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09 junho 2009

Marcelo Ambrosio – Jornal do Brasil

A possibilidade de um recall – parada obrigatória para manutenção não programada – de todos os A330 em operação que ainda não tenham tido os três sensores de velocidade substituídos só é heresia se o julgamento for político. A julgar pelos relatórios de sequências de panes originadas num equipamento vital à segurança das operações, a recomendação facultativa enviada às empresas pela Airbus em 2007 poderia ter recebido maior atenção da Agência Europeia de Segurança de Voo (Easa). Não são poucos hoje os que defendem uma parada dos jatos da Airbus, não só os A330, até que se possa comprender ou limitar o poder dos computadores de bordo na tomada de decisões. A decisão é cara, implica em prejuízos, mas pode ser tomada, como já ocorreu nos EUA. Por muito menos, no ano passado, a Federal Aviation Administration, que controla todo o setor nos Estados Unidos, ordenou o estacionamento imediato de todos os jatos MD-80 e de Boeings 737 Classics, além de uma inspeção rigorosa em toda a frota de 737.

A medida obteve total aprovação dos usuários. Afinal a proibição de voo para os 737 Classics (jatos antigos modernizados) se deu diante da descoberta de que a Southwest, que operava 46 dessas aeronaves, estava fraudando os registros de manutenção, com a cumplicidade de funcionários da própria FAA. Havia casos de jatos com revisões vencidas há mais de três meses (não à toa, a companhia exibia saúde financeira invejável). A decisão de força não foi a única: em outra situação séria, também no ano passado, a FAA usou mão pesada: ordenou que todos os jatos MD-80, MD-92 e MD-90 fossem parados, depois que se descobriu uma deficiência nos cabos elétricos nos trens de pouso dianteiros. Em determinados casos a exposição a baixas temperaturas em pousos ou decolagens poderia causar congelamento e quebra. O conserto era simples e decorria de uma possibilidade menos associada a um fato concreto – apenas deslocar a fiação para a parte traseira da roda, protegida do vento.

Como resultado, ao todo 3.300 voos foram prejudicados ou tiveram de ser cancelados entre 8 e 11 de abril de 2008. A maior prejudicada foi a American Airlines, com 40% da programação suspensa - só na empresa seriam 1.500 voos programados, com 300 aeronaves.

China

Em outra situação, ocorrida em novembro do ano passado, o alarme da FAA foi mandatório para as aeronaves de empresas americanas. A diretriz de emergência, emitida no dia 18 de novembro, determinava a inspeção imediata dos sistemas de desligamento automático de bombas de combustível dos tanques centrais sob as asas de todos os Boeing 737NG (Next Generation). Segundo a agência, "a instalação incorreta dos cabos poderia levar a aquecimento localizado dentro da bomba de combustível, gerando uma fonte de ignição dentro do tanque". Em três ocasiões distintas, a tripulação desligou a bomba e o sistema continuou operando, sem que alarmes de painel o indicassem e, pior, sem que o querosene de aviação estivesse sendo efetivamente bombeado. A recomendação dada foi a de que o sistema fosse desativado se testes de funcionamento não fossem realizados em 48 horas.

O caso mais drástico também se referiu a Boeings 737. Em agosto de 2007, um jato da China Airlines pegou fogo ao pousar em Okinawa, no Japão. O acidente foi causado por uma porca que se soltou de um dos slats (elementos aerodinâmicos que ampliam a superfície de arrasto da parte dianteira da asa em pousos e decolagens) da asa direita e perfurou o tanque no instante do pouso. As 165 pessoas a bordo conseguiram escapar. A peça foi posteriormente encontrada dentro dos destroços do tanque. Só nos EUA, foram emitidas ordens para empresas que operam 783 jatos desse tipo desde 1998. No mundo, seriam 2.300 aeronaves. A diretiva da FAA deu 24 dias de prazo para que as inspeções fossem feitas e um período de 3 mil voos entre cada nova observação, quando os parafusos seriam reapertados. O porta-voz da Boeing na época, Jim Proulx, informou que o fabricante tinha registro de quatro parafusos ou porcas perdidos durante a montagem. Em 2005, um memorando interno enviado à linha de montagem reforçou a necessidade de aperto especial nos slats. A ordem foi reemitida outras duas vezes no mesmo mês do incidente na China. A ordem foi aplicada aos 737NGs das series 600 a 900 e ER.

 

Nos EUA, 3 mil voos suspensos de uma vez

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Sindicato dos pilotos da Air France pede que ninguém decole antes da toca do equipamento que pode

ter causado acidente com o Airbus

Jornal do Brasil

Os aviões A330 e A340 da Air France não devem mais decolar enquanto a companhia Aérea francesa não trocar os sensores de velocidade (pitots) de seus Airbus. Ao menos foi essa a recomendação do sindicato de pilotos da própria Air France feita ontem a seus associados. A intenção é não levantar vôo caso o avião não tenha ao menos dois dos três sensores já modificados. Uma falha dos pitots do avião que partiu do Rio em direção a Paris (voo 447) é uma das possíveis causas do acidente ocorrido sobre as águas do Atlântico no dia 1º de junho. O líder sindical francês Christiphe Presentier classificou a recomendação como uma "medida de segurança", enquanto não se chega a uma conclusão a respeito do que realmente causou a queda.

– A companhia disse que trocará os sensores nas próximas semanas. Queremos proteger nossos tripulantes e passageiros e não podemos aguardar por esse prazo – disse Presentier a agências internacionais.

