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23 julho 2010

Zero Hora

Pilotos de aviões serão obrigados a fazer testes toxicológicos periódicos e após acidentes ou qualquer outro tipo de problema, mesmo que tenham acontecido em solo. As novas regras estão em regulamento colocado em consulta pública pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).

O profissional que for flagrado no antidoping, que identifica substâncias como maconha, cocaína, crack, álcool e LSD, será afastado e só poderá voltar ao serviço após passar por tratamento contra o vício. Caso se recuse a fazer o teste, ficará proibido de trabalhar e a punição será de até um ano de suspensão da licença. Outros países, como os EUA, já adotam a prática.

Em caso de acidentes, a norma estabelece um prazo de até oito horas para que as pessoas envolvidas passem pelo exame que detecta consumo de álcool e de no máximo 32 horas para outras substâncias psicoativas.

Além de pilotos, estão sujeitos aos testes os demais tripulantes das aeronaves, além do pessoal que trabalha nos setores de bagagem, combustíveis, manutenção e segurança.

A secretária de previdência do Sindicato Nacional dos Aeronautas, Graziela Baggio, defende que o sistema seja usado somente para monitorar, mas não punir os funcionários.

No plano da Anac, em companhias com até 500 empregados, ao menos metade deles deve ser examinada. O diretor técnico do Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias, Ronaldo Jenkins de Lemos, diz que o setor apoia a implantação do controle de drogas.

– Já temos empresas, principalmente de helicópteros, que fazem isso há muito tempo. Agora teremos um amparo legal, porque você não pode fazer nada hoje se um funcionário não aceitar o exame – diz Jenkins.

Piloto de avião terá de fazer antidoping

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Tarso Veloso, de Brasília - Valor

As passagens aéreas no Brasil tiveram, em abril, o menor valor médio mensal desde 2002, ano de início dos cálculos realizados pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). A tarifa média pago em voos nacionais foi de R$ 256,13 em abril deste ano.

De acordo com a agência, os preços mais acessíveis são consequência, principalmente, do acirramento da competição do setor e da oferta de crédito maior, possibilitando o parcelamento dos bilhetes.

A queda no valor em abril foi de 23,9% comparado ao mesmo mês em 2009 e de 7,5% com relação a março de 2010. O preço médio por quilômetro voado foi de R$ 0,39, uma queda de 24,6% em relação a abril de 2009 e de 7,4% comparado com março deste ano.

Com o crescimento da concorrência, as maiores companhias perderam mercado nos últimos anos. Em meados de 2005, TAM, Varig e Gol correspondiam a 92,68% do mercado. Em junho, Gol, que incorporou a Varig, mais TAM respondem por 82,89% da demanda doméstica.

O parcelamento de passagens também foi um fator determinante para incluir a classe C na rota aérea. Atualmente, pode-se dividir uma passagem em até 48 vezes, mas com juros.

O valor médio da tarifa de abril deste ano, além de ser o menor desde o início da medição da Anac, mostra a tendência de queda no custo das tarifas ao longo dos anos, segundo avaliação da agência. Em 2002, a média anual foi de R$ 446, 86. Já em 2009 a média foi de R$ 329,05. A diminuição no preço dos bilhetes ocorreu em um mês que a demanda por voos domésticos cresceu 23,5%.

O valor médio varia mensalmente sem seguir uma lógica determinada. Mesmo em meses de férias, quando o movimento é maior, o preço não registra uma tendência constante de aumento. Nos anos de 2002 a 2007 e 2009, o preço de junho e julho não foi o maior. Somente em 2008 o mês de julho foi o mais caro do ano.

No mês de junho, o fluxo de passageiros nas companhias aéreas brasileiras cresceu 16,81%, em relação ao mesmo período do ano passado. A taxa média de ocupação dos aviões em viagens domésticas ficou em 64,53%, o que representa uma queda em relação à taxa de 65,44% exibida em junho do ano passado.

