP

A decisão sobre o modelo de gestão dos aeroportos deverá ficar para o próximo governo, disse ontem a presidente da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), Solange Vieira.

Caso a decisão seja tomada em 2011, o novo governo deverá definir se a administração de aeroportos no país deve ficar a cargo da iniciativa privada, permanecer sob a gestão de uma empresa estatal, a Infraero, ou passar a ser feita em parcerias público-privadas.

Segundo especialistas, a definição de um modelo é essencial para viabilizar investimentos antes da Copa e dos Jogos Olímpicos. Questionada sobre o impacto da demora do governo, Vieira disse que dependerá da velocidade das obras.

Vieira participou ontem de seminário sobre infraestrutura promovido pelo "Valor Econômico" no Rio. Segundo a presidente da agência, é preciso discutir se o monopólio na administração dos aeroportos é o modelo mais adequado e se deve ficar a cargo de empresa pública, que tem restrições para investimentos e contratações.

"Quando a gente pensa em manter uma empresa pública operando com características de setor privado, a gente tem de ter em mente que nunca vai conseguir a eficiência de uma empresa privada porque ela tem limitações burocráticas".

Os números da agência evidenciam o crescimento da demanda. Com maior acesso a crédito e passagens mais em conta, o fluxo de passageiros no mercado doméstico teve alta maior que 20% em dez meses.

A TAM continua a liderar em participação de mercado, com 42,13%, seguida pela Gol, com 40,69%. Empresas com uma fatia menor do mercado registraram crescimento expressivo no fluxo de passageiros. A Webjet teve alta de 96%, e a Azul, de 89%, na comparação com abril do ano passado.

Sem investimentos compatíveis em infraestrutura, os terminais de passageiros começam a ficar saturados. "As empresas estão fazendo milagre, criando voos noturnos adicionais, mas há sinais de estrangulamento em alguns aeroportos", afirma Paulo Bittencourt Sampaio, consultor em aviação.

O aumento da demanda sem investimento em infraestrutura não interfere apenas no conforto do passageiro. Para as companhias aéreas, ela pode resultar em restrições ao uso de aeroportos, nos moldes do que ocorre em Congonhas.

A agência realiza estudos para definir quais outros aeroportos poderão ficar saturados. Segundo Vieira, desde o ano passado o crescimento no uso dos aeroportos não é mais centrado em São Paulo, e sim no Rio de Janeiro e em Brasília.

De janeiro a abril, as companhias brasileiras têm alta de 32% na demanda ante igual período do ano passado.

Mudanças em aeroportos ficarão para 2011, diz Anac

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Aeronave procedente da África do Sul transportava 93 passageiros e 11 tripulantes

Efe

Um avião de bandeira Líbia caiu nas proximidades de Trípoli matando todos os 104 pessoas que estavam a bordo - 93 passageiros e 11 tripulantes. As informações foi divulgada pelo canal de televisão Al Arabiya, que cita fontes oficiais.

Segundo o correspondente da Al Arabiya na Líbia, a queda do avião, que procedia de Johanesburgo, não está relacionada com a nuvem de cinzas do vulcão islandês, mas por enquanto ainda são desconhecidas as causas da tragédia.

O acidente aconteceu para por volta de 1h (pelo horário de Brasília), segundo o canal televisivo, que assegurou que o avião ficou destruído ao se chocar com a pista de aterrissagem. Ainda não há informação sobre a nacionalidade dos passageiros.

Avião cai na Líbia e mata mais de cem pessoas

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Aumento de passageiros em abril mostra aquecimento. Gol encosta na TAM, que mantém liderança

Henrique Gomes Batista - O Globo

O mercado de aviação civil voltou a crescer fortemente em abril, em comparação com mesmo mês do ano anterior. Segundo a presidente da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Solange Vieira, a alta foi de 23,6% em relação ao número de passageiros transportados.

A agência informou que a TAM continuou liderando o mercado, com uma participação de 42,13% no mês, abaixo, no entanto, do mesmo período de 2009, quando detinha 49,20%. A Gol continua com participação próxima: 40,69% neste mês, contra 38,77% em abril do ano passado.