Além de citar o fato de que o Escritório de Investigação e Análises (BEA, na sigla em francês) considera os sensores como uma das possíveis causas do acidente, Presentier lembrou que em 2008 foram registrados outros problemas – não só na Air France como também em outras companhias – relacionados com os sensores de velocidade. Segundo o BEA, estes equipamentos enviaram informações contraditórias sobre a velocidade do voo 447, e a incoerência dos dados pode ter causado pane em alguns sistemas eletrônicos do avião, como o piloto automático.

A Air France afirma que acelerou o programa de troca dos sensores, iniciado em 27 de abril após defeitos terem sido registrados em vários de seus aviões. A companhia já trocou os pitots em sua frota de aviões A320 – a primeira a registrar anomalias – e não iniciou a substituição nos A330 e A340 até que a Airbus informasse o modelo compatível.

Dois incidentes

Pelo menos dois incidentes com os sensores foram relatados por tripulações da Air France em Air Safety Reports (ASR), o documento que registra o relatório de eventos anormais em voos comerciais. O próprio diretor do BEA, Paul-Louis Arslanian, responsável pela investigação a respeito do voo 447, confirma as ocorrências. A primeira diz respeito a um Airbus A340 posto em serviço em 1998, que fazia a rota Tóquio–Paris. De acordo com o ASR, o avião sofreu perda de indicações anemométricas (que medem a intensidade e a velocidade dos ventos), causando queda brusca de altitude. No painel do piloto, um alarme com as inscrições "NAV ISA Discrepancy" foi acionado, indicando a divergência entre os sensores de velocidade. A falha causou a desconexão do piloto automático e panes no sistema Fly by Wire e Air Data Inertial Reference Unit (Adiru) – assim como aconteceu com o voo AF447. Para contornar a falha, a tripulação ativou o sistema de descongelamento dos pitots. Com a medida, os indicadores de velocidade voltaram progressivamente a funcionar e o voo prosseguiu sem maiores problemas.

O segundo incidente ocorreu com outro A340, que ia de Paris a Nova York. Após turbulências, a aeronave também exibiu a mensagem "NAV ISA Discrepancy", teve o piloto automático desligado e apresentou panes eletrônicas por dois minutos, antes que as condições ideais de navegação fossem restabelecidas.

A eventual falha dos tubos de pitot do voo 447 é uma das pistas mais claras seguidas pelo BEA.

Segundo os peritos, as 24 mensagens automáticas enviadas pela aeronave entre 23h10 e 23h14 do domingo indicaram "incoerência da velocidade aferida".

Apesar da decisão do sindicato dos pilotos da Air France, o diretor operacional da companhia, John Leahy, disse ontem que o A330 é um avião "muito confiável" e que é "cedo demais" para tirar conclusões sobre as causas do acidente no oceano.

Leahy classificou o A330, em operação há 15 anos, como um "burro de carga do setor mundial de transporte":

– Temos hoje 600 aviões (A330) voando e 400 encomendados. Vamos deixar que os investigadores continuem as investigações – afirmou.

 

Franceses temem os sensores

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Sonar vai orientar busca por registros do Airbus

Leila Swwan – O Globo

BRASÍLIA. A busca pela caixa-preta do voo 447 da Air France no fundo do Atlântico acaba de ganhar reforço. A Marinha dos Estados Unidos já enviou dois equipamentos, chamados de TPL (a sigla, em inglês, significa Towed Pinger Locator) de escuta sonar, capazes de "ouvir" os sinais emitidos pelo gravador de dados e voz da aeronave debaixo d"água. Os aparelhos chegaram ontem e serão instalados até amanhã em duas embarcações francesas em Natal, no Rio Grande do Norte. A partir de quinta, começarão a rastrear locais indicados pela FAB para orientar o esforço do submarino de busca.

As caixas-pretas também têm um pinger que emite um pulso acústico de 37.5 kHz por segundo.

O localizador dos EUA faz uma espécie de "ausculta" nas águas, a até 6 mil metros de profundidade. Os sinais captados são enviados por cabo para a base nos barcos e transformados em imagem e áudio.

- Nossa Marinha conta com esse equipamento devido ao tamanho de nossa frota de embarcações e aviões. Mas o esforço de busca é comandado e orientado pela Aeronáutica do Brasil - disse o coronel Willie Berges, comandante das forças de apoio dos EUA, acrescentando que 20 técnicos, militares e terceirizados vão atuar sob coordenação brasileira.

 

Aparelho americano pode 'ouvir' caixas-pretas

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O Globo

A Thales, fabricante francesa do tubo de pitot — sensor que mede, entre outros parâmetros, a velocidade do avião — do A-330 da Air France que caiu no Oceano Atlântico, deixa claro, na ficha técnica do equipamento, disponível em seu site, que a tecnologia empregada apenas “limita o risco de congelamento”. O fabricante explica que o problema é minimizado devido a um sistema de aquecimento e ao desenho aerodinâmico do equipamento. Além disso, a empresa afirma que um sistema de drenagem previne o acúmulo de água no tubo, que hoje pesa apenas meio quilo.

A empresa — que, segundo informa o site, opera em 50 países e tem mais de 60 mil empregados — trabalha com a Airbus desde que o consórcio da gigante da aviação foi criado, mas também vende seus equipamentos para outras companhias aéreas e para uso militar, em aviões, helicópteros e mísseis.

O tubo foi inventado pelo francês Henri Pitot no século XVIII, sendo modificado mais tarde pelo cientista francês Henry Darcy. Quando o pitot congela, a aeronave fica sujeita a variações bruscas de velocidade, como relatado em mensagens eletrônicas enviadas pelo A-330 que fazia o voo 447 e em outros acidentes aéreos.

