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13 agosto 2009

Mary Jane Credeur – Valor

A companhia aérea americana JetBlue lançou um passe que dá direito a um número de vôos ilimitado durante um mês por US$ 599, numa tentativa de manter seus voos cheios após o fim da temporada americana de férias.

A promoção engloba todas as 56 cidades atendidas pela JetBlue e vai durar de oito de setembro a oito de outubro, segundo comunicado da empresa. Além de voos dentro dos Estados Unidos, ela tem operações para México, Costa Rica e Caribe. "Nunca fizemos nada parecido com isso e achamos que vai ser bem recebido", disse Bryan Baldwin, porta-voz da companhia.

A ação da JetBlue é uma variação sazonal da AAirpass vendido pela American Airlines, que permite voar 25 mil milhas (uma milha equivale a 1,6 quilômetro) em um ano, por US$ 11,250.

Tipicamente, as viagens de lazer dentro dos EUA diminuem após o feriado do Dia do Trabalho, que ocorre em setembro, e as maiores companhias aéreas do país planejam responder à queda com corte de voos e de empregos.

O tráfego de passageiros na Jetblue - medido pelo total de viajantes multiplicados pelas milhas voadas - caiu 4,6% em julho sobre igual mês de 2008, especialmente porque a recessão levou empresas a restringirem gastos com viagens.

Para ter voos cheios, um passe de US$ 599 no mês

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Virgínia Silveira, para o Valor, de São Paulo

A Embraer prevê para 2012 uma retomada do crescimento das vendas de jatos executivos e do nível de entregas que vinha mantendo antes da crise. Em 2009, segundo o diretor de Inteligência de Mercado para Aviação Executiva, Cláudio Galdo Camelier, a empresa ainda vem sentindo forte retração do mercado, tendo registrado cancelamentos de contratos e pedidos de adiamento de entregas.

A fabricante de Helicópteros Helibrás, associada ao grupo Eurocopter, também está sentindo os efeitos da crise no mercado de Aviação, com a queda nas vendas. " Para este ano a nossa expectativa é a de vender 25 helicópteros, quatro a menos que em 2008 " , disse o diretor comercial e marketing, Julien Negrel. No primeiro semestre deste ano a empresa vendeu um total de oito aeronaves.

A grande expectativa da Helibrás para este ano é o projeto do helicóptero EC-725, que será fornecido para as Forças Armadas brasileiras. O investimento previsto no projeto, de € 200 milhões, contempla a ampliação da capacidade de produção e o aumento do número de funcionários da fábrica de Itajubá (MG) dos atuais 300 para 600 até 2011.

O contrato de compra de 50 helicópteros da francesa Eurocopter, que detém 70% de participação na Helibrás, prevê ainda a instalação de uma linha de montagem final e a realização dos ensaios em solo e em voo dos helicópteros no Brasil. Os helicópteros serão produzidos gradativamente no Brasil até atingirem um índice de 50% de conteúdo nacional, num prazo de seis anos.

A Helibrás é uma das empresas que participam da sexta edição da Latin American Business Aviation Conference and Exhibition (Labace), que começa hoje no Aeroporto de Congonhas, em São Paulo. Organizada pela Associação Brasileira de Aviação Geral (ABAG), a Labace é considerada a maior feira de Aviação executiva na América Latina. Nesta edição, estima-se que mais de 98 expositores, entre fabricantes e prestadores de serviços nacionais e internacionais, apresentarão as principais aeronaves e novidades do setor.

Embraer prevê retomada apenas em 2012

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Para o engenheiro Murilo Marques, projetos são para 5 anos, priorizando a Copa

ELIANE CANTANHÊDE

COLUNISTA DA FOLHA de São Paulo

Ao assumir hoje a presidência da Infraero (estatal responsável pela infraestrutura aeroportuária), o engenheiro elétrico Murilo Marques, carioca, 55, sofrerá três tipos de pressão: política, por verbas e vagas; econômica, pela privatização ou não; temporal, para evitar um fiasco na Copa do Mundo.

Marques, que atuava na área técnica do Planalto no governo tucano, está no Ministério da Defesa desde José Viegas, no primeiro mandato de Lula.

