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23 junho 2009

Roberta Campassi | Valor Econômico

 

SÃO PAULO - Após registrar queda nas taxas de ocupação em seus voos dentro da América do Sul, a Gol reduziu parte da oferta na região. A mudança mais recente ocorreu na semana passada, no dia 17, quando a companhia aérea deixou de fazer voos diários entre Santiago e Lima.

No início de junho, os voos entre Bogotá e São Paulo deixaram de ser diretos e diários e passaram a ser feitos quatro vezes por semana (conforme consulta no site da companhia aérea) e com escala em Manaus.

 

Antes, no dia 10 de maio, a empresa já havia cancelado os voos sem escala que aconteciam uma vez por dia, de segunda a sexta, entre São Paulo e Santiago. Foram mantidos voos diretos entre as duas cidades no sábado e no domingo.

A Gol informou, por meio de assessoria de imprensa, que mantém voos diários entre São Paulo e Santiago feitos com escala em Buenos Aires. Ainda segundo a companhia, não foram feitas nem são planejadas outras mudanças na malha da América do Sul. Nessa região as maiores concorrentes são a TAM e a Lan.

Entre janeiro e maio deste ano, segundo dados da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), as empresas aéreas brasileiras vêm operando voos mais vazios, tanto no segmento doméstico quanto no internacional.

No caso da Gol, a taxa de ocupação nos voos ao exterior caiu de 56,6% para 50% em relação aos mesmos meses de 2008 - os dados não são completamente comparáveis porque a empresa tinha rotas internacionais para Europa e Cidade do México até meados do ano passado.

Em maio deste ano, a ocupação nos voos internacionais da companhia - que agora só incluem rotas na América do Sul - ficou em 47%, contra 55% no mesmo mês de 2008. A taxa de ocupação necessária para cobrir os custos ("break even") da Gol, no primeiro trimestre, era de 56,7%.

A Gol estuda abrir voos para alguns locais no Caribe. A Anac deve apreciar hoje, a pedido da companhia aérea, a alocação de frequências para voos de passageiros e cargas com destino a Aruba e República Dominicana.

Gol reduz oferta de voos para a América do Sul

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22 junho 2009

O Globo Online

Depois de oferecer aos seus funcionários a opção entrarem em licença sem receber salário e logo em seguida afirmar que está “em luta pela sobrevivência”, propondo que 40 mil deles trabalhem de graça, a companhia aérea britânica British Airways teve uma nova ideia: a de oferecer aos seus pilotos ações, em troca de pagamento.

O sindicato britânico de pilotos British Airline Pilots Association (Balpa) negociou um acordo com a companhia aérea, que envolve cortes salariais e demissões para, em troca, receber ações da companhia.

“Os pilotos sempre estiveram disponíveis para suportar a dor da companhia, desde que também partilhem seus ganhos”, afirmou o sindicato, em nota.

O acordo, que ainda precisa ser ratificado pelos integrantes da associação, prevê o corte de 2,6% nos salários dos pilotos, além de 78 demissões. Com as medidas, estima-se que a British Airways deverá economizar cerca de 26 milhões de libras (US$ 42 milhões) por ano.

Em contrapartida, os pilotos da companhia aceitaram receber ações no valor de 13 milhões de libras (15,3 milhões de euros) em junho 2011. Segundo o contrato, os ativos não poderão ser vendidos por, no mínimo, três anos após sua alocação.

Para economizar, British Airways dá ações em troca de salários

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Poder Aéreo

No meio da próxima semana a Azul vai realizar um balanço retrospectivo dos primeiros seis meses de sua atuação já que começou as operações em 15 de dezembro do ano passado. Havia uma expectativa otimista de que os números da empresa seriam alinhados somente com aspectos positivos, mas…

Uma das turbinas de um avião Embraer da empresa sofreu uma pane alguns minutos antes de decolar do Aeroporto de Navegantes, no litoral catarinense, para Porto Alegre, na noite de sexta-feira.