Tarifa aérea de abril é a mais baixa em 8 anos

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Alberto Komatsu, de São Paulo - Valor

As encomendas de aviões da Airbus durante a feira de aviação de Farnborough, na Inglaterra, deram um salto ontem com um memorando de entendimentos da Virgin, do milionário britânico Richard Branson. A companhia aérea anunciou a intenção de comprar 40 aviões da família A320, com preço de lista de US$ 3,3 bilhões, que poderão ser entregues a partir de 2013 até 2016. Há ainda mais 20 opções desse modelo.

A carta de intenções da Virgin, somada às principais encomendas e opções anunciadas nos quatro dias de feira, levam a Airbus à primeira colocação em pedidos unitários e potencial de negócios.

São 277 aviões, que podem representar US$ 35,1 bilhões em negócios. 

"Estou feliz por comemorar meu sexagésimo aniversário nesta semana e não consigo pensar num presente melhor do que comprar 60 aeronaves", disse Branson, em entrevista coletiva.

A Embraer permanece como destaque em número de aviões encomendados, opções e carta de intenções. Ao todo, a fabricante brasileira acumula 191 aeronaves e volume potencial de negócios de cerca de US$ 7 bilhões. A maior demonstração de interesse pelos jatos da Embraer veio da europeia Flybe, ou 140 jatos da família 175.

Embora a Boeing tenha menos aeronaves encomendadas do que Airbus e Embraer (190), a fabricante americana fechou pedidos de aeronaves de grande porte, que têm preço maior. Levando-se em conta só as encomendas de 35 modelos 777, o valor total de negócios que poderão ser gerados é de US$ 10,3 bilhões. Destes, cinco são da Qatar Airlines e os 30 restantes da Emirates Airlines, ambas do Oriente Médio, região que se destaca pela compra de aviões para voos de longo curso.

Virgin alavanca desempenho da Airbus com carta de intenção para 40 aviões

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Embraer estuda novo jato para o mercado de aviação comercial

Virgínia Silveira, para o Valor, de São José dos Campos

A Embraer decide até o fim deste ano se faz a remotorização do jato 195, que comporta até 122 passageiros, ou se parte para o desenvolvimento de um avião de maior porte, de 130 assentos, disse ontem o vice-presidente para o Mercado de Aviação Comercial da empresa, Paulo César de Souza e Silva. O executivo informou ainda que a empresa não tem planos de fazer um avião de 150 lugares. "O estudo prevê um jato de 130 lugares com duas classes, mas que numa configuração de classe econômica poderia comportar entre 138 e 140 passageiros", comentou.

A empresa também avaliou a possibilidade de lançar uma versão alongada do 195, batizada de 195X, mas não levou adiante o projeto, porque potenciais operadores manifestaram a preocupação de que haveria uma redução importante no alcance da aeronave. "Alongar o 195 implicaria em perda de performance e, neste caso, um novo motor seria mais adequado para aumentar a eficiência da aeronave", explicou o vice-presidente da Embraer.

A Embraer descartou ainda o desenvolvimento de um novo avião turboélice, mas confirmou que tenha feito um estudo sobre esse mercado nos últimos anos. "Esse mercado não é muito grande e as duas empresas que atuam nesse segmento - a ATR e a Bombardier - já suprem bem a demanda.

Decidimos continuar concentrando nossos esforços nos E-Jets". A Embraer foi líder no segmento de aeronaves turboélice na década de 80 com o modelo Brasília. A empresa produziu e vendeu mais de 350 unidades do modelo e, atualmente, cerca de 200 aviões ainda estão em operação no mundo.

Para o analista de Transportes do Santander, Caio Dias, a Embraer já estuda desenvolver um produto mais eficiente operacionalmente para fazer frente à concorrência no mercado, representada principalmente pelos novos aviões CSeries da Bombardier e os MRJ da Mitsubishi. "A opção da remotorização da sua família de E-Jets é a mais provável no momento, porque representa um custo mais baixo e pode ser colocada no mercado num prazo menor e a tempo da empresa conseguir desenvolver um novo avião", opina o analista. Além disso, segundo o analista, a família de jatos Embraer 170/190 ainda tem uma aceitação muito grande no mercado mundial e os anúncios de vendas da empresa na feira de Farnborough foi uma prova incontestável de que o interesse pelas aeronaves permanece.

