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Mostrando postagens de novembro, 2006

Aeronáutica prorroga restrição a vôo de jato e táxi aéreo

Agência Estado O Comando da Aeronáutica decidiu prorrogar por mais um mês, até 28 de dezembro, a restrição de vôos de jatos executivos e táxis aéreos nos horários entre 7h30 e 12 horas e das 17 horas às 20 horas. A medida tem por objetivo priorizar os vôo comerciais com objetivo de atender a maior parte da população usuária do transporte aéreo. A restrição começou a vigorar dia 30 de outubro e valia até hoje, tendo sido estendida até a zero hora do dia 28 de dezembro. A Aeronáutica não confirma, mas técnicos da área lembram que a decisão de prorrogar a restrição para a aviação não regular mostra que não há uma real perspectiva de melhora no controle do tráfego aéreo no mês de dezembro, como prevêem as autoridades do setor. A prorrogação da restrição está explícita em um Notam (Notice to Airmen), uma espécie de aviso aos pilotos. A medida atinge a todos os aviões não regulares, como jatos e particulares, e desagrada principalmente as empresas de táxi aéreo. As restrições são para vôos

Infraero: 67 aeroportos precisam de R$ 5,5 bi até 2010

Agência Estado O presidente da Infraero (Empresa Brasileira de Infra-estrutura Aeroportuária), brigadeiro José Carlos Pereira, disse hoje que os 67 aeroportos do País administrados pela estatal precisam de R$ 5,5 bilhões em investimentos nos próximos quatro anos. Em exposição no seminário "Desenvolvimento de Infra-estrutura de Transportes - Perspectivas e Desafios", no TCU (Tribunal de Contas da União), ele mencionou a estimativa de que a Infraero já pode contar com R$ 2,7 bilhões que virão de recursos próprios e de tarifas a serem cobradas nesses aeroportos no período de 2007 a 2010. O desafio, segundo o brigadeiro, é o de encontrar fontes alternativas para conseguir os outros R$ 2,8 bilhões. "A empresa e o sistema (aéreo) certamente sobreviverão se esses recursos (R$ 2,8 bilhões) não aparecerem, mas, certamente, haverá uma degradação muito séria (da infra-estrutura aeroportuária)", declarou o presidente da Infraero. O brigadeiro apresentou no seminário projeções

Militares exonerados preveniram Aeronáutica sobre crise aérea

DA SUCURSAL DO RIO - FOLHA DE SÃO PAULO Os dois militares que até a última sexta-feira comandavam o Decea (Departamento do Controle de Espaço Aéreo) haviam prevenido o Comando da Aeronáutica, em três documentos enviados a partir de fevereiro, sobre os problemas que o controle de vôo enfrentava no país. Os documentos foram mostrados ontem no Jornal Nacional. Dois relatórios são assinados pelo ex-diretor geral do Decea, brigadeiro Paulo Roberto Cardoso Vilarinho, e o terceiro pelo ex-vice diretor do departamento, major-brigadeiro Aílton dos Santos Pohlmann. Ambos foram exonerados na última sexta-feira. Em texto de 14 de fevereiro Vilarinho informa que, para este ano, estava prevista a contratação de 65 controladores, embora fossem necessários 180. Em 30 de março diz que "a manutenção de equipamentos" pode estar "prejudicada" pela falta de pessoal capacitado na aérea do Cindacta 4 (Manaus). O texto de Pohlmann, de 31 de outubro, diz que o Decea trabalh

FAB diz existir "zona cega" em controle aéreo do DF

Área é coberta por radares de Manaus, mas monitorada "às cegas" por Brasília Colisão entre aviões foi aproximadamente na região, mas falha não explica por que Brasília não tentou contatar Legacy por 31 minutos LEILA SUWWAN DA SUCURSAL DE BRASÍLIA - FOLHA DE SÃO PAULO Em nota oficial na qual nega a existência de qualquer "buraco negro" no espaço aéreo do país, a Aeronáutica reconhece e ilustra a chamada "zona cega" do controle, uma região coberta por radar de Manaus, mas que é monitorada "às cegas" por Brasília -foi aproximadamente ali que ocorreu a colisão entre o jato Legacy e o Boeing da Gol em 29 de setembro, que deixou 154 mortos. Agora, quase dois meses depois do acidente, a Aeronáutica tenta corrigir o problema, mas enfrenta dificuldades técnicas. Para que Brasília possa "ver" essa área, uma rota movimentada, é preciso receber os dados do radar baseado em São Félix do Araguaia (MT). Faltam ajuste