Sua indicação para a Infraero foi feita pelo ministro Nelson Jobim. "Jobim sempre rejeitou quaisquer interferências sobre a Infraero", disse ele à Folha, dando de ombros à pressão do PMDB para evitar sua posse.

Segundo Marques, a privatização ou não da Infraero é "decisão de governo, não da empresa".

Sua prioridade será outra: "Temos de concentrar nossos esforços para a Copa". Dinheiro, disse, não falta.

FOLHA - Como foram as pressões do PMDB para evitar sua nomeação e ficar com o cargo?

MURILO MARQUES - Vi em blogs e colunas sociais, mas nem levei isso a sério.

FOLHA - Qual o encanto da Infraero para partidos e políticos? Por que sempre querem pular dentro?

MARQUES - Desconheço. Tenho convivido com vários partidos e parlamentares e nunca senti pressão nenhuma. A Infraero é uma empresa técnica, eu sou um técnico, não vejo pressão.

FOLHA - Quanto mais técnico, não é mais suscetível à pressão do poder político, principalmente em época eleitoral e de financiamento de campanha?

MARQUES - O ministro Jobim sempre rejeitou quaisquer interferências sobre a Infraero. Tanto Gaudenzi quanto o brigadeiro Nicácio [seus antecessores] tiveram carta branca para escolher suas diretorias.

FOLHA - E a saturação em São Paulo e Rio de Janeiro?

MARQUES - Já há estudos aprofundados mostrando que está chegando, sim, a esse ponto de saturação. Por isso os projetos de expansão são para cinco anos, e o principal alvo é o aeroporto de Viracopos [Campinas]. É um aeroporto que tem uma capacidade de absorção muito grande, capaz de atender perfeitamente a demanda crescente para a região, mas isso depende de vários fatores, como o acesso intermodal, que inclui o trem-bala.

FOLHA - E há dinheiro para viabilizar Viracopos como opção? Como está o orçamento?

MARQUES - Orçamento não é problema, nós temos é de trabalhar mais e executar mais obras.

O PAC [Plano de Aceleração do Crescimento] tem atendido as necessidades de recursos, e a Infraero tem também receita própria com as taxas aeroportuárias. A Infraero tem dotação suficiente. Não tem saldo, mas tem até uma folguinha para concluir obras paradas por ordens judiciais ou pelo TCU [Tribunal de Contas da União], como em Macapá, Goiânia e Vitória.

FOLHA - O Galeão, que está em reforma, ficará pronto para a Copa do Mundo? Há notícia de atrasos...

MARQUES - Com certeza ficará pronto. Nós temos de concentrar nossos esforços para a Copa do Mundo, porque já há um levantamento feito, mostrando que, além do fluxo da aviação regular, também vai haver um impacto muito grande no fluxo dos jatos particulares, dos voos fretados, dos helicópteros.

FOLHA - E quanto ao trauma do acidente de Congonhas e a questão da segurança das pistas?

MARQUES - As pistas estão boas, funcionando normalmente. O governo avaliou, fez as obras necessárias e faz vistorias sistematicamente. Congonhas está funcionando muito bem. Meu problema é de investimentos e de ampliação para o futuro, porque, nessa área, a tecnologia tem de estar permanentemente atualizada.

Foco de expansão é Viracopos, diz novo presidente da Infraero

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O Estado de São Paulo

A Câmara de Indenização encerra hoje as atividades com 92% de acordos fechados com parentes de passageiros do voo 3054 da TAM, que vinha de Porto Alegre e se acidentou em Congonhas, em julho de 2007, matando as 199 pessoas a bordo. Entre as 59 famílias que entraram com requerimento na câmara, criada para agilizar as ações, 55 fizeram acordo. O órgão era composto, entre outros, por representantes do Ministério Público de São Paulo e Secretaria de Estado da Justiça. Não foram divulgados valores.

Câmara fecha 55 acordos com a TAM

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Marcelo Migliaccio – Jornal do Brasil

O Aeroporto Santos Dumont vai mesmo ficar menor. Segundo o Departamento de Controle do Espaço Aéreo, a mudança do circuito de tráfego para a pista 2 – determinada pelo Instituto Estadual do Ambiente (Inea) até que seja concluído um estudo de impacto sonoro em sete bairros da Zona Sul – fará com que um número menor de aeronaves utilizem o espaço.