Em teleconferência feita para analistas que acompanham a empresa, em março deste ano, o presidente da Embraer, Frederico Fleury Curado, disse que a companhia não ficaria alheia à chegada de motores mais eficientes e que ofereçam economia de combustível. "Nossos E-Jets são novos, mas não podemos ficar indiferentes à disponibilidade de motores mais econômicos", afirmou. O executivo admitiu que estaria conversando com fabricantes de motores e que a remotorização seria uma coisa certa para se manter a liderança no segmento de até 120 assentos. Em entrevista concedida anteriormente ao Valor, o vice-presidente financeiro e de relações com investidores da Embraer, Luiz Carlos Aguiar, disse que a empresa não iria copiar concorrentes, mas sim ouvir seus clientes atentamente. A partir daí, tentaria desenvolver um jato que vai agregar valor adicional ao que já está fazendo para eles.

Segundo uma fonte que atua no mercado de desenvolvimento aeronáutico, a Embraer precisa tomar decisões rápidas para evitar a perda de mercado. "A família 170/190 já tem 10 anos e qualquer ganho que os aviões incorporarem vão fazer muita diferença para o operador em termos de custos operacionais". A alternativa da remotorização, de acordo com a fonte, seria acompanhada de melhorias aerodinâmicas, o que traria como benefício um avião mais eficiente e com um custo de operação menor.

"O desenvolvimento de um novo avião implicaria na construção de uma nova fuselagem, na utilização de materiais mais eficientes e em um novo motor", explicou.

O desenvolvimento de um novo jato, maior que o 195, segundo o especialista, demandaria um investimento mínimo de US$ 2 bilhões. Para o analista do Santander, a Embraer tem competência para colocar esse avião no mercado em um tempo recorde de quatro anos. A remotorização, por sua vez, custaria bem menos, entre US$ 800 milhões e US$ 1 bilhão. A concorrente Bombardier, segundo Dias, está investindo cerca de Us$ 2,5 bilhões no desenvolvimento dos seus novos jatos CSeries e a previsão é que entrem no mercado por volta de 2014.

Embraer pode criar avião de 130 lugares

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Promotoria abriu inquéritos contra 42 empresas aéreas de Cumbica; Anac estima que aeronaves despejem 14,4 milhões de toneladas do gás por ano

Bruno Tavares - O Estado de S.Paulo

As 42 empresas aéreas nacionais e estrangeiras que operaram no Aeroporto Internacional de Cumbica, em Guarulhos, estão na mira do Ministério Público Estadual (MPE). A pedido da prefeitura de Guarulhos, o promotor do Meio Ambiente Ricardo Manoel de Castro instaurou inquéritos civis para apurar eventuais danos ao meio ambiente provocados pela emissão de dióxido de carbono e outros poluentes atmosféricos pelas aeronaves.

Na semana passada, Castro encaminhou ofícios às companhias, solicitando informações sobre a taxa média de ocupação das aeronaves, consumo de combustível e índice de atrasos. A partir desses dados, o promotor vai estudar que medidas deve requerer à Justiça. Segundo ele, o relatório das Organizações das Nações Unidas (ONU) sobre mudanças climáticas indica que o transporte aéreo é responsável hoje por 7% do aquecimento global do planeta. A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) estima que, só em Cumbica, as aeronaves despejam 14,4 milhões de toneladas de CO² por ano.

Diante da perspectiva de expansão do setor nos próximos anos, a tendência é de que a situação se agrave. "O combustível de aviação tem alto grau de octanagem (resistência à detonação) e, por isso, polui muito mais do que um carro, por exemplo", explica o promotor. Além de CO², diz ele, os motores dos aviões emitem mais minerais, que nem sempre são expelidos por outros meios de transporte.

"Precisamos fazer alguma coisa", assinala Castro.

A proposta da prefeitura de Guarulhos é criar um fundo de compensação ambiental, que fosse usado para custear o aumento da área verde do município dos atuais 30% para até 45% de seu território.

A compensação financeira seria ainda usada na remoção de famílias e favelas erguidas em Áreas de Proteção Permanente, além da recuperação de nascentes, córregos e matas ciliares. "Isso é só uma proposta de trabalho. Em 60 dias, depois que as companhias encaminharem as informações solicitadas, será possível avaliar o que pode ser feito", diz o promotor do Meio Ambiente.