O voo 4164 procedente de Campinas, em São Paulo, pousou em Navegantes e, quando se preparava para decolar, teve um estouro em uma das turbinas.

Os cerca de 100 passageiros que estavam a bordo tiveram que descer do avião e aguardar aproximadamente quatro horas para embarcar em outro voo da empresa. Apesar do susto, não houve o registro de feridos. Apenas de ter sido o primeiro problema da nova companhia.

Na coletiva do balanço, a Azul também deverá anunciar o seu programa de milhagem, onde a prioridade será para benefícios em dinheiro. A cada passagem adquirida, não importa o trecho ou o preço, o cliente receberá 5% do valor pago em uma conta. A cada R$ 50 acumulados, poderá escolher entre usar o dinheiro como desconto na compra da próxima passagem ou acumular até ter o valor completo de um bilhete.

Azul tem primeira pane

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BBC Brasil

 

Pelo menos sete pessoas ficaram feridas depois que um Airbus A330-300 da companhia australiana Qantas foi atingido por uma forte turbulência quando voava de Hong Kong para Perth, na Austrália, na noite de domingo.

"Muito provavelmente, a aeronave encontrou o que é chamado de turbulência convectiva, o que a levou a ganhar rapidamente cerca de 800 pés (243 m) de altitude, antes de retornar a sua altitude de cruzeiro, a 38 mil pés (11,5 mil metros)", afirmou a Qantas em um comunicado divulgado à imprensa.

O incidente ocorreu quando o avião sobrevoava a ilha de Bornéu, quatro horas após a decolagem. Depois de aconselhamento com médicos a bordo e em solo, o comandante seguiu normalmente até Perth, onde aterrissou às 7h30 desta segunda-feira (hora local, 21h30 do domingo em Brasília).

De acordo com David Epstein, diretor de assuntos corporativos da Qantas, não há motivos para relacionar este incidente com os recentes problemas enfrentados por outros Airbus A330, inclusive o que fazia o voo AF447 entre o Rio de Janeiro e Paris e que caiu no Oceano Atlântico na madrugada do último dia 31 de maio.

"Continuamos confiantes nos aviões A330 e vamos trabalhar junto com a Autoridade em Segurança Aérea da Austrália para determinar o que pode ser aprendido após este incidente", disse.

'Voando'
A companhia aérea informou também que os seis passageiros e um tripulante atingidos sofreram "ferimentos leves" e receberam tratamento médico a bordo. Logo após a aterrissagem, eles foram transferidos de ambulância a hospitais de Perth, e foram liberados pouco depois.

Em entrevista ao jornal The West Australian, passageiros disseram ter visto pessoas "voando" dentro da cabine e que algumas bateram a cabeça no teto do avião.

"Agora sei o que os passageiros da Air France sentiram", afirmou o australiano Chris Rose, que estava a bordo.

Segundo a Qantas, o comandante do voo e a tripulação são "experientes" e explicaram aos passageiros que a turbulência convectiva não é normalmente detectada pelo radar meteorológico, já que ele é projetado para perceber umidade mas não cristais de gelo.

A companhia aérea, no entanto, negou informações divulgadas pela imprensa australiana de que o avião tenha entrado em uma área de raios e trovões. "É possível que houvesse tempestades nas proximidades, mas não há provas de que a aeronave estivesse atravessando uma", afirmou o comunicado da Qantas.

O avião também sofreu danos em painéis no teto e em máscaras de oxigênio da cabine.

Turbulência atinge Airbus australiano e deixa 7 feridos

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Do UOL Notícias*
Em São Paulo

 

Um piloto da Continental Airlines morreu enquanto pilotava o avião durante um voo de Bruxelas para Newark, nos Estados Unidos na manhã desta quinta-feira (18). Um dos dois pilotos que estavam no voo pousou o avião no aeroporto de Newark.