Radares em baixa potência para economizar

Pedro Paulo Rezende Do Correio Braziliense Os radares e sistemas de comunicação dos Centros Integrados de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo estão operando abaixo de sua potência como forma de aumentar a vida útil dos equipamentos. A denúncia, feita por dois controladores de vôo, foi confirmada por técnicos em eletrônica da Aeronáutica e explicaria a permanência de “buracos negros” de comunicação na Amazônia, mesmo depois de pesados investimentos em infra-estrutura. Segundo um dos técnicos, “os equipamentos funcionam com cerca de 60% de sua potência total e só operam a plena carga quando aferidos por aviões-laboratório”. Aeronáutica registra 22 riscos de colisão até julho A vida útil de um aparelho de radar é de apenas 10 anos. Usado a 60% da carga, ela se amplia em cinco anos. O mesmo acontece com os sistemas de comunicação. Apesar disso, segundo o relatório preliminar de investigação, o procedimento não influiu no acidente do dia 29 de setembro, que envolveu o vôo Gol 1907 e o

Aéreas rejeitam proposta da Aeronáutica de criar rota com trajeto sobre o Atlântico

IURI DANTAS DA SUCURSAL DE BRASÍLIA - FOLHA DE SÃO PAULO O alto custo levou as companhias aéreas a rejeitarem a proposta da Aeronáutica de criar rotas sobre o Atlântico nos trajetos do Sul para o Nordeste. A idéia visava diminuir atrasos nos aeroportos ao reduzir o volume de tráfego aéreo controlado pelo radar de Brasília. Controladores de tráfego aéreo também se posicionaram contra a mudança por questões de segurança. Nas rotas planejadas pela Aeronáutica, os aviões ficariam fora do radar, acompanhados apenas por rádio e satélite, na mesma área de vôos transatlânticos provenientes da Europa e da África. Em vez dos desvios nas rotas, a Aeronáutica vai implementar nos próximos dias três mudanças: 1) transferir para os controladores de Manaus o acompanhamento de uma região sobre Cuiabá (MT); 2) repassar à equipe de controle de Recife uma área sobre o Espírito Santo; e 3) criar um "tubulão", como o que existe na ponte Rio-São Paulo, ligando Belo Horizonte ao Rio de

Procon abre processo para investigar Gol e TAM por falta de plano de contingência

DA REPORTAGEM LOCAL - FOLHA DE SÃO PAULO O Procon (Fundação de Proteção e Defesa do Consumidor) de São Paulo abriu ontem um processo administrativo para investigar se a Gol e a TAM desrespeitaram o Código de Defesa do Consumidor ao deixarem de apresentar um plano de contingência para evitar transtornos aos passageiros nos feriados de 15 e 20 de novembro. O plano havia sido acordado em reunião entre representantes da fundação e das empresas no último dia 7. De acordo com o Procon, a falta do plano provocou novos problemas para consumidores. "O resultado é que ocorreu novamente o descaso com o cidadão que, além de perder horas nas filas, ficou totalmente negligenciado por essas companhias aéreas", afirma a fundação, em nota. A Gol, entretanto, diz ter entregue o plano de contingência no último dia 17. Já a TAM afirma que tomará providências após analisar o processo. Depois de serem citadas, as empresas aéreas terão um prazo para apresentar sua defesa. Se

Controlador do jato atuava sem supervisão

Supervisor teve que cobrir posto da chefia geral da sala de controle, no lugar de oficial da Aeronáutica que se ausentou Ausência pode ter contribuído para que o controle aéreo em Brasília não percebesse que Legacy estava na altitude incorreta LEILA SUWWAN DA SUCURSAL DE BRASÍLIA - FOLHA DE SÃO PAULO A equipe de controladores de tráfego responsável por monitorar o jato Legacy estava atuando sem supervisão na parte da tarde em que ocorreu a colisão com o vôo 1907 da Gol, no dia 29 de setembro. Isso aconteceu porque o supervisor teve que cobrir o posto de chefia geral da sala de controle, no lugar de um oficial da Aeronáutica que se ausentou. É o que dirá o próprio supervisor hoje, segundo a Folha apurou, em depoimento à Polícia Federal, que investiga as falhas que levaram à colisão, que deixou 154 pessoas mortas. O papel do supervisor, um controlador de tráfego mais experiente, é acompanhar o trabalho dos operadores que monitoram o console. Seu papel é assegurar q

