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Pista "ensaboada" influiu em acidente, diz investigação

Vasconcelo Quadros Brasil Digital Peritos da Polícia Federal concluíram ontem o levantamento de dados sobre as condições da pista principal do Aeroporto de Congonhas, mas aguardam a transcrição das informações técnicas da caixa preta do Airbus A320 para definir as causas do maior acidente aéreo brasileiro. Embora seja cedo para qualquer interpretação consistente, os rumos das três investigações em curso - Polícia Civil, Federal e Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) - apontam para a possibilidade de uma sucessão de erros, que começou com as péssimas condições de pouso na pista principal em dias de chuvas. Dois pilotos ouvidos ontem na Polícia Civil de São Paulo confirmaram que, sem as ranhuras, que faziam parte do projeto das obras e começam a ser construídas hoje, a pista ficava bem mais ensaboada e isso dificultava a frenagem das aeronaves, especialmente as de grande porte como o Airbus A-320. O principal sintoma de que o Cenipa também t

Obscenos, insensíveis, incompetentes...

José Nêumanne Foram execráveis, mas jamais surpreendentes, os gestos com que o professor Marco Aurélio Garcia e o jornalista Bruno Gaspar, assessores do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, comemoraram no Palácio do Planalto a hipótese de a queda do Airbus da TAM em Congonhas ter sido causada por falha mecânica. A comemoração chula seria estúpida em qualquer ocasião. Mas foi ainda mais grave por ter ocorrido depois da morte de 200 pessoas num desastre. E porque culminou a insensatez galhofeira com que o primeiro escalão federal tratava antes o caos aéreo nacional e o descaso com que o chefe do governo lidava com o problema. A ministra do Turismo, Marta Suplicy, já se aproximara da obscenidade ao receitar o “relaxa e goza” aos passageiros angustiados com adiamentos e cancelamentos de vôos. Seu colega da Fazenda, Guido Mantega, deixara clara a falta de seriedade da administração federal quando atribuiu a crise nos aeroportos a um aumento de demanda provocado pela prosperid

Imóveis no entorno de Cumbica impedem construção de 3ª pista

Infraero e prefeitura de Guarulhos trocam acusações sobre a culpa pela ocupação da área onde seria feita a ampliação; novo terminal quase dobraria capacidade do aeroporto Naiana Oscar - O Estado de São Paulo A falta de fiscalização e o jogo de empurra-empurra entre Infraero e governo municipal colocaram uma grande pedra no meio do caminho do Aeroporto de Guarulhos. As construções que se instalaram no entorno de Cumbica, e poderiam ter sido evitadas desde a década de 80, emperram as obras de ampliação do aeroporto. A situação chegou a um ponto tão grave que, para a Infraero, é mais barato construir um novo aeroporto em São Paulo do que desapropriar as 20 mil pessoas que vivem na região para construir uma terceira pista. Sem a obra, os especialistas temem que daqui a uma década o País tenha de conviver com “um novo Congonhas”, saturado e sem alternativas. “A desapropriação desses imóveis e o início da terceira pista são as medidas mais importantes a serem tomadas n

Grooving começa a ser feito na pista principal

Guarulhos, Curitiba, Rio e Porto Alegre serão equipados com ILS3, para pousos mais seguros Tânia Monteiro – O Estado de São Paulo BRASÍLIA: A Infraero informou ontem que as obras de grooving (as ranhuras feitas no asfalto para escoamento de água) na pista principal do Aeroporto de Congonhas devem demorar cerca de 20 dias, porque uma força-tarefa vai ser empregada para executar o serviço. Normalmente, segundo a Infraero, seria necessário o dobro do tempo. O trabalho, que começou ontem, será executado de noite, para não atrapalhar as operações na pista auxiliar. A Infraero informa que a chuva que continua caindo em São Paulo não impedirá a execução do serviço. As obras serão feitas, primeiramente, na cabeceira das pistas. Ontem, como o aeroporto ficou fechado, ranhuras foram incrustadas no meio da pista. Ainda se investiga a hipótese de a ausência de grooving em Congonhas ter contribuído para o acidente com o avião da TAM. Paralelamente, a estatal executa reparo