O pitot integra um conjunto de sensores responsáveis por todas as informações externas à aeronave, que inclui ainda equipamentos como tomadas de ar estáticas.

 

Tecnologia não elimina risco de congelamento

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Executivo diz que A330 voa há 15 anos e é um 'animal de carga da indústria mundial de transporte'

O Globo

O chefe de vendas da Airbus, John Leahy, disse ontem a um pequeno grupo de jornalistas em Kuala Lumpur que o avião modelo A330-220 da companhia é confiável, seguro e essencial para a indústria aérea. Segundo informou o site G1, ele afirmou ser muito cedo para tirar conclusões sobre o acidente da semana passada com o voo 447 da Air France.

— É cedo demais para especular neste momento — disse ele à agência Dow Jones, durante a reunião anual da Associação Internacional de Transporte Aéreos (Iata), na Malásia.

Leahy disse que o A330 voa há 15 anos e é um “animal de carga da indústria mundial de transporte”.

— É um avião muito confiável — acrescentou.

Em discurso aos membros e delegados da entidade em Kuala Lumpur, o diretor-geral e chefeexecutivo do Iata, Giovanni Bisignani, afirmou que “a tragédia da semana passada sobre o Atlântico Sul lembrou a todos nós que a segurança é um desafio constante”.

A Air France informou no fim de semana que já estava acelerando a substituição dos sensores de velocidade de seus aviões antes do acidente com o 447, após ter verificado um congelamento da peça pela primeira vez em maio de 2008 e não ter chegado a um acordo com a Airbus sobre como agir para resolver o problema. Os investigadores da França consideram a possibilidade de que os sensores de velocidade tenham congelado, mas afirmam que é muito cedo para determinar qual foi a causa do acidente com as poucas evidências que se tem à disposição até o momento.

 

Chefe de vendas da Airbus: avião é 'muito confiável'

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Pilotos da Air France ameaçam não decolar; companhias aéreas já começam a substituir pitots

O Globo

Apossibilidade de que falhas nos sensores de velocidade do Airbus 330 tenham provocado a queda do voo 447 aumentou a preocupação entre pilotos e a pressão pela troca das peças (pitots) em todo o mundo. Um dos sindicatos de pilotos da Air France pediu ontem a seus associados que não decolem enquanto a empresa não mudar os sensores de velocidade de todos os seus Airbus 330 e 340.

Só na França há 700 pilotos que operam esse modelo de aeronave. Outras companhias aéreas já anunciaram que vão substituir as peças, que podem ter congelado durante a viagem do avião da Air France que fazia a rota Rio-Paris, alterando as informações de velocidade e induzindo os computadores de bordo a erros.

- A companhia disse que vai mudar os sensores nas próximas semanas. Nós queremos proteger nossas tripulações e nossos passageiros, por isso não podemos esperar esse prazo - disse o líder sindical Christophe Presentier à emissora France Info.

A recomendação do sindicato é que os pilotos não voem se o aparelho não tiver tido pelo menos dois de seus três sensores modificados. Segundo Presentier, trata-se de uma "medida de precaução". A Air France começou a substituir os pitots em 27 de abril, mas apenas dos modelos Airbus A320, que teriam apresentado problemas em primeiro lugar. Agora a companhia afirmou que vai acelerar o programa de troca para toda a sua frota.

No último domingo, o ministro dos Transportes da França, Dominique Bussereau, admitiu que os sensores do Airbus - todos fabricados pela empresa francesa Thales - poderiam congelar no momento em que o avião atravessasse uma zona muito úmida ou de muita turbulência, deixando de informar corretamente a velocidade, o que poderia ter causado a tragédia com o voo 447. O congelamento dos pitots podem levar a dois problemas: uma queda brusca de velocidade, o que poderia desestabilizar o avião; ou um aumento brutal da velocidade, o que poderia causar uma fissura na estrutura da aeronave.

O Escritório de Investigação e Análise para Segurança da Aviação da França é mais prudente e diz que não há relatos de nenhum acidente anterior ligado a esse problema:

- Nenhum acidente desse tipo causou perda de um avião.

TAM já diz que já fez a troca

Pelo sim, pelo não, enquanto não acabam as investigações sobre o acidente da Air France, várias companhias aéreas anunciaram a troca dos sensores de seus Airbus. A US Airways Group e a Aer Lingus Group (esta última a segunda maior companhia aérea da Irlanda), estão substituindo os sensores de velocidade. A US Airways começou a trocar os sensores fabricados pela Thales "por excesso de zelo" nos nove A330s que opera, disse ontem Morgan Durrant, porta-voz da companhia aérea, sediada no Arizona, à agência Bloomberg News. Já a Aer Lingus está substituindo o equipamento em suas aeronaves, disse Enda Corneille, porta-voz da companhia sediada em Dublin.

A brasileira TAM, que tem 125 Airbus na frota, informou oficialmente que já fez a troca dos tubos de pitot de suas aeronaves para uma versão mais nova da Thales. A Lufthansa, dona de 15 aeronaves Airbus 330, usa tubos de pitot fabricados pela Rosemount Aerospace, dos EUA, e disse ontem que não recebeu comunicado da Airbus sobre problemas no tubo. A companhia alemã acrescentou, ainda, que não registrou qualquer problema de dados incorretos de velocidade em suas aeronaves. A Delta Airlines, a maior companhia aérea do mundo, preferiu não comentar se trocou os sensores dos A330 comprados por meio da aquisição da Northwest Arlines no ano passado, disse sua porta-voz, Betsy Talton.