Advogados de controladores sugerem erro em radares

Agência Estado Os advogados dos controladores de vôo que estavam trabalhando no dia 29 de setembro, data da colisão entre o jato Legacy e o Boeing da Gol, afirmaram ontem que seus clientes devem ter sido induzidos a erros por causa de problemas que ocorrem, com freqüência, nos radares do centro de controle aéreo de Brasília (Cindacta-1). Os profissionais disseram que, naquele dia, não só a indicação da altitude do Legacy - referente ao plano de vôo - modificou-se automaticamente como a indicação da esquerda - referente à real atitude da aeronave - foi alterada sem a interferência manual do operador. Segundo os controladores, panes desse tipo são freqüentes. Eles afirmam que todos os problemas ocorridos no dia-a-dia do centro de controle ficam registrados em livros e computadores. Hoje, a Polícia Federal colhe os depoimentos dos três últimos controladores, de um grupo de 13 que estavam de plantão no dia do acidente. Ontem, foi ouvido o controlador que monitorava o Legacy ao passar por B

Cindacta-1 ficou sem contato com outros dois aviões

Agência Estado Os advogados dos controladores de vôo afastados após o acidente entre o Boeing da Gol e o jato Legacy alegaram ontem que seus clientes não procuraram outros aviões para fazer uma triangulação na comunicação via rádio e falar com os pilotos americanos Joseph Lepore e Jan Paul Paladino porque não havia outras aeronaves na região no período que antecedeu o acidente. Disseram ainda que, antes do choque, não se preocuparam em chamar o jato na freqüência de emergência pois achavam que ele estava na altitude estipulada no plano de vôo - 36 mil pés, a partir de Brasília. Os advogados informaram ainda que, naquele dia, 29 de setembro, o centro de Brasília (Cindacta-1) ficou sem contato com duas aeronaves - uma da espanhola Iberia e outra da TAM - que faziam trajetos próximos do percorrido pelo Legacy. Na época da tragédia, o governo garantiu que a comunicação do Cindacta-1 com outros aviões no dia do acidente tinha sido normal, com exceção do jato pilotado pelos americanos. Mesmo

Infraero: 40,2% dos vôos têm atrasos além de 30 minutos

Agência Estado O último balanço divulgado pela Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária (Infraero) aponta que até o início da tarde de hoje, dos 936 vôos programados, 377 tiveram atrasos superiores a 30 minutos, que corresponde a 40,2% do total. Se contabilizados também os atrasos acima de 15 minutos, o número de vôos atrasados sobe para 662 (70,7% do total). Entre vôos com 15 a 30 minutos de atraso, foram verificados 285 (30,4%). Já entre 30 a 45 minutos, são registrados 203 vôos com atraso (21,7%). Outros 174 apresentam mais de 45 minutos de atraso - 18,6%, do total. A Infraero, estatal que administra os aeroportos do país, tem adotado a divisão de vôos atrasados em blocos de 15 a 30 minutos, 30 a 45 minutos e superiores a 45 minutos. Anteriormente, considerava-se atraso fora do normal pousos e decolagens com demora de mais de 20 minutos.

Procon-SP autua TAM e Gol por atrasos em vôos

Agência Estado As companhias aéreas TAM e Gol foram autuadas hoje pelo Procon-SP em razão do grande número de reclamações decorrentes da crise dos controladores que levou a diversos atrasos e cancelamentos de vôos nos aeroportos do Brasil. A multa pode variar de R$ 212 a R$ 3,192 milhões, para cada aérea. A Fundação Procon-SP informou que já enviou equipes de fiscalização para autuar TAM e Gol e a efetivação do valor da multa dependerá do porte econômico da empresa, a gravidade da infração e a vantagem que a empresa possa ter tido com a prática. Segundo a diretora-executiva do Procon-SP, Marli Aparecida Sampaio, a iniciativa é o começo do processo. "Representa o primeiro ato do processo para aplicação de multa", disse. No total, o Procon-SP recebeu 77 reclamações contra a Gol e outras 66 contra a TAM no período de 3 a 22 de novembro. Por esse motivo, foram as únicas companhias autuadas, visto que outras aéreas, como BRA e Varig, não tiveram mais de cinco reclamações. O númer

Falha mecânica causou problema no Fokker da TAM

Agência Estado O pouso de emergência que o Fokker 100 da TAM teve de fazer ontem no aeroporto Marechal Rondon, em Várzea Grande, região metropolitana de Cuiabá, foi provocado por uma falha mecânica. Segundo a Infraero, uma mangueira do sistema de freios hidráulicos da aeronave se rompeu, provocando a volta do avião para a pista logo após a decolagem, por volta de 17h30. O avião seguia para São Paulo e levava 103 passageiros. O pouso do vôo 3805 foi feito com o auxílio dos freios de apenas uma das rodas com os freios aerodinâmicos - os chamados reversos, segundo a Infraero. Testemunhas que estavam no aeroporto disseram ter visto fumaça na turbina esquerda do avião após a decolagem. "Dava para perceber nitidamente que havia fumaça quando o avião partia para a decolagem", disse o advogado Manoel Teixeira, que havia embarcado uma amiga em outro vôo da Gol. Com o susto, alguns passageiros acabaram desistindo de embarcar, segundo informações de funcionários da empresa TAM, enquant