– Qualquer modificação nesse circuito vai acarretar redução no movimento do aeroporto, por questões de segurança – disse ontem o tenente coronel Henry Munhoz, do Centro de Comunicação Social da Aeronáutica. – O Santos Dumont está localizado numa área de baía, com obstáculos naturais como o Pão de Açúcar. Poucas alternativas à chamada rota 2 atendem às normas internacionais de segurança.

A Aeronáutica ainda não recebeu a notificação da Infraero para que a rota 2 seja abandonada, mas já está estudando as alternativas. De acordo com o Departamento de Controle do Espaço Aéreo, ainda não é possível quantificar a redução nos voos do Santos Dumont.

Apesar de o Inea informar que enviou ontem a notificação para que a Infraero interrompa não só o uso da rota 2 como a operação do aeroporto entre 22h e 6h – um total de 22 voos por noite – a empresa que administra o Santos Dumont alegou que não havia sido notificada oficialmente até as 17h.

O diretor-técnico do Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias, Ronaldo Jenkins, disse que a limitação dos horários e da rota de pouso no Santos Dumont vai acarretar transferências de voos para o Aeroporto Internacional Tom Jobim, o Galeão.

– Qualquer mudança cria um problema grande se não for na ponte aérea, porque os outros vôos têm uma sequência – afirmou Jenkins, para quem o Galeão terá condições de absorver toda a demanda.

Oficial da reserva da Aeronáutica, ele diz que a rota proibida pode ser substituída pela aproximação das aeronaves por Niterói ou por um novo trajeto, que está em estudos pelo Departamento de Controle do Espaço Aéreo e seria paralelo à rota 2, com sobrevoo da Baía de Guanabara.

A assessoria do Inea, entretanto, deixou claro ontem que a proibição dos voos noturnos não é imediata e que as empresas e a Infraero deverão pedir um prazo para reorganizar a escala, pois passagens foram vendidas e há uma logística.

O diretor de Relações institucionais da Azul, Adalberto Febeliano, disse que a empresa aérea não terá maiores problemas com as mudanças no Santos Dumont, porque tem apenas um voo noturno, que chega às 22h10.

– Podemos mudar, dez minutos a mais ou a menos não fazem diferença.

Adalberto ressalta que a mudança da rota de chegada não é um problema simples de resolver.

– O trajeto de aproximação da pista é definido com base em condições de segurança, como vento e visibilidade.

O comandante Jenkins reforça a tese: – A rota 2 é usada desde a inauguração do aeroporto, em 1936, mas a cidade cresceu.

A Infraero repetiu ontem que vai analisar juridicamente a notificação do Inea antes de se pronunciar e que, desde abril, está em contato com o órgão estadual para renovação da licença ambiental.

Classificou a iniciativa das proibições como uma “surpresa”.

A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) informou, por sua assessoria de imprensa, que estará atenta ao procedimento das empresas com os passageiros que compraram bilhetes para os vôos com chegada ou partida noturna.

Entre as alternativas, estão realocação e até indenização.

Procuradas pelo Jornal do Brasil, a TAM e a Gol, principais empresas aéreas a operar no Santos Dumont, preferiram não se pronunciar.

‘JB’ mostrou transtornos No último dia 2, o JBpublicou reportagem com moradores dos bairros mais expostos ao barulho dos aviões que chegam ao Santos Dumont pelo circuito de aproximação da pista 2. Em regiões como Santa Teresa e Botafogo, as reclamações são muitas. Logo após a publicação do texto, o Inea anunciou a proibição dos voos noturnos.

A reportagem mostrou ainda que o risco de acidentes, que cresce proporcionalmente ao aumento do movimento de aviões, está maior no Santos Dumont e que a infraestrutura viária da cidade é um dos empecilhos à aceitação dos passageiros pela alternativa do Galeão, que fica distante do Centro e para onde não há metrô.

Transferências de voos para o Galeão já são dadas como certas por companhias aéreas.

