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31 março 2010

Três anos após a aquisição da companhia aérea, Constantino Júnior, presidente da Gol, revela as dificuldades enfrentadas após a compra

Débora Thomé - O Estado de S.Paulo

Há três anos, em uma operação de US$ 320 milhões, a Gol adquiriu a Varig ? ou o que havia restado dela. Na época, a Gol estava interessada na marca Varig, em sua operação internacional, no programa de fidelidade Smiles e nos slots de Congonhas ? horários de pouso e decolagem no aeroporto mais rentável do País. Mas quase nada saiu como o esperado.

A marca Varig praticamente desapareceu. Hoje, a bandeira só está presente em voos para três destinos: Aruba, Bogotá e Caracas. As operações de longo curso, como viagens para a Europa, não estão mais nos planos da companhia e o número de slots disponíveis, apesar de relevante, foi reduzido após o acidente da TAM em Congonhas e as restrições impostas ao aeroporto.

Em entrevista ao Estado, Constantino Júnior, presidente da Gol, fez um balanço desses três anos: contou que não esperava a desordem nos processos que encontrou na Varig e falou sobre o futuro da ex-gigante do setor aéreo: "Não vemos uma oportunidade no mercado doméstico para explorar esta marca."

O que deu certo e o que deu errado na aquisição?

É difícil colocar assim. A gente enxergava alguns ativos importantes: espaço nos principais aeroportos brasileiros; direito de explorar algumas rotas internacionais; o Smiles, o maior programa de relacionamento da América Latina. Mas a empresa vinha passando por um processo de deterioração da qualidade operacional. Foi surpreendente para mim encontrar uma empresa de aviação naquele estágio.

Quais foram essas surpresas?

Eles não estavam negligenciando as questões de segurança. Era algo mais voltado às questões de controles. Às vezes tinha surpresa de uma turbina que estava num fornecedor que nós não sabíamos.

Os processos da empresa praticamente não existiam. De repente, aparecia uma nota fiscal em uma gaveta, uma coisa que na Gol está muito distante da realidade. Não tinha protocolo (de contrato com fornecedores), não tinha uma centralização. Isso foi surpresa, mas faz parte do negócio. Se estivesse tudo certo, talvez não houvesse um vendedor.

Na época da compra, a expectativa era que a Gol, junto com a Varig, ganhasse participação de mercado e ultrapassasse a TAM. Por que isso não aconteceu?

A aquisição da Varig não estava voltada à conquista da liderança em participação de mercado. Estava muito mais voltada a um fortalecimento da posição da empresa nos principais mercados, leia-se Sul e Sudeste, que é o principal pólo gerador de tráfego no Brasil. E isso a Varig nos trouxe.

Um dos principais problemas logo após a aquisição foi com os voos internacionais. Qual foi o erro da Gol?

Partimos para os voos de longo curso (para a Europa e o México), mas não tivemos êxito. Nós talvez tenhamos cometido um erro estratégico: oferecer um produto sem um diferencial, fosse ele a redução de custo ou melhoria substancial na qualidade do serviço. Entramos nos voos internacionais com aviões que não eram os mais modernos, isso implicou um maior consumo de combustível. Outro ponto: a Varig não tinha acordo de code share (cooperação para o transporte de passageiros) com nenhuma companhia aérea. Tínhamos um prazo para colocar esses voos em operação e conseguimos. Mas o fato é que nosso produto não gerava atratividade.

E agora, qual será o destino da marca Varig?

Apesar de estar sendo usada pontualmente, a marca Varig ainda é reconhecida pelo serviço. Assim, ela vai continuar a atender destinos onde o atributo das duas classes dentro do avião (a econômica e a mais sofisticada) é valorizado. Mas nós não percebemos, hoje, uma oportunidade no mercado doméstico para explorar essa marca. Entendemos que o modelo da Gol, para voos curtos, é o mais adequado: é mais espartano em relação ao serviço de bordo, mais voltado à eficiência e tem custo menores com tarifas menores.

A empresa pretende reativar os voos para a Europa e México?

Não. Queremos apenas expandir para o Caribe e fazer voos charter. A partir de junho, todos os 14 aviões que adquirimos na época da compra da Varig estarão voando (até agora, alguns deles ainda estavam sem operar). As aeronaves estão sendo reconfiguradas para uma classe única, com 260 assentos.

O senhor enxerga outros problemas da aquisição?

Passamos por situações que foram ocasionadas por questões exógenas. Um dos principais ativos eram os slots em Congonhas, que tiveram um valor operacional importante nessa transação. Dois meses após a aquisição da Varig, houve o acidente em Congonhas e as restrições ao aeroporto foram impostas. Ao mesmo tempo, a Varig tinha poucos aviões e muitos slots em Congonhas. E a Gol tinha, proporcionalmente, muito mais aviões que slots. Mas, sem a autorização do Cade, não conseguíamos realmente extrair a sinergia da equação.

A compra da Varig saiu cara?

Não é questão de pagar barato ou caro. A Varig não vinha bem, mas ela fazia sentido para uma empresa como a Gol, que tinha como extrair um benefício. Diria que foi negociado, que foi um preço justo. Pagamos US$ 98 milhões em dinheiro, o restante em ações. Apenas um acordo de emissão de cartões de crédito entre Gol, Smiles, Banco do Brasil e Bradesco permitiu a empresa capitalizar recursos de R$ 250 milhões. Na época, a Varig vinha dando muito prejuízo, exigia aporte de capital. Porém, se você observar, depois desse outubro, os resultados passaram a ser positivos.