 

O voo 61 da Continental Airlines pousou no aeroporto internacional de Newark às 13h (horário de Brasília, 12h pela hora local). A Federal Aviation Administration (FAA), orgão que regulamenta a aviação civil nos Estados Unidos, afirmou que o Boeing 777 transportava 247 passageiros.

O piloto morreu após três ou quatro horas de voo, que partiu de Bruxelas às 9h45 (horário local). Um médico à bordo declarou a morte do piloto. Segundo a Continental Airlines, o piloto teria morrido por causas naturais. Sua identidade ainda não havia sido revelada, mas funcionários da companhia aérea disseram que ele trabalhava para a Continental há 21 anos e morava em Newark, EUA.

"A companhia entrou em contato com a família e nós oferecemos nossas condolências", disse a companhia em uma nota à imprensa.

Funcionários da companhia disseram que o voo contava com dois copilotos e uma tripulação reserva. Um dos copilotos pousou o avião.

O corpo do piloto foi removido da cabine do avião e levado à área reservada para a tripulação.

Equipes de serviço médico foram deslocados para o local do pouso no aeroporto de Newark.

*Com informações da wcbstv.com

Piloto morre durante voo internacional; copiloto faz pouso de emergência nos EUA

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O Globo

PARIS, RECIFE e RIO. Mais de 400 peças do Airbus da Air France estão sendo examinadas pelo BEA. O diretor Paul Louis Arslanian pediu paciência, alegando que esta é uma das investigações mais difíceis da história do órgão. E afirmou ser improvável que as equipes de resgate consigam recuperar todos os corpos e destroços do avião. Mesmo as caixas-pretas, caso encontradas, podem não explicar o que aconteceu, admitiu:

— Eu não posso dizer que, quando os investigadores estiverem com elas, nós teremos tudo, saberemos tudo.

Grande quantidade de destroços e bagagens de passageiros está sendo trazida pela corveta Caboclo, que deve chegar a Recife amanhã, quando o material será entregue ao BEA.

O tenente-coronel Henrique Munhoz, do Centro de Comunicação da Aeronáutica, ratificou que a operação não tem data para terminar.

Diretor do BEA não garante elucidação

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Jornal do Brasil

A importância da qualidade das operações e do licenciamento ambiental para os aviões agrícolas, o uso do álcool combustível pela aviação e pesquisas sobre aviões no combate a mosquitos e contra a ferrugem asiática da soja fazem parte do Congresso Nacional de Aviação Agrícola, que se realiza em Cuiabá, no Mato Grosso. Promotor do evento, o Sindicato Nacional das Empresas de Aviação Agrícola (Sindag), sediado em Porto Alegre (RS), programou ontem a simulação de combate a incêndios com aeronaves na Estância Santa Rita, em Cuiabá, com a participação de 35 pilotos.

Congresso discute aviação agrícola

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DA SUCURSAL DO RIO – Folha de São Paulo

A companhia aérea Trip anunciou ontem o lançamento de suas primeiras rotas ligando o Rio de Janeiro a 20 destinos nacionais. Com a expansão, a empresa passa a operar em 73 cidades do país.

Os novos voos partirão do Santos Dumont, No dia 22, começam voos para São José do Rio Preto (SP), Vitória (ES) e Curitiba (PR). No dia 29, será a vez de Ribeirão Preto (SP), Goiânia (GO), Porto Seguro (BA), Belo Horizonte (MG) e outras cidades.

Trip começa a operar em aeroporto do RJ

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Correio Brazilense

A BRA acaba de obter da Agencia Nacional de Aviação Civil (Anac) autorização para dar continuidade aos voos não regulares (charter e fretamento). A companhia vinha operando vôos exclusivamente fretados desde abril, pois obtivera da Anac a liberação do Certificado de Homologação de Empresas Aéreas (Cheta) em fevereiro e só aguardava autorização da agência para operação também de voos charter. Para o presidente da BRA, Danilo Amaral, o retorno da companhia exclusivamente aos voos não regulares recoloca a BRA no seu nicho de negócios. “Nossa empresa se consagrou no passado como a maior companhia de fretamento da América do Sul”, ressaltou.