Segundo o chefe de vendas da Airbus, John Leahy, há 600 A330 voando no mundo. A empresa tem ainda 400 encomendas do modelo. Algumas empresas que operam o A330 também mostraram-se reticentes às possíveis falhas do pitot. O presidente-executivo da Gulf Air, Bjorn Naf, por exemplo, disse à Reuters que estava tentando marcar uma reunião com a Airbus durante o encontro da Associação Internacional de Transporte Aéreos (Iata) para receber uma atualização das investigações sobre o acidente e suas causas:

- Se houver uma recomendação oficial, é claro que nós vamos agir, nós não comprometemos a segurança.

Outras empresas aguardam instrução

Akbar al-Baker, presidente-executivo da Qatar Airways, que tem 16 aviões A330-200, disse esperar uma ordem da Airbus para tomar providências:

- Se a Airbus distribuir uma diretriz, nós vamos responder.

Fernando Pinto, presidente-executivo da portuguesa TAP também aguarda orientações do fabricante de aviões, que se limitou até agora a orientar os pilotos a como proceder diante de falhas dos sensores de velocidade e a recomendar - e não determinar - a troca das peças.

A mesma iniciativa vai ser tomada pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), que informou ontem que, caso fique comprovada a culpa dos pitots no acidente, poderá baixar uma diretriz de aeronavegabilidade, determinado que as peças sejam trocadas.

A 2ª Procuradoria de Defesa do Consumidor do Ministério Público estadual do Rio quer que providências sejam adotadas já. O promotor Rodrigo Terra instaurou ontem inquérito civil para apurar suposta responsabilidade por lesão a interesses de passageiros de companhias aéreas. O MP quer saber se as empresas aéreas já iniciaram a troca dos sensores de velocidade e enviará para a Air France proposta para que os equipamentos sejam substituídos em no máximo seis meses. Segundo o promotor, a ação tem o objetivo de impedir que as aeronaves continuem voando com os sensores antigos, aumentando os risco para os passageiros.

 

Cresce a pressão por troca de peça sob suspeita

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Estimativa é de queda na receita este ano, após crescimento de 20% em 2008

Virgínia Silveira, para o Valor, de São José dos Campos

As indústrias do setor aeroespacial brasileiro fecharam o ano de 2008 com uma receita de US$ 7,55 bilhões, o que representou um acréscimo de 20% em relação a 2007, segundo levantamento feito pela Associação das Indústrias Aeroespaciais do Brasil (AIAB). Para 2009, no entanto, a previsão é de uma queda de 15% na receita dessas empresas em função da crise mundial, que gerou uma diminuição do crédito no mercado internacional e afetou especialmente o setor de transporte aéreo.

A Embraer, que mantém a posição de principal alavancadora de negócios do setor, respondendo por mais de 89% da receita total obtida em 2008, foi obrigada a reduzir a previsão de entrega de aeronaves para 2009. Segundo estimativa da empresa, o volume de entregas este ano deve ficar em torno de 242 aeronaves, ante os 350 inicialmente programados.

Em razão da crise, a Embraer teve os pedidos firme de compra reduzidos em US$ 700 milhões no último trimestre de 2008. A situação levou a companhia a demitir 4,2 mil funcionários, em fevereiro, cerca de 20% do seu efetivo. "Neste momento de crise é difícil encontrar bancos que suportem as entregas de aviões. Ninguém pode pagar à vista. Por outro lado, o tráfego aéreo, que vinha crescendo uma média de 5% ao ano, deve cair bastante em 2009", comenta o presidente da AIAB, Walter Bartels.

A queda no volume de vendas e entregas também atingiu em cheio as pequenas e médias empresas do setor aeronáutico, tendo em vista que uma grande parte delas mantém uma forte dependência das encomendas da Embraer. O setor, que emprega hoje cerca de cinco mil pessoas, distribuídos em 69 empresas, registrou uma redução entre 30% e 40% no seu nível de atividade, devido a queda de pedidos.

No meio da crise, segundo Bartels, um segmento que vem registrando crescimento de negócios é o de serviços e a GE Celma tornou-se a maior exportadora nessa área no Brasil. Em 2008, de acordo com o presidente da AIAB, as empresas que fazem manutenção de motores e de aeronaves exportaram o equivalente a US$ 1 bilhão em serviços.

A área de defesa, por sua vez, teve uma participação de 8,79% (US$ 650 milhões) na receita total obtida pelas empresas do setor aeroespacial em 2008, mas vem ganhando maior peso com a nova Estratégia Nacional de Defesa (END), aprovada em dezembro do ano passado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O Ministério da Defesa vai dispor de R$ 2,26 bilhões para o atendimento das necessidades básicas das Forças Armadas em 2009, relativas a aquisição de novos equipamentos e aeronaves. O presidente da AIAB reclama que a maioria das compras previstas pelo governo na área de defesa ainda são feitas no exterior. "A falta de recursos das Forças Armadas levou a essa situação. Com a nova END a expectativa é que o Brasil possa atingir a sua autonomia tecnológica para ser soberano."

Um outro problema enfrentado pelas indústrias Aeronáutica e de defesa, segundo Bartels, é que elas não possuem proteção tarifária. As empresas montadoras, de acordo com o presidente da AIAB, conseguem isenção em casos específicos relacionados a impostos federais (exportação e vendas governamentais, por exemplo). No caso de imposto estadual, ICMS, a isenção existe apenas para exportação ou venda de aviões comerciais para empresas aéreas nacionais.