Há novos planos de parcerias no exterior?

Temos parcerias com empresas como Air France/ KLM, American e Aeroméxico, integrando os programas de milhagem. Tenho acordo de confidencialidade, mas estamos conversando na Europa, nos Estados Unidos e na África.

A Gol ainda tem de lidar com heranças da Varig?

Esqueletos a gente não tem nenhum. A preocupação foi executar o plano de recuperação judicial, o que já fizemos. Cumprimos todos os pontos previstos naquele contrato. Não temos preocupação. Dizer isso talvez seja um exagero, mas estamos muito tranquilos.

Quais são os planos para o caixa da Gol, atualmente acumulado em mais de R$ 1,5 bilhão?

Isso atende ao objetivo de manter o nível de caixa equivalente a 20% das receitas dos últimos 12 meses. Estamos elevando o patamar para algo em torno de 25%. A indústria é muito volátil, passa por ciclos e é demandante de caixa. Isso nos dá conforto para buscar melhor negociação com os fornecedores, baixar o custo de dívida da empresa. Um caixa forte faz parte da estratégia financeira conservadora.

Quais serão os vetores de crescimento da Gol daqui para frente?

Estamos estudando a nova classe média. Identificamos que, em um raio de 100 quilômetros dos aeroportos em que a Gol opera, existe uma população de 11 milhões de pessoas que poderia considerar a possibilidade de voar de avião. Hoje, temos entre 15 e 16 milhões de pessoas viajando de avião no Brasil. Falamos de um potencial enorme. Estamos tentando entender qual é a necessidade de cada uma dessas comunidades. Algumas iniciativas já estão sendo tomadas, como a flexibilização do Voe Fácil, nosso programa de parcelamento de passagens que tem 2 milhões de clientes. Também queremos ter ações específicas para três grupos: os migrantes, os universitários e os usuários de internet.

Mas, para trazer a nova classe média para o setor, não é preciso melhorar a infraestrutura aeroportuária?

No passado, nenhum especialista no setor projetava um crescimento de 3,5 vezes o PIB, o que se ouvia era que a demanda era inelástica. Houve uma grande mudança de cenário. É evidente a necessidade de investimentos em infraestrutura e isso afeta diretamente o nosso negócio. Hoje, o que estamos fazendo é desviar as conexões de São Paulo para os aeroportos de Confins, Brasília e Galeão. Em número de voos, todo o nosso crescimento já se dá fora de São Paulo. Outra medida que estamos tomando é trocar nossa frota por aviões 25% maiores, para levar mais passageiros.

Problemas de gestão da Varig surpreenderam Gol

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Paralisação afeta 30% dos voos. Não houve cancelamentos no Brasil

Da Bloomberg News

LONDRES e RIO. A greve de tripulantes da companhia aérea British Airways entrou ontem no segundo de quatro dias sem qualquer sinal de acordo, numa disputa por salários e condições de trabalho. Segundo a empresa, cerca de 60 mil clientes deixarão de embarcar durante a paralisação, iniciada no sábado e com previsão de encerramento amanhã. Os cancelamentos afetarão 30% dos voos de longa duração a partir do aeroporto de Heathrow, em Londres.

No Brasil, os dois voos da British Airways previstos para ontem no Aeroporto de Guarulhos em São Paulo chegaram e partiram sem problemas, de acordo com a Infraero. No Aeroporto Internacional Tom Jobim (Galeão), no Rio, não havia voos da companhia previstos para ontem.

British diz que vai embarcar 75% dos passageiros

A greve ocorre após uma paralisação de três dias dos tripulantes da British Airways encerrada no dia 22, com prejuízo de 21 milhões de libras (R$ 56,97 milhões), de acordo com cálculos da empresa.
 
A última reunião entre o diretorexecutivo da British, Willie Walsh, e o líder do sindicato Unite, Tony Woodley, ocorreu no dia 19 de março. Todas as tentativas dos árbitros para reunir os dois numa mesa de negociação falharam.

O porta-voz da companhia, Euan Fordyce, disse ontem que a British Airways vai embarcar 75% dos passageiros com reservas. Do aeroporto de Heathrow, 70% dos voos de longa distância e 55% dos de curta duração estão operacionais, disse o porta-voz.

— Conseguimos remarcar um número significativo de passageiros — disse Fordyce. — Alguns foram remarcados para voos mais cedo ou mais tarde, e outros foram transferidos para outras empresas.

Voos do aeroporto da cidade de Londres (exclusivo para rotas de curta duração) e Gatwick, na região metropolitana de Londres, estão 100% operacionais, segundo Fordyce:

— Até agora, a British Airways fez um bom trabalho, conseguindo manter um razoável cronograma de voos — afirmou, por sua vez, Gert Zonneveld, analista da Panmure Gordon, em Londres.

— Dito isso, uma das coisas que não se pode medir são os casos de reservas feitas no exterior, particularmente pelos passageiros de voos longos, que correm um risco razoável de não conseguir voltar.

