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15 julho 2010

Jorge Luiz Rodrigues - O Globo

Longe de vir a ser um aeroporto moderno como se esperaria da cidade que vai sediar os eventos mais importantes da Copa, o Aeroporto Internacional Antônio Carlos Jobim/Galeão está passando por mais uma maquiagem. O governo Lula se arrasta há cinco anos num debate ideológico que impediu a concessão dos terminais à iniciativa privada, como defendia o governador Sérgio Cabral, de forma que a recauchutagem está sendo tocada mesmo pela Infraero desde março de 2008 visando a um aumento da capacidade de operação do aeroporto, num projeto que vai até 2025.

- Vamos aumentar a capacidade do aeroporto de 15 milhões para 20 milhões de passageiros por ano até 2014, e para 40 milhões até 2025. Isso faz parte de um cronograma preestabelecido, que também leva em conta o aumento de fluxo que a Copa de 2014 e as Olimpíadas de 2016 vão representar - tenta tranquilizar André Luiz de Barros, superintendente do aeroporto.

Planos de receber o A-380

Até agora, os setores A, B e C do Terminal 1 foram reformados, bem como duas das pistas de pouso e decolagem - tudo bem distante de um aeroporto de nível internacional. Também foram trocados dez dos 60 elevadores deste terminal. A previsão é de que, até o final de 2011, a outra metade do Terminal 2 será inaugurada, ampliando de 48 para 112 o número de postos de check in para os passageiros. Também está prevista a reforma de todos os banheiros do local e a adequação do sistema do aeroporto para a operação do Airbus A-380, o maior avião comercial de passageiros.

O custo da ampliação e da reforma do Terminal 2 é de R$280 milhões e o de revitalização do Terminal 1, de R$40 milhões. A reforma total deste terminal custará R$310 milhões e prevê a reformulação das áreas comerciais e a atualização tecnológica dos sistemas de operação.

Na parte externa, haverá ainda obras de complementação do edifício-garagem do Terminal 2 e de construção de um edifício-garagem para o Terminal 1, o que totalizará 8.300 vagas.

- Hoje em dia, temos 70% das obras nas áreas restritas do aeroporto e 60% das que são nas áreas públicas concluídas. Até 2014, estaremos funcionando com maior capacidade e conforto - acrescenta o superintendente.

Presidente da Associação Brasileira de Agências de Viagens local, a Abav-RJ, Luiz Strauss de Campos acompanhou uma visita promovida pela Comissão de Turismo da Câmara Federal em parceria com a Abav nacional ao aeroporto, no início do ano. Compreensivo diante da perspectiva de obras em andamento durante a Copa de 2014 ("Isso é normal, está acontecendo na África do Sul e aconteceu em outras Copas"), ele cobra maior atenção ao conforto dos passageiros: - Acho que ainda carecemos de sofisticação neste aeroporto, que é um dos maiores do país. É importante oferecer uma área de lazer, por exemplo, até com cinema.

Guarulhos retomou intervenções em maio

SÃO PAULO. Segundo a Infraero, desde maio foram retomadas as intervenções no Aeroporto Internacional de Guarulhos, quando firmou Termo de Cooperação com o Exército Brasileiro. A obra prevê revitalização do sistema de pista. O orçamento é de R$43,7 milhões, mas não contempla a reforma total (de R$232,5 milhões). Esse restante está sendo discutido na Justiça entre a Infraero e o consórcio, que rescindiu o contrato ao contestar a repactuação de preços proposta pelo Tribunal de Contas da União (TCU).

Outras intervenções estão em estágio de elaboração de projeto ou licitação (e dentro do cronograma, segundo a Infraero). Os Módulos Operacionais Provisórios, ou MOPs (estruturas préfabricadas, apelidadas de puxadinho), serão uma alternativa, já que o terceiro terminal de passageiros de Guarulhos não ficará pronto - está em licitação internacional. Somente uma fase está prevista para novembro de 2013.

O objetivo é aumentar a capacidade, de 24 milhões de passageiros/ano para 35 milhões até 2014. O investimento total será de R$952 milhões.

Depois de Guarulhos, o aeroporto de Campinas terá o maior investimento: R$576 milhões. As obras estão em fase de obtenção de licenciamento ambiental (novo terminal) ou em análise de projeto (módulo operacional).

Já para o Aeroporto de Congonhas, a Infraero não programou investimentos visando à Copa.

Ainda assim, está construindo uma nova Torre de Controle (prevista para abril de 2011). E o terminal de passageiros será ampliado para atender a cerca de 17,5 milhões passageiros/ano (o movimento atual é de 17,1 milhões).

Investimento de R$1,55 bi

Ainda em julho começa o recapeamento da pista principal do aeroporto de São José dos Campos, que será repaginado - entre as mudanças estão a modernização do terminal de cargas e um novo centro de manutenção do aeroporto. Segundo a Infraero, o investimento em São Paulo até 2014 será de R$1,55 bilhão.

- Preocupa, pois o crescimento de passageiros é alto. Este ano, tivemos aumento de 20% no Brasil. E nossa previsão era de 8,5% em 2010 todo. Estamos sempre correndo atrás do prejuízo. Mas, se o cronograma for mantido, não faremos feio na Copa - diz Ronaldo Jenkins, diretor do Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias. O Ministério da Defesa, no entanto, prevê aumento de 6,3% ao ano, entre 2009 e 2014. E 10% durante a Copa.

No Galeão, só mais uma maquiagem. E até 2025

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O Globo

Estima-se que 1.800 pessoas não conseguiram chegar ao estádio a tempo de ver o jogo entre Alemanha e Holanda, quarta-feira, por problemas no tráfego aéreo no Aeroporto Internacional King Shaka, em Durban, na África do Sul. Isso num país que recebeu avaliações positivas nas condições oferecidas pelos terminais aos torcedores que voaram para assistir à Copa. O contratempo deixa evidente que, se obras de modernização e melhorias do espaço físico são fundamentais, elas por si só não garantem a qualidade dos serviços nos aeroportos. Há que se ter cuidados também, e não poucos, com a infraestrutura como um todo. Modernização e sistema de operações eficiente são faces da mesma moeda, imprescindíveis para garantir o bom funcionamento dos terminais.