O valor do ICMS em produtos de defesa varia por Estado. Em São Paulo é de 25% e no Rio de Janeiro, 35%. "O fato da indústria de defesa não receber um tratamento isonômico implica em um custo mais elevado para sua produção, o que impede a existência de fornecedores nacionais de porte para o mercado brasileiro e de exportação", ressaltou o presidente da AIAB.

A área espacial, segundo Bartels, teve uma participação bastante pequena nos resultados do setor aeroespacial e fechou 2008 com vendas de US$ 45 milhões ou 0,57%. "O Brasil não tem uma atividade espacial significativa porque o envolvimento da indústria nos projetos ainda é muito baixo. Os institutos de pesquisa e a Agência Espacial Brasileira (AEB) priorizam os programas de cooperação internacional, que nunca dão resultados concretos", afirmou.

Apesar dos desafios que enfrenta para sobreviver em um mercado tão complexo, o Brasil possui a maior indústria aeroespacial do Hemisfério Sul, com marcas reconhecidas internacionalmente através da Embraer, Avibrás e Atech. Juntas, as empresas aeroespaciais geram 27 mil empregos no país, sendo a Embraer a principal contratante, com 17,3 mil funcionários.

Seus principais produtos incluem jatos comerciais e executivos, aviões de alerta radar, de treinamento avançado, sistemas de saturação de área por foguetes, motoplanadores, satélites de coleta de dados e sensoriamento remoto, lançadores, mísseis de defesa anti-aérea, radares de solo de alta sensibilidade, software de controle de tráfego e defesa aérea, Veículo Aéreo Não Tripulado (VANT), radar de abertura sintética, entre outros.

 

Setor aeroespacial vai encolher 15%

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DA REPORTAGEM LOCAL DE GENEBRA – Folha SP

O encontro no final de semana de alguns corpos e destroços do avião da Air France já deve contribuir com a investigação das causas do acidente, mas dificilmente de forma conclusiva.

Saber se, com a queda do Airbus, sobraram muitos pedaços grandes ou muitos corpos intactos, por exemplo, poderá ajudar a descartar hipóteses -como a de explosão no ar.

No entanto, será necessário localizar a caixa-preta e outras peças da aeronave para que haja conclusões mais precisas, afirmam os especialistas.

"O que for localizado é sempre valioso. O legista vai poder apontar, por exemplo, se os corpos apresentam lesão por pressão, se houve colapso no tórax. Mas, se não acharem muito mais, a investigação tende a ficar inconclusiva", diz Moacyr Duarte, analista de acidentes ligado à Coppe/UFRJ.

Segundo ele, a hipótese de uma eventual explosão no ar a cada dia perde força. "Se tivesse ocorrido isso, a aeronave não teria transmitido a informação de sua velocidade vertical."

"Quando há uma explosão muito forte, a tendência é não sobrar quase nada inteiro. É diferente de quando um avião é despedaçado", afirma José Ulisses Fontenelle, que tem formação de investigador de acidentes aeronáuticos.

Especialista em segurança de voo pelo Cenipa (órgão que investiga acidentes aéreos), Jorge Barros afirma que corpos encontrados totalmente vestidos dão a entender que eles cairam dentro do avião -ou seja, que a aeronave caiu "inteira". Se estiverem sem roupa, diz, é sinal de que foram atirados e que a força do vento as destruiu -ou seja, que houve ruptura no ar.

Se o avião tiver passado por uma forte chuva de granizo, haverá provavelmente perfurações "parecidas com uma rajada" de tiros no parabrisa e na estrutura metálica, diz Barros.

Ele afirma que, mesmo que as caixas-pretas não sejam achadas, a "remontagem" ajuda a cercar as principais hipóteses de causa do acidente, o que pode servir para aperfeiçoar tecnologias de segurança de voo.

Os investigadores franceses confiam na descoberta das duas caixas-pretas para obter respostas sobre as causas do acidente. Mas a coleta dos destroços é um avanço, diz Pascal Guerin, vicepresidente da Associação Francesa de Pilotos.

Guerin afirma que as 24 mensagens automáticas enviadas pelo Airbus em seus minutos finais não são suficientes para mostrar o que houve, pois são parte do sistema de manutenção. Por isso, dão uma ideia incompleta do que ocorria.

Ele deu um exemplo: "Uma das mensagens foi a do desligamento do piloto automático. Se o piloto volta a ser ligado, nenhuma mensagem é enviada."

 

Peças ajudam, mas não dão resposta conclusiva

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Incidentes ocorreram em voos para o Japão e os Estados Unidos

Andrei Netto, PARIS – O Estado de São Paulo

Pelo menos dois aviões Airbus da Air France já sofreram falhas nos sensores que medem a velocidade da aeronave, os tubos de pitot, responsáveis por orientar o sistema eletrônico de navegação.

Os incidentes, cuja data exata é desconhecida, ocorreram há no máximo 11 anos e foram registrados em voos para Tóquio, no Japão, e Nova York, nos Estados Unidos, em aviões A340 - similares ao aparelho que realizava o voo AF447 entre o Rio de Janeiro e Paris. A eventual falha dos sensores de velocidade está no centro da investigação do desastre sobre o Oceano Atlântico.