British Airways entra no segundo dia de greve (29/03) e 60 mil são

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Jornal do Commércio
 
O primeiro voo da companhia aérea Passaredo desembarca no aeroporto Internacional dos Guararapes na madrugada de hoje, e já movimenta as expectativas nos negócios entre Pernambuco e São Paulo. O voo, que será diário, parte de Ribeirão Preto, em uma aeronave com capacidade para 50 passageiros.
 
Além de oferecer mais uma opção de voo entre os dois Estados, a companhia tem o foco direcionado para o business e a economia de tempo, já que suas rotas entre os destinos são sem escala.
 
Os negócios entre São Paulo e Pernambuco serão aquecidos, já que os dois Estados lidam com o mercado sucroalcooleiro, afirma o assessor especial da Empetur, Gilson Azevedo.

A Empetur já ofereceu novos dados e estudos à Passaredo para estudar a viabilidade de rotas para Petrolina e Caruaru. O aeroporto de Petrolina registrou movimentação recorde em 2009, com 207.200 passageiros, crescimento de 31% nos números se comparados aos de 2008. Já Caruaru se destaca em todo o Agreste, responsável pela maior economia da região, motivado principalmente pelo setor das confecções. A capital do forró fica em um ponto estratégico, entre os grandes produtores do setor como Toritama e Santa Cruz do Capibaribe.

Primeiro voo da Passaredo desembarca no Recife

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Alberto Komatsu, de São Paulo - Valor

Depois de passar por diferentes perfis de empresas, como Brasil Foods, Pão de Açúcar e Bank Boston, Cláudia Pagnano, nova vice-presidente de mercado da Gol, vai aproveitar suas experiências anteriores para ajudar a segunda maior empresa aérea brasileira a dar um salto no seu relacionamento com o cliente. E, apesar de estar apenas há duas semanas na companhia, já divulgou metas ambiciosas para alcançar esse objetivo.

A Gol quer encerrar 2010 com 9,1 milhões de clientes no programa de milhagem Smiles, ou 40% a mais do que sua base atual de 6,5 milhões de pessoas. A empresa também quer que 20% do faturamento venha de receitas auxiliares (tudo o que não é venda de passagens) até o fim de 2011, sendo que este ano essa proporção vai passar dos atuais 12% para 14%, conta Cláudia.

Parte dessas metas, diz ela, será possível com o investimento numa nova plataforma tecnológica para o Smiles, que vai transformar seu portal num meio de conhecer o passageiro para interagir melhor com ele. "Conhecer o perfil do cliente Smiles é fundamental para a gente criar inteligência de como se relacionar com ele", afirma Cláudia, de 42 anos. Outra forma de relacionamento será a utilização de redes sociais. A Gol está em fase experimental no Twitter.

A executiva, que antes da Gol trabalhou por 16 meses na Brasil Foods, está revisando para cima o plano de ter seis lojas do Voe Fácil até o fim de 2010. Atualmente, a Gol tem apenas uma loja que permite que o consumidor possa comprar passagens parceladas em até 36 vezes, no Largo 13 de maio, zona sul de São Paulo, região de grande concentração popular.

"Continuaremos a ser obcecados por custo, por entregar uma companhia aérea democrática, mas podemos entregar essa companhia, que quer trazer essa nova classe média para poder voar, com maior consistência", afirma Cláudia. Como exemplo de novos produtos para manter o passageiro fiel e conquistar outros, ela lembra que o serviço de bordo pago será oferecido em 500 voos por dias, sendo que atualmente esse produto é oferecido em 42 voos.

Cláudia afirma que a Gol também estuda oferecer mais espaço entre algumas poltronas nos aviões, cobrando um adicional pelo maior conforto, a exemplo de outras empresas de custos e tarifas baixas. A executiva diz que pretende em breve conhecer outras empresas desse nicho de mercado numa viagem que fará à Escócia, onde vai disputar uma meia maratona, seu maior hobby.

"Como responsável pela receita da Gol, é minha missão dentro da empresa poder resgatar essa nossa essência, o jeito Gol de fazer", diz Cláudia, que vai comandar cinco áreas distintas: comercial, cargas, yield management (gerenciamento de tarifas) e alianças, marketing e comunicação. Claudia diz que gostaria de ter o equivalente 1,5% da receita da Gol, de quase R$ 7 bilhões em 2009, para investir em marketing, mas não acredita que terá esses recursos no curto prazo.

Ontem, a empresa anunciou uma nova classificação das suas tarifas que não alterou os preços. São quatro classes diferentes: comfort, flexível, programada e promocional. O objetivo é simplificar para que o consumidor da nova classe média possa compreender a estrutura tarifária da companhia.

Gol planeja ampliar em 40% base do Smiles este ano

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SILVANA ARANTES
DE BUENOS AIRES - Folha de SP

A Justiça argentina realizou ontem uma diligência na sede da companhia aérea estatal Aerolíneas Argentinas em busca de provas de um suposto pagamento de suborno na operação de compra de 20 aviões E-190 fabricados pela Embraer.

A suspeita de superfaturamento no contrato -de US$ 700 milhões (R$ 1,2 bilhão) e que conta com financiamento do BNDES- foi revelada em setembro pelo diário argentino "La Nación".

A perícia de ontem foi determinada por um juiz federal, a partir de uma denúncia anônima enviada a ele e ao jornal, apontando um assistente do ex-secretário de Transportes do governo Cristina Kirchner, Ricardo Jaime, como negociador do suborno. Jaime deixou o cargo em julho passado, acuado por acusações de corrupção.