O aeroporto Santos Dumont vai encolher

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Aeronáutica afirma que decisão do Inea vai provocar diminuição da capacidade de tráfego aéreo do aeroporto

Tulio Brandão – O Globo

O Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DCEA), da Aeronáutica, afirmou ontem que a proibição do sobrevoo de aviões na rota do Aeroporto Santos Dumont que passa sobre bairros da Zona Sul do Rio provocará, quando for aplicada, a redução da capacidade de tráfego aéreo na região. De acordo com o Centro de Comunicação Social da Aeronáutica, estudos estão sendo realizados neste momento para avaliar qual será a extensão da redução de voos no aeroporto. A decisão de proibir a rota foi tomada segundafeira pelo Instituto Estadual do Ambiente (Inea), depois que o órgão recebeu inúmeras reclamações de associações de moradores dos bairros afetados pelo ruído dos aviões.

O coronel Henri Munhoz, do Centro de Comunicação da Marinha, informou que, de acordo com informações preliminares do DCEA, a restrição de uso da rota é especialmente problemática no Santos Dumont devido aos obstáculos naturais: — Todas as alternativas em estudo implicarão a redução da capacidade de tráfego aéreo do aeroporto. O Santos Dumont está dentro da Baía de Guanabara e perto do Pão de Açúcar. Isso dificulta a movimentação de aeronaves.

Segundo a Aeronáutica, será necessário haver um período de adaptação e treinamento das companhias aéreas para as novas rotas.

Órgãos de aviação ainda não receberam ofício do Inea A Infraero, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e o DCEA ainda não receberam notificação do Inea sobre as restrições no Santos Dumont — e por isso os aviões continuam usando a rota proibida. A Secretaria estadual do Ambiente informou que enviou um ofício por fax, mas não obteve resposta. O órgão ambiental garantiu que hoje, às 9h, o documento será protocolado na Infraero.

Em nota, a Infraero informou que vem realizando todos os esforços necessários para obter a licença ambiental.

O órgão informou ainda ter estranhado a posição do Inea, já que estaria cumprindo as exigências determinadas em reunião com os ministérios públicos estadual e federal.

O órgão ambiental do governo do Rio anunciou também a restrição do horário do aeroporto, que a partir de agora só poderá operar das 22h às 6h. A Anac divulgou um documento com os 22 voos que teriam que ser cancelados por causa da decisão: oito da Gol, quatro da Ocean Air, quatro da Trip, quatro da TAM, um da Azul e um da Webjet. Os voos tinham como origem ou destino São Paulo, Brasília, Curitiba, Campinas, Salvador, Vitória, Aracaju, Recife e Belo Horizonte.

A Aeronáutica esclarece que a rota proibida é chamada tecnicamente de circuito de tráfego para a pista de pouso 2 do Santos Dumont

Rota proibida no Santos Dumont reduzirá voos

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Jobim diz que modelo de autorização não será adotado

Isabel Braga e Geralda Doca – O Globo

BRASÍLIA. O ministro da Defesa, Nelson Jobim, garantiu que o governo não adotará o modelo de autorização sugerido pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) para dar celeridade ao processo de privatização dos aeroportos brasileiros, especialmente o Antonio Carlos Jobim (Galeão), no Rio, e o novo terminal internacional de São Paulo. Jobim reafirmou os argumentos contrários à proposta usados pelo Ministério da Fazenda e a Casa Civil, expostos em reportagem do GLOBO publicada ontem: o regime de autorização é precário e juridicamente inseguro, tanto para o poder concedente (a União) quanto para os investidores.

— Estamos trabalhando com o modelo de concessão.

Ou seja, não é possível fazer (por meio de) autorização por uma razão muito simples: a autorização é precária e nenhum setor privado vai fazer autorização, porque ela pode ser cassada a qualquer momento.

Tem que ser concessão — defendeu Jobim, que participou de audiência pública no Congresso Nacional.

A proposta de usar a autorização — um dos regimes possíveis de exploração de serviços públicos — consta da minuta de decreto do novo marco regulatório do setor aeroportuário que a Anac elaborou por solicitação da União. Este documento já foi despachado para análise dos ministérios envolvidos — como Defesa, Fazenda e Planejamento — a Casa Civil e o BNDES. Caberá a este “colegiado” maior decidir qual será a proposta de privatização do governo.

A assessoria de imprensa da Anac disse ontem que a autorização seria restrita a aeroportos com menos de um milhão de passageiros. Mas os órgãos que receberam a minuta desmentem que a proposta faça esta diferenciação.