Os dois incidentes foram relatados por tripulações da Air France em Air Safety Reports (ASR), o documento que registra o relatório de eventos anormais em voos comerciais. O Estado não teve acesso às datas nas quais os incidentes aconteceram. O primeiro diz respeito a um Airbus A340, de matrícula FGLZL, posto em serviço em 1998, que fazia a rota entre Tóquio e Paris. De acordo com o ASR, o avião sofreu "perda de indicações anemométricas", causando queda brusca de altitude. No painel do piloto, um alarme com as inscrições NAV ISA Discrepancy foi acionado, indicando a divergência dos sensores de velocidade.

A falha causou a desconexão do piloto automático e panes no sistema Fly by Wire e Air Data Inertial Reference Unit (Adiru) - a exemplo do que aconteceu com o voo AF447. Para contornar a falha, a tripulação ativou o sistema de descongelamento dos pitots, que até então estava em posição automática.

Com a medida, os indicadores de velocidade progressivamente retomaram a coerência nas aferições, possibilitando à tripulação seguir voo até seu destino.

O segundo incidente ocorreu com outro A340, de matrícula F-GLZN, que realizava a rota entre Paris e Nova York. Após turbulências, a aeronave - também posta em serviço em 1998 - apresentou a mensagem NAV ISA Discrepancy, teve o piloto automático desligado e apresentou panes eletrônicas por dois minutos, antes que as condições ideais de navegação fossem retomadas.

A eventual falha dos tubos de pitot do voo 447 é uma das pistas mais claras seguidas pelo Escritório de Investigações e Análises sobre a Aviação Civil (BEA), o órgão que investiga as causas do acidente da Air France. Segundo apuração dos peritos, as 24 mensagens automáticas enviadas pela aeronave entre 23h10 e 23h14 do domingo indicaram "incoerência da velocidade aferida".

No sábado, o diretor do BEA, Paul-Louis Arslanidan, explicou que o erro foi ocasionado pela divergência de leitura entre os três tubos de pitot que compõem o principal sistema de navegação do Airbus A330. Ao captar os dados com divergências de até 50km/h, os sensores levaram ao desligamento automático em série de outros sistemas eletrônicos da aeronave - entre os quais o piloto automático, por exemplo. As razões dessa "incoerência" vêm sendo analisadas pelo BEA, que também reconhece estar estudando casos precedentes da falha.

Os tubos de pitot vêm sendo substituídos, por recomendação da Airbus, em mais de 50 companhias aéreas de todo o mundo - entre as quais a Air France, segundo reconhece a própria empresa. Contudo, os sensores ainda não haviam sido substituídos no avião que fazia a rota AF447.

Ontem, em Paris, o Journal de Dimanche (JDD) revelou que a Airbus tem conhecimento das falhas dos tubos de pitot pelo menos desde novembro de 1996. Em um documento interno – technical follow up -, técnicos da Airbus indicam que parâmetros de aferição dos tubos de pitot "poderiam ser severamente degradados mesmo que o descongelador da sonda funcione corretamente".

 

Sensor já falhou em aviões da Air France

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Companhias aéreas elogiam segurança dos A330

Jornal do Brasil

Informações coincidentes divulgadas em Paris durante o fim de semana reforçaram a tese de que falhas nos aparatos de medição de velocidade do Airbus A330 causaram o acidente com o avião da Air France sofrido há uma semana. Contudo, ontem, o secretário de Transportes francês Dominique Bussereau tratou de limitar as especulações relativas a este sistema de cálculo de velocidade.

O secretário precisou que, até o momento nenhuma hipótese sobre as causas do desastre foi privilegiada e tratou de limitar a importância da tese relativa à sonda em questão.

– Desintegração do voo, choque ou impacto contra a superfície do oceano. Por enquanto, não existe qualquer indicação que permita privilegiar uma dessas hipóteses – indicou Bussereau à emissora de rádio RTL. – Imaginemos que houve falha nessas sondas, com apenas esta falha não se pode explicar o problema da desaparição do voo AF447.

Segundo o semanário francês Journal du Dimanche , os problemas com os medidores de velocidade, os chamados tubos pilots, haviam sido identificados nos Airbus desde 1996.

No sábado, o escritório francês responsável pelas investigações havia constatado um número de falhas nos instrumentos que permitem medir a velocidade nos Airbus A330. Investigadores franceses precisaram que o fabricante europeu do Airbus havia previsto substituir os instrumentos em todos os modelos A330 e A340.

Apesar das suspeitas, presidentes de várias das maiores companhias aéreas argumentaram ontem que o Airbus A330 é um avião seguro e a queda da aeronave da Air France deve ser vista como um acidente isolado.

– É um avião bom, seguro – disse o presidente-executivo da Singapore Airlines, Chew Choon Seng, que tem encomendas de 16 unidades do A330 e 33 aviões Airbus de outros modelos até março. – Não devemos tirar conclusões precipitadas.

A Korean Air, que utiliza três desses modelos, disse que os aviões são bons tecnicamente e que também não pretende encostá-los.

O acidente aconteceu em um momento ruim para as companhias aéreas, já sofrendo com uma combinação de baixa demanda de transporte de carga e passageiros, preocupações com a gripe A (H1N1) e o preço crescente do petróleo.

Apesar da desaceleração, a fabricante europeia de aviões Airbus está mantendo a meta de vender cerca de 300 aviões em 2009.

– Trezentos ainda é a nossa meta, mas é mais que um esforço agora – disse à Reuters o diretor comercial da Airbus, John Leahy.

Busca

O submarino nuclear de ataque francês Emeraude chegará quarta-feira à zona onde o Airbus da Air France teria caído, para participar na busca das caixas-pretas da aeronave, anunciou o gabinete do primeiroministro francês.