O atual secretário de Transporte argentino, Juan Pablo Schiavi, negou enfaticamente a existência de irregularidades no contrato da Aerolíneas e sua subsidiária Austral com a Embraer.

Schiavi afirmou que, "numa operação entre [dois] países, seria impensável algum tipo de manobra dolosa como a que se descreve". O secretário disse que os aviões foram adquiridos por "seu preço de mercado".

No Brasil, a Embraer soltou nota em que "refuta veementemente especulações sobre superfaturamento ou quaisquer irregularidades no processo de venda de aeronaves para a Austral".

Quando se instalou a polêmica, a Aerolíneas Argentinas informou que "o valor de compra unitário é de US$ 30,5 milhões. A esse valor somam-se US$ 4,4 milhões referentes a [itens] opcionais".

Justiça busca provas de suborno em contrato Aerolíneas-Embraer

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Juíza determina prazo e pode enquadrar chefe do Cenipa; Procuradoria quer documento para decidir inquérito do maior acidente aéreo do País

Bruno Tavares e Fausto Macedo - O Estadao de S.Paulo

A juíza Paula Mantovani Avelino, da 1.ª Vara Federal Criminal de São Paulo, deu prazo de 48 horas para que o brigadeiro Jorge Kersul Filho, chefe do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), encaminhe cópia assinada e rubricada do relatório final sobre a tragédia do voo 3054 da TAM, sob pena de enquadrá-lo por crime desobediência.

O pedido atende a solicitação do procurador da República Rodrigo De Grandis, que aguarda o documento para decidir se oferece denúncia (acusação formal à Justiça), pede novas diligências ou arquiva o inquérito aberto pela Polícia Federal (PF) para apurar responsabilidades no maior acidente aéreo do País. O desastre ocorrido em 17 de julho de 2007 no Aeroporto de Congonhas, na zona sul de São Paulo, deixou 199 mortos.

A investigação da PF concluiu que os pilotos da TAM foram os únicos culpados pela tragédia. O relatório do Cenipa, no entanto, indica que as dificuldades de operação em Congonhas, a pressão silenciosa da companhia aérea para que se evitasse pousar em aeroportos alternativos em dias de chuva, as condições meteorológicas adversas naquele dia e até a conjuntura da crise aérea tiveram influência negativa sobre a tripulação, que num descuido teria deixado de seguir o correto procedimento para o uso das manetes (espécie de aceleradores do avião).

Resistência

. Os militares relutam em ceder relatórios para processos judiciais por entenderem que têm caráter exclusivamente preventivo, como pregam as entidades internacionais de investigação de acidentes aeronáuticos. Para a juíza, no entanto, "o não atendimento da diligência, após decorrido lapso temporal tão extenso, configura resistência injustificada ao cumprimento de expressa ordem judicial, além de grave ofensa aos princípios constitucionais ordenadores da administração pública".

Em outubro do ano passado, a magistrada já havia fixado prazo de 30 dias para que o Cenipa apresentasse cópia do relatório final do acidente. Entretanto, o material juntado pelos militares ao processo teria vindo sem assinaturas ou rubricas dos responsáveis pela apuração. Em sua petição, De Grandis sustenta que, dessa forma, o documento não tem valor jurídico.

Procurado ontem, Kersul disse que não se opõe a entregar o relatório ao Ministério Público Federal (MPF). "Fiz contato com o gabinete do De Grandis na semana passada porque queria uma cópia do pedido dele, que até hoje não recebi", assinalou. "Não temos nada a esconder, mesmo porque está tudo no site do Cenipa."

Cremação

. No mesmo despacho, a juíza deferiu pedido da família de Aline Monteiro Castigio, uma das vítimas da tragédia, para cremar fragmentos identificados recentemente pelo Instituto Médico-Legal (IML). Funcionária da TAM, a comissária de 28 anos embarcou no voo 3054 para voltar das férias no interior do Rio Grande do Sul.
O professor universitário Dário Scott foi o primeiro familiar de vítimas do voo 3054 a conseguir autorização judicial para exumar o corpo da filha única, Taís, de 14 anos. Logo após o acidente, ele sepultou fragmentos corporais no Cemitério da Lapa, na zona oeste de São Paulo. Em maio do ano passado, Scott foi informado pelo IML da descoberta de mais fragmentos.
 
A luta para exumar os despojos, reuni-los com os fragmentos do IML e fazer uma cerimônia de cremação durou quase um ano.

Justiça quer relatório da TAM em 48 horas

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Em um mês, Anac e Ministério da Defesa anunciaram classificação de poltronas de avião, lanche em caso de atraso, aeroportos ampliados. Será o fim do desconforto?

Mônica Cardoso - O Estado de SP

Informação sobre o espaço disponível na poltrona do avião antes de comprar o bilhete. Direito a lanchinho ou reembolso em caso de atraso no voo. Novas empresas em Congonhas. O mês de março foi movimentado para o setor aéreo brasileiro. A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e o ministério da defesa anunciaram mudanças para melhorara vida dos passageiros e preparar o País para os dois grandes eventos esportivos da próxima década, Copa e Olimpíada.

Algumas novidades passam a valer já em abril. Outras devem virar realidade em até um ano - e as maiores mudanças têm data de implementação indefinida. A seguir, um resumo das alterações, com prazos para serem cobrados dos responsáveis.