A Webjet manteve a terceira posição, com 5,89% de mercado em abril (contra 3,70% no mesmo período de 2009), seguida de perto pela Azul, com 5,56% (era 3,62%). A Avianca, novo nome da OceanAir, deteve 2,45% do mercado contra 2,77%; e a Trip conquistou 2,29% (era 1,25%).

No acumulado do primeiro quadrimestre do ano, a briga pela liderança entre TAM e Gol se acirrou. A TAM acumula participação no ano de 42,32% (contra 49,45% em igual período de 2009), seguida de perto pela Gol, com 41,17% (era 39,93%).

Para a presidente da Anac, isso mostra que o crescimento continua forte no país, diferentemente do que ocorre na aviação mundial, o que aumenta a importância do debate sobre o novo modelo de negócios para os aeroportos.

O debate sobre o novo marco está em discussão em diversos órgãos, como a Casa Civil e os ministérios de Planejamento, Defesa e Fazenda.

Mas acredito que não deverá ser concluído neste governo afirmou Solange, no Rio, em seminário sobre infraestrutura organizado pelos jornais Valor Econômico e Financial Times.

Segundo Solange, é necessário para o país debater a conveniência de ter uma única empresa monopolizando os aeroportos, no caso a Infraero. Ela adiantou também que estão sendo realizados estudos técnicos na Anac sobre a capacidade dos maiores aeroportos do país.

Os estudos devem ficar prontos até o fim do ano e novas restrições podem ser aplicadas em alguns terminais, a exemplo do que ocorre em Congonhas. O aeroporto paulista é o único do país que funciona por slots, ou seja, cada empresa tem um período de tempo para movimentar suas aeronaves nas pistas.

Mercado de aviação no país cresce 23%

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07 maio 2010

Agência de Notícias Estado do Paraná
 
O governador Orlando Pessuti reafirmou o compromisso do Governo do Paraná e do Governo Federal em investir no aeroporto da cidade. O prefeito de Maringá, Sílvio Barros II, pediu a ampliação do quadro do Corpo de Bombeiros no terminal, durante abertura da Escola de Governo, nesta quinta-feira (6), realizada em Maringá, na interiorização do Executivo estadual.

Segundo o prefeito, a Agência Nacional de Aviação Civil e a Infraero exigem o aumento do efetivo para que o Aeroporto de Maringá receba mais voos. "Há demanda para isso e as companhias aéreas têm interesse em operar novas linhas. O aeroporto atende não só Maringá, como outros municípios da região", afirmou Sílvio Barros.

O governador ressaltou que, em audiência com o ministro da Defesa, Nélson Jobim, recebeu a garantia de investimentos nos aeroportos do Paraná. O encontro entre Pessuti e Jobim ocorreu em Brasília, no mês passado. "O Paraná tem apenas três aeroportos sob gestão da Infraero: o de São José dos Pinhais, o de Foz do Iguaçu e o de Londrina. Os outros são mantidos pelos municípios. Quando estive em Brasília com o ministro Jobim, ele se comprometeu a liberar dois caminhões de bombeiros para Cascavel e Maringá", relembrou Pessuti.

Aeroporto de Maringá deve receber investimentos

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DA SUCURSAL DO RIO
DE GENEBRA - Folha de SP

O presidente do Snea (Sindicato Nacional de Empresas Aeroviárias), José Marcio Mollo, afirmou que as propostas da União Europeia são prejudiciais ao mercado brasileiro.

Para ele, caso as medidas entrem em vigor, as empresas nacionais perderão ainda mais espaço no tráfego Brasil-Europa.

"Dizem que isso é do interesse do consumidor. Meia dúzia de pessoas viaja para o exterior, mas, se pegarmos os dados do balanço de pagamentos, isso será negativo para o país. Vamos deixar de trazer divisas."

Segundo Mollo, o país ainda não recuperou o patamar de participação em voos para a Europa que tinha antes da crise da Varig, apesar de a TAM ter investido em voos para a região.

Ele diz que a abertura de voos entre Europa e Brasil é inevitável, mas precisa ser feita de modo gradual para não afetar as empresas. No final de 2008, a fatia da TAM era de 23%.