Pois é nas más condições, operacionais e físicas, dos aeroportos brasileiros que se aperta um dos nós da organização da Copa de 2014. Estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) revela que pelo menos oito das 12 cidades que irão sediar os jogos do Mundial estão com os terminais funcionando no limite da capacidade máxima - sendo que alguns casos beiram o colapso. O aeroporto de Manaus, por exemplo, tem uma demanda de pousos e decolagens com praticamente o dobro da capacidade de atendimento nos horários de pico. Congonhas e Guarulhos, em São Paulo, também registram um movimento superior ao teto, segundo o estudo. O ministro da Defesa, Nelson Jobim, contestou o estudo - mas quem voa no Brasil é testemunha de que os aeroportos estão a uma distância continental de um padrão de eficiência aceitável. As críticas deveriam ser dirigidas não contra quem aponta deficiências de um setor vital para o desenvolvimento do país, mas voltadas para o próprio umbigo.

Outro estudo, pedido pelo presidente Lula ao BNDES e realizado pela McKinsey, configurou a crise anunciada: a Infraero, responsável pela política de transporte aéreo, não consegue executar a contento as obras necessárias. Em 2006, planejou-se investir R$2,8 bilhões em 17 aeroportos, mas, passados três anos, haviam sido executados apenas R$815 milhões do orçamento.

Há também dificuldades de ordem ideológica. Os plano de conceder a administração dos aeroportos à iniciativa privada têm sido boicotados por influentes vozes do governo. Da mesma forma, manter a política aérea sob controle estatal significa preservar o poder dos cargos na burocracia aeronáutica como instrumento de barganha política.

Se nada for feito para mudar este quadro, a situação caótica dos aeroportos colocará em risco o sucesso dos eventos esportivos que o país vai sediar até 2016, como a Copa das Confederações, a Copa do Mundo e as Olimpíadas. Junte-se a isso o crescimento do país: o próprio ministro Jobim estima que o movimento de usuários suba ao ritmo de 10% ao ano. Insistir com uma política em que a ideologia estatatizante está acima das necessidades do mercado é o mesmo que dar passagem ao caos. Está mais do que na hora, portanto, de o Planalto rever sua estratégia para o setor, esquecer compromissos partidários e deixar a administração dos terminais por conta da competência da iniciativa privada.

Caos aéreo, risco para a Copa de 2014

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O Estado de SP

Em Caruaru (PE), por exemplo, empresa Noar fez parceria com o governo para criar um plano de segurança O crescimento do mercado de aviação regional no Brasil tem esbarrado em problemas burocráticos e de infraestrutura. Administrados por Estados e municípios, os aeroportos de cidades de médio porte enfrentam escassez de recursos, segundo o presidente da Associação Brasileira das Empresas de Transporte Aéreo Regional (Abetar), Apostole Lazaro Chryssafidis.

"É um problema que as empresas estão enfrentando. A Anac tem publicado algumas resoluções que visam aumentar a segurança nos aeroportos, mas dá pouco tempo para adequação. Isso exige uma série de investimentos de governos estaduais e municipais. Sem isso, gera-se um estresse violento, porque limita a operação das empresas com planos de investir", afirma.

Para Chryssafidis, algumas empresas têm de deixar de operar em aeroportos que não conseguem cumprir as novas regras de segurança. "O empresário demora alguns anos para planejar o investimento e quando começa a receber as aeronaves, percebe que aqueles aeroportos não são mais operáveis", diz.

O presidente da Trip, José Mário Caprioli, afirma que a companhia tem enfrentado essa realidade. "Carauari, no meio da Amazônia, é uma cidade em que tínhamos voo e tivemos de suspender. Há hoje 20 aeroportos que ainda têm operações da companhia, mas nos quais não podemos expandir porque a infraestrutura continua limitada."

A Noar, empresa que começou a voar em junho no Nordeste, tem feito parceria com governos estaduais para adequar os pequenos aeroportos às exigências da Anac. Em Caruaru (PE), a empresa auxiliou na criação de um plano de segurança.

O governo federal vem estudando medidas para acabar com os entraves para a aviação regional. 

De acordo com Fernando Soares, diretor do Departamento de Política de Aviação da Secretaria de Aviação Civil, a União tem um projeto para destinar mais recursos para a melhoria de aeroportos. Ele afirma, porém, que os Estados recebem recursos da Cide, contribuição sobre a venda de petróleo e derivados, que também podem ser usados para este fim.

Falta de estrutura em aeroportos do interior ainda é um entrave

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Estratégia. Empresas como Trip e Passaredo mais que dobraram o número de passageiros transportados no último ano, usando a estrutura de aeroportos como o de Ribeirão Preto (SP) e de Cuiabá para distribuição dos voos para outras cidades

Glauber Gonçalves / RIO - O Estado de S.Paulo

O desenvolvimento de novos polos regionais, a ampliação das fronteiras agrícolas e o crescimento da classe C têm impulsionado o mercado de aviação regional no Brasil. Com a expansão de novas ligações aéreas, as companhias estão concentrando suas operações fora de grandes centros e apostam na criação de hubs regionais - isto é, aeroportos a partir dos quais os passageiros podem ser redistribuídos para outros destinos.

É o caso, por exemplo, de Ribeirão Preto (SP), Cuiabá e Recife. Segundo o presidente da Associação Brasileira das Empresas de Transporte Aéreo Regional (Abetar), Apostole Lazaro Chryssafidis, as companhias regionais têm necessidade de concentrar suas operações em hubs regionais para estabelecer uma maior densidade de passageiros. "Isso permite atingir uma economia de densidade que reduz o custo operacional e racionaliza a malha", explica.

Detentoras da maior fatia dentro do mercado de aviação regional, a Trip Linhas Aéreas e a Passaredo são exemplos de índices elevados do aumento de demanda. De janeiro a maio deste ano, cresceram respectivamente 109% e 155%, em comparação ao mesmo período do ano anterior.

A Trip escolheu Cuiabá como base de um de seus hubs regionais. A empresa desenvolveu na capital mato-grossense o conceito de duas ondas. "Durante dois horários por dia, chegam vários aviões da Trip na mesma hora, dando um amplo poder de conexão", explica o presidente da companhia José Mário Caprioli. "Isso é um pouco o embrião de como o sistema vai evoluir. Já demonstra essa descentralização."