Copa de 2014 pressiona privatização de aeroportos A agência sabe que o governo corre contra o relógio para ampliar a infraestrutura aeroportuária, devido à aproximação da Copa do Mundo de 2014 e a candidatura às Olimpíadas de 2016. Por isso, sugeriu a adoção de um modelo mais rápido de privatização. O problema para os ministérios é que a autorização é um sistema em que a fiscalização é frouxa, por dispensar licitação e um contrato amarrado.

Além disso, tem política de preços livres e pressupõe liberdade em relação às determinações da política oficial.

Isso abre espaço, por exemplo, à canibalização de aeroportos em uma mesma área, prejudicando companhias e, sobretudo, o consumidor.

Também não há reversibilidade do bem para a União, como ocorre na concessão, ao fim do contrato.

No entanto, a divulgação do texto causou surpresa em boa parte da diretoria da Anac.

Fontes disseram que, embora alguns diretores tenham participando das discussões, o texto final da agência ficou centralizado nas mãos da presidente do órgão, Solange Vieira.

Ela estava de férias e voltou ao trabalho ontem.

Privatização de aeroportos não seguirá sugestão da Anac

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12 agosto 2009

Vitor Abdala Repórter da Agência Brasil

Rio de Janeiro - O número de passageiros nos aeroportos brasileiros aumentou 1,1% no primeiro semestre deste ano, em relação aos seis primeiros meses de 2008, passando de 57,6 milhões para 58,2 milhões, segundo dados da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero). Entretanto, o ritmo de crescimento dos passageiros, nos primeiros semestres, vem se reduzindo ano após ano, desde 2004.

Do primeiro semestre de 2004 para o mesmo período de 2005, o crescimento havia sido de 16,7%. Desde então, cada primeiro semestre tem apresentado um aumento inferior ao registrado no período anterior: 12,6% de 2005 para 2006, 8,5% de 2006 para 2007 e 4,6% de 2007 para 2008.

Apesar de não explicar a redução do ritmo de crescimento nos últimos anos, o presidente do Sindicato Nacional das Empresas de Aviação, José Márcio Mollo, diz que o primeiro semestre de 2009 teve resultado especialmente ruim por causa da crise econômica mundial, que se acentuou no segundo semestre do ano passado, e da influenza A (H1N1) - gripe suína.

Mollo acredita que ainda há espaço para crescimento do transporte aéreo de passageiros no Brasil. Segundo ele, basta que a situação da economia melhore para que os números voltem a crescer de forma mais acelerada. “Pelo que a gente tem visto, a situação da economia já está se revertendo e tudo indica que teremos um primeiro semestre melhor em 2010, apesar de acreditarmos que não chegará a patamares de anos anteriores.”

Gianfranco Beting, diretor de Marketing da companhia aérea Azul, que está apenas há sete meses no mercado, também acredita que há espaço para maior crescimento no transporte aéreo, mas é preciso reduzir o preço das passagens para atrair mais passageiros.

“O brasileiro viaja, em média, uma vez a cada quatro anos. Nos Estados Unidos, cada americano faz quatro viagens de avião por ano. Essa disparidade, mesmo quando se faz a compensação por renda média ou por Produto Interno Bruto (PIB), as passagens do Brasil custam o dobro do que custa nos Estados Unidos. É por isso que as pessoas não voam mais no Brasil, porque é caro e é ruim”, disse Beting.

Cai ritmo de crescimento do número de passageiros aéreos no Brasil

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Valor

A TAM informou que dará início a um acordo de compartilhamento de voos com a Air China este mês. O passageiro poderá fazer a rota São Paulo-Pequim, com escala em Madri, em voos das duas aéreas, com um único bilhete.

TAM e Air China

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Paola de Moura, para o Valor, do Rio

A Azul Linhas Aéreas Brasileiras negocia parcerias com empresas internacionais para que utilizem suas rotas como parte de sua malha. O objetivo seria aumentar o fluxo de passageiros e permitir que estas empresas cheguem a cidades menores do Brasil, a um custo mais barato. Segundo diretor de marketing da companhia Gianfranco Panda Beting, a negociação ainda é embrionária já que a Azul ainda não opera em grandes aeroportos nacionais, mais usados pelas aéreas estrangeiras. Mas, explica Beting, não há conversa sobre parcerias com as aéreas nacionais. "Todas são concorrentes", afirma.