O segundo suicídio de Santos Dumont

Ruy Fabiano Jornalista Diz a história que Santos Dumont, pai da aviação, suicidou-se em face do desgosto de ver seu invento transformado em arma de guerra. Se vivo fosse, teria motivo para outra decepção suicida: a de ver que, em sua terra natal, seu invento continua tendo uso mortal. Tornou-se fator de transtorno, insegurança, tragédia e vexame. Sábado passado, com os escombros de Congonhas ainda fumegando, aviões comerciais norte-americanos que chegavam a Manaus tiveram que retornar à sua base de origem, por falha no sistema elétrico daquele aeroporto. Vexame nacional, que fez com que o caos aéreo chegasse a níveis inimagináveis nos demais aeroportos do país e estendesse suas metástases para além das fronteiras. Qual a repercussão de uma mancada dessas para a indústria do turismo e para a economia nacional? O fato de uma crise de tais proporções durar 10 meses, gerar os dois maiores desastres da história da aviação nacional, e não produzir uma única puniçã

Rapidinhas

CLÁUDIO HUMBERTO Airbus: excesso de querosene Além da falta de ranhuras na pista ensaboada e do reverso quebrado, outro fator pode ter contribuído para o acidente da TAM: o avião estava muito pesado pelo excesso de passageiros e de combustível. A empresa evita abastecer em São Paulo para fugir à alíquota de 25% de ICMS sobre o querosene de aviação. Antes de decolar em Porto Alegre , onde a alíquota é de apenas 12%, a TAM abasteceu o Airbus na régua: 23.860 litros . Foi estranho Os especialistas estranharam o excesso de querosene no Airbus, que, após o acidente, ardeu em chamas por quase um dia inteiro. Sem cartas O presidente Lula decidiu não enviar cartas pessoais de condolências às famílias das vítimas da TAM. Acha que seu discurso na tevê foi suficiente. Pagando o pato Com a rearrumação dos vôos e conexões, passageiros pagarão o pato da incompetência, que anda voando mais alto e seguro que avião de carreira. Yo no creo en brujas

TAM nega que tenha sido pressionada pelo Planalto

Jornal de Brasília O prefeito do Rio, Cesar Maia (DEM), acusou ontem o governo federal, em texto divulgado na internet, de ter pressionado a TAM a apontar possíveis problemas técnicos no avião que se acidentou em Congonhas. A empresa negou a informação veiculada por Maia, classificando-a de "absurdo". "Posso afirmar – pois sou testemunha – que um alto personagem do governo contatou a alta direção da empresa (TAM) dizendo que ou eles davam uma boa saída ao governo ou ele (alto personagem) garantia que, baixada a poeira, o governo iria quebrar a TAM", diz a nota de seu boletim diário, o ex-blog do César Maia, transcrevendo versão que afirma ter recebido do dirigente da empresa. Ainda de acordo com o prefeito do Rio, a empresa hesitou temendo problemas com seguros. Segundo Maia – dublê de prefeito e blogueiro conhecido por seus factóides –, "a saída encontrada foi dar uma explicação que, do ponto de vista técnico e do mercado segurador, n

TAM admite rever plano de frota para ajuste à realidade

Medidas do governo vão reduzir horas voadas e isso vai afetar custo e geração de oferta. Paula Machado – Gazeta Mercantil A TAM Linhas Aéreas já estuda a revisão do plano de frota. O vice-presidente de finanças e gestão e diretor de relações com investidores, Líbano Barroso, disse a analistas de mercado que, em função das medidas anunciadas pelo governo federal para solução da crise aérea, a companhia espera redução da demanda neste ano. Pela proposta do Conselho Nacional de Aviação Civil (Conac), o Aeroporto de Congonhas, o mais movimentado do País, com 48 pousos e decolagens por hora, não será mais ponto de distribuição de passageiros. Pelos cálculos da TAM, o terminal terá até 33 operações por hora e receberá somente vôos de até duas horas. "Precisamos esperar pelo detalhamento das medidas anunciadas para o setor, como a proibição no prazo de 60 dias da utilização de Congonhas como ponto de distribuição. Mas, com toda certeza isso terá impacto sobre a demanda e tere