Nos cálculos de Paulo Bittencourt Sampaio, consultor em aviação, a participação que a Varig tinha no início de 2005 ainda é 12,8% maior do que a da TAM na região no primeiro trimestre deste ano.

Sampaio é favorável à abertura de voos, mas afirma que, diante da pressão das empresas, a solução agora seria a definição de um acordo com um grande número de frequências, que inclua as projeções de crescimento da demanda.

A UE propõe ainda a liberalização de investimentos em companhias aéreas. O sindicato das empresas defende um aumento do limite de participação em estrangeiras dos atuais 20% do capital para 49%.

Sindicato das empresas aéreas critica proposta

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Proposta em análise pela Comissão Europeia prevê abertura mútua de mercado, com aumento do número de rotas diretas

Com Copa e Olimpíada, ideia é ampliar o fluxo anual de passageiros em 335 mil; hoje o número está em torno de 4 milhões por ano

LUCIANA COELHO DE GENEBRA
JANAINA LAGE DA SUCURSAL DO RIO - Folha de SP

De olho na Copa de 2014 e na Olimpíada de 2016, a Comissão Europeia quer negociar com o Brasil um acordo para abrir mutuamente o mercado de aviação, que passa por dificuldades. Entre outras propostas, está o aumento do número de voos diretos, reduzindo conexões domésticas.

A ideia é aumentar o fluxo anual de passageiros, hoje em torno de 4 milhões, em 335 mil já no primeiro ano de vigência. A proposta escrita pelo comissário de transportes da União Europeia, Siim Kallas, estima que um tratado criaria benefícios anuais de € 460 milhões (R$ 1,1 bilhão) ao consumidor.
 
"Recomendarei a todos os ministros do transporte da UE que abram negociações com o Brasil o quanto antes visando maior abertura e padrões regulatórios mais altos", escreve.

O comissário vai ao Rio no fim do mês para uma cúpula de aviação civil entre UE e América Latina, quando será assinado um acordo sobre segurança e outro em serviços do setor.

Ante o pedido de Kallas, cabe agora aos ministros dos 27 países do bloco referendarem a abertura de negociação. Em média, até a conclusão, acordos sobre temas específicos fechados pela UE levam dois anos.

Segundo a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), o que o Brasil discute no momento é a definição em bloco com a UE do número de voos entre o país e a região.

Atualmente, a definição do número de frequências semanais é feita por meio de acordos bilaterais, negociados com cada país. O objetivo da mudança é aumentar o número de voos ligando o Brasil à região.

Segundo a Folha apurou, não há interesse do governo brasileiro em apoiar a prática de "céus abertos", que seria equivalente ao fim das restrições para voos entre Europa e Brasil. Entre as empresas, a mais afetada em caso de eventual mudança seria a TAM, que tem participação minoritária no tráfego Brasil-Europa.

Latinos em alta

Os europeus estão interessados nas possibilidades do mercado brasileiro com a realização da Copa e da Olimpíada -a fragilidade da malha aérea brasileira é constantemente citada pela Fifa e pelo Comitê Olímpico Internacional.

Além disso, o crescimento projetado para a América Latina -4,1%, segundo a Iata, principal entidade do setor- é o maior do mundo, enquanto na Europa a expectativa era de retração de 0,6%, isso antes da erupção do vulcão islandês, o que significa que o percentual deve ser bem maior.

Como um todo, as aéreas deveriam perder US$ 2,8 bilhões neste ano. O fechamento do espaço aéreo da UE por cinco dias por causa do vulcão causou prejuízos de US$ 1,7 bilhão.

Para a Iata, acordos assim são bem-vindos. "A liberalização, com campo aberto para competição, é o meio pelo qual o setor avançará", disse à Folha o porta-voz Anthony Concil.
 
A expectativa é que, com o acordo, as empresas europeias possam aumentar a frequência de voos diretos e que restrições à capacidade e à frequência caiam de ambos os lados.

"Hoje, muitas empresas da UE usam o máximo dos direitos de tráfego permitidos, sobretudo em São Paulo", escreveu à Folha o porta-voz da Comissão Europeia Dale Kidd.