As companhias aéreas têm sido atraídas para o Centro-Oeste principalmente em função do desenvolvimento trazido pelo agronegócio, explica Apostole, da Abetar. "Vimos muitas cidades em Mato Grosso nascerem em função disso", disse. De Cuiabá, é possível viajar em voos diretos tanto para cidades do interior, como Ji-Paraná e Vilhena (RO), Rondonópolis e Sinop (MT), como para capitais como São Paulo e Campo Grande.

Além do hub de Cuiabá, a Trip também estuda implementar uma base em Recife, cidade em que a aviação regional vem crescendo em razão do desenvolvimento industrial pelo qual passa o Estado de Pernambuco. "Tem o Porto de Suape. É um conceito de porto-indústria que está numa fase muito intensa de investimento e isso puxa também a aviação regional", diz Carlos Campos, técnico de planejamento e pesquisa do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).

Novata. A capital Pernambucana foi escolhida pela Noar, de Caruaru, no interior do Estado, que começou a voar no mês passado. "Pegamos Recife, fazendo o processo de uma malha complementar ao que as outras companhias comerciais nacionais oferecem", conta o diretor executivo da companhia Marjone Camelo. A partir da capital, a empresa voa para Caruaru, Maceió e Aracaju.

"Queremos suprir a carência de ligações entre determinadas cidades que são polos no Nordeste", explica Camelo. Em agosto, a empresa deve começar a voar também para João Pessoa, Natal, Mossoró (RN) e uma outra capital da região, a ser definida entre Fortaleza e Salvador. Segundo ele, o aumento das ligações entre as capitais nordestinas facilita o ambiente de negócios, permitindo que executivos se locomovam na região sem precisar fazer conexões em Brasília.

Para o secretário do Turismo de Pernambuco, Paulo Câmara, o bom momento da aviação regional no Estado se deve a um processo de interiorização do desenvolvimento. "Muitas empresas estão se instalando no interior do Estado, em cidades como Petrolina e Caruaru".

Outra companhia de olho no Nordeste é a Passaredo, que lançou no mês passado um voo ligando Recife a Ribeirão Preto. A cidade do interior paulista funciona como hub para a empresa, que já conta hoje com voos diretos para sete capitais brasileiras, conta o presidente da companhia, José Luís Felício Filho. "Nossa malha é muito ligada ao desenvolvimento do agronegócio." Para ele, a expansão do setor sucroalcooleiro tem fortalecido a aviação regional na região.

Expansão

Segundo Paulo Câmara, secretário de Turismo de Pernambuco, empresas aéreas estão estudando iniciar operações também nos municípios de Garanhuns, Serra Talhada e Salgueiro.

Voo entre duas capitais pode ser ''regional''

De acordo com a legislação brasileira, não existe uma definição para empresa aérea regional. Entretanto, segundo a Associação Brasileira das Empresas de Transporte Aéreo Regional (Abetar), empresas regionais são aquelas que atuam com aeronaves de até 100 assentos em suas rotas. Assim, uma ligação direta entre Porto Alegre (RS) e Rio Branco (AC), apesar de cruzar o Brasil unindo duas capitais, seria considerada regional, pois tem baixa demanda, o que implicaria a necessidade da utilização de um avião de pequeno porte no trecho. No Brasil, cerca de 130 cidades são atendidas hoje pela aviação regional. O número é superior ao contabilizado em 2002, quando 115 cidades  estavam interligadas, mas ainda inferior ao de 1998, quando a avião regional atendia 180 cidades.

Crescimento da aviação regional cria polos em aeroportos fora do Rio e SP

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Anac registra 915 queixas um mês após a ampliação dos direitos dos passageiros. Faltam fiscais

Geralda Doca e Danielle Nogueira - O Globo

Na próxima terça-feira, as regras que ampliam os direitos dos passageiros completam um mês. Nesse período, foram registradas na Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) 915 queixas no país contra atrasos, cancelamentos de voo e overbooking (venda de bilhetes acima dos assentos disponíveis) e 18 companhias foram notificadas. Mas nada mudou nos aeroportos, e os usuários continuam desprotegidos de abusos cometidos pelas aéreas. Falta fiscalização da Anac para que as normas sejam cumpridas.

Nas salas de atendimento que ainda restam em dez aeroportos, funcionários terceirizados apenas registram a queixa ou orientam o usuário a ligar para o 0800 ou acessar o site da Anac. A reclamação resulta em processo administrativo, com três meses em média de duração, em que a empresa poderá ou não ser multada. E só.

Na última quarta-feira, O GLOBO esteve em aeroportos de Brasília, Rio de Janeiro e São Paulo e constatou o descumprimento das novas regras. Em Brasília, o português Vitor Manuel dos Santos, sua mulher, a brasileira Suzana Rodrigues Rocha, e seus dois filhos não receberam assistência da TAP, companhia que vendeu o bilhete Lisboa-Brasília-Goiânia. Devido a problemas na Imigração, eles perderam a conexão para Goiânia pela TAM e passaram por um empurra-empurra nos balcões de check-in das duas empresas. A TAP informou que eles tinham de comprar outro bilhete. Na TAM, disseram que o próximo voo para o destino final sairia três horas depois, mas este estava lotado e com fila de espera.

No Santos Dumont, filas dobram saguão

Pelas novas regras da Anac, caberia à TAP acomodá-los em outra aérea. Porém, embora tenham sido alertados a esse respeito, os atendentes responderam que o problema não era deles. 

- É uma falta de respeito com a gente - disse Suzana, que tentava a todo custo controlar o filho mais novo, que é hiperativo e passava mal.

Naquele momento, não havia ninguém da Anac. A família só não passou a noite no terminal, porque a Infraero interveio junto à TAM e deu assistência médica à criança. Procurada, a TAM informou que adotou todas as providências necessárias para atender às novas regras. Já a TAP transferiu a responsabilidade à TAM. "A TAP tentou acomodação junto à TAM, que estava com overbooking no voo das 21h05m. E a TAM ficou impedida de priorizar o atendimento desta senhora (Suzana), uma vez que, conforme a legislação, deveria ser respeitada a lista de espera", disse a TAP em nota. 