BRA consegue licença

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Assis Moreira, de Astana (Cazaquistão) – Valor

O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, acredita que a Embraer conseguirá certificação da Rússia para operações de seus jatos regionais de até 70 lugares, mas admite que, acima disso, a situação está complicada. O tema da certificação faz parte da agenda bilateral. Na prática, Moscou impede a venda de aparelhos maiores da Embraer no seu mercado, no momento em que a empresa russa Sukhoi tenta deslanchar as vendas de seu primeiro jato regional, com 95 lugares.

A Sukhoi apresentou esta semana, em Paris, o Superjets 100, para concorrer com Embraer e a canadense Bombardier. Anunciou que já tem 122 encomendas para o aparelho. Desse total, 30 pedidos foram feitos em Paris, pela companhia húngara Malev (24), pela russa Avia (4) e pela espanhola Gadair (2).

A direção da Sukhoi espera abocanhar uma fatia de 20% do mercado de jatos regionais médios e projeta produção total de mil aparelhos, dos quais 70% fora da Rússia. A China e o Japão também estão desenvolvendo jatos regionais, o que significa mais concorrência para Embraer e Bombardier, as duas maiores empresas do segmento. Para Amorim, "não há espaço para tanto produtor, tem que ter associação". "Por que não um grande avião produzido pelo Bric?", pergunta ele.

Em visita ao Cazaquistão, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que o país espera vender mais avião para os cazaques. . A Embraer já vendeu dois e tem promessa de vender mais 12, ganhando da Bombardier.

Rússia dificulta acesso a jatos maiores da Embraer

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Daniele Santos – O Dia

Rio - A companhia aérea Gol foi condenada a pagar R$ 8 mil de indenização, a título de dano moral, a uma passageira por maus tratos aos seus animais. A decisão é da Primeira Turma Recursal do Rio de Janeiro. A sentença em primeira instância é da juíza Isabela Lobão dos Santos, titular do 20º Juizado Especial Cível, da Ilha do Governador.

A passageira Cintia Leisgold viajou de São Paulo ao Rio de Janeiro com sua gata siamesa Lara Li e seu cachorro da raça Golden Retriever Argos. No momento do embarque, porém, ela foi avisada de que o vôo partiria de Guarulhos, e não mais de Congonhas.

No entanto, seus animais, conforme orientação da companhia, haviam embarcado com duas horas de antecedência, com as cargas. Na chegada ao Rio, ela percebeu que os animais estavam estressados, desidratados e com o batimento cardíaco acelerado.

Cintia disse ao Dia Online que, além de ficar horas esperando para embarcar, ficou sem nenhuma informação sobre seus animais. Segundo a passageira, seu cão de 1 ano e seis meses e sua gata de 6 anos estavam urinados e maltratados. Como eles chegaram antes, ficaram sem nenhum tipo de atendimento, confinados por muito mais tempo que o previsto dentro da caixa de viagem, sem água ou comida.

"Foi o fim da picada. Cheguei ao Rio muito estressada e cansada. Uma amiga que estava me esperando no desembarque do aeroporto, desistiu e voltou para casa por conta da demora. Já passei por atrasos em voo, mas nunca por isso", disse.

A empresa informou que não se pronuncia sobre decisões judiciais. Sobre embarque de animais, o site da companhia confirma apenas que o animal deve ser despachado com duas horas de antecedência ao vôo no Terminal de Cargas.

Passageira vai receber R$ 8 mil de indenização

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Combinação produziu novo dia de angústia no aeroporto Salgado Filho

Zero Hora

O Aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre, atravessou ontem um novo dia de tumulto e tensão por causa do mau tempo. A solução para superar o drama recorrente – equipamentos antineblina mais avançados – já está no aeroporto há mais de um ano, mas faltam as obras complementares para que o sistema entre em operação plena.