Aeronáutica admite erro de controlador no caso Boeing

Comandante da FAB, brigadeiro Luiz Carlos Bueno, reconheceu falha no Senado Ele disse que o operador presumiu incorretamente que o jato Legacy estava a 36 mil pés, e não em rota de colisão com o Boeing da Gol LEILA SUWWAN DA SUCURSAL DE BRASÍLIA - FOLHA DE SÃO PAULO Pressionado por senadores, o comandante da Aeronáutica reconheceu ontem pela primeira vez que houve erro do controle do tráfego aéreo de Brasília no dia do acidente do vôo 1907 da Gol. Segundo o brigadeiro Luiz Carlos Bueno, dois controladores responsáveis pelo Legacy na hora anterior ao choque, às 16h56 do dia 29 de setembro, presumiram incorretamente que o jato estava a 36 mil pés depois de passar pela capital -conforme o plano de vôo no computador previa. Na realidade, o jato permaneceu erroneamente em 37 mil pés, altitude que mantinha desde São José dos Campos, em rota de colisão com o Boeing da Gol que vinha de Manaus. Isso explicaria o fato de os controladores não terem se preocupad

O DC-9 brasileiro

Em fins de 1982, com o intuito de oferecer ao mercado aéreo brasileiro uma opção de jato para rotas de curtas e médias distancias, para concorrer diretamente com os Boeing 727 e 737 em operação, a Mcdonnel Douglas, um dos grandes fabricantes de aviões comerciais daquela época, ofereceu para a companhia aérea Cruzeiro do Sul, já então uma subsidiaria do Grupo Varig, um jato DC-9-82 (mais tarde designado pelo fabricante como MD-82) para ser utilizado em um período experimental de três meses nas rotas da empresa. Efetivamente, este jato matriculado PP-CJM operou de dezembro de 1982 até o começo de março de 1983, com uma configuração para 155 assentos e provou ser um excelente projeto, com requintes de conforto superior em alguns aspectos aos jatos da mesma classe da Boeing, além de ter um alcance ligeiramente maior. Seu único defeito era a pequena capacidade de seus porões, o que impedia o transporte de grandes volumes de carga e bagagem, em razão da quantidade de passageiros. Durante o p

"Cabine de Boeing brasileira"

Na cidade paulista de Itatiba, um grupo de entusiastas da aviação se uniram para desenvolver um projeto de construção de simuladores baseados em PCs . Com profissões e carreiras diferentes, eles compartilham uma paixão em comum, a aviação virtual. Todos pilotos virtuais há vários anos e alguns até com brevê, o grupo resolveu projetar e desenvolver uma cabine de comando igual à de um Boeing 737 NG, os mesmos usados no Brasil pela Gol Linhas Aéreas. Denominado Programa PCATD NG1 - Personal Computer Based Aviation Training Device, a plataforma roda em 3 computadores Pentium 4 2.2 com 512 RAM, vídeo MX 440 de 128 MB, com HD de 40 G e Windows XP-Pro. A base da interface usada para o desenvolvimento foi o FSBus (alemão) e Projeto Magenta (italiano), com visual do Flight Simulator 2004 da Microsoft com tela data show com projeção de aproximadamente 1,10 por 1,90 metro. A equipe é formada por sete pessoas que trabalharam durante quatro anos no desenvolvimento do projeto. Como os próprios proje

Embraer anuncia perspectivas de mercado para 20 anos

A Embraer estima uma demanda global de 7.500 jatos comerciais com capacidade de 30 a 120 assentos nos próximos 20 anos. De 2007 a 2016, a empresa prevê que a indústria mundial entregará 3.050 jatos, sendo os 4.450 restantes entregues no período de 2017 a 2026. O valor total desse mercado é estimado em US$ 220 bilhões. Já para o mercado de aviação executiva, a empresa estima uma demanda mundial de 11.115 jatos nos próximos dez anos, totalizando US$ 169 bilhões. Se considerada a demanda do novo mercado de táxi aéreo, outras 2.500 a 3.000 aeronaves poderão ser adicionadas ao segmento Very Light Jet (VLJ). A Embraer também anunciou que pretende entregar em 2007, entre 160 e 165 aeronaves para os mercados de aviação comercial, executiva e de defesa e governo (companhias aéreas estatais e transporte de autoridades). Já para o ano de 2008, a empresa prevê entregas entre 195 e 205 aeronaves, incluindo-se entre 15 e 20 jatos Phenom 100, cujas primeiras entregas ocorrerão no segundo semestre de