O envio do submarino nuclear de ataque, sem precedentes em tais circunstâncias, foi anunciado sexta-feira pelo ministro da Defesa, Hervé Morin. O Emeraude é um dos seis submarinos nucleares de ataque franceses e não leva mísseis nucleares.

O primeiro-ministro francês, François Fillon, nomeou Pierre-Jean Vandoorneun, atual inspetor-geral das Relações Exteriores, embaixador encarregado das relações com as famílias das vítimas desaparecidas.

Fillon reuniu ontem vários ministros, entre eles o do Transporte, Jean-Louis Borloo, e o chanceler Bernard Kouchner, com o objetivo de coordenar todas as ações iniciadas após o desaparecimento do Airbus.

 

País evita privilegiar tese de falha técnica

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08 junho 2009

Blog do Poder Aéreo

Dizem que são nos momentos ruins que extraímos grandes lições. O que aconteceu com o voo AFR 447 da Air France na noite de domingo para segunda-feira foi uma tragédia de grandes proporções cuja origem será fruto de uma longa investigação. Mas podemos sair de cabeça erguida no desempenho dos trabalhos de busca e salvamento (SAR).

Quando o Comando da Aeronáutica recebeu a informação do desaparecimento do voo AF 447, foram tomadas as medidas de praxe, como o acionamento das unidades e dos órgãos competentes para o desenvolvimento das atividades de busca e resgate.

Em um sinistro como esse o Esquadrão Pelicano (2º/10º GAv) é logo acionado e em pouco tempo estará voando na direção indicada pelo comando da coordenação do resgate. O esquadrão está passando por mudanças no momento, sendo que os Bandeirantes especializados em SAR estão sendo substituídos pelos C-105 “Amazonas”. Foi exatamente esta última aeronave empregada no caso do voo AF 447. Após a conclusão dos trabalhos, o pessoal do esquadrão poderá fazer uma melhor avaliação do desempenho do novo equipamento, como ele pode ser melhorado e qual a sua influência na condução dos trabalhos.

O emprego dos Bandeirulhas do 1º/7º GAv (baseado em Salvador-BA) também já era previsto uma vez que esta é a unidade de esclarecimento marítimo da FAB mais próxima do local do desaparecimento.

Outra aeronave da FAB cuja participação era dada como certa na campanha de busca e salvamento era o C-130 Hercules. Este avião já mostrou do que é capaz em missões desse tipo, não só nas mãos de pilotos brasileiros, mas ao redor do mundo também. A FAB possuía uma versão específica para busca e salvamento denominada SC-130E. No entanto, esta versão já estava bastante desatualizada e quando teve início o programa de modernização dos Hercules na FAB, os remanescentes foram elevados para o padrão C-130H e concentrados no Rio de Janeiro (Galeão e Afonsos).

Pelo lado francês foi mobilizado, de imediato, um Breguet Atlantique 2 e um Dassault Falcon 50M. Posteriormente a França solicitou a ajuda dos EUA, que enviaram um Lockheed P-3C Orion, e incorporou um AWACS do ‘Armée de l’air’ à equipe de busca. A Espanha também passou a ajudar nas buscas.

Entra em cena o ‘Guardião’

Com menos destaque e uma certa dose de desconfiança, a FAB decidiu também utilizar uma aeronave R-99B, pertencente ao 2º/6º GAv - Esquadrão Guardião. Era a primeira vez que este tipo de avião seria empregado em uma operação de busca desta magnitude e sob os holofotes do mundo todo. Seria possível empregar uma aeronave desenvolvida para o SIVAM na busca de destroços em alto-mar?

O R-99B de matrícula FAB 6751 passou a operar a partir de Fernando de Noronha. Às 22:35h do dia 1º de junho a aeronave decolou do pequeno aeródromo daquela ilha. As horas passavam e as notícias sobre indícios não apareciam. Nada foi dito oficialmente, mas corria o temor de que a FAB não fosse capaz de localizar a aeronave ou os seus destroços. Surgiu uma certa desconfiança, tanto interna como externa. Mas a equipe de coordenação da missão de busca e resgate não perdeu o foco.

Já era madrugada do dia 2 de junho quando o R-99, em uma de suas varreduras com a utilização do radar de abertura sintética, identificou alguns “retornos”. Estes indicavam a existência de materiais metálicos e não metálicos flutuando no oceano. A escuridão da noite não permitia a identificação visual dos “retornos”, mas suas posições foram marcadas e a busca foi replanejada.

No dia seguinte, um Hercules da FAB decolou e avistou alguns destroços sobre o mar, além de uma mancha de óleo. Era a confirmação dos “retornos” identificados pelo R-99.

O sucesso da primeira missão foi seguido de um outro resultado positivo. Na madrugada de terça para quarta-feira, por volta das 3:40h, mais alguns destroços foram detectados sendo que um deles possuía cerca de 7 m de diâmetro. Também foi identificada uma mancha de óleo de 20 km de extensão. Quando clareou o dia, um Hecules da FAB sobrevoou o local e confirmou novamente o que o R-99 “viu” durante a noite. Não havia mais como negar. O uso do R-99 na operação foi uma das decisões mais acertadas e uma das surpresas mais gratas. Surpresa para muitos, menos para o pessoal do próprio Esquadrão Guardião, que nunca deixou de acreditar na qualidade do material que dispunha.

Dedicação e competência nunca faltaram aos aviadores da FAB. Juntando-se estes ingredientes com equipamento no estado da arte, o resultado não poderia ser diferente. Infelizmente sobreviventes não foram encontrados até o momento. Mas é certo de que o R-99 poderá salvar muitas vidas no futuro. Esta é a lição deste trágico acidente.