O resultado foi visto ontem. Em decorrência de um nevoeiro, o aeroporto permaneceu fechado para pousos das 10h17min às 14h56min. Voos foram cancelados ou atrasaram, aeronaves que deveriam partir da cidade sequer conseguiram chegar, passageiros perderam compromissos e desistiram de suas viagens.

Os mais tensos no aeroporto eram as dezenas de torcedores do Inter que investiram tempo e dinheiro para ir a São Paulo e assistir a seu time na final da Copa do Brasil. Na medida em que viam a hora da partida se aproximar, eles se exasperavam com a falta de soluções. Aglomeraram-se diante dos balcões das companhias aéreas, ecoaram cânticos e fizeram pressão.

– O aeroporto está cheio de granito e mármore, mas não consegue superar uma situação dessas. Como é que querem fazer uma Copa do Mundo aqui? – protestou, às 16h, o advogado e torcedor Carlos Dubal, 34 anos.

O contador Rodrigo de los Santos, 27 anos, tinha passagem para as 13h30min. No meio da tarde, ofereceram um voo às 20h20min, para Guarulhos. Os R$ 280 investidos em passagens e ingresso pareciam perdidos.

– Perdi o dia, a grana e o jogo. Vou ter de ver pela TV – disse.

Ele acabou tendo uma boa notícia. A empresa aérea ofereceu um voo às 18h para os torcedores.

O nervosismo dos colorados teria sido evitado se já estivesse em operação o novo sistema antinevoeiro do Salgado Filho, o Instrument Landing System (ILS), que permite operações com baixa visibilidade.

Entre maio e junho do ano passado, houve a troca de equipamentos do sistema. Para desolação dos 13 mil passageiros diários do Salgado Filho, no entanto, faltam obras e equipamentos para o sistema funcionar a pleno.

Apesar de ter recebido aparelhagem para operar o ILS na categoria 2 (que permite operação com até 30 metros de teto, a pior marca de ontem), o Salgado Filho segue trabalhando na categoria 1 (teto de 60 metros). As alterações necessárias para o ILS2 funcionar só estarão concluídas em 2010.

– Mesmo quando o ILS2 estiver funcionando, continuaremos a ter limites – lembrou a superintendente do aeroporto, Lia Segaglio de Figueiredo.

O músico Vlad Moura, 38 anos, foi dos que sofreram as consequências da inadequação do aeroporto às suas condições meteorológicas. Ele veio a Porto Alegre para fazer um show, na terça-feira.

Embarcaria às 14h25min e se apresentaria de novo em São Paulo às 20h. Seu voo ficou para a noite.

– Não tenho como avisar o público do cancelamento do show. É lastimável. Penso em voltar para outras apresentações, mas agora, em se tratando do Salgado Filho, fico preocupado.

Mau tempo e falta de obras

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17 junho 2009

Roberta Campassi, de São Paulo – Valor

O trimestre que vai de abril a junho é sempre o mais fraco para as empresas aéreas e, neste ano, pode ser ainda mais penoso. Em maio, a demanda por viagens de avião dentro do Brasil caiu 5,47% em relação ao mesmo mês de 2008, o que é o pior desempenho entre todos os meses analisados desde, pelo menos, 2006.

Em abril, a demanda doméstica havia crescido 2%, mas não resistiu no mês passado, conforme dados da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) divulgados ontem. No acumulado de janeiro a maio, o resultado ainda é positivo - crescimento também de 2% sobre os cinco primeiros meses de 2008.

Mesmo com a retração de viagens acentuada em maio, as aéreas em geral continuaram expandindo a frota e os voos, o que fez com que a capacidade crescesse 12,2% sobre o mesmo mês do ano passado. As taxas de ocupação no período caíram de 70,3% para 59,2%. No mercado internacional, a demanda caiu 5,3%, a oferta subiu 3,7% e a taxa de ocupação média reduziu de 68,3% para 62,3%.