Caos nos aeroportos acelera a queda dos comandantes

Por Hugo Studart - Isto É A crise nos aeroportos desencadeada dias atrás pela operação padrão dos controladores de vôo e que deixou milhares de passageiros em desespero é o pano de fundo de uma batalha entre militares e civis em torno do espaço aéreo brasileiro. Está em jogo muito mais do que aumentos salariais e folgas para 2,8 mil trabalhadores. Disputam-se poder, empregos e dinheiro – cerca de R$ 550 milhões por ano. Ainda é impossível saber quem vai vencer, mas já se pode prever que o presidente Lula iniciará o segundo mandato com um novo ministro da Defesa e provavelmente com novos comandantes na Aeronáutica, Marinha e Exército. O deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP) e o ex-ministro Nelson Jobim são nomes cotados para assumir o posto de Waldyr Pires no Ministério da Defesa. Nos comandos militares, a polêmica maior se dá em torno da Aeronáutica. Nos últimos três anos, o brigadeiro Luiz Carlos Bueno conduziu a Força afinadíssimo com os planos de Lula. O presidente reconhece que ele foi h

Airbus acelera produção para elevar caixa

DO VALOR ONLINE A Airbus decidiu acelerar sua produção dos modelos da família A320, sucesso de vendas com mais de 4.700 jatos vendidos, das atuais 30 unidades mensais para 36 até o fim de 2008. Com isso, a Airbus espera antecipar as entregas de aviões já adquiridos por seus clientes. O ritmo de produção de 30 unidades por mês é, atualmente, o mais intenso de toda a indústria aeronáutica mundial. O real objetivo da Airbus com o aumento no ritmo de produção não é apenas a melhor satisfação de seus clientes. A européia quer elevar sua geração de caixa para poder cobrir gastos de cerca de US$ 15 bilhões.

Pane e mau tempo atrasam 43% dos vôos

Um cabo do Cindacta-2, em Curitiba, se rompeu; em Congonhas, um jato derrapou e interditou pista, gerando efeito cascata Falha na comunicação com as aeronaves fechou por duas horas o aeroporto Afonso Pena; houve atrasos de até 15 horas no Rio LEILA SUWWAN DA SUCURSAL DE BRASÍLIA - FOLHA DE SÃO PAULO O país enfrentou ontem mais um dia de caos nos aeroportos, com atrasos de pelo menos 45 minutos em 43,2% dos vôos. Mas, desta vez, as dificuldades foram atribuídas ao mau tempo no Sul e no Sudeste durante o final de semana, e não à operação-padrão dos controladores de tráfego aéreo. Segundo a Aeronáutica, as chuvas causaram o rompimento de um cabo de fibra ótica do Cindacta-2, em Curitiba, que foi consertado ainda na madrugada de ontem. Esse centro controla o tráfego da região Sul. Das 16h30 às 18h30, a torre do aeroporto Afonso Pena, em Curitiba, reteve os aviões em terra e impediu aterrissagens devido à pane no sistema de comunicação com as aeronaves. Além disso,

Ministro e comandante da Aeronáutica participam de audiência sobre crise aérea

da Folha Online Os constantes atrasos em vôos e a crise que atinge o tráfego aéreo brasileiro serão discutidos nesta terça-feira em uma audiência pública no Senado. Os parlamentares mostram preocupação com a proximidade do fim de ano, quando o fluxo aéreo aumenta e os passageiros podem enfrentar novos problemas. Com o debate, esperam buscar soluções para minimizar os transtornos. Os trabalhos começaram por volta das 10h30, com as explicações do ministro da Defesa, Waldir Pires. Também participam o comandante da Aeronáutica, brigadeiro Luiz Carlos Bueno; do presidente da Infraero (estatal que administra os aeroportos), brigadeiro José Carlos Pereira; do presidente da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), Milton Zuanazzi. Os presidentes do Sindicato Nacional dos Trabalhadores de Proteção ao Vôo, Jorge Botelho, e do Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias, Marco Antonio Bologna, também foram convidados para o evento. A audiência pública é promovida pelas Comissões de Serviços de I

Comandante da Aeronáutica admite possível falha de controlador

da Folha Online O comandante da Aeronáutica, brigadeiro Luiz Carlos Bueno, admitiu nesta terça-feira a possibilidade de falha por parte de um controlador de tráfego aéreo de Brasília que estava de plantão no dia 29 de setembro último, quando o Legacy da empresa americana de táxi aéreo ExcelAire e o Boeing da Gol colidiram. A queda do avião comercial causou a morte dos 154 ocupantes. Bueno participou de uma audiência pública no Senado para discutir a crise no tráfego aéreo. O comandante frisou que sua declaração não tem como base as investigações, ainda em curso. De acordo com ele, há possibilidade de o radar ter mantido os dados do plano de vôo do Legacy depois que o jato perdeu contato com o Cindacta 1 (Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo) e deixou de transmitir os dados. Com isso, o radar teria indicado que o Legacy estava a 36 mil pés de altitude, quando, na verdade, voava a 37 mil pés (11,2 km), mesma altitude do Boeing. Para Bueno, o fato pode ter levado o