O secretário municipal do Meio Ambiente, Alexandre Kise, autor da representação ao MPE, diz que desde 1997 estuda os efeitos da poluição nos habitantes de Guarulhos. "Sempre foi difícil definir qual era a contribuição de Cumbica na poluição da cidade. Mas, com os dados da ONU e da Anac, isso ficou mais claro e pudemos ingressar com esse pedido de reparação", anotou. Pelas contas de Kise, seria necessário plantar 2,9 bilhões de árvores para neutralizar a emissão de CO² gerado pelos aviões de Cumbica. "Ou plantamos árvores ou fechamos o aeroporto." O Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (Snea) disse que não se pronunciaria por desconhecer o teor dos inquéritos.

Inauguração

Começam a funcionar hoje nos aeroportos de Congonhas, Cumbica, Galeão, Santos Dumont e JK os juizados especiais. Eles atuarão em casos de atrasos, cancelamentos e extravio de bagagens.

Guarulhos quer árvores em troca de CO² de avião

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France-Presse

As duas gigantes da aeronáutica, a europeia Airbus e a americana Boeing, multiplicaram seus contratos milionários no salão de Farnborough, confirmando sua liderança em um setor que sai da crise graças à demanda dos emergentes. O salão também foi bom para a brasileira Embraer, que fechou pedidos de US$ 7,9 bilhões.

Em quatro dias, Airbus e Boeing anunciaram a venda de mais de 500 aviões – levando em conta os pedidos firmes e cartas de intenção – por um valor potencial de mais de US$ 55 bilhões, contra US$ 65,5 bilhões durante a edição anterior do salão de aeronáutica britânico em 2008.

As aeronaves de médio alcance Airbus A320 e Boeing 737 foram os que tiveram maior êxito, graças às compras de companhias aéreas de Ásia e Oriente Médio, assim como as companhias de aluguel de aviões, termômetro tradicional da saúde do setor aeronáutico.

Ontem, no fim do salão profissional nos arredores de Londres, que abrirá suas portas ao público no sábado, os responsáveis pelas duas gigantes comemoraram os resultados do evento e manifestaram certo otimismo para o futuro.

– Foi um bom salão para nós e creio que foi um bom salão para o transporte aéreo – declarou o presidente da Airbus, Tom Enders.

A Airbus fechou contratos para 255 aviões por um montante de US$ 28 bilhões, dos quais 1.133 contratos firmes (US$ 13 bilhões) e protocolos de acordo para 122 aeronaves (US$ 15 bilhões). A concorrente americana Boeing, por sua vez, vendeu 249 aviões por um montante de US$ 27 bilhões.

Mas este balanço deve subir na medida em que muitos contratos já tinham sido contabilizados em sua lista de pedidos. O salão também foi positivo para a Embraer, superando o de Bourget no ano passado perto de Paris.

"Foi um bom salão para a Embraer e eu diria para toda a indústria, depois de uma crise muito grave", disse um dos vice-presidentes do grupo brasileiro, número três no mundo, Horácio Aragonés Forjaz.

Airbus e Boeing vendem 500 aviões por US$ 55 bi

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22 julho 2010

Valor

A US Airways registrou lucro líquido de US$ 279 milhões no segundo trimestre deste ano. É o segundo maior lucro líquido da companhia desde sua fusão com a America West, em 2005, informou a empresa ontem, e supera em 384% o lucro de US$ 58 bilhões do segundo trimestre de 2009.

US Airways lucra

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Valor

A AMR, controladora da American Airlines, teve prejuízo de US$ 10,7 milhões no segundo trimestre. Os resultados vieram melhores do que os do mesmo período do ano passado, quando as perdas acumularam US$ 390 milhões. No entanto, as projeções dos analistas apontavam para prejuízo de US$ 0,01 por ação para o período.