Atraso e cancelamento

Como fica

Passageiros de voos atrasados,cancelados ou interrompidos terão prioridade (em relação a quem ainda não comprou passagem) na primeira aeronave que siga para o destino, mesmo que seja da concorrente. Se o viajante preferir, a empresa é obrigada a fornecer transporte complementar até o destino final. Atraso superior a 4 horas dá direito a desistência e reembolso imediato pela passagem quitada - no caso de pagamento em parcelas, a devolução depende da política da operadora do cartão.

Os inconvenientes serão amenizados com direito a comunicação por telefone ou internet (após 1 hora de atraso), alimentação (2 horas) e sala vip ou hotel (de 4 horas em diante).Passageiros a bordo do avião parado no pátio terão os mesmos benefícios.

As regras valem também para o overbooking, quando a empresa vende mais passagens que os assentos disponíveis no avião. O descumprimento das novas normas resulta em multa às companhias novalor de R$ 4 mil a R$ 10 mil.

Quando e de quem cobrar

A partir de junho, da Anac.

Novos voos

Como fica

O aeroporto de Congonhas vai ganhar mais 101 voos. Hoje, um movimento (pouso ou decolagem) é registrado a cada dois minutos. Por sorteio, a Anac redistribuiu os horários (conhecidos como slots), o que abriu espaço para Azul, NHT e Webjet se juntarem a Gol, TAM e Ocean Air, que já operam em Congonhas. Assim, o total de horários aumentará dos atuais 2.984 por dia para 3.186.

Você deve estar pensando em mais atrasos e filas. Não necessariamente. "O impacto será pequeno porque a maioria dos novos horários se concentra nos fins de semana", diz o consultor aeronáutico Paulo Bittencourt Sampaio. Especialistas dizem que o aeroporto não está sobrecarregado (hoje, são 37 mil passageiros por dia), já que o número de voos por hora caiu de 44 para 32 após o acidente com o voo 3054 da TAM, em 2007. É esperar e conferir.

Quando e de quem cobrar

As empresas aéreas vão apresentar suas novas rotas em abril.

'Puxadinhos'

Como fica

O aeroporto de Cumbica ganhará três estruturas provisórias de metal e vidro e aumentará a área do terminal de passageiros enquanto as obras de ampliação não saem do papel. Os "puxadinhos" serão usados para embarque, desembarque e estacionamento e devem crescer em 3 milhões o número de passageiros a cada ano – atualmente, 21,7 milhões. Viracopos, em Campinas, e Galeão, no Rio, também receberão as estruturas.

Quando e de quem cobrar

Os módulos provisórios serão instalados até janeiro. As reformas, diz o Ministério da Defesa, ficam prontas antes da Copa de 2014

Poltronas

Como fica

Mais de dois anos depois de o ministro da Defesa, Nelson Jobim, do alto de seus 1,90 metro,reclamarem público do aperto nas classes econômicas das aeronaves de companhias aéreas brasileiras, a Anac criou uma etiqueta para classificar a distância entre as poltronas. São cinco faixas, de A a E, da mais espaçosa para a mais apertada (veja ao lado). As medidas foram definidas de acordo como corpo do brasileiro médio. A classificação deverá ser mostrada nos sistemas de venda de passagens e também colada nos aviões. Aeronaves classificadas na categoria A receberão selo de qualidade.

Quando e de quem cobrar

Março de 2011 é a data limite para as companhias aéreas fazerem as adaptações necessárias.

Novas regras prometem mudanças no céu

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Suspeita refere-se à compra de 20 aviões da Embraer
 
Jornal do Brasil

A Justiça argentina emitiu ontem ordem de busca nos escritórios da companhia aérea estatal Aerolíneas Argentinas por suposto pagamento de suborno na compra de 20 aviões da Empresa Brasileira de Aeronáutica (Embraer), em uma operação envolvendo US$ 700 milhões, informou uma fonte oficial.

O procedimento judicial foi feito em meio a uma investigação, depois de reportagem publicada ontem pelo jornal La Nación.

"Nos parece pitoresco o fato de aparecer a nota no jornal (La Nación) e logo em seguida, às três horas, termos a busca" efetuada nas Aerolíneas Argentinas, disse o secretário de Transporte do governo, Juan Pablo Schiavi, que negou a suposta irregularidade.

Schiavi afirmou à agência estatal Télam que "em uma operação entre países, seria impensável qualquer tipo de manobra dolosa como a descrita hoje".

O jornal informa que a Justiça Federal investiga se um assessor do ex-secretário de Transportes, Ricardo Jaime, estaria envolvido em uma suposta divisão de dinheiro para fechar a operação e esclarece que a denúncia surgiu de uma pessoa não identificada.

"Os aviões foram comprados a preço de mercado" e esses valores "são fixados na transação entre as partes", neste caso, com a estatal Embraer, com "US$ 700 milhões por 20 aviões", completou o funcionário.

A primeira das 20 unidades Embraer 190 será entregue em julho de 2010, enquanto outras nove serão entregues este ano. As 11 restantes serão enviadas em 2011.

Essa compra faz parte do Plano de Renovação de Frota iniciado pelas Aerolíneas Argentinas e pela Austral. No total, foram incorporados 12 Boeing 737/700 à frota.