É uma situação que se repete. No último dia 1º, o sistema de reservas da TAM ficou fora do ar em Brasília das16h40m às 18h45m. Filas se formaram no check-in, sem que a empresa informasse o motivo do atraso. Coube à Infraero anunciar pelo alto-falante o que ocorria. Pelas novas regras, as empresas são obrigadas a informar o porquê do atraso e a previsão do horário de partida.

No Rio, passageiros da Azul também tiveram que enfrentar filas que dobravam o saguão do Santos Dumont na última quarta-feira. Um atraso de mais de duas horas em um voo da companhia que vinha de Salvador para o Rio provocou um efeito cascata nos demais voos da empresa. O avião sairia às12h da capital baiana e só decolou por volta das 14h30m. Com isso, o voo que sairia do Rio para Porto Alegre usando o mesmo avião, agendado para 19h53m, só deixou o aeroporto por volta das 21h30m.

Em Salvador, a empresa providenciou voucher de alimentação e internet para os passageiros, como preveem as novas regras da Anac. No entanto, bastou a dona de casa Patricia Silva se ausentar por poucos minutos para trocar a fralda de sua filha Milena, de um ano, para perder o direito ao voucher.

- Quando retornei ao guichê para pedir o voucher, me falaram para aguardar que o voo já sairia e não me deram nada. Minha filha ficou com fome e não parava de chorar - disse ela, ao desembarcar no Rio.

Anac: fiscalizar não é seu papel

No Santos Dumont, a empresa providenciou alimentação, mas, segundo relato de passageiros, não informou que teriam direito a usar telefone ou internet. E quem tentava reclamar não conseguia, pois o posto de atendimento da Anac no aeroporto foi desativado em 2008.

- Só me deram um voucher e nada mais - disse o comerciário Croaci Gomes, que viajava com a mulher e a filha para a capital gaúcha.

A Azul alegou problemas no avião e disse que internet e telefone estavam disponíveis para os usuários no Rio, embora ninguém os tenha usado.

A Anac argumentou que seu papel é administrativo e não de fiscalização in loco. Frisou que cabe ao consumidor recorrer ao Procon ou à Justiça, se quiser reparação pelo mau serviço. "O órgão regulador não pode, em hipótese alguma, assumir as responsabilidades das companhias aéreas no contrato de transporte que ela firmou com o passageiro", informou em nota. No entanto, a própria lei que criou a agência delegou ao órgão a missão de regular e fiscalizar a aviação civil.

Setores do governo estão preocupados com a estrutura precária de fiscalização da agência. 

Teme-se que, com o crescimento, a demanda pelos serviços vai subir. A agência tem 1.096 fiscais, mas a fiscalização das normas nos aeroportos é feita por uma dupla de inspetores. Como alternativa, a Infraero negocia com o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) a instalação de juizados especiais em Guarulhos e no Galeão.

Novas regras, velhos problemas

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Passageiros de alguns voos noturnos não têm como recorrer à agência na hora

Wagner Gomes - O Globo

SÃO PAULO. A maior parte dos voos no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Cumbica, decola a partir do início da noite. Na última quarta-feira, por exemplo, foram 46 voos (nacionais e internacionais) entre 22h e meia-noite, horário de pico. Mas o escritório local da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) funciona apenas até as 22h. Em Congonhas, o aeroporto mais movimentado do país, a situação não é melhor. O posto fica aberto só até as 20h (enquanto os voos vão até as 23h) e, segundo informações de funcionários do próprio posto, o local deve ser fechado ainda este mês.

Na quarta-feira, a reportagem do GLOBO não encontrou fiscais da Anac em nenhum dos dois aeroportos. Uma funcionária da agência em Guarulhos disse que eles não trabalham todos os dias e que estavam de folga naquela quarta-feira. A economista Bruna Lourenço, de 22 anos, chegou ao posto da Anac em Cumbica pouco depois das 21h30m. Ela, os pais e as duas irmãs tentaram registrar uma reclamação contra a TAM, que vendeu passagens a mais para o voo 8006, que partiria às 22h45m com destino a Buenos Aires, na Argentina.

- Chegamos pouco depois das 21h no aeroporto e fomos informados que o voo estava completo. Venderam passagens a mais e ficamos de fora. Fui até a Anac, que por pouco estaria fechada, e tive a informação de que a reclamação teria de ser feita pela internet ou pelo 0800 - disse Bruna. 

Voo lota e família só é avisada na hora do check-in

Como não havia mais voos nesse horário em outras companhias para Buenos Aires, a TAM ofereceu acomodação em um hotel próximo ao aeroporto até a manhã de quinta-feira, quando partiria o próximo voo para Buenos Aires, às 6h45m.

- Isso é uma falta de respeito ao consumidor. A empresa não deveria vender mais passagens do que poderia. Agora não quero mais viajar - disse Paulo Antônio Lourenço, de 56 anos, pai de Bruna. 

Quatro das cinco passagens foram adquiridas pelo sistema de milhagem. Os bilhetes foram comprados pela internet. A família Lourenço programava passar quatro dias em Buenos Aires e a viagem foi marcada há dois meses. Lourenço reclamou de ter sido informado pela TAM sobre a lotação na hora do check-in.

- Foi uma ducha de água fria. A intenção era aproveitar o fim de semana de feriado para conhecer a Argentina. Ofereceram acomodação em São Paulo, mas não falaram nada sobre os custos que vou ter por chegar mais tarde do que o previsto em Buenos Aires - disse o bancário.

Uma funcionária da TAM explicou que não há como garantir reembolso de despesas fora de São Paulo. Ela disse que a companhia ofereceu tudo o que podia para o passageiro, "que negou todas as possibilidades de acomodação no dia seguinte em um outro voo".

- Oferecemos um táxi para a família voltar para casa ou a estadia em um hotel, com direito a jantar e café da manhã - disse a funcionária, que se identificou apenas como Marina.

Poucos dias antes de a medida da Anac entrar em vigor, o administrador Carlos Rudinei Laurindo, de 46 anos, teve problema quando voltava de São Paulo para Florianópolis com a mulher em um voo da Gol. Segundo ele, como o tempo estava muito fechado em Florianópolis, por causa da chuva, a aeronave acabou pousando em Curitiba, Paraná.