Prejuízo da AMR

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Valor

Até o fim do ano será testado inicialmente no Aeroporto Internacional de Brasília o novo sistema de automatização informatizada para o trânsito migratório, a exemplo do que já é feito na União Européia. Ao mesmo tempo, o Ministério da Justiça vai começar a implantar, durante o segundo semestre, a leitura de passaportes por meio de microprocessadores (chips) inseridos na contracapa do documento. Isto vai permitir a leitura dos dados do passageiro sem interferência de operadores, tornando o trânsito nos Aeroportos mais rápido e seguro. Essas medidas fazem parte da política de segurança que o Ministério da Justiça planeja implantar para facilitar o tráfego de passageiros até a Copa do Mundo no Brasil, em 2014. A modernização dos passaportes não acarretará na troca obrigatória do documento.

Trânsito nos Aeroportos

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André Borges, de Brasília - Valor

A Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) está com um projeto finalizado nas mãos para montar sua própria empresa aérea voltada ao transporte de carga. Com valor total estimado em US$ 400 milhões, o plano dos Correios inclui a aquisição de uma frota de 13 aviões usados do porte de um Boeing 757, com preço médio de US$ 30 milhões por aeronave. A ideia é os Correios recorrerem a apoio financeiro do BNDES.

Para ser dono do negócio, a ECT vai montar uma subsidiária de logística em parceria com um sócio do setor privado. No plano original dos Correios, enviado há alguns meses ao Ministério das Comunicações (MC) e ao Executivo, a ideia era transformar a estatal em uma sociedade anônima (SA), mas essa opção já foi descartada.

"Desistimos dessa opção. Houve rejeição dos sindicalistas, que temiam perder a estabilidade dos funcionários, mas eles não entenderam qual era a nossa proposta, acharam que iríamos abrir capital em bolsa, o que não é a intenção", disse ao Valor o presidente dos Correios, Carlos Henrique Custódio. 

O projeto atual é manter os Correios 100% estatal, mas com participação em uma empresa de logística aérea. Na operação, a ECT quer ser o sócio minoritário, com uma fatia de 49%. O parceiro - uma companhia aérea ou um consórcio de aéreas - fica com 51%. O sucesso do negócio, segundo Custódio, depende do sinal verde do MC e do Executivo. O governo deve publicar uma Medida Provisória que permita aos Correios montar a subsidiária. Pelo modelo atual, a ECT não tem autorização para isso.

José Artur Filardi, ministro das Comunicações, diz que o aval do MC está dado. "Esse é o caminho viável para dar condições aos Correios de concorrerem de igual para igual com os outros", disse Filardi. "O que se aguarda agora é a palavra final da Presidência [da República]." Ou seja, a decisão está nas mãos do presidente Luis Inácio Lula da Silva.

Atualmente, a ECT gasta R$ 350 milhões por ano com o aluguel de aeronaves. A frota, que pertence a empresas como Airbrasil, Beta, NTA e Rio, soma nove aviões de médio e grande porte. Nas regiões Norte e Nordeste, a distribuição dos Correios se apoia em mais oito aeronaves pequenas. Boa parte dos aviões usados, segundo Custódio, são antigos e consomem muito combustível.

Outro problema é que cada contrato com fornecedor está limitado a uma determinada rota e horário. "Hoje temos uma média de 12 horas de transporte aéreo diário", diz Carlos Henrique Custódio. 

"Com nossos próprios aviões, teremos quase 24 horas de voo, com um mínimo de interrupção." 

No projeto dos Correios está a proposta de comprar aeronaves que tenham cerca de 15 anos de voo, usadas por passageiros, para então adequa-las ao transporte de cargas. "Temos de deixar de ser os Correios para nos tornarmos uma empresa de logística", diz Custódio. "Hoje usamos um modelo de transporte aéreo que atende, mas que tem riscos e limita a expansão dos serviços."

A reestruturação dos Correios tem sido cobrada insistentemente pelo presidente Lula. No início do ano, a ECT enfrentou uma forte crise em seu transporte de cargas depois que, repentinamente, uma série de aeronovaes deixou de voar. Custódio reconhece a gravidade do problema, mas afirma que boa parte de sua causa deve-se à lentidão para fazer novas contratações.

Nos últimos meses, a ECT tem sido alvo constante de reclamações sobre atrasos. Em meio à pressão que paira sobre a empresa, chegou a ser cogitada a troca de toda a sua diretoria, o que não ocorreu. Na semana passada, o governo exonerou Marco Antonio Oliveira, que ocupava a diretoria de operações dos Correios. As dificuldades atuais da estatal incluem ainda a necessidade de resolver a situação dos contratos com 1,5 mil franqueados, que foram licenciados sem licitação.