Parabéns à FAB pelo trabalho e à Embraer, pelo desenvolvimento desta fantástica máquina.

 

Nem P-3C, nem Atlantique 2, nem AWACS. R-99 é a solução

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Ney Rubens – tERRA

Direto de Belo Horizonte


O piloto Leonardo Sampaio Padrão, 39 anos, quebrou o tornozelo direito no início da noite desta terça-feira após fazer um pouso forçado num canavial da zona rural de Lagoa da Prata, região central de Minas Gerais. A aeronave ficou totalmente destruída, mas o passageiro que fazia a viagem saiu ileso do acidente. Segundo informações preliminares, o avião apresentou problemas em uma das turbinas.

A aeronave, de fabricação francesa modelo Fouga Magister, prefixo PT-ZIF, bateu com a frente no solo e teve destruídas parte da cabine e as asas. O passageiro André Mauro de Castro e Silva, 20 anos, não ficou ferido.

"O piloto informou que durante um vôo de rotina o avião sofreu pane em uma das turbinas e precisou descer no canavial", explica a soldado Karina Paim Oliveira, da Polícia Militar de Lagoa da Prata. O avião Fouga Magister foi fabricado em 1957, e é uma aeronave militar de propulsão a jato com duas turbinas. As causas do acidente vão ser apuradas pela Polícia Civil.

 

Piloto sobrevive após pouso forçado em MG

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Embraer

A Embraer reforçou sua parceria com a Falcon Aviation Services (FAS), companhia de Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos, para serviços de manutenção do jato executivo Lineage 1000, da categoria ultra-large. A FAS tornou-se um Centro de Serviço Autorizado Embraer no Oriente Médio em novembro de 2008, sendo responsável pelos jatos executivos Phenom 100, Phenom 300 e Legacy 600, das categorias entry level, light e super midsize, respectivamente.

“A extensão do acordo ocorre pouco tempo após a primeira entrega do Lineage 1000 a um cliente em Abu Dhabi, em maio”, disse o diretor de Suporte e Serviços ao Cliente da Embraer - Europa, África e Oriente Médio - Aviação Executiva, Antonio Martini.

A Falcon Aviation Services opera dois Legacy 600 e receberá mais um neste ano e já encomendou dois jatos Legacy 500, quatro Phenom 300 e dois Lineage 1000. Atualmente, a companhia dos Emirados Árabes está construindo nova instalação para manutenção de jatos com 8 mil metros quadrados no Aeroporto Bateen, em Abu Dhabi, que terá capacidade para receber até três Lineage 1000.

 

Embraer reforça parceria com árabes

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Reuters

A Airbus divulgou procedimentos a serem seguidos caso as tripulações suspeitem de falhas nos indicadores de velocidade das aeronaves.

A mensagem foi enviada a todos os proprietários de aeronaves Airbus na noite de quinta-feira. Uma fonte do setor disse que alertas desse tipo só são enviados quando investigadores de acidentes aéreos estabelecem fatos que consideram ser importantes o suficiente para serem imediatamente divulgados às empresas.

Um porta-voz da Airbus disse nesta sexta-feira que o alerta a seus clientes não implica que os pilotos da aeronave acidentada do voo AF 447 tenham feito algo de errado ou que uma falha de projeto tenha causado o desastre.

A Airbus disse que o procedimento correto quando há indicadores de velocidade duvidosos é manter a força dos motores e começar uma verificação. A mensagem da Airbus reabre um antigo debate entre pilotos sobre uma suposta complexidade excessiva dos aviões da empresa.

“Este é um avião que foi concebido por engenheiros, para engenheiros, e nem sempre para pilotos” - disse Jean-Pierre Albran, veterano piloto de Boeings 747, ao jornal “Le Parisien”.

“Por exemplo, num 747, o acelerador é empurrado manualmente. Você o sente se mexer na turbulência. Nos Airbus recentes, o acelerador é fixo. Você olha nos indicadores. Não sente nada.”

Especialistas em aviação especulam que o avião da Air France tenha sido derrubado por uma conjunção de fatores, entre eles a turbulência e o mau tempo. As autoridades minimizam a hipótese de terrorismo.

Airbus divulga novos procedimentos para as tripulações de seus aviões

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da France Presse, em Paris

O submarino nuclear de ataque francês "Emeraude" chegará na quarta-feira à região onde o Airbus A-330 da Air France teria caído, para participar na busca da caixa-preta da aeronave, anunciou neste domingo o gabinete do primeiro-ministro francês.

"Cinco aeronaves francesas participam na busca, enquanto a Fragata Ventuse chegou à zona na manhã de hoje levando a bordo um helicóptero", disse o comunicado emitido ao final de uma reunião de ministros dirigida pelo primeiro-ministro, François Fillon.

"Nove aeronaves e cinco navios brasileiros, além de um avião de patrulha americano, trabalham em coordenação com os meios franceses", acrescentou o texto.

O envio do submarino nuclear de ataque, sem precedentes em tais circunstâncias, foi anunciado sexta-feira pelo ministro da Defesa, Hervé Morin.

"Vamos precisar de muita sorte porque não há uma posição exata da queda, mas vale a pena tentar procurá-la", disse na sexta-feira o capitão Christophe Prazuck, porta-voz do Estado Maior das Forças Armadas da França.

O "Emeraude" é um dos seis submarinos nucleares de ataque franceses e não leva mísseis nucleares.

Submarino francês participará das buscas da caixa-preta do Airbus

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