- O resto da viagem teria de ser feita de ônibus. Eu não aceitei com medo de descer a serra naquele chuva. Acabou que todo mundo foi de avião mesmo, mas a viagem não pôde ser concluída e tivemos que voltar para Curitiba - disse o administrador. - Fiquei nervoso e fui acusado de agredir verbalmente uma aeromoça, mas eu só estava querendo uma explicação. Quando pousamos em Curitiba novamente recebi voz de prisão e fui parar na Polícia Federal.

Passageiro aluga carro para finalizar viagem

Carlos Laurindo pediu desculpas e acabou se acertando com os funcionários da TAM, mas teve de arcar com as despesas de acomodação em um hotel e o aluguel de um carro para seguir no dia seguinte com a mulher para Florianópolis. - Até hoje ninguém da Gol ligou perguntando como fiz o resto da viagem - disse ele, que entrou com um processo contra a empresa. A Gol informou que não se pronuncia sobre ações em andamento.

Postos da Anac não funcionam nos horários de pico em São Paulo

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Jornal do Commércio

Companhia aérea passa a oferecer o percurso diariamente para a capital mineira, sem escalas. A passagem tem preço inicial de R$ 229 (um trecho). Hoje, a empresa detém 5,6% do mercado A Azul Linhas Aéreas começou este mês a voar diretamente para um segundo destino a partir da capital pernambucana. Depois de fazer a rota Recife-Campinas (SP), agora a Azul liga o Aeroporto Internacional do Recife a Belo Horizonte, diariamente, sem escalas. A passagem sai a partir de R$ 229, à vista, por trecho voado (somente a ida, por exemplo).

Do Recife para Belo Horizonte, as saídas são às 15h03. De Confins para o aeroporto pernambucano, as decolagens são ao meio-dia.

A companhia aérea iniciou suas operações em 15 de dezembro de 2008, mas já chegou com a missão de disputar mercado com as maiores, TAM e Gol/Varig. Para isso, a Azul, fundada pelo americano David Neeleman, aposta em inovações e estratégias agressivas de crédito.

Esta semana, a empresa fez duas investidas em produtos de financiamento a seus passageiros.

A primeira foi a criação do que ela chama de parcelamento recorrente. A lógica é simples. 

Normalmente, nos cartões de crédito, o cliente que tem um limite de R$ 1.000, por exemplo, ao fazer uma compra de R$ 500, ainda que dividida em cinco prestações mensais, terá como limite disponível outros R$ 500. Com o Azul Crédito, o cliente, dividindo a compra de R$ 500 em cinco vezes, teria apenas as parcelas de R$ 100 debitadas, mês a mês, restando um limite mensal de R$ 900 disponíveis.

A empresa também passou a operar com débito em conta.

No aspecto de operação, ao contrário do que normalmente fazem as companhias aéreas, que fixam suas bases principalmente no aeroporto de Congonhas ou, na falta dessa opção, em Guarulhos, a Azul escolheu Campinas como seu principal hub (ponto de convergência de voos).

Belo Horizonte, agora, começa a se destacar como seu segundo aeroporto em termos de ligações com outras capitais. A cidade mineira ainda não se compara com Campinas, de onde a companhia voa para 20 destinos diferentes. Mas Belo Horizonte já atende cinco cidades diferentes, sem escalas: Recife, Fortaleza, Porto Seguro, Campinas e Porto Alegre.

De acordo com dados da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), a Azul é a quarta companhia nacional. Alcançou uma participação de mercado de 5,68%, no mês passado, atrás da WebJet, com 6,15%. A TAM possui 42,91% e a Gol/Varig, 39,11%.

Atualmente, a frota da Azul conta com 10 aeronaves da brasileira Embraer, modelos 190 e 195.

Azul lança voos diretos para Belo Horizonte

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Jornal do Commércio

RIO – A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) enviou ofício à Air France na tarde de ontem com um pedido de explicações sobre as causas do retorno do voo 443, que fazia a rota Rio-Paris, na noite de anteontem. A aeronave, que tinha decolado às 16h20, teve de voltar ao aeroporto internacional Tom Jobim (Galeão) por causa de um suposto problema no sistema de abastecimento de água dos banheiros. O avião pousou de volta apenas às 22h12.

Em nota oficial divulgada na manhã de ontem, a Air France confirmou que um defeito técnico nos banheiros da aeronave fez com que o voo 443 fosse interrompido. Segundo a companhia, num voo de longa distância, um problema como esse causa grande desconforto aos passageiros.

O voo foi reprogramado para as 23h55 de ontem. Por conta da companhia, os 438 passageiros passaram a noite em hotéis do Centro e Zona Oeste do Rio.

A socióloga Maria das Dores Maues, 43 anos, disse que os passageiros ficaram surpresos e desconfiados com o aviso de retorno do voo. Acompanhada do marido e dos filhos trigêmeos, ela destacou que a ação do comandante da aeronave pode ter evitado um acidente.

"Pensamos que o defeito técnico no sistema que leva água aos banheiros poderia se estender e se transformar em algo muito drástico. Achei surreal esse retorno, mas logo me passou um filme na cabeça do acidente do ano passado (voo 447)", afirmou a socióloga.

No fim de semana, outro avião da companhia, que seguia do Rio para Paris, precisou fazer um pouso não programado no aeroporto do Recife, por causa de uma ameaça de bomba. Após inspeção da Polícia Federal, foi constatado que a ameaça era falsa.

Anac pede explicações à Air France

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Por Alberto Komatsu, de São Paulo - Valor

A TAM Linhas Aéreas vai pagar quase R$ 170 milhões pela bandeira TAM, informou ontem a maior empresa aérea brasileira. Com isso, vai deixar de pagar R$ 17 milhões em royalties por ano à família Amaro, controladora da companhia, pelo uso da marca. Essa prática incomodava o mercado desde que ela lançou ações em bolsa, em junho de 2005.

O negócio será realizado por meio da aquisição da totalidade de ações da Milor Táxi Aéreo, Representações, Marcas e Patentes. Essa empresa, pertencente à família Amaro, é a que tem a propriedade da bandeira TAM e outras marca correlatas, como TAM Aviação Executiva e TAM Táxi Aéreo. O valor foi calculado pela consultoria Deloitte Touche Tohmatsu.