Governo afirma que situação nos aeroportos será resolvida até o Natal

ANDREZA MATAIS da Folha Online , em Brasília O comandante da Aeronáutica, brigadeiro Luiz Carlos Bueno, afirmou nesta terça-feira aos senadores, em audiência conjunta no Senado, que a crise nos aeroportos estará controlada até o final do ano. Segundo ele, os passageiros não terão problemas nos feriados do Natal e de Ano Novo e nas viagens de férias. O ministro da Defesa, Waldir Pires, que também participa da audiência, reiterou que "todo o esforço e empenho do governo" é para que a situação esteja normalizada em dezembro. Na última semana, Pires disse que apenas em 60 dias o problema estaria resolvido. Uma das medidas que pode ser tomada para normalizar o setor, segundo o presidente da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), Milton Zuanazzi, também presente na audiência, é a reorganização do mapa de vôos do país para acabar com o horário de pico. A Folha Online apurou que outra possibilidade é a Anac estabelecer horários fixos para os vôos charters, a exemplo do que ocorre

Museu Asas de um Sonho abre portas ao público

O Museu Asas de um Sonho foi inaugurado esta semana em São Carlos, interior de São Paulo. A abertura ao público aconteceu no último domingo (12). O Museu ocupa um prédio no Centro Tecnológico da TAM, que é patrocinadora da iniciativa. A área total do Asas de um Sonho é de 80 mil metros quadrados, sendo 20 mil metros quadrados de área construída. A primeira fase de funcionamento será experimental, ocupando 40% da área total e com a exposição de 32 modelos. A apresentação de todo o acervo depende da conclusão das obras das instalações projetadas para o Museu. O Asas de um Sonho abre as portas uma década após o seu primeiro esboço. O espaço é um antigo sonho dos irmãos Rolim, fundador da TAM, e João Amaro. Os irmãos, em 1996, tiveram a idéia de criar um museu nacional para a preservação da história da aviação. A maioria das aeronaves expostas no Museu tem condições de vôo. Além da área de exposição, a instituição mantém oficinas de restauração e reparo. O acervo total é de 66 aeronav

Laudo põe controle de tráfego sob suspeita

Relatório preliminar sobre o maior acidente aéreo do Brasil, com 154 mortos, não é conclusivo nem aponta culpados O Legacy sumiu da tela de radar às 16h02, mas só começou a ser contatado por rádio às 16h26, quase meia hora antes do choque IGOR GIELOW SECRETÁRIO DE REDAÇÃO DA SUCURSAL DE BRASÍLIA ELIANE CANTANHÊDE COLUNISTA DA FOLHA O relatório preliminar sobre o maior acidente aéreo da história do Brasil, que matou 154 pessoas em 29 de setembro, reafirmou as dúvidas sobre o comportamento do Legacy que derrubou um Boeing da Gol, mas agravou as suspeitas sobre o controle do espaço aéreo. O texto não é conclusivo nem aponta culpados. O Legacy falou uma vez com Brasília às 15h51 e, apesar de sua identificação ter sumido da tela de radar às 16h02, ele só começou a ser contatado por rádio às 16h26, quase meia hora antes do choque. E, das 28 tentativas de contato, 7 delas feitas pelo controle e 21 pelo Legacy, apenas uma foi parcialmente bem-sucedida -mas

Ministro propõe criação de órgão civil para gerenciar tráfego aéreo

PATRÍCIA ZIMMERMANN da Folha Online , em Brasília O ministro da Defesa, Waldir Pires, defendeu nesta sexta-feira a criação de um órgão civil e público para gerenciar o tráfego aéreo comercial no Brasil. Esse será um dos principais temas de análise pelo grupo de trabalho instalado hoje, coordenado pelo próprio ministro, com o objetivo de propor soluções definitivas para os problemas existentes no controle do espaço aéreo brasileiro. Os militares continuariam responsáveis pelas atividades de defesa do espaço aéreo. O grupo, que tem representantes dos ministérios da Fazenda, Planejamento, da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), da Infraero (estatal que administra os aeroportos), da Advocacia Geral da União, Comando da Aeronáutica, dos controladores, das companhias aéreas e dos aeronautas, terá 60 dias para estudar os problemas do setor e apresentar soluções para melhorar o controle do espaço aéreo brasileiro. O controle da aviação civil fora do comando militar é uma realidade nos Est