Europa quer liberação de voos com Brasil

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Ministério da Defesa, porém, não sabe se há possibilidade de resgate; famílias afirmam estar esperançosas
 
O Estado de SP

Quase um ano após o avião que fazia o voo 447 da Air France cair no Oceano Atlântico entre o Rio e Paris, o Ministério da Defesa da França informou que já sabe a área em que se encontram as caixas-pretas. Não há, contudo, garantias de que os equipamentos que registram as informações de voo e podem ajudar os especialistas a esclarecer as causas do acidente serão resgatados.

"Estamos longe de ter a certeza de que podemos trazer para a superfície as caixas-pretas", advertiu o general francês Christian Baptiste, porta-voz adjunto do Ministério. O Exército francês não tem intenção de enviar meios próprios para tentar localizar o lugar exato no qual estão as caixas-pretas e extraí-las.

O que resta do Airbus A330 da Air France está numa área de três quilômetros quadrados, duas horas ao sul do local onde um navio norueguês vasculha o fundo do mar atualmente. A área foi delimitada com base em gravações submarinas da primeira fase de buscas aos restos do avião, realizada em junho do ano passado. A análise dos sinais só foi concluída anteontem, com auxílio de algoritmos.

O Escritório de Pesquisas e Análises da França (BEA) anunciou que as operações de buscas nessa área limitada serão reiniciadas hoje. Um robô equipado com câmeras de vídeo vai vasculhar as profundezas.

Custos

€ 13 milhões

é o que já foi gasto nas buscas pelas caixas-pretas do Airbus da Air France. Nesta semana, as duas empresas anunciaram € 1,5 milhão cada.

Famílias.

"É um grande consolo para as famílias, porque a Air France e o BEA disseram que precisavam das caixas-pretas para elucidar o caso", disse o presidente da Associação de Vítimas do Voo 447, Nelson Marinho. "Quando minha mulher escutou as notícias pela manhã, desatou em soluços. Mais de 200 famílias vivem em desespero, querendo saber o que ocorreu. Eu perdi o meu filho e seu corpo não foi encontrado. Somente 50 corpos foram achados."

A expectativa é de que a descoberta permita estabelecer responsabilidades pelo acidentes. No mês passado, a imprensa francesa divulgou que peritos judiciais apuram se a falta de manutenção das sondas de velocidade (pitots) causou o acidente.

França define área de 3 km em que estaria a caixa-preta do voo 447

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Aparelho doado pelo governo americano detecta drogas até dentro do corpo e será usado também em aeroportos do Rio e de Recife e Manaus

Bruno Boghossian - O Estado de S.Paulo

Passageiros que embarcarem em quatro grandes aeroportos brasileiros podem ser selecionados, a partir deste mês, para passar pelo novo e polêmico aparelho de escaneamento corporal, o "body scanner". O equipamento, que funcionará na área de embarque internacional de Guarulhos (SP), Galeão (Rio), Recife e Manaus, foi apresentado ontem pela Polícia Federal. O objetivo é impedir o embarque de armas, explosivos ou drogas.

O uso do aparelho em aeroportos dos Estados Unidos e do Reino Unido levantou questionamentos sobre a invasão da intimidade dos passageiros, já que a máquina permite enxergar "sob as roupas" dos investigados. A PF esclareceu que a imagem - gerada a partir da radiação emitida pelo equipamento, como uma radiografia - só tem capacidade de mostrar ossos, órgãos, objetos e o contorno do corpo.

O superintendente da PF no Rio, Ângelo Gioia, admitiu que a técnica pode ser considerada invasiva, "mas no limite". "A legislação permite a busca pessoal quando há fundadas suspeitas de atividade ilícita. Esta técnica seria menos invasiva que outras já em vigor, mais constrangedoras", afirmou. "Nunca há excesso quando se fala de segurança."

Procedimento.

Quando o scanner entrar em operação nos quatro aeroportos, suspeitos não deverão mais passar por revistas pessoais ou se despir durante os procedimentos de buscas. Se um passageiro despertar a desconfiança dos agentes durante os procedimentos de segurança tradicionais antes do embarque, ele será levado a um ambiente reservado e passará sob um portal - no mesmo formato dos detectores de metais - em um procedimento que dura cerca de sete segundos. Como nas revistas tradicionais, mulheres só poderão ser acompanhadas por policiais do sexo feminino.