Segundo Líbano Barroso, presidente da TAM, a aquisição coloca a companhia "nos mais altos níveis de governança", já que essa seria "a única transação com partes relacionadas" do grupo. Apesar de dizer que a operação era feita "em condições equilibradas", ele admite que representava uma saída de caixa para uma parte dos acionistas diferente dos outros. "Com isso, estamos cumprindo com o segundo objetivo, que é reduzir as saídas de caixa."

O negócio será pago 15% em dinheiro na data de assinatura do contrato, não divulgada. Os 85% restantes serão quitados com notas promissórias em favor da família Amaro, que fará um aumento de capital por meio da subscrição de ações ordinárias. A operação será submetida à Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e aos órgãos de defesa da concorrência.

"Esse era o único ponto sobre o qual alguns acionistas em bolsa, alguns grande fundos, questionavam o porquê da empresa não deter a própria marca e não parar com esse pagamento. Com isso, estamos fazendo a um preço bem menor do que reconstruir uma marca", diz Líbano. 

Ele acredita que a operação deverá resultar num aumento de até 3% do capital total da TAM. 

Segundo ele, não haverá diluição da participação dos acionistas com ações preferenciais. 

"Todos os acionistas vão participar do mesmo fluxo de caixa, ou seja, vão ser remunerados por dividendos. Esse aumento de capital em ordinárias não vai significar diminuição dos preferencialistas no total de ações preferenciais", diz Líbano. Ontem, as ações preferenciais da TAM fecharam em alta de 1,33%. O Ibovespa recuou 0,32%.

Entre analistas do setor aéreo, a percepção de que a negociação da TAM mira uma futura valorização da marca. "A administração da TAM percebeu que a sua entrada na aliança global Star Alliance vai valorizar muito a marca nos próximos anos", diz o analista de aviação da Planner Corretora, Brian Moretti. Segundo a consultoria de marcas Interbrand, a bandeira TAM vale R$ 347 milhões, o mais alto valor no transporte aéreo do país e o 17º entre as marcas brasileiras.

A siderúrgica Gerdau também pagava pelo uso da marca. No início de maio de 2006, empresas do grupo informaram ao mercado que o gasto estimado no primeiro trimestre alcançava R$ 16,2 milhões.

A empresa informou ontem que esse valor não chegou a ser efetivamente desembolsado. "Em 2006, os acionistas controladores transferiram à Gerdau S.A., sem qualquer ônus, a propriedade dos registros da marca Gerdau da qual eram, na época, titulares."

TAM compra marca da família Amaro por R$ 170 milhões

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Jornal de Brasília

Demanda interna por vôos sobe 16,81% em junho. E a externa, 22,31% As companhias aéreas brasileiras registraram crescimento de 16,81% no fluxo de passageiros transportados no País em junho, comparativamente ao mesmo período de 2009, segundo dados divulgados pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). A taxa média de ocupação dos aviões nos vôos domésticos ficou em 64,53%, o que representa um declínio de 0,91 ponto porcentual ante a taxa de 65,44% exibida em junho do ano passado.

A TAM respondeu no mês passado por 42,91% do mercado, abaixo dos 44,77% de um ano antes. Sua taxa de ocupação (ou load factor) ficou em 63,92%, menor que os
64,66% de junho de 2009. O grupo Gol/Varig, por sua vez, registrou uma participação de 39,11% do mercado interno, inferior aos 42,19% de junho de 2009. A taxa de ocupação de 61,84% é inferior aos 65,62% de um ano antes.

A WebJet aparece com 6,15% do mercado (contra 4,23% em junho de 2009) e taxa de ocupação de 74,1%, seguida pela Azul Linhas Aéreas, com 5,68% do mercado, frente a 4,31% em junho de 2009, e ocupação de 84,20% no mês passado. A empresa Avianca mostrou em junho 2,74% de participação de mercado e 71,66% de taxa de ocupação, sucedida pela Trip Linhas Aéreas (2,37% dos voos domésticos e 62,11% de ocupação).

EXTERIOR

Segundo a Anac, a demanda por voos internacionais operados por companhias brasileiras cresceu 22,31% em junho, comparativamente a igual intervalo de 2009. A taxa de ocupação no mês passado, da ordem de 76,14%, superou os 65,47% registrados em período correspondente de 2009. 

Nos voos destinados a outros países, a TAM liderou em junho com 86,53%. Um ano antes, esta companhia detinha 86,67% de participação. A Gol/Varig, por sua vez, ficou com 13,45% deste mercado, taxa ligeiramente superior à fatia de 13,21% detida em junho de 2009.

SEMESTRE

Em relação ao semestre, a demanda por voos domésticos ofertados por empresas brasileiras cresceu 27,58% entre janeiro e junho, comparativamente a igual intervalo de 2009, segundo dados da Agência Nacional de Aviação Civil. A taxa média de ocupação nos voos pelo País atingiu 67,41%, superior aos 63,15% indicados no primeiro semestre de 2009.

Disputa apertada

Os dados da Agência Nacional de Aviação Civil mostram que, no período, a TAM respondeu por 42,2% do mercado interno, porcentual inferior aos 47,9% de um ano antes. Sua taxa de ocupação (load factor) atingiu 65,33%, melhor do que no primeiro semestre de 2009 (62,99%).

ESTÁVEL

Na Gol/Varig a participação de mercado ficou praticamente estável, saindo de 40,66% para 40,69% no semestre passado. O grupo exibiu no semestre 66,53% de taxa de ocupação, frente 62,3% em intervalo idêntico do ano passado. A Webjetficou com 6,24% do mercado e 76,4% de ocupação em seus voos domésticos. Já a Azul assumiu 5,43% dos voos (86,33% dos assentos ocupados), enquanto a Avianca abocanhou 2,47% do mercado (73,75% de load factor) e a Trip ficou com 2,07% do fluxo de passageiros no mercado interno (63,14% de ocupação).

No caso dos voos internacionais, o crescimento do fluxo de passageiros foi de 13,42% no primeiro semestre, com uma média de 75,15% na ocupação dos voos.

SAIBA MAIS

A Lan Peru está com promoção para sua rota que tem início dia 2 de agosto. As tarifas promocionais, de ida e volta, são: Brasília / Lima, US$ 199; Brasília / Cusco, US$ 349. E, também, há estas promoções: Brasília / Miami, US$ 549; e Brasília / Los Angeles, US$ 599.