Torre e pilotos tentaram contato antes de acidente, aponta relatório

BRASÍLIA (Reuters) - Pilotos e controladores de vôo tentaram sem sucesso vários contatos entre si nos minutos anteriores ao acidente com o Boeing da Gol, o pior desastre aéreo da história do Brasil, informou na quinta-feira um relatório preliminar da Aeronáutica que não aponta culpados. O relatório apresenta informações básicas sobre os vôos e as comunicações por rádio, mas não tira conclusões a partir de detalhes das caixas-pretas de voz e dados, que ainda serão analisados durante meses. "Até agora, não tenho uma forma de dizer com exata certeza como os aviões colidiram", disse o coronel Rufino Antônio da Silva Ferreira, presidente da comissão de investigação do acidente com o vôo 1907. "Precisamos ter a mente aberta, não ter noções preconcebidas." No dia 29 de setembro, um Boeing 737-800 da Gol com 154 pessoas a bordo e um jato executivo Legacy, de fabricação da

Brasil tem déficit de 200 controladores de vôo

Agência Estado O Departamento de Controle de Espaço Aéreo (Decea), órgão vinculado à Aeronáutica, tem hoje um déficit de aproximadamente 200 controladores de vôo. É por isso que, mesmo com a autorização do governo federal para a contratação 64 profissionais e chegada de outros 60 controladores aposentados, não será possível resolver, neste ano, a crise do setor aéreo. "Estivemos reunidos com representantes do Decea e foi este o quadro que eles nos passaram", afirma Leur Lomanto, diretor da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). Assim como o ministro da Defesa, Waldir Pires, Lomanto prevê que a situação nos aeroportos só deverá estar normalizada no primeiro semestre de 2007. Mas acredita que, até o fim do ano, o número de atrasos já será menor, com a formatura de 65 sargentos controladores vindos da Escola de Especialistas da Aeronáutica. Para o diretor da Anac, o apagão aéreo não foi provocado por erro de planejamento do Decea. "Eles costumavam formar uma média de 20

FAB cria escala de 'guerra' no Cindacta-1

Agência Estado A Aeronáutica criou uma nova escala de trabalho no Cindacta-1 de Brasília e dispensou a maior parte dos 220 controladores de vôo que haviam sido convocados para o trabalho. O novo esquema lembra o tempo de guerra, com a primeira linha de trincheiras, a segunda linha e o pessoal que descansa. Na primeira linha estavam os 30 operadores que já integravam a escala de plantão e ficaram tomando conta do tráfego. Para a segunda, foram chamados 40, que ficaram no quartel formando uma espécie de banco de reserva de controladores disponível 24 horas para evitar falta de pessoal no trabalho. Quando os 30 de plantão deixarem o serviço, os 40 reservas assumirão o lugar e outros 30 ou 40, que estão em casa, serão chamados para compor o banco de reserva criada pela Força Aérea Brasileira (FAB). Na primeira noite da convocação e nova escala, o novo comandante do Cindacta-1, coronel-aviador Carlos Aquino, dormiu no alojamento com os demais militares. A Aeronáutica não quis se manifestar

Caos no espaço aéreo era previsto desde 2003

A baixa liberação de verbas para o sistema aeronáutico brasileiro traz problemas para o país há muitos anos. Em 2003, quando foi estabelecida uma política de aviação civil, o Conselho de Aviação Civil (Conac), afirmou que o contingenciamento de recursos financeiros para o setor poderia refletir na segurança dos vôos e resultar na degradação do sistema. Isso obrigaria o Comando da Aeronáutica a implantar um controle de tráfego aéreo com as características convencionais utilizadas no passado. Ao que parece, a "operação-padrão" já era cogitada. Em outubro de 2003, o Conac estabeleceu uma Política de Aviação Civil, contida no voto Conac nº 002/2003, com reivindicações para o descontingenciamento de verbas e explicações para o prejuízo que isso traz ao sistema e à segurança dos vôos. A Política propõe uma abordagem integrada entre transporte aéreo, indústria aeronáutica, controle do espaço aéreo e infra-estrutura aeroportuária, além de uma nova política tributária para o setor. D

Depoimentos de controladores de vôos e pilotos na Internet mostram precariedade do sistema aéreo brasileiro