Enquanto tenta resolver seus problemas internos, a ECT vê crescer o apetite da concorrência.

Na área de logística, multinacionais como FedEex, DHL e UPS têm ampliado regularmente suas operações no país, sem contar o peso de empresas nacionais como Cometa, TAM Cargo, TNT e VarigLog. "Não é uma equação simples. Hoje empresas como FedEx e DHL têm 500 aviões cada. No Brasil, nós temos mais de 2 mil concorrentes", diz Custódio. Com o monopólio do transporte de cartas e informes bancários, os Correios tentam se mexer para crescer no transporte de encomendas. "Hoje temos 35% do mercado de entrega expressa. Em cidades como Rio e São Paulo, os "motoboys" são os grandes concorrentes."

As mudanças na ECT, diz o ministro das Comunicações, José Artur Filardi, são vitais para o sucesso da operação, mas é preciso lembrar que não acontecem de uma hora para a outra. "Não é só a publicação da MP que vai resolver os problemas. As coisas não mudam da noite para o dia."

Pelas projeções dos Correios, a subsidiária de logística aérea da empresa tem condições de operar em um ano, a partir do momento em que o governo bater o martelo.

Companhia aérea da ECT depende de Lula

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Alberto Komatsu, de São Paulo - Valor

Companhias aéreas da região Ásia-Pacífico e mais empresas de leasing foram o destaque de ontem da feira internacional de aviação de Farnborough, na Inglaterra, que teve início no dia 19 e termina no próximo domingo. Pelo terceiro dia consecutivo, a brasileira Embraer anunciou novas encomendas e está na segunda posição em unidades pedidas. São 191 aeronaves para a aviação comercial, com potencial de volume de negócios em torno de US$ 7 bilhões. A Embraer só fica atrás da europeia Airbus, que acumula 237 encomendas de aviões que podem gerar recursos da ordem de US$ 21,8 bilhões. A americana Boeing, por sua vez, tem menos pedidos unitários de aviões, 190 unidades, mas as  encomendas são de aviões de grande porte, com preço mais elevado. Por isso, seu potencial de negócios é o maior, de US$ 23,3 bilhões.

Contribuiu para a boa performance de volume de negócios da Boeing os pedidos de empresas do Oriente Médio, como 30 modelos 777-300 encomendados pela Emirates Airlines no primeiro dia de feira, somando US$ 9,1 bilhões. Ontem, a Boeing também anunciou 10 aviões 737-800 a US$ 800 milhões a preços de tabela para a chinesa Okay Airlines.

A Airbus também recebeu encomendas da asiática Thai Airways, que fechou contrato para 7 A330-300, avaliados em US$ 1,5 bilhão. Tanto a Airbus quanto a Boeing anunciaram negócios com um cliente em comum, a empresa de leasing RBS Aviation Capital. São 52 modelos A320, da Airbus, e 43 Boeings 737. O pedido conjunto soma quase US$ 8 bilhões.

Na Inglaterra, companhias da Ásia-Pacífico compram mais

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Tarso Veloso, de Brasília - Valor

Após notificar 19 companhias aéreas por não cumprirem total ou parcialmente a resolução nº 141, que ampliou os direitos dos passageiros em casos de atrasos e cancelamentos de voos e preterição de embarque, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) informou que cinco companhias aéreas ignoraram a intimação.

Segundo a Anac, as companhias TAAG - Linhas Aéreas de Angola, Aeroméxico, El Al (de Israel), Emirates e Taca não responderam a notificação. O prazo era de 5 dias após a entrega do documento. Em alguns casos, como o da TAAG e o da Aeroméxico, a demora é de quase 1 mês.

Desde o dia 13 de junho, foram recebidas 915 manifestações de passageiros em todo o Brasil referentes a atrasos, cancelamentos e preterição de embarque. Caso não seja tomada nenhuma medida, as empresas estarão sujeitas a processo administrativo que pode resultar em multas de R$ 4 mil a R$ 10 mil por ocorrência.