"As estatísticas de tráfego aéreo de maio de 2009 confirmam que o segundo trimestre será difícil para o setor", afirmam os analistas Jacqueline Lison e Marcello Günther, do banco Fator. Eles destacam que a situação de mercado pode pressionar as receitas e que a alta no preço do petróleo deve impactar os custos, mas esta "será parcialmente compensada pela queda do dólar".

A boa notícia veio para a Azul, aérea que iniciou voos em dezembro passado e em maio conseguiu o posto de terceira maior do país, com 4,16% de participação no mercado doméstico. Ela ultrapassou a Webjet, que ficou com 3,99%. A companhia novata vem praticando preços promocionais e, no mês passado, conseguiu a melhor ocupação entre as maiores empresas do setor: 79%.

Já a TAM, líder de mercado, teve queda de quase 14% no tráfego de seus voos domésticos, em maio. Ela fechou o mês com participação de 44,9%, contra 49,2% em abril. A Gol, a vice-líder, também viu a demanda cair em torno de 12,2%. Contudo, sobre abril, abocanhou mais de três pontos de participação e fechou o mês passado com uma fatia de 42% do mercado. Para Tarcísio Gargioni, vicepresidente de marketing e serviços da Gol, o aumento é resultado de melhorias nos serviço e não de promoções.

O executivo atribui a redução de 5,47% do mercado como um todo às fortes chuvas que atingiram o Nordeste no mês passado e que inibiram as viagens na região.

Demanda por voos piora em maio

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VERENA FORNETTI

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA de SÃO PAULO

As aeronaves que pertenciam à Vasp não interessaram nem a compradores de sucata no primeiro leilão dos bens da companhia aérea realizado ontem em São Paulo. Nenhum dos 27 aviões, avaliados em cerca de R$ 19 milhões, foi arrematado.

Os três Airbus-A300, os 22 Boeing-737/200 e os dois Boeing-727/200 não podem mais voar. De acordo com especialista ouvido pela Folha, só uma das aeronaves teria condições de ser recuperada.

Elas valem, porém, pelo metal que contêm e pelas peças que sobraram. Mesmo assim, não se sabe o que pode ser aproveitado. Como os aviões estão em aeroportos de Estados como Amazonas, São Paulo e Maranhão, os interessados ainda não conseguiram vê-los. Segundo o leiloeiro Sergio Villa Nova de Freitas, o interior das aeronaves está "canibalizado".

A reportagem conversou com três compradores de sucata interessados nas peças e todos disseram que os lances mínimos foram muito altos. Fábio Franco de Assis, proprietário da Excel Brasil, que compra e vende peças e metais, afirmou que o preço exigido estava fora de mercado.

Para o leiloeiro, mais interessados devem aparecer na próxima venda, depois que as aeronaves forem reavaliadas, e os preços, provavelmente rebaixados. "Infelizmente, as aeronaves não têm condição de voar, e a maioria deve ser considerada sucata."

Além dos aviões, foram colocados à venda um imóvel no Paraná, equipamentos de transporte - como carreta e rebocador-, uma moto 2003/2004 (vendida por R$ 2.200) e nove carros Gol MI entre outros veículos, todos fabricados na década de 1990.

Os bens vendidos renderam R$ 387 mil. Ainda não há avaliação oficial de quanto é a dívida da Vasp, que faliu em setembro de 2008. A cada dia, ainda chegam ao fórum novos pedidos de supostos credores da companhia.

Sidney Maia, 60, ex-funcionário da Vasp que assistiu ao leilão de ontem, diz que a empresa deve a ele cerca de R$ 45 mil por salários atrasados, multas e FGTS. "O leilão foi uma decepção, mas tem muito para ser vendido. São cerca de 400 imóveis em todo o país. Só espero que vendam logo para que a gente consiga receber nossos salários."