A Azul vai comemorar amanhã a marca de um milhão de clientes transportados. A companhia, que começou a operar em 15 de dezembro, está prestes a completar oito meses voando. São 14 cidades já atendidas e uma nova rota a ser implementada até o fim do ano. Para isso, a Azul, que voa com aviões Embraer 190 e 195, terá mais dois da fabricante.

Ontem, a empresa começou a operar a rota Porto Alegre-Rio, via Santos Dumont sem escalas, com três voos diários. Segundo o diretor, a rota já tem 75% de ocupação média. Na segunda-feira, entrou em operação a rota Campinas-Belo Horizonte. Em junho, a Azul teve uma taxa de ocupação de 84,9%, quase 20 pontos acima da média divulgada pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), de 65,44%. A Azul espera apresentar seu primeiro lucro ainda este ano. Receberá aporte de R$ 35 milhões dos acionistas para investir no centro de treinamento com simulador para aviões em São Paulo e na instalação de uma rede de TV com 36 canais dentro das aeronaves.

Azul negocia parceria para ampliar tráfego

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Virgínia Silveira, para o Valor, de São José dos Campos

Uma iniciativa da Nossa Caixa Desenvolvimento, a agência de fomento recém criada pelo governo do Estado de São Paulo, também surge como alternativa para amenizar os impactos da crise nas empresas do setor aeronáutico. A Friuli entrou como empresa piloto para começar a operar um contrato de empréstimo de capital de giro, a uma taxa de 0,96% ao mês e operações de desconto de títulos.

"Temos uma linha de crédito de R$ 950 mil aprovada, mas estamos tentando conseguir garantias e a Nossa Caixa Desenvolvimento aceita equipamentos que outros bancos não aceitariam", diz o diretor da companhia, Gianni Bravo.

Ela está diversificando e começou a fornecer peças para o programa de foguetes da Aeronáutica, sistemas de ignição de bombas para a Força Aérea Brasileira (FAB) e está nacionalizando um contêiner de transporte e armazenamento de mísseis para a Marinha.

"A nossa meta para este ano é que o setor de defesa responda por 40% do faturamento". Para o segmento de petróleo, segundo Bravo, a Friuli produz brocas de perfuração de petróleo, que são fornecidas à empresa americana Halliburton, fornecedora da Petrobras. "Com essas alternativas esperamos manter o mesmo faturamento de 2008, já contando com a previsão de que a Embraer manterá o mesmo volume de pedidos hoje, pelo menos até metade de 2010."

A nova agência de fomento tem R$ 1 bilhão para emprestar às pequenas e médias empresas e o setor aeroespacial é um dos cinco escolhidos para receberem as novas linhas de crédito. "É uma iniciativa importante que pode ajudar as empresas a enfrentar a crise. A maioria delas hoje não consegue mais obter novos empréstimos, porque não tem mais limite de crédito nos bancos", ressalta o diretor da Friuli.

As novas linhas de crédito da Nossa Caixa Desenvolvimento, segundo Bravo, poderão ser acessadas através do Ciesp de São José dos Campos e do Cecompi (Centro para Competitividade e Inovação do Cone Leste Paulista). As duas entidades também negociam com a Nossa Caixa a criação de uma linha específica para o setor aeronáutico, tendo em vista as diferenças que existem na forma de contratação da Embraer junto aos seus fornecedores. A Embraer foi procurada mas não conseguiu responder à reportagem até o fechamento da edição.

"Um exemplo são as formas de pagamento que, muitas vezes, o banco não está preparado para atender", explica o diretor do Cecompi, Agliberto Chagas.

São Paulo cria linha de crédito para fornecedor da Embraer

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Com dificuldades para sobreviver, cadeia quer ajuda emergencial do BNDES

Virgínia Silveira, para o Valor, de São José dos Campos

As 70 empresas que compõem a cadeia de fornecedores da indústria Aeronáutica na região de São José dos Campos (SP) tentam se ajustar ao impacto da crise, com demissões, redução de despesas e a busca de novos negócios. Segundo os empresários ouvidos, mais de 90% das empresas enfrentam dificuldades para sobreviver. A principal causa da crise é a queda de metade das encomendas feitas pela Embrae, que respondem por quase 100% da receita do setor.