Dentre as empresas que responderam à agência estão a Avianca Brasil e as empresas estrangeiras American Airlines, Copa, Iberia, JAL (que mantém voos no país até 30 de setembro), Korean Airlines, TAP, United Airlines, Aerolíneas Argentinas, Air China, British Airways, Companhia Mexicana e South African.

A Anac diz que todas as manifestações de clientes são apuradas. Além disso, de acordo com a agência, o passageiro também pode buscar outros direitos, como indenizações, junto a órgãos de defesa do consumidor ou na Justiça.

Aéreas ignoram resolução sobre atraso

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Técnicos do Tribunal de Contas da União apontam falta de planejamento e riscos de não conclusão das obras a tempo para a Copa do Mundo

Marta Salomon - O Estado de S.Paulo

O risco de as obras nos aeroportos não ficarem prontas a tempo da Copa de 2014 foi apontado em recente auditoria aprovada pelo Tribunal de Contas da União. "Entende-se que o planejamento de investimentos efetuado pela Infraero indica a existência de situações que podem resultar em não conclusão das obras em tempo hábil", diz o texto do "Relatório de riscos".

Um dos problemas apontados pelo tribunal foi a concentração de investimentos a partir de 2011, supostamente incompatível com a dificuldade da Infraero de cumprir previsões de investimentos, nos últimos anos. A partir de 2011, os gastos previstos superam R$ 1 bilhão a cada ano, até 2014. "Esses valores são bastante superiores aos efetivamente executados nos últimos anos", diz o relatório do TCU. 

Depois da Copa, as obras nos 13 aeroportos listados pela Infraero receberão investimentos extras de R$ 3,1 bi. Até lá, os investimentos nos aeroportos das cidades-sede somarão R$ 5 bi.

Um dos exemplos citados pelo TCU é o aeroporto de Guarulhos, que concentra em 2013 e 2014 investimentos superiores aos gastos anuais registrados pela estatal nos últimos três anos.

A primeira tentativa de licitar as obras de construção do terceiro terminal de passageiros de Cumbica foi suspensa pela Infraero em 2008, depois que o TCU apontou sobrepreço de R$ 83,5 milhões no projeto da obra. A irregularidade foi considerada grave. Obra mais cara do pacote da Infraero, prevê gastos de R$ 1,2 bilhão até 2014, incluindo a ampliação e revitalização da pista e dos pátios de Cumbica.

O terminal de passageiros, orçado em R$ 1,4 bilhão, só ficará completamente pronto em junho de 2016, mas uma primeira fase da obra começará a operar em novembro de 2013, de acordo com o cronograma da Infraero. Esse também é o prazo previsto para o início de operação do novo terminal de passageiros de Viracopos, em Campinas.

A segunda obra mais cara do pacote da Infraero é destinada a ampliar a capacidade do terminal de passageiros e do pátio do aeroporto de Brasília, que também ficará concluída integralmente somente após a Copa.

"Deve-se considerar o risco de atraso na conclusão das obras decorrentes de falhas no processo de planejamento", avança o "Relatório de riscos" do TCU, baseado no histórico complicado de obras em aeroporto.

Algumas tiveram pagamentos bloqueados, mesmo integrando o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). O governo conta com a possibilidade de contratação emergencial de empresas para obras de infraestrutura da Copa, mas não está afastado o controle do tribunal sobre os negócios.

PARA ENTENDER

A presença de 500 mil turistas estrangeiros no país durante os jogos da Copa do Mundo e o deslocamento de cerca de três milhões de pessoas a mais nos aeroportos das cidades-sede justificam as obras planejadas pela Infraero. A estimativa foi feita pelo Ministério do Esporte.

O aumento do número de passageiros em junho e julho de 2014 seria equivalente ao porcentual médio registrado no Brasil desde o início do governo Lula, a cada ano.

Avaliação da Infraero mostra que seis aeroportos já operavam acima da capacidade em 2009, em Brasília, Belo Horizonte, Cuiabá, Fortaleza, São Paulo e Porto Alegre.