Novo aeroporto já provoca polêmica sem sair do papel

Especialistas defendem modernização e ligação por trem entre Congonhas, Cumbica e Viracopos Daniela Chiaretti – Valor Online A construção de um novo aeroporto na região metropolitana de São Paulo, anunciada sexta-feira pela ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, encontra resistência já na fase de intenção de fazer a obra, um investimento estimado em R$ 5 bilhões e que pode ficar pronto, nas estimativas do governo federal, em seis anos. Nos 39 municípios da Grande São Paulo, o adensamento urbano é intenso, há regiões de mananciais, a topografia é inadequada ou existem áreas de proteção ambiental, uma conjunção de fatores que complicaria a construção de um empreendimento de porte. O melhor, apontam urbanistas e ambientalistas, é terminar o que já está aí. Ou seja, concluir o aeroporto de Cumbica, em Guarulhos, modernizar Viracopos, em Campinas, e trabalhar na logística para que passageiros possam chegar e sair de ambos sem enfrentar os congestionamentos imprevisív

Congonhas só terá viagens de até 2 horas

Daniel Rittner – Valor Online O aeroporto de Congonhas ficará limitado à operação de vôos com, no máximo, 120 minutos de duração. Essa medida, divulgada ontem pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), elimina o uso do aeroporto para ligações entre São Paulo e toda a região Norte, além de abranger todas as capitais nordestinas. A Anac também anunciou um conjunto de ações para normalizar a situação dos aeroportos, após vários dias de caos. Companhias aéreas foram temporariamente proibidas de vender bilhetes a partir de Congonhas, garantindo o embarque dos passageiros que já têm passagens, sem o acréscimo de novos usuários ao sistema. Técnicos da agência vão monitorar os sistemas de reservas das empresas e podem estender a proibição de venda de bilhetes a outros aeroportos. Não há prazo para o fim da restrição. Na semana passada, o Conselho de Aviação Civil (Conac) já havia determinado à agência reguladora reduzir o número de operações em Congonhas de 48 para 33 por

Teto do setor de desembarque desaba em Viracopos

Tatiana Favaro – Agência Estado Campinas - Parte do acabamento do teto do setor de desembarque do Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas, desabou nesta manhã. Ninguém ficou ferido. Segundo a Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária (Infraero), a equipe de manutenção e engenharia do aeroporto detectou que um metro quadrado de gesso do teto cedeu porque a tubulação que escoa água da chuva apresentou vazamento. A área foi isolada e funcionários trabalham para reparar o dano. Nesta manhã, Viracopos recebeu dez vôos alternados - nove que deveriam pousar em Congonhas e um de Guarulhos. Dos dez vôos programados do aeroporto de Campinas, quatro foram cancelados e um teve atraso de mais de uma hora. As companhias aéreas ainda não informaram à Infraero o número de passageiros que desembarcaram em Campinas entre a madrugada e a manhã de hoje. Embora o movimento no saguão do aeroporto seja maior do que o habitual, desde o acidente com o Airbus da TAM, nem as companhias e