Aerolíneas Argentinas e Austral foram expropriadas do grupo espanhol Marsans por lei do Congresso aprovada em dezembro passado.

As companhias tinham sido vendidas em processo controverso à espanhola Iberia em 1990, e Marsans as comprou em 2001 pelo preço simbólico de US$ 1, momento em que o erário espanhol fez aporte de US$ 750 milhões nas empresas.

Argentina investiga estatal Aerolíneas por suborno

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Brasil vai sediar Copa e Olimpíadas, mas PAC não detalha verba para o Galeão

Flávia Barbosa e Geralda Doca - O Globo

BRASÍLIA. O Brasil vai sediar, num espaço de dois anos, a Copa do Mundo de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016. Mas a segunda fase do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC-2) destinou apenas R$ 3 bilhões para investimentos em 14 aeroportos a partir de 2011, 60% dos quais desembolsados pela Infraero.

Para se ter uma ideia de como o número é modesto, o projeto de construção de um terceiro terminal de passageiros no Aeroporto Internacional de Cumbica, em Guarulhos (SP), que dorme na gaveta do governo, está projetado em R$ 1,5 bilhão.

Além do orçamento enxuto para o setor, o PAC-2 peca pela superficialidade das intervenções.
 
Os terminais internacionais de Brasília e Guarulhos que, com Congonhas (SP), fecha o trio dos aeroportos mais movimentados do Brasil têm como nova ação programada a instalação de terminais itinerantes, que são módulos de ferro e alumínio: um em Brasília e dois em Guarulhos. As demais obras nestes aeroportos já estão em curso.
 
No Aeroporto Antonio Carlos Jobim, o Galeão, que no PAC atual teve a reforma da pista e dos terminais de passageiros e carga como destaques, a ação principal é a modernização dos dois terminais de passageiros. Mas os valores individuais das obras sequer foram informados.

Na lista de projetos, apenas duas ampliações

No total, 14 aeroportos terão intervenções monitoradas pelo PAC-2. A maior parte delas está focada nos terminais de passageiros, seguida por pista, pátio e torre de controle. Só há dois projetos de ampliação analisados no programa divulgado ontem, nos terminais de Joinville (SC) e Santarém (PA).

Na apresentação do novo programa, a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, admitiu que havia ações emergenciais no planejamento de aeroportos e que será grande o desafio: Teremos os dois maiores eventos esportivos do planeta, quando nossa capacidade logística será testada no limite.

O presidente da Infraero, Murilo Barboza, destacou que ainda existem cerca de R$ 3 bilhões em obras nos aeroportos, previstas no PAC em andamento.

A secretária-executiva do programa, Miriam Belchior, que assumirá a coordenação do PAC no lugar de Dilma, explicou que os recursos de empreendimentos em execução entrarão nos restos a pagar, ou seja, serão incorporados às contas futuras.

Procurado para comentar se os investimentos previstos no PAC-2 são suficientes para preparar os aeroportos para os jogos da Copa e Olimpíadas, o Ministério da Defesa informou que o valor é o ponto de chegada, não é o ponto de partida.

Apontada como o possível grande diferencial do programa, a área de mobilidade urbana, também essencial aos eventos esportivos, teve apenas diretrizes reveladas. Foram reservados R$ 18 bilhões para a construção de metrôs, veículos leves sobre trilhos (VLT), BRTs (Bus Rapid Transport, semelhantes aos ônibus articulados de Curitiba) e corredores de ônibus.

O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, explicou que a lista de projetos sairá das negociações com os demais entes da federação, que ocorrerão entre abril e junho: Nós vamos negociar com cada prefeitura e governo estadual e vamos exigir que sejam regiões metropolitanas com pelo menos 3 milhões de habitantes, porque não há recurso para todo mundo.

Para aeroportos, programa reserva apenas R$ 3 bi, a partir de 2011

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Flávia Albuquerque
Repórter da Agência Brasil

São Paulo - A Justiça Federal em São Paulo determinou que o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) junte ao inquérito policial que apura as causas do acidente com o avião da TAM, ocorrido em 17 de julho de 2007, no Aeroporto de Congonhas, uma via rubricada e assinada do relatório final sobre o acidente. Anteriormente o Cenipa havia juntado uma versão disponível em site, sem validade legal, por não estar assinada.

Segundo informações do Ministério Público Federal, o inquérito ainda não possui essa cópia, apenas uma versão retirada da internet, que não supre a ordem dada pela Justiça que havia requisitado o documento em 30 dias. Para o procurador da República Rodrigo de Grandis, responsável pelo caso, o documento só tem valor e só vale como prova se houver a identificação do autor com assinatura ou rubrica.

Segundo o procurador, a falta do relatório final do Cenipa pode ser prejudicial à investigação. "A procuradoria ou o juiz podem ter uma visão do caso, consultando a versão online do relatório, mas, não se poderia requerer ou determinar qualquer medida judicial baseada nessa peça, enquanto não for juntada ao processo uma versão assinada", diz o procurador.

Justiça determina que Cenipa entregue relatório assinado sobre

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Do UOL Notícias
Em São Paulo

Começou a terceira e provavelmente última fase das buscas pelas caixas-pretas do voo da Air France 447. O avião, que saiu do Rio de Janeiro rumo a Paris, caiu no oceano Atlântico em 1º de junho, provocando a morte das 228 pessoas a bordo.