Inicialmente serão três frequências semanais – segundas e quartas-feiras e aos sábados. O LA 2773 sairá de Lima às 00h50, aterrissando em Brasília às 7h05 e o LA 2772 partirá da capital federal às 8h30, chegando à capital peruana às 11h05. O novo vôo Brasília / Lima será operado com Airbus 319.

A partir de Lima, haverá conexões para destinos como Miami e Los Angeles (Estados Unidos), Cidade do México e Cancun(México) e Punta Cana (República Dominicana).

Tráfego aéreo é intenso

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France-Presse

A Comissão Europeia abriu caminho ontem a uma nova reorganização da indústria da aviação comercial, ao autorizar a fusão entre a Iberia espanhola e a britânica British Airways (BA) e a aliança destas duas com a American Airlines, nos voos transatlânticos.

Iberia, BA e American Airlines haviam acertado a união no ano passado, com o objetivo de poupar custos e enfrentar a queda na demanda.

Num passo ainda mais importante, Iberia e BA assinaram em abril uma fusão para criar uma das companhias aéreas maiores do mundo e competir de forma mais efetiva num setor em plena mutação.

– A realidade hoje em dia é a de uma crescente consolidação do setor devido a dificuldades e mudanças que tenham sido obrigados a enfrentar – afirmou ontem o comissário europeu para a Concorrência, Joaquín Almunia.

A fusão BA-Iberia dará origem à segunda companhia aérea europeia em valor de mercado atrás da Lufthansa, ao combinar a fortaleza da espanhola na América Latina com a presença da BA na África, Ásia e América do Norte.

Segundo a Comissão Europeia, o novo grupo enfrentará concorrência de outras companhias aéreas nas rotas Londres-Madri.

Aprovada fusão entre Iberia e BA

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Jornal do Brasil

A procura por transporte aéreo no país cresceu 16,81% em junho em relação ao mesmo período do ano passado, segundo divulgou ontem a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). Já a demanda por rotas internacionais operadas por companhias brasileiras avançou 22,31%. O primeiro semestre acumula aumento de 27,58% na demanda doméstica e de 13,42% na internacional, comparado ao mesmo período de 2009.

Procura por passagens cresce 16,81% em junho

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Anac fixa prazo para Air France dar explicações sobre banheiros interditados

Flávia Lima e Daniel Brunet - O Globo

Os defeitos em dez dos 13 banheiros de um Boeing 747400 da Air France que obrigaram o piloto a interromper a viagem para Paris, na noite de anteontem, voltando para o Rio, podem ter sido o terceiro incidente no voo 443 em quatro dias. Na segunda-feira, uma pane elétrica teria deixado parte de uma fila de assentos sem luz. No dia 10, uma falsa ameaça de bomba interrompeu o voo quando o avião passava por Pernambuco.

A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) deu cinco dias para a Air France explicar os problemas de anteontem. Passageiros ficaram revoltados com a interrupção da viagem, mas a empresa alegou que a falta de banheiros causaria desconforto.

Segundo a Anac, o problema nos banheiros não configura uma falha de segurança. No entanto, se durante a investigação do caso for comprovado que a Air France descumpriu algum item do regulamento de segurança, a empresa poderá ser punida, inclusive com multa.

Passageiro reclama de falta de informações

O avião decolou do Aeroporto Internacional Tom Jobim às 16h20m de terça-feira e retornou quase seis horas depois, às 22h12m.

Um dos 438 passageiros do voo, o pesquisador Thiago Azeredo, de 29 anos, disse que demorou mais de uma hora para desembarcar e que ninguém da tripulação deu informações durante o retorno ao Rio.

— Agora, teremos que replanejar tudo — reclamou.

A estudante Gabriela Meira contou que a aeronave partiu com seis banheiros quebrados e, durante a viagem, outros quatro pararam de funcionar.

— A gente chegou a Recife e depois retornou ao Rio, num total de quase seis horas de viagem.

Perdemos conexões, excursões — lamentou.

Empresa diz que faz manutenção constante

Para amenizar o descontentamento dos passageiros, a companhia aérea pagou refeições e providenciou a ida deles para suas casas ou hotéis. O voo foi remarcado para as 23h55m de ontem.

A Air France não informou por que os defeitos nos banheiros não foram detectados antes de o avião decolar. A empresa descartou falha de manutenção, informando que faz inspeções constantes em suas aeronaves.

Ainda de acordo com a companhia, a última vistoria feita no avião aconteceu no dia 2 passado. A Air France acrescentou que "uma investigação técnica interna já está sendo conduzida, a fim de verificar as causas do ocorrido".

A engenheira Evelyn Cohen contou que, no dia 12, seu filho Alan Cohen, de 22 anos, estava no voo 443, que teria apresentado problemas elétricos.

— Houve pane elétrica numa ala do avião, fazendo os passageiros viajarem com todas as luzes apagadas ou todas acesas — disse. A Air France informou que não teve conhecimento da pane elétrica no voo do dia 12.

Em 4 dias, voo 443 teve 3 problemas

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14 julho 2010

Chega ao país tendência estrangeira de cobranças a bordo. Projeto de lei prevê nova tarifa sobre valor do bilhete aéreo

Luciana Casemiro e Rennan Setti - O Globo

Pagar por água, sanduíche, refrigerante ou uma opção melhor de cardápio. A tendência que já se consagrou em companhias aéreas europeias e americanas começa a chegar por aqui e já preocupa entidades de defesa do consumidor.

O movimento acontece de forma simultânea à tramitação no Congresso do projeto de lei 5.994/09, que cria uma tarifa de 0,5% sobre o preço das passagens aéreas de voos domésticos e internacionais que partirem do Brasil para subsidiar as linhas aéreas regionais.

Favorável às cobranças de serviços de bordo, excluindo exageros — como a taxa para uso do banheiro proposta pela companhia aérea irlandesa Ryanair — o especialista em aviação, Respício Espírito Santo Jr. explica que a iniciativa pode reduzir valores de passagens aéreas: — Se pensarmos no custo de um lanche, parece pouco. Mas no volume isso pode fazer diferença sim para as empresas. A questão é que não estamos no mesmo patamar dos mercados americanos e europeus. E como a concentração de mercado ainda é grande, esse tipo de iniciativa pode não ter o mesmo efeito de redução de tarifa para o cliente — destaca Respício, professor da Escola Politécnica da UFRJ.

Esse é um dos pontos levantados pelas entidades de defesa do consumidor, que se preocupam ainda com a falta de informação e transparência das empresas sobre as cobranças. Para o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), o passageiro que não for informado de taxas extras não tem obrigação de pagá-las.

— Tudo o que envolve a prestação do serviço deve ser informado previamente ao cliente, antes de ele assinar qualquer contrato. É o que determina o Código de Defesa do Consumidor (CDC). Esse é um dever do estabelecimento onde o consumidor contrata o serviço, seja a agência de viagem ou a companhia aérea — afirma a advogada do Idec Maíra Feltrin Alves.

A advogada diz ainda que as companhias devem ter bom senso na hora de cobrar a bordo. Ela defende que apenas produtos que fogem do cardápio usual devem ser vendidos.

— Se o passageiro precisar tomar um remédio em pleno voo, por exemplo, ele terá que comprar um copo d'água? Isso vai de encontro a princípios constitucionais, como o direito à dignidade.

Lei brasileira não tem previsão nem impedimento para cobranças de serviços impedimento para cobranças de serviços 

Farmacêutico aposentado, Fernando Nachdar, de 68 anos, passou a seco as quase cinco horas de voo entre São Paulo e Buenos Aires pela companhia uruguaia Pluna. Até apertar os cintos, ele, como a maioria dos 90 passageiros, não sabia que teria que pagar US$ 3 por uma água e US$ 6 por um lanche.

— As aeromoças fazem uma feira livre dentro do avião. Estou acostumado a ir para a Argentina e nunca tinha passado por isso. Ainda bem que o banheiro era gratuito — ironiza o aposentado, que viajava pela Pluna pela primeira vez.

O que deixou Nachdar realmente chateado foi ter que desembolsar US$ 50 para despachar suas duas malas no aeroporto argentino: — Em nenhum momento fui informado pela CVC ou pela Pluna de que teria que pagar por alimentos e para despachar a bagagem. Parece uma pegadinha. Com esses gastos extras, o preço baixo da passagem não compensou.

O diretor Comercial da Pluna no Brasil, Gonzalo Mazzaferro, afirma que o serviço de bordo pago e a cobrança de bagagens fora do Brasil já são praticados pela companhia há dois anos e que todos os estabelecimentos que emitem suas passagens já foram comunicados sobre isso.

Mazzaferro defende o sistema como uma forma de oferecer tarifas menores. Procurada, a CVC Brasil não respondeu às reclamações do cliente.

Entre as empresas brasileiras, por enquanto, apenas a Gol Linhas Aéreas tem venda de bebidas e lanches a bordo, sendo que o serviço padrão continua gratuito. Segundo a empresa, o serviço foi implementado em junho de 2009, após estudos e pesquisas com clientes. O projeto piloto está disponível em 42 voos e os produtos podem ser pagos em cartões de crédito ou moeda nacional. A companhia destaca que os clientes são informados previamente por diferentes meios sobre a venda e os preços dos produtos. A empresa diz ter convicção do sucesso e do acerto da decisão.

A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) informa que a lei 11.182/2005 determina a liberdade tarifária e de escolha de rotas. Por isso, a Anac não pode interferir nas tarifas cobradas pelas companhias, exceto no que diz respeito à bagagem, em território nacional, já que a franquia de bagagem despachada e bagagem de mão é regulamentada. Sendo assim, a empresa só pode cobrar em caso de excesso.

A técnica da Fundação Procon-SP Patrícia Alvares Dias teme que as cobranças afugentem o consumidor que, até bem pouco tempo sequer tinha acesso ao transporte aéreo: — E como não há na lei previsão, nem impedimento a essas novas cobranças é preciso estar atento com as formas de cobrança e principalmente a informação prévia.

Para especialistas, projeto de lei subverte a lógica do mercado e penaliza consumidor Em relação ao projeto de lei que cria nova tarifa para as passagens aéreas, Maria Inês Dolci, coordenadora Institucional da Pro Teste — Associação Brasileira de Defesa do Consumidor, ressalta que a iniciativa é um absurdo: — Reconhecemos a importância das companhias regionais. Mas apoiá-las não pode significar pôr um mico no bolso do consumidor.

Para a técnica do Procon-SP, é uma inversão da lógica de mercado: — O projeto repassa para o ponto mais fraco da cadeia o custo que deveria ser de uma política pública, justamente para oferecer ao consumidor um serviço melhor.

Respício ressalta que aprovada a tarifação, dificilmente haverá mudança no setor: — Não há uma política pensada para tanto. E recursos, para desenvolvimento de infraestrutura, deveriam vir do Orçamento Geral da União, prevendo financiamento para a aviação regional.

O substitutivo do relator, deputado Leo Alcântara (PR-CE), ao projeto de lei 5994/09, do deputado Marcelo Teixeira (PR-CE), foi aprovado na primeira semana deste mês na Comissão de Defesa do Consumidor da Câmara. Procurados os deputados não foram localizados.

Preços de serviços decolam

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07 julho 2010

O Dia

Berna (Suíça) - Um avião que funciona com energia solar decolou no início da manhã desta quarta-feira na Suíça para um voo de 25 horas. O voo serve como um teste da capacidade do aparelho de voar à noite, após ter as baterias carregadas durante o dia.

O Solar Impulse partiu da pista em Payerne, região oeste da Suíça, alcançando 35 km/h antes do piloto Andre Borschberg executar a operação de decolagem para um voo que deve durar 25 horas.

O avião tem como única fonte de energia 12 mil células fotovoltaicas que cobrem suas asas e alimentam os quatro motores elétricos, com potência de 10 CV cada. 

O aparelho demonstrou funcionar bem durante o dia, com um primeiro voo de sucesso em 7 de abril e outros 10 desde então. Agora precisa ser aprovado no teste noturno, para testar a capacidade das baterias de serem carregadas suficientemente durante o dia e alimentar o avião durante horas sem sol.

Avião movido a energia solar inicia voo histórico

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