A crise no sistema aéreo brasileiro, iniciada com o acidente entre o Boeing 737-800 da Gol e o jato Legacy, tomou conta dos aeroportos na semana passada e aqueceu os debates entre a Defesa e o Comando da Aeronáutica.Os fatos, porém, demonstraram que existem deficiências no sistema aéreo brasileiro. Os profissionais da área, controladores e pilotos, reclamam das condições de trabalho e denunciam a existência de pistas escorregadias, curtas, mal conservadas, com deficiências de iluminação, entre outros riscos. Quem vê os aeroportos modernos, com cinemas, lanchonetes e lojas caras, jamais imaginaria que os bastidores desses mesmos terminais bonitos e sofisticados estivessem em uma situação tão diferente. Levantamento feito pelo Contas Abertas (CA) em comunidades do Orkut, mostra, por meio de depoimentos dos próprios controladores de vôos e pilotos, como o estado do nosso sistema aéreo é grave. E o pior, isso não é um fato recente. O Orkut é um site de relacionamento do Google. Lá é possí

Proteção e Segurança Aérea: poucos gastos e compras curiosas

A desordem no sistema aéreo brasileiro levantou suspeitas de como o dinheiro destinado ao programa “Proteção ao Vôo e Segurança do Tráfego Aéreo” (0623) vem sendo aplicado. Sendo assim, o Contas Abertas investigou os números referentes aos gastos e verificou que a maior parte do orçamento foi destinada às despesas correntes, como material de consumo, vigilância, passagens e diárias e não para investimentos na melhoria da proteção do espaço aéreo. Dentre as curiosidades, gastos com festividades e homenagens e até alimentos para animais. O programa 0623 desembolsou R$ 291,1 milhões até o dia 6 deste mês, correspondente a 54,7% do orçamento previsto. Deste total, R$ 118,7 milhões quitaram dívidas referentes aos “restos a pagar” do ano passado, ou seja, somente R$ 172,4 milhões foram efetivamente aplicados com o orçamento deste exercício. O orçamento autorizado para 2006 foi cotado em R$ 531,7 milhões, um número distante das aplicações até o momento. As autoridades militares afirmam que o

Aeronáutica troca comando do controle de tráfego aéreo em Brasília

RENATO SANTIAGO da Folha Online A Aeronáutica trocou nesta terça-feira o comando do Cindacta 1 (Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle do Tráfego Aéreo), com sede em Brasília. O centro é considerado responsável pelos atrasos em pousos e decolagens ocorridos nesta semana e no mês passado. A Aeronáutica afirma que a mudança ocorreu porque o antigo comandante, coronel-aviador Lúcio Nei Rivera da Silva, foi convocado para trabalhar como assessor do brigadeiro Luiz Carlos Bueno, comandante da Aeronáutica, como assessor para assuntos ligados ao tráfego aéreo. O novo comandante é o coronel-aviador Carlos Vuyk de Aquino, que já foi comandante do Cindacta 2, com sede em Curitiba. A mudança ocorre em meio à segunda onda de atrasos em pousos e decolagens registrados em aeroportos de todo o país. Segundo o último levantamento da Infraero (estatal que administra os aeroportos do país), divulgado às 19h, 481 dos 1.355 vôos (35,5%) sofreram atrasos nesta terça. Ontem, 42% dos vôos atrasaram. A A

FAB deve confirmar que Legacy não seguiu plano de vôo

da Folha Online O relatório do Cenipa (Centro Nacional de Investigação e Prevenção de Acidentes) vai confirmar nesta quinta-feira (16) que os pilotos do jato Legacy que teria se chocado com o Boeing 737-800 da Gol em 29 de setembro, não seguiram o plano de vôo, segundo reportagem exibida nesta terça pelo "Jornal Nacional", da TV Globo. A reportagem afirma que o relatório preliminar do centro concluiu que os pilotos Jan Palladino e Joseph Lepore se mantiveram durante toda a viagem a 37 mil pés de altitude --mesma do Boeing--, quando deveriam baixar para 36 mil pés e subir para 38 mil em seguida. O relatório, ainda segundo o "Jornal Nacional", afirma que os pilotos não realizaram nenhuma manobra arriscada, e que os controladores tentaram por sete vezes entrar em contato com o jato executivo, mas não tiveram sucesso. A FAB não se manifestou sobre a reportagem e confirmou que o anúncio oficial do relatório deve ser feito apenas na quinta-feira.

FAMÍLIA DE JATOS ERJ 145 ATINGE DEZ MILHÕES DE HORAS DE VÔO

Embraer comemora 10 anos da operação de seu jato regional São José dos Campos, 14 de novembro de 2006 - A Embraer anuncia que a plataforma ERJ 145 alcançou o marco histórico de dez milhões de horas de vôo, após uma década em serviço e um total de cerca de 8,5 milhões de ciclos (operações de pouso e decolagem). As primeiras aeronaves entregues completaram 20 mil ciclos de vôo e continuam operando com sólida integridade estrutural. A família de jatos ERJ 145, em operação desde 1996, caracterizou-se por constituir uma oferta totalmente nova ao mercado, com jatos customizados para as necessidades especí