Dois navios -- Anne Candies (dos Estados Unidos) e Seabed Worker (da Noruega) -- deixaram Recife nesta segunda-feira (29) e partiram para alto mar em busca das caixas-pretas, informou Martine Del Bono, porta-voz da Escritório de Investigações e Análises para a Segurança da Aviação Civil (BEA, na sigla em francês).

Os dois navios contam com três robôs submersíveis teleguiados remotamente com localizadores sonares. A área dessa próxima fase de buscas é cinco vezes menor do que a das duas vezes anteriores. Acredita-se que isso ajudará a localizar os gravadores de voz e de dados das cabines, também conhecidos como caixas-pretas. O fundo do oceano nessa parte, de relevo bastante acidentado, se encontra a cerca de 4 mil metros da superfície. Por isso, caso os sonares submarinos encontrem as caixas-pretas, dois robôs descerão para recuperá-las. A operação deve durar 30 dias.
 
O custo dessa última etapa de busca, que conta com a participação de especialistas brasileiros, americanos, russos e franceses, chega US$ 25,3 milhões. As despesas serão divididas pela Airbus (fabricante do avião que caiu) e a companhia Air France.

As causas do acidente com o voo 447 ainda são desconhecidas. O último relatório técnico, divulgado no dia 17 de dezembro, indicou falhas nas chamadas sondas pitot, que medem a velocidade das aeronaves em voo, mas descartou que o problema tenha sido a causa do acidente.

De acordo com o investigador-chefe da operação, Alain Bouillard, até hoje não há registro de que a caixa-preta de um avião tenha sido encontrada tanto tempo depois do acidente. Caso o equipamento seja achado, será um episódio único. Nesse caso, o artefato será imediatamente enviado para a França.

Começa a terceira fase de buscas pelas caixas-pretas do voo AF 447

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Valor
 
A Justiça de Minas Gerais determinou que a companhia aérea United Airlines pague indenização de R$ 43 mil a um advogado por danos morais. A decisão é da juíza substituta da 22ª Vara Cível de Belo Horizonte, Fabiana da Cunha Pasqua. De acordo com o processo, iniciado em abril de 2008, o advogado, a mulher dele e dois filhos do casal embarcaram em São Paulo com destino aos Estados Unidos. Após 40 minutos de voo, a aeronave começou a apresentar problemas. Depois de algumas horas de pânico entre os passageiros, segundo o advogado, o piloto conseguiu fazer um pouso não programado. No aeroporto, o advogado soube que, naquela mesma noite, outros dois aviões da companhia tiveram panes mecânicas e acabaram forçados a retornar ao aeroporto. No dia seguinte, a família embarcou em outra aeronave da mesma companhia, que também apresentou problemas, causando novo retorno. Os passageiros souberam que a aeronave em que estavam era uma das que tinham apresentado problemas na noite anterior. Após dois dias, a família chegou ao seu destino. Na data do retorno ao Brasil, a família teve mais problemas: o voo da mesma companhia aérea foi cancelado por overbooking (venda de mais passagens do que o número de assentos). Quando a família finalmente chegou ao Brasil, o advogado teve a sua bagagem extraviada. Em sua decisão, a juíza concluiu que os eventos relatados pelo advogado - contestados pela United Airlines - foram previsíveis e evitáveis. "A companhia agiu de forma temerária, visto que disponibilizou voos em aeronaves com reiterados problemas", disse. A companhia aérea informou que vai recorrer da decisão.

Pane em avião

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Assis Moreira e Paula Cleto, de Genebra e São Paulo - Valor

A demanda no transporte aéreo de carga na América Latina aumentou 41,9% em fevereiro, a maior alta e quase o dobro da expansão de 26,5% globalmente, comparado ao mesmo mês de 2009, revelou ontem a Associação Internacional do Transporte Aéreo (Iata). Na América do Norte, a expansão foi de 34,1% e na Ásia-Pacífico, de 34,5%.

Em fevereiro, o tráfego aéreo internacional de passageiros também continuou a ter mais demanda. Comparado ao mesmo período de 2009, o crescimento foi de 9,5%. Na América Latina, a alta nesse segmento ficou em 8,5%. A expectativa é de que as companhias aéreas na região terão ganho de US$ 800 milhões este ano, segundo ano consecutivo de balanço positivo.

"Estamos indo na direção certa. Em dois ou três meses a indústria deve voltar aos níveis de tráfego pré-crise" , afirmou o presidente da Iata, Giovanni Bisignani. Embora tenha comemorado os resultados, ele lembrou que a base comparativa é fraca, uma vez que fevereiro de 2009 marcou o pior momento da recessão para o transporte aéreo.

"Esta não é uma recuperação total. A próxima tarefa é nos ajustar a dois anos de crescimento perdido", acrescentou Bisignani. Segundo a Iata, o tráfego de passageiros precisa crescer 1,4% e o transporte de carga subir 3% para retornarem aos níveis pré-crise.

A forte alta no transporte de carga é atribuída à restauração de estoques pelas empresas. A taxa vai diminuir no segundo semestre, depois de os estoques terem atingido níveis normais, na expectativa da Iata. A partir daí, o menor crescimento em cargas será liderado pelo consumo e expansão do comércio mundial.

Nos Estados Unidos, enquanto o PIB cresceu 5,9% no quarto trimestre de 2009, os gastos em consumo só aumentaram 1,7%. Apesar da alta da demanda pelo transporte aéreo, a Iata nota o fraco desempenho das companhias europeias. A expectativa é de que elas perderão US$ 2,2 bilhões este ano, comparado a prejuízo total de US$ 2,8 bilhões das companhias.

A oferta global de assentos subiu apenas 1,9%. A média de ocupação ficou em 75,5% - número que, após ajuste sazonal, alcança 79,3%, um recorde para meses de fevereiro. Na América do Norte, a demanda de passageiros subiu apenas 4,4%, contida pelo endividamento dos consumidores, mas a de carga saltou 34,1%. Na região Ásia-Pacífico, por sua vez, o tráfego de pessoas aumentou 13,5%, sob influência do Ano Novo chinês, e o transporte de carga cresceu 34,5%.

Carga em avião cresce 42% na América Latina

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Bruno Tavares - O Estadao de S.Paulo

Uma liminar da Justiça Federal em São Paulo pode obrigar a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) a atender, num prazo máximo de 90 dias, a parte das cerca de 100 exigências ambientais feitas pela Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente (SVMA) ao Aeroporto de Congonhas, na zona sul da capital. A 2.ª Vara Cível Federal chegou a expedir decisão nesse sentido, mas a revogou porque a Associação Brasileira de Parentes e Amigos das Vítimas de Acidentes Aéreos (Abrapavaa), autora da ação civil pública, não apresentou seu CNPJ.

Segundo os advogados da entidade, os efeitos da liminar voltam a vigorar assim que a documentação exigida pela Justiça Federal for juntada aos autos, o que deve ocorrer após o feriado de Páscoa. O despacho da juíza Rosana Ferri Vidor determina que a estatal cumpra 11 das cerca de 100 exigências ambientais em um prazo máximo de 90 dias, sob pena de multa diária que varia de R$ 10 mil a R$ 50 mil.

A decisão, por ora sem efeito, atende em parte aos pedidos feitos pela Abrapavaa. Além do cumprimento das exigências ambientais, os advogados da entidade queriam que a Justiça proibisse a realização de novas obras no aeroporto enquanto as obrigações ambientais não fossem integralmente atendidas. "Entendo impertinente (o pedido de veto às reformas), uma vez que não existe prejudicialidade entre essas atividades (eventuais obras e exigências ambientais)", escreveu a magistrada.

O processo de adequação de Congonhas à legislação ambiental se arrasta desde 2006, quando a SVMA notificou a Infraero a apresentar, no prazo de um ano, o Estudo e Relatório de Impacto Ambiental (Eia-Rima).

Procurada, a Infraero não retornou.

Congonhas pode ter 90 dias para atender a exigências ambientais

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Serviços como transporte de carga e venda de produtos a bordo dos aviões devem responder por 20% da receita

Michelly Chaves Teixeira - O Estado de S.Paulo
AGÊNCIA ESTADO

A Gol Linhas Aéreas trabalha para elevar suas receitas auxiliares à proporção de até 20% da receita líquida de 2011. Em seu cálculo, a empresa considera receitas financeiras advindas do programa VoeFácil.

Além desse programa de parcelamento de passagens, o crescimento das receitas auxiliares será sustentado pela unidade de serviços de cargas (a GolLog) e pela expansão da venda de produtos a bordo dos atuais 42 voos diários para cerca de 50% de seus voos diários até o final de 2010. Atualmente, a empresa tem 860 voos por dia.

Em comunicado no qual fornece previsões adicionais para 2010 e 2011, a companhia acrescenta que "produtos a serem lançados pela Gol ou seus parceiros comerciais, que virão a explorar sua plataforma de comércio eletrônico" também vão estimular a geração de receitas auxiliares.

A empresa prevê ainda elevação de sua base atual de clientes Smiles de 6,7 milhões para até 9,1 milhões de participantes ao final deste ano ? um aumento de cerca de 35% sobre fevereiro de 2010 e de 40% sobre a base de 6,5 milhões registrada em dezembro de 2009.

Anteriormente, a empresa tinha divulgado que esperava um aumento entre 12,5% e 18% da demanda dos passageiros no mercado doméstico em 2010. O crescimento do mercado em relação ao Produto Interno Bruto (PIB) deve ser de até três vezes.

Destino

. A Gol também anunciou ontem que vai iniciar em 3 de abril voos regulares para Punta Cana, na República Dominicana. A operação será realizada pela Varig, com aeronaves Boeing 737-800 Next Generation. Em comunicado, a empresa diz que já possui aprovação da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e demais autoridades. Até então, o destino vinha sendo atendido com voos fretados.

O voo terá escala em Caracas, na Venezuela.

Inicialmente, a operação será semanal, partindo aos sábados dos aeroportos internacionais do Rio de Janeiro e São Paulo, às 9h e 11h05, chegando a Caracas às 15h30 (horário local), para depois decolar às 16h10 para Punta Cana, com pouso previsto às 18h15 (horário local). O retorno será às 21h, com pouso em Caracas às 22h05 e partida para São Paulo às 22h45 e para o Rio de Janeiro às 7h (horários locais).

Expansão

9,1

milhões de participantes no programa de fidelidade Smiles até o fim do ano é a meta da Gol. Atualmente, esse número é de 6,7 milhões

Gol quer elevar receita com serviços auxiliares

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