Mandando a freguesia para a outra loja

Carlos Sardenberg Você tem uma loja no centro da cidade que começa a atrair cada vez mais fregueses. A demanda está aumentando. O que faz você? Trata de aumentar a oferta, ampliando sua loja, comprando as instalações do lado, oferecendo mais mercadorias. Ou: limita a entrada de fregueses na loja; dá senhas para que voltem outro dia; manda que procurem a outra loja, a 100 quilômetros de distância. É isso que o governo está fazendo com o pacote para os aeroportos. Com a demanda crescente, em vez de se concentrar no aumento da oferta, o governo trata de reduzir a demanda, mandando os passageiros de Congonhas para outros aeroportos. Até poderia funcionar – já que esse não é um mercado propriamente livre. Se você precisa voar, a escolha de aeroportos é limitada. Assim, o governo tem como mandar você para a outra loja, já que a de Congonhas está lotada. Mas as outras lojas, Cumbica e Viracopos, também não comportam a nova demanda se não houver obras de ampliação. Do jeito que est

Mentiras

Carlos Sardenberg Todos os órgãos responsáveis pelo setor aéreo – Aeronáutica, Anac, Infraero – sustentavam que as operações em Congonhas eram seguras e seguiam os padrões internacionais ótimos e atualizados. Agora, dizem que a diminuição do número de vôos em Congonhas vai garantir mais segurança. Ou seja, antes não era. A Infraero informa que já iniciou as obras para introduzir as ranhuras (o famoso grooving) na pista principal de Congonhas. Diz que o serviço será executado em 20 dias, por uma força tarefa que vai trabalhar à noite para não atrapalhar o funcionamento da pista auxiliar durante o dia. Antes, a mesma Infraero dizia que as ranhuras nem eram tão necessárias e que as obras demorariam o dobro do tempo e que poderiam interromper o tráfego. A Aeronáutica informa agora que nenhum aeroporto brasileiro tem o ILS3 – sistema de aproximação das aeronaves por instrumentos, que permite pousos com visibilidade quase nula, durante nevoeiros e chuvas fortes. Congonhas usa o ILS1,

Qual a prioridade?

Carlos Sardenberg Parece mesmo que o pacote do governo para a crise aérea foi montado às pressas, apenas para dar uma resposta ao país. Muitos pontos ficaram em aberto. Por exemplo, o que vem antes como prioridade, a construção de um novo aeroporto em São Paulo , ou a ampliação de Guarulhos e Campinas? O que exatamente o governo pretende com Guarulhos e Campinas? Algumas reformas ou ampliação efetiva, como a construção da terceira pista e do terceiro terminal em Guarulhos? Campinas, do jeito que está, não pode receber fluxo significativo de passageiros. O terminal é muito pequeno e não está minimamente preparado. Outro dia, coisa de um mês atrás, peguei um vôo que foi desviado de Congonha para Campinas – junto com vários outros naquele dia. Pois bem, depois do pouso, ficamos um bom tempo dentro do avião esperando que liberassem as escadas para que pudéssemos descer. Uma prioridade do governo é, certamente, encolher Congonhas. Mas, na verdade, deve haver um encolhimento de

Avião monomotor cai na Praia do Leblon

Segundo os bombeiros, acidente ocorreu com um avião de pequeno porte. Apenas o piloto estava a bordo da aeronave. Do G1, no Rio, com informações da TV Globo Um avião monomotor caiu por volta das 15h30 deste sábado (21) na faixa de areia da Praia do Leblon, na Zona Sul do Rio. Segundo o 3º Grupamento Marítimo (Gmar), o piloto Emerson Ferreira, de 24 anos, teve ferimentos leves e foi levado para o Hospital Miguel Couto, na Gávea, Zona Sul do Rio. De acordo com o Corpo de Bombeiros, o acidente aconteceu próximo ao mar, na altura da Avenida Bartolomeu Mitre, entre os postos 11 e 12. Cerca de 50 banhistas ajudaram os bombeiros, com auxílio de cordas, a puxar o avião para a areia. A empresa responsável pelo avião informou que apenas o piloto estava a bordo da aeronave. O monomotor estaria fazendo propaganda na praia com uma faixa. Policiais militares do 23º BPM (Leblon) também auxiliaram no trabalho de resgate. Um helicóptero Águia foi enviado para o local do acidente, mas a ví