Armas escondidas sob as roupas, explosivos, munições e até drogas introduzidas no corpo são detectados pelo aparelho. "Se eu tiver uma carteira no bolso com uma medalha, será possível identificar a inscrição nessa medalha", comparou Gioia.

Doação americana.

A instalação dos equipamentos é também um sinal de que o País tenta atender aos padrões internacionais de segurança diante da realização da Copa de 2014 e dos Jogos Olímpicos de 2016, inclusive no combate ao terrorismo.

Os quatro portais entregues à PF, avaliados em US$ 145 mil cada, foram doados pelo Departamento de Estado americano. Para o embaixador dos EUA no Brasil, Thomas Shannon, o equipamento vai contribuir para aumentar a segurança no continente. "Há vários exemplos de êxito desse equipamento nos EUA. Não podemos revelar informações por motivos de segurança, mas posso assegurar que essa máquina já salvou muitas vidas", afirmou.

A apresentação do equipamento também contou com a participação de um representante da agência americana de combate ao tráfico de drogas, a DEA.

Os policiais que vão operar os "body scanners" nos aeroportos estão sendo treinados por técnicos e radiologistas para poder interpretar as imagens. A PF informou que os aparelhos começam a funcionar este mês, mas não estabeleceu data específica.

Segurança de voo supera garantia individual, diz OAB

O uso do novo equipamento não pode ser considerado uma violação da intimidade, segundo o procurador-geral da Ordem dos Advogados do Brasil no Rio (OAB-RJ), Ronaldo Cramer.

"A segurança do voo e do aeroporto é uma questão de interesse público, que supera a garantia da intimidade", afirma o advogado. Na visão dele, uma vez que substitui métodos tradicionais, como a revista por apalpamento e buscas que obrigam o suspeito a se despir, o equipamento pode ser avaliado como menos invasivo. "Trata-se de uma medida menos constrangedora do que as que estão em vigor", diz Cramer.

Cumbica vai ganhar neste mês scanner corporal

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Passageiros podem até se recusar a passar por aparelho, mas serão impedidos de entrar na área de embarque
 
O Globo

O embaixador dos Estados Unidos, Thomas Shannon, entregou ontem à Polícia Federal, no Aeroporto Internacional Tom Jobim, o novo aparelho de escaneamento de corpo, conhecido como body scan, doado pelo governo americano. O superintendente da PF, Angelo Gioia, esteve na cerimônia e explicou que o body scan pode detectar em poucos segundos objetos por baixo das roupas ou dentro do corpo dos passageiros, como explosivos, armas de fogo, drogas, facas, pedras preciosas e aparelhos eletrônicos.

— Com esse aparelho, um suspeito passa por um constrangimento menor do que em outras ações da Polícia Federal, já que pode detectar algo errado muito mais rapidamente — disse Gioia.

Procurador-geral do OABRJ, Ronaldo Cramer afirmou que a operação tem de ser acompanhada, a fim de se averiguar se ela não vai violar o direito constitucional à intimidade.

Ele ressaltou que o passageiro pode até se recusar a passar pelo aparelho, mas, neste caso, poderá ser impedido de entrar na área de embarque.

— O poder de revista é inerente ao poder da polícia. O que fala mais alto neste caso é o interesse público. No entanto, em tese, esse aparelho só poderá ser utilizado em caso de uma pessoa ser suspeita de algum delito. Se for mulher, é necessário que uma policial mulher faça a operação — afirmou o advogado.

No Brasil, aeroportos de São Paulo, Manaus e Recife também vão receber o aparelho.
 
No Rio, de acordo com o delegado do aeroporto, Alcyr Vidal, o aparelho será instalado no Terminal 1, onde há mais voos internacionais.

— Esse aparelho não viola a privacidade. Ele não mostra a pele das pessoas. É como se fosse uma radiografia. Os Estados Unidos fizeram essa doação visando a proteger os voos que saem daqui para lá. Para nós será importante, porque temos de nos adaptar às exigências dos eventos internacionais que vêm por aí: a Copa e as Olimpíadas — disse Vidal.

Aeroporto Tom Jobim já tem 'body scan'

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