Enquanto a Embraer fez seus ajustes, demitindo 4,2 mil funcionários e cortando custos, os fornecedores ainda buscam medidas de curto prazo para evitar um colapso nas operações, dizem empresários. O diretor do Ciesp de São José dos Campos, Almir Fernandes, menciona, por exemplo, a dificuldade para renegociar a dívida com fabricantes de equipamentos. Já não querem mais alongar os pagamentos.

"Nos últimos dois anos foram investidos R$ 60 milhões em maquinas para atender os pedidos crescentes da Embraer antes da crise. Agora, corre-se o risco até de serem devolvidas", diz o diretor do Centro para a Competitividade e Inovação do Cone Leste Paulista, Agliberto Chagas.

Segundo ele, a retração das vendas na Embraer atingiu a cadeia Aeronáutica como um todo, mas algumas empresas foram mais afetadas e vêm operando a 10% da capacidade. Foram demitidos cerca de 2,5 mil, de um total de 5 mil, desde o início da crise, há quase um ano. "Com o volume de produção atual não é possível sobreviver. As empresas estão reduzindo pela metade a jornada de trabalho e deixando funcionários em casa, porque não tem dinheiro nem para demitir", relata o diretor de uma delas.

O BNDES divulgou um plano de socorro às empresas do polo aeronáutico, mas reconhece que essa é uma tarefa de longo prazo, que tem como objetivo principal criar uma cadeia competitiva e menos dependente da Embraer. Para o curto prazo, o banco afirma que trabalha em três ações específicas. A primeira delas é a negociação com a Embraer para que faça mais encomendas de longo prazo.

"Com os pedidos de longo prazo, as empresas dessa cadeia ganham fôlego para continuar suas atividades e, ao mesmo tempo, os novos contratos servem de garantia para que consigam novos empréstimos no banco", explica o assessor da presidência do BNDES, Carlos Gastaldani. Segundo ele, ainda este mês o banco deve aprovar uma ampliação do Pró-Aeronáutica. Criado em 2007, o programa dispõe de R$ 100 milhões em caixa. Outra alternativa de curto prazo, diz Gastaldani, são linhas de capital de giro e o fundo de aval.

O BNDES ampliou os prazos de pagamento e amortização do Programa Especial de Crédito (PEC), voltado a capital de giro com taxa fixa de 19,15% ao ano para pequenas e médias empresas.

Segundo o diretor, ainda este mês será implementado o Fundo de Aval, que minimiza riscos de operações de crédito e elimina um dos principais obstáculos para essas empresas: dificuldade de apresentar garantias.

Enquanto isso, há empresas buscando se diversificar para driblar a crise. "Estamos fortalecendo a área de defesa e os setores de petróleo e gás", diz o diretor da Friuli, Gianni Cucchiaro Bravo, que acumula prejuízo de R$ 1 milhão no primeiro semestre e teve de demitir 126 funcionários, ficando com 94, por conta da queda de pedidos. "Antes da crise, a Embraer previa fabricar 19 aviões/mês dos modelos 170/190. A cadência caiu para cerca de oito este ano", explica Bravo. Especializada em usinagem aeroespacial, a Friuli dependia 90% da fabricante de jatos. "Já baixamos para 52% com contratos para defesa e óleo".

A Graúna, também especializada em usinagem, segue a mesma trilha. "Até a nossa carteira de exportação foi afetada pela crise e tivemos de demitir mais de 100 empregados", conta o presidente, Urbano Cícero de Fleury Araújo. Ele diz que tem feito esforços para sobreviver. Araújo espera o apoio do BNDES em um plano de capacitação tecnológica, orçado em R$ 10 milhões, para motores aeronáuticos e estruturas E aposta, como alternativa, em equipamentos e serviços para a indústria do petróleo.

Crise sufoca fornecedor da Embraer

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DA FOLHA ONLINE

Cerca de 20 passageiros que estavam no voo 5608 da Trip Linhas Aéreas, que ia do Rio de Janeiro (RJ) para Campo Grande (MS), levaram um susto na manhã de ontem quando o sistema antiincêndio do avião disparou durante o trajeto.

De acordo com a empresa, o alarme, acionado automaticamente caso haja fumaça dentro da aeronave, foi ligado quando um homem acendeu um cigarro dentro do banheiro, o que é proibido por lei federal desde 1998.