Primeiro leilão dos bens da Vasp vende imóvel e carros; aviões "encalham"

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Fraturas indicam que passageiros estavam sentados nas poltronas

Bruno Tavares – O Estado de São Paulo

As características e a extensão das lesões encontradas nos corpos de 43 das 49 vítimas do vôo 447 da Air France já periciadas em Fernando de Noronha sugerem que ao menos parte do Airbus A330 caiu de "barriga" no mar. O comando militar informou ontem que mais um corpo foi avistado e recolhido pela Corveta Caboclo - dessa forma, já foram resgatadas 50 das 228 pessoas a bordo. A Fragata Bosísio chegou às proximidades de Fernando de Noronha com os seis corpos anteriormente encontrados pelo navio-anfíbio francês Mistral.

Peritos ouvidos pelo Estado dizem que, até agora, praticamente 95% dos cadáveres apresentavam fraturas no terço medial das pernas, nos braços e na região do quadril - semelhantes aos verificados em pessoas que caem de grande altura. Na avaliação de legistas, esse é um indício de que alguns passageiros estariam sentados em suas poltronas no momento da queda. Outro sinal é a baixa incidência de traumatismo craniano.

Se o avião tivesse caído de bico, dizem peritos, era de se supor que as vítimas apresentassem ferimentos mais severos na cabeça - sobretudo as que estavam sem o cinto. Também foram detectadas petéquias (lesão de cor avermelhada) nas mucosas de grande parte dos cadáveres. Embora estejam associadas à morte por asfixia, elas podem surgir em outras situações, como politraumatismo. "Sabemos que houve despressurização da cabine, conforme indicou uma das mensagens enviadas pelo avião. Mas ainda é cedo para afirmar que as vítimas morreram em função disso, mesmo tendo sido encontradas petéquias em muitos dos corpos", disse um legista.

A quantidade de roupas nos cadáveres - um importante indicativo da dinâmica do acidente – tem variado. Alguns chegaram com trajes completos e outros com pouca roupa. Entre os primeiros 16 corpos retirados do mar, por exemplo, grande parte estava despida ou com roupas mínimas. Anteontem, porém, os legistas descobriram que a maior parte das vítimas entregues ao Instituto Médico-Legal (IML) dessa forma havia sido resgatada pela fragata francesa Ventose, que pode não ter seguido o protocolo habitual.

"Eles podem ter retirado as roupas para facilitar o resgate ou o transporte dos corpos, mas isso prejudica nosso trabalho, até porque as vestes poderiam fornecer dados importantes, como cheiro de combustível e eventuais queimaduras", disse outro perito.

Apesar de as pistas indicarem que parte do avião pode ter chegado íntegro ao mar, a hipótese de que o jato se despedaçou no ar continua sendo investigada por legistas do IML e peritos da Aeronáutica.

Os trabalhos no Recife, onde são feitos exames para identificação dos corpos, estão sendo acompanhados por duas equipes de peritos franceses - uma ligada ao Escritório de Investigação e Análises para a Segurança da Avião Civil (BEA, na sigla em francês) e outra ao Judiciário daquele país.

Embora tenham trazido equipamentos (máquinas fotográficas e um raio x portátil) e estejam aptos a ajudar, os profissionais têm atuado apenas como observadores.

DOCUMENTOS

O processo de identificação das vítimas não tem prazo para ser concluído, mas avança de maneira satisfatória, segundo dois legistas ouvidos pela reportagem. O grau de dificuldade varia conforme o estado do cadáver. Os que estão vestidos, com documentos nos bolsos ou alianças de casamento, por exemplo, estão praticamente identificados. Ainda assim, os peritos aguardam resultados de outros exames antes de comunicar as famílias. Ao final de cada dia, os legistas se reúnem numa espécie de colegiado para decidir se os dados obtidos sobre determinadas vítimas são ou não suficientes para identificá-las.

COLABOROU ANGELA LACERDA

A330 deve ter caído de ''barriga'' no oceano

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