Falta 'tempo hábil', diz relatório do TCU

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Documento da Infraero fixa tempo muito curto entre início de projetos e começo das obras e para alguns ainda falta licença ambiental

Marta Salomon - O Estado de S.Paulo

Documento da Infraero, estatal que controla os aeroportos do País, prevê intervalo de apenas seis meses entre o início da elaboração do projeto, recém-licitado, e o início das obras do terceiro terminal de passageiros do aeroporto internacional de Guarulhos.

Essa é a obra mais cara do pacote destinado às cidades-sede da Copa, e seu cronograma - difícil de ser cumprido - dá uma ideia dos riscos de os investimentos de R$ 5 bilhões programados pelo governo até 2014 não ficarem prontos a tempo.

No intervalo de seis meses previsto no cronograma do aeroporto de Cumbica, os projetos terão de ser detalhados e uma nova licitação precisará ser feita para a obra bilionária. Dos 13 aeroportos que passarão por obras em 12 cidadessede até a Copa, são quatro os que nem sequer contam com projetos até agora, mostra documento da Infraero a que o Estado teve acesso.

Um número ainda maior de aeroportos do pacote (sete) têm o início das obras programado entre janeiro de 2011 e fevereiro de 2012, a pouco mais de um ano da Copa das Confederações, torneio que antecede a Copa.

O único aeroporto que já tem obras iniciadas é o Galeão, no Rio de Janeiro, mas já com atraso registrado em relatório do Tribunal de Contas da União (TCU).

Entre os aeroportos que receberão investimentos por causa da Copa, o novo aeroporto de Natal, São Gonçalo do Amarante, enfrenta situação particular. Por ora, a obra da pista avança sem definição de quem vai construir e operar o terminal de passageiros para o embarque e o desembarque dos voos. O aeroporto será objeto de concessão à iniciativa privada - a primeira do país -, cujo modelo ainda passa por definição no governo.

Há duas semanas, o presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ricardo Teixeira, apontou os aeroportos como o principal obstáculo à infraestrutura do próximo mundial. "Os três grandes problemas que temos para a Copa são aeroporto em primeiro, aeroporto em segundo e aeroporto em terceiro".

O presidente Lula reagiu e chamou de "descabida" a preocupação com os preparativos da Copa. Documentos da Infraero mostram, porém, que há motivos para a inquietação.

Questionada, a estatal respondeu, por meio da assessoria, que "se empenha" em realizar os trabalhos previstos em seu plano de investimentos. Sobre a obra em Cumbica, a Infraero informou que pode começar a construção do terceiro terminal sem que o projeto esteja completamente concluído, porque a obra tem mais de uma fase. O cronograma prevê o início das obras em janeiro do ano que vem.

Aeroportos da Copa estão sem os projetos básicos e com prazos fictícios

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Jornal do Brasil

Airbus e Boeing esperam vender US$ 50 bi na feira da Inglaterra este ano As vendas na feira de aviões de Farnborough, na Inglaterra, estão três vezes maiores do que no ano passado, quando foram comercializadas 78 aeronaves no auge da crise econômica internacional. 

As duas maiores fabricantes de aeronaves do mundo, a europeia Airbus e a americana Boeing, disputam novos clientes no evento, mas ainda estão longe de bater o recorde da feira. Em 2008, venderam 373 aviões. A expectativa das duas é que o volume de vendas atinja US$ 50 bilhões neste ano.

Ao final do segundo dia de evento, a Airbus registrava uma pequena vantagem: acumulou 122 pedidos de novos aviões, incluindo 50 A380 para a LAN Chile, num total de US$ 11,7 bilhões. Já a Boeing vendeu um avião a menos (121) e fechou o segundo dia com vendas de US$ 11,6 bilhões.

Juntas, as duas já venderam mais de US$ 23 bilhões.

A Embraer encaminhou até agora pedidos de vendas que podem engordar sua carteira em cerca de US$ 9 bilhões, pondo fim a um jejum de mais de dois anos na aviação comercial e ganhando presença maior no mercado global de defesa. A Força Aérea Brasileira (FAB) pretende comprar 28 jatos militares de carga do modelo KC-390, cuja previsão de o primeiro voo é em 2014. As aeronaves estar em serviço até o fim de 2015.

Vendas três vezes maiores que em 2009

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