Após o incidente, o avião pousou por volta das 12h15 em São José do Rio Preto (a 438 km de São Paulo) -onde faria escala. A aeronave, um modelo Embraer 175, foi encaminhada para uma manutenção preventiva.

A Trip informou que os passageiros foram colocados em outro voo e seguiram viagem. Ainda segundo a companhia, o incidente foi notificado à Anac (Agência Nacional de Aviação Civil).

A companhia aérea não deu informação sobre o que aconteceu com o passageiro que causou o incidente.

Alarme dispara após homem fumar em avião

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Mariana Barbosa – O Estado de São Paulo

Impulsionada pela valorização do real, a Gol registrou lucro líquido de R$ 354 milhões no segundo trimestre. No mesmo período de 2008, a empresa teve prejuízo de R$ 166,5 milhões. Na comparação com o primeiro trimestre, o lucro líquido da companhia cresceu 475% (saindo de R$ 61,4 milhões). "Conseguimos recuperar parte do impacto negativo que tivemos quando o dólar foi a R$ 2,30", afirmou o presidente da Gol, Constantino de Oliveira Junior.

Em termos operacionais, a empresa obteve um resultado positivo de R$ 89,9 milhões. Apesar de inferior ao resultado operacional do primeiro trimestre (de R$ 105 milhões), este foi o quarto trimestre consecutivo de resultado operacional positivo para a Gol, que acumulou mais de R$ 1 bilhão de prejuízo depois da aquisição da Varig, em março de 2007. "Agora a gente começa a consolidar os benefícios da incorporação da Varig", afirmou Junior. "Finalmente conseguimos reduzir custos e melhorar a qualidade da receita."

A receita líquida da Gol ficou em R$ 1,39 bilhão no segundo trimestre, queda de 8,1% na comparação com o primeiro trimestre. No período, os custos caíram 7,6%. A queda na receita, de acordo com Junior, se explica pelo fato de que o segundo trimestre é o mais fraco do ano para o setor. As férias de julho superaram as expectativas do empresário, que está mais otimista com relação ao crescimento do setor para este ano. "No início do ano falávamos em um crescimento de 2% a 4%, e agora acredito que devemos atingir os 4%."

Câmbio leva Gol a lucrar R$ 354 milhões no 2º trimestre

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Inea admite restringir voos, a exemplo do Santos Dumont

Dimmi Amora – O Globo

O Instituto Estadual do Ambiente (Inea) deverá analisar restrições a voos também de helicóptero em rotas dentro da cidade. A informação foi dada ontem pela Secretária estadual do Ambiente, Marilene Ramos, ao Blog Verde, do GLOBO, após a aprovação, pelo Inea, de restrições impostas a voos no Aeroporto Santos Dumont. De acordo com dados da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), pelo menos 22 voos do Santos Dumont serão afetados pela restrição de horário imposta pelo órgão ambiental.

Moradores de bairros como Lagoa, Humaitá e até da Barra, por conta do Aeroporto de Jacarepaguá, são os que mais reclamam do barulho dos helicópteros pela cidade. De acordo com Marilene, se os moradores encaminharem reclamação formal à secretaria, como fizeram aqueles que moram sob uma das rotas do Santos Dumont, ela promete avaliar o problema: — O caso não é o mesmo do Santos Dumont, até porque os helipontos da Lagoa estão todos licenciados. Se houver necessidade de fazer restrições de horários em função do barulho provocado pelos helicópteros, faremos.

A arquiteta Elza Alves, que mora num apartamento no nono andar da Avenida Epitácio Pessoa, próximo à Fonte da Saudade, diz que sofre com os barulhos. Segundo ela, os voos acontecem até de madrugada e aumentam muito nos fins de semana: — Eles passam até longe, mas a sensação, pelo barulho alto, é que estão dentro de casa.

A restrição no Santos Dumont oficialmente começa hoje, segundo o Inea. O aeroporto não pode mais receber voos entre 22h e 6h e não poderá usar a chamada Rota 2, que passa por sobre os bairros. Mas a Infraero, responsável pelo aeroporto, informou ontem que ainda não havia sido notificada da decisão.

Helicópteros